A ANÁLISE DO DISCURSO NO TURISMO (original) (raw)

ANÁLISE DO DISCURSO: O DISCURSO

Resumo A análise do discurso tem por objetivo analisar o texto, desde suas frases a sua totalidade, bem como analisar os sentidos e as ideologias presentes num escrito. Na mídia é possível notar diariamente a presença de conteúdos carregados de sentidos e ideologias. Esses sentidos são atribuídos a determinado conteúdo por meio de imagens, textos, cores, representações, formas, linguagem, entre outros fatores. Autores como Michel Pêcheux estudaram a Ciência da Linguagem sob um novo olhar e assim, contribuiram para a compreensão do conceito de Análise do Discurso. Anteriormente o que existia era um formalismo das questões humanas. Deste modo, Pêxheux levantou questões contrárias ao formalismo e assim a linguagem passa a ser uma prática, deixando de ser um conjunto de regras lineares. Palavras-chave Análise do discurso. Michel Pêcheux. Eni Orlandi.

Análise do Discurso, Turismo e…

Rosa dos Ventos, 2021

2019 pelos doutorandos em Turismo e Hospitalidade da Universidade de Caxias do Sul, tendo como entrevistada a Prof.ª Dr.ª Luciene Jung de Campos. Pioneira na articulação entre Análise do Discurso pecheutiana e o Turismo, a professora e pesquisadora do corpo permanente do Programa de Pós-graduação em Turismo e Hospitalidade da Universidade de Caxias do Sul apresenta nesta entrevista os registros de sua trajetória de vida e acadêmica, nos permitindo compreender um pouco sobre seus interesses de pesquisa e sobre o seu olhar para as relações que estabelece com a Psicanálise, a Arte e os estudos do Trabalho.

Epistemologia da análise do discurso no turismo

Caderno Virtual de Turismo, 2005

Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto emologia da análise do discurso no turismo Caderno Virtual de Turismo

NO CAMPO DISCURSIVO: TEORIA E ANÁLISE

2020

Qual o lugar do linguista na análise do discurso? É a perguntatítulo que guia o quarto capítulo, escrito por Pedro de Souza. A discussão se dá em torno de um debate de Foucault sobre A Arqueologia do saber, na Rádio France Cultura, em 2 de maio de 1969, em que os entrevistadores propõem a polêmica pergunta de qual seria a diferença entre objeto discursivo e não-discursivo. O destaque é para a resposta de Foucault: o objeto do discurso é fabricado pelo próprio discurso. Souza salienta que importante é se considerar a questão seguinte: sobre o discurso o que e como se analisa? Por fim, o autor propõe o emprego de certo conceito de discurso que não o pressupõe como objeto linguageiro a priori, e sim como prática resultante de um ato de fala. O quinto capítulo da primeira parte, O gêneros do discurso nos estudos discursivos de base dialógica, de Rodrigo Acosta Pereira, Luana de Araujo Huff e Amanda Maria de Oliveira, traz uma discussão teórico-metodológica acerca das contribuições da teoria de gêneros do discurso para os Estudos Dialógicos da Linguagem. Os autores retomam as explicações conceituais dos escritos do Círculo, à luz do discurso e da enunciação, delineando considerações tanto de base epistemológica quanto teórico-metodológica, e ratificam a posição de pesquisas de base dialógica que partem do matiz social, histórico e cultural para a materialidade linguística. Recepções do pensamento bakhtiniano no ocidente: a verbivocovisualidade no Brasil, escrito por Luciane de Paulae José Antonio Rodrigues Luciano, é o sexto capítulo deste No campo do discursivo. Propõe um levantamento analítico das várias recepções das obras bakhtinianas no Ocidente. Os autores apresentam uma leitura com vistas a compreender as particularidades dos textos no encontro com culturas diferentes, o que provoca interpretações do pensamento de Bakhtin e do Círculo de pontos de vista distintos. O estudo busca entender de que maneira essas recepções influenciaram a recepção brasileira a partir da reflexão acerca dos desdobramentos da filosofia bakhtiniana na contemporaneidade, sobretudo no Brasil.

O Dilema Turístico

Comunicação & Informação, 2013

Este artigo trata das reais possibilidades do Turismo como meio de desenvolvimento capaz de solucionar a desigualdade social e resolver as atuais falhas alocativas do mercado de trabalho. A partir de uma reflexão que problematiza o modelo das políticas de fomento ao Turismo no Brasil, somado as próprias contradições internas do Turismo e do mercado de trabalho turístico, procuraremos demonstrar que a atividade merece escrutínio antes de considerá-la como a tábua de salvação das diversas economias locais. Palavras-chave: Acumulação Flexível, Turismo, Embratur, Desenvolvimento, Emprego. Acumulação flexível e as transformações no mercado de trabalho jan/jun. 2006.

A ANÁLISE DO DISCURSO COMO UMA FERRAMENTA PARA FACILITAR O DIÁLOGO INTERCULTURAL

Através do método hipotético dedutivo e baseado nos relatos dos Autores do livro Cafundó acerca da linguagem de uma comunidade quilombola, vislumbraram-se pontos de contado entre a interpretação feita pelos Autores e o aporte teórico de Michel Pêcheux na análise do discurso. Contudo, verifica que, tal como prevê a própria análise do discurso, passou despercebida na linguagem daquela comunidade, uma nuance importante da ideologia do grupo quilombola, que se revela na tentativa de esconder os significados das palavras no diálogo, e na comunhão da língua com poucas pessoas não pertencentes ao grupo. Esta ideologia que se percebe, neste momento do estudo, considerando-se o pluridade do Estado nacional e o multiculturalismo, é que da mesma forma que o grupo teria sido excluído ou não incluído pela população majoritária, haveria um movimento de exclusão e não inclusão de outras pessoas pelo grupo quilombola, sendo certo que a percepção desta ideologia, através da análise do discurso, poderia facilitar o contato, fazendo com que os marcos divisórios de sobreposição cultural fossem reduzidos, facilitando o diálogo intercultural.

AS ANTECIPAÇÕES DO TURISMO NO BRASIL

Resumo Este trabalho se insere no incipiente campo da história do turismo no Brasil, indagando em suas antecipações no século XIX, ou seja, nas práticas e representações que, em boa medida, o fundamentaram, ainda durante o século XX. Eis a principal idéia que nos fez revisitar os oitocentos desde uma perspectiva diferente na qual o turismo constitui o centro da reflexão. Partindo desse pressuposto e da sua natureza – uma construção social – foco minha leitura da história do Brasil a partir da chegada da Família Imperial até o último quartel do século XIX. Nessa etapa pensei a ocidentalização e reprodução de aspirações, particularizando, nos hábitos e costumes trazidos pelos Bragança ao Brasil. De particular interesse resultaram as práticas terapêuticas da época e os banhos de mar. Detenho-me também em guias de viagens da época, na construção da natureza recreativa, do ócio e do lazer entorno de elementos naturais da geografia carioca, assim como na viagem turística dos norte-americanos ao Rio de Janeiro. Esses aspectos tornam complexo o estudo histórico do turismo em uma etapa prévia a sua organização, estruturação e inserção na pauta do poder público o que entra em contradição com interpretações presentes no meio acadêmico brasileiro. A contribuição teórica deste artigo, que se inspira e dialoga com os estudos de Marc Boyer e de Haroldo L. Camargo, aponta para uma proposta de estudo do turismo relacionada à História do Brasil. Palavras-Chave: Turismo. Antecipações. Hstória. Viagem moderna. Brasil. 1 UMA HISTÓRIA DO TURISMO ANTES DO TURISMO As primeiras antecipações, anteriores à organização e estruturação do turismo no Brasil, surgiram como consequência da ocidentalização e reprodução das aspirações, dos hábitos e dos costumes introduzidos a partir da chegada da Família Real, da Corte Portuguesa e dos grupos comerciais estrangeiros instalados no Brasil e, mais especificamente, no Rio de Janeiro, durante o século XIX. Eis a idéia que defende o historiador Haroldo Camargo para pensar uma " pré-história do turismo no Brasil " , na primeira metade do século XIX e nessa direção que nos posicionamos teoricamente (CAMARGO, 2007). Ainda que o estudo desse historiador tenha abordado profundamente o período que denomina como " pré-história do turismo " , o tema – sem dúvida interessante – continua a chamar a atenção. Prefiro pensar os anos compreendidos entre 1808 e até a década de 1880 sob a denominação de antecipações visando a enriquecer o debate das relações entre turismo e história no Brasil. Já ao falar em antecipações, inspirado nos estudos de Marc Boyer, refiro-me a elementos singulares que antecedem e se relacionam às fases posteriores de organização e estruturação do turismo no Brasil. Existe no Brasil uma história do turismo antes do turismo, ou seja, antes da ideia consagrada por vários estudos que o associam com a eclosão da segunda metade do século XX. Esse entendimento, recorrente no meio acadêmico, diminui a importância dos oitocentos e de outras etapas modernas em sua história. Também não seria pertinente