Hastening Science: Reflectindo sobre o processo científico em tempos pandémicos (original) (raw)
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Slow Science: a temporalidade da ciência em ritmo de "impacto"
Resumo: Neste artigo analisamos o funcionamento do discurso da produtividade científica em um corpus de textos que tratam do movimento SLOW SCIENCE. O objetivo geral do trabalho é apresentar uma descrição das formas de representação do tempo em relação com o fazer científico e seus efeitos na produção de imagens de ciência legitimada. Com este fim, analisamos as operações enunciativas de representação da temporalidade e sua relação com a narratividade discursiva. Reunimos um corpus representativo de artigos e notícias veiculados em publicações de divulgação científica, assim como em páginas de agências de fomento e comunidades virtuais ou blogs disponíveis na web. A descrição e interpretação dos materiais seguem os procedimentos da teoria da Análise de Discurso, considerando principalmente o papel da memória discursiva na produção de operações de narratividade e seus efeitos sobre as formas de representação da temporalidade.
RESENHA: Ciências de combate em tempos de capitalismo pandêmico
Moraes, A. (2021). Ciências de combate em tempos de capitalismo pandêmico / Pandemia e agronegócio: doenças infecciosas, capitalismo e ciência, de WALLACE, Rob. Revista De Antropologia, 64(3). https://doi.org/10.11606/1678-9857.ra.2020.189658, 2021
“Um livro é como uma garrafa lançada ao mar” é a imagem escolhida por Isabelle Stengers para iniciar seu último trabalho Réactiver le sens commun(2020). O livro Big Farms make Big flu(2015), traduzido agora como Pandemia e Agronegócio: doenças infecciosas, capitalismo e ciência (2020) pelas editoras Elefante e Igra Kniga, já pode entrar para a história recente da literatura científica como uma das garrafas lançadas mais auspiciosas dos nossos tempos pandêmicos.
Rumos ‘pós-pandêmicos’ da Pesquisa, Educação e História de Ciências da Terra
Terrae Didatica
A notável recepção de manuscritos por Terræ Didatica em 2022 compreende mais de 80 contribuições inéditas. Os números indicam que a comunidade geocientífica nacional e internacional considera a revista um veículo ágil e eficaz para divulgar resultados de suas pesquisas. Os editores agradecem a generosa cooperação de dezenas de especialistas, altamente capacitados, do Brasil e do exterior, que compõem um exigente sistema de revisão por pares. A capacidade de processamento de novas contribuições ampliou-se, mas a resposta nem sempre ocorre na velocidade esperada. É digno de nota o relevante papel educativo do trabalho editorial junto aos/às jovens novos/as autores/as. A inusitada quantidade de 39 trabalhos rejeitados no ano se deve tanto a casos de submissão incompleta, quanto de baixa qualidade detectados pelos pareceristas, a quem compete aplicar rigorosamente os critérios de seleção. Para aprimorar os manuscritos, os editores tentaram adotar alguns mecanismos de interação junto aos...
O ativismo científico em tempos de mediações algorítmicas
Redes sociais face aos desafios num mundo global, 2023
A atualidade é volátil, incerta, complexa e principalmente ambígua (VICA), forçando o encurtamento dos ciclos de produção e divulgação da ciência. A academia segue seu ritmo tradicional, produzindo em longos ciclos, para então terem suas pesquisas divulgadas, muitas vezes de forma enviesada. Adequações a esta realidade passam pela compreensão dos mecanismos utilizados pela desinformação, que contam com sofisticadas estratégias de marketing digital e aproveitamento oportuno dos vieses cognitivos, comuns a todo ser humano. A comunicação e divulgação científica ganharam um novo patamar com o marketing científico, e o momento demanda ações ainda mais efetivas e complexas em diversas áreas de influência: da sociedade civil a instituições políticas, econômicas e culturais. O divulgador científico precisa tornar-se um ativista da ciência, costurando interesses de forma estratégica, visando comunicar, aplicar e garantir a sobrevivência da ciência em todas as esferas da sociedade, combatendo a desinformação, ignorância, negacionismo, conveniência política e tantos outros problemas.
Negacionismo científico e tecnologias algorítmicas em tempos pandêmicos
Revista Opinião Filosófica
O artigo apresentado resulta de uma pesquisa etnográfica realizada mediante observação participativa em três grupos de WhatsApp bolsonaristas, em que foram examinados os conteúdos das conversas e outros tipos de publicações neles compartilhados visando promover o engajamento político daqueles que se reconhecem como conservadores, sobretudo, pelo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e pelo polemista e autointitulado filósofo, Olavo de Carvalho. O objetivo desta investigação consistiu em identificar: 1) o alinhamento das narrativas negacionistas da pandemia de Covid-19 e das medidas sanitárias destinadas ao seu controle com os discursos que vêm sendo manejados para garantir apoio e estabilidade ao governo Bolsonaro; e 2) evidenciar a chamada guerra cultural como dispositivo de desinformação que atua como máquina de guerra a partir do uso do WhatsApp, apresentado como máquina técnica.
Iniciação Científica Em Tempos Pandêmicos
Revista Serviço Social em Perspectiva, 2021
A pandemia do COVID-19 aprofundou a crise do capital no mundo. Na realidade brasileira, seus impactos ganham particulatidade e se agudizam devido ao ultraneoliberalismo associado ao posicionamento de extrema direita do presidente Bolsonaro. A pandemia impactou todos os âmbitos da vida e do trabalho, intensificou o uso dos ambientes virtuais e das tecnologias digitais, na educação e no ensino superior, repercutindo nas dimensões: ensino, extensão e pesquisa. O Ensino Remoto Emergencial (ERE) impôs desafios à vivência universitária. As reflexões aqui apresentadas, a partir da experiência de iniciação científica, vinculada ao Projeto "Ingressante e Egresso do Curso de Serviço Social da UFOP: um estudo sobre seus perfis" trazem os desafios e os limites do desenvolvimento da atitude de investigação, especificamente, da iniciação científica em Serviço Social, que vem sofrendo o impacto da pandemia do COVID-19. A pandemia confirma a exigência de respostas e estratégias coletivas ...
A ciência enquanto processo: um caso de divulgação
Revista Cientifica Ciencia Em Curso, 2012
Resumo: O trabalho reflete sobre a produção do conhecimento científico na contemporaneidade discutindo especificamente os modos como esse conhecimento circula e como é divulgado. Estamos interessados no que se denomina divulgação científica, espaço social com forte injunção da mídia, em que, segundo alguns autores, o conhecimento científico "sai" de seu lugar "originário" e vai produzir sentidos no cotidiano dos não especialistas. Para isso, trazemos para a discussão a proposta de divulgação da Revista Laboratório Ciência em Curso. A proposta da Revista é divulgar a ciência através de um site, em que a multiplicidade de meios como áudio, vídeo, texto, links possibilitem significar a ciência de modo não linearizado. Além disso, buscamos problematizar a forma de divulgação de ciência feita pelo jornalismo científico, já que o que se vê, hoje, nos materiais de divulgação de ciência, é uma tendência a fazer prevalecer os conhecimentos da própria mídia sobre ciência. Palavras-chave: Análise do Discurso; divulgação científica; Revista Laboratório Ciência em Curso. INTRODUÇÃO A Revista Laboratório Ciência em Curso 6 é o espaço em que buscamos compreender e refletir sobre os procedimentos envolvidos no trabalho de divulgação científica. A proposta da Revista-laboratório é divulgar a ciência através de um site em que a multiplicidade de meios como áudio, vídeo, texto, links possibilitem uma interação do interlocutor com os sentidos da ciência de modo não linearizado. Além disso, busca problematizar a forma de divulgação de ciência feita pela mídia de massa, já que o que se vê, hoje, nos materiais de divulgação de ciência, é uma tendência a fazer prevalecer os conhecimentos da própria mídia sobre ciência. A ciência, na maioria dessas matérias, é mostrada noticiosamente, o que traz como consequência um apagamento do processo científico. De fato, ao mostrar a ciência como notícia, des
CATAVENTOS - Revista de Extensão da Universidade de Cruz Alta, 2021
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a área das ciências naturais tem como foco a conservação da natureza e a alfabetização científica, mas atualmente o ensino possui um enfoque teórico e não fica claro para os alunos a aplicação diária desse conhecimento. Com isso o objetivo deste trabalho foi apresentar uma alternativa metodológica, através de oficinas experimentais simples, principalmente em Ciências e Química, para crianças de 07 a 11 anos, mostrando-as alguns exemplos sobre a importância da ciência e como ela está presente no cotidiano, de maneira dinâmica e agradável para o aluno. Para isso, foi montada uma cartilha com linguagem simples e visual contendo uma introdução de cada oficina e a metodologia adequada para a faixa etária. De posse desta cartilha, foram iniciadas as atividades experimentais, as quais puderam ser realizadas dentro da própria sala de aula. No primeiro encontro aplicou-se um questionário que os alunos responderam, com intuito de avaliar qual o interes...