Estado Neoliberal Brasileiro Em 2019 (original) (raw)

Neoliberalismo no brasil

Introdução Ao decorrer dos anos todas as nações tramitaram sob seu plano econômico e os meios de produção para fabricação de objetos compráveis. Ao decorrer dos milênios pode-se identificar o sistema escravagista, principalmente, na história antiga com o Império Romano, onde, quanto maior o número de escravos, maior seu poder. Com a derrocada deste, erguem-se, por cerca de um milênio, as monarquias. Nesta, o modelo econômico representativo foi o feudalismo. Com a revolução industrial e a acumulação de capital nasce o capitalismo e suas inúmeras vertentes. Uma destas vertentes é o neoliberalismo que iremos estudar suas raízes e seus impactos aqui.

Neoliberalismo Autoritário No Brasil

Caderno CRH

O artigo define neoliberalismo como a construção política da sociedade de mercado, constituindo o modo de regulação ou o regime de governamentalidade predominante na fase atual do capitalismo. Historicamente, o neoliberalismo sempre esteve associado ao esvaziamento da democracia e a estratégias autoritárias. Após a crise de 2008, o neoliberalismo radicalizou suas medidas ao mesmo tempo em que aprofundou o recurso ao autoritarismo, estabelecendo uma diferença de grau que permite afirmar, seguindo a análise de Nancy Fraser (2017), a passagem de uma fase progressista que mantinha práticas autoritárias para uma fase propriamente autoritária do neoliberalismo. Por fim, o artigo busca compreender tal deslocamento de fase na crise da Nova República, admitindo a singularidade do processo de neoliberalização brasileiro. Esta singularidade se deve ao fato de que o neoliberalismo não substituiu completamente outras racionalidades políticas e projetos de regulação previamente existentes, mas se...

Neoliberalismo na América do Sul

Os últimos anos têm apresentado uma nova relação entre o Estado e o mercado nos contornos sul-americanos. A crise do modelo econômico, teórico e prático, neoliberal e as mudanças geoeconômicas globais -que têm como foco a região de Ásia-Pacífico e, principalmente, a ascensão da China com sua política de going out (VADELL, 2011) -provocaram impactos da maior importância política e econômica na América do Sul. Esses desdobramentos ali-75 Contexto Internacional (PUC) Vol. 36 n o 2. Nessa linha, a percepção atual é de que os Estados, como dirigentes do desenvolvimento, tenham importância e que "o tempo das crenças ingênuas em favor das teses ligadas à irrelevância dos Estados Nacionais parece estar chegando ao fim" (CARDOSO JR.; SIQUEIRA, 2009, p. 10). 3. O ponto 2 das dez teses sobre o novo-desenvolvimentismo expressa: "O mercado é o lócus privilegiado desse processo, mas o Estado desempenha um papel estratégico em prover o arcabouço institucional apropriado que sustente

Neopentecostalismo e Neoliberalismo No Brasil

Revista Práxis e Hegemonia Popular, 2020

O objetivo deste artigo é analisar a construção histórica do neopentecostalismo e relacioná-lo com o neoliberalismo no Brasil. Ele emerge de expressões religiosas do pentecostalismo, especialmente nos anos de 1970. Sua presença, cultural e política, é sentida pela utilização que faz dos meios de comunicação social, concomitante ao avanço das políticas e das determinações do neoliberalismo, a partir da década de 1990. É caracterizado pela utilização e pela adaptabilidade de seus ritos, cultos, liturgias à radiodifusão e pela participação institucional consolidada assentado sobre as dinâmicas das mídias e do mercado das coisas ligadas à religião, no âmbito da mística dos media. A materialidade de suas prerrogativas se deve ao exercício de sua atividade prática. Trata-se de uma ideologia adequada ao neoliberalismo pelo fato de que reproduz as desigualdades e mantém a alienação como condição de participação política.

Crises Políticas e Capitalismo Neoliberal No Brasil

2015

Registro aqui meus agradecimentos à Capes, pelo auxílio financeiro garantido à pesquisa. E, sobretudo, às seguintes pessoas: Ao meu orientador e amigo, Armando Boito Jr., pelos debates que vimos travando desde a iniciação científica, pelo estímulo intelectual e pelos comentários e críticas que teceu cuidadosamente a cada um dos capítulos desta tese. À professora Rachel Meneguello, pelas contribuições que deu à pesquisa no exame de qualificação. Aos membros do grupo de pesquisa-Neoliberalismo e relações de classe no Brasil‖ com quem pude debater diversos aspectos analisados nesta tese e refletir coletivamente sobre os processos políticos no capitalismo contemporâneo, nas reuniões realizadas entre 1999 e 2009. Agradecimento especial à Andréia Galvão, que me deu contribuições valiosas durante o exame de qualificação. Aos amigos dos debates sempre acalorados e muito construtivos sobre as classes sociais:

Governo Lula e a Nova Face Do Neoliberalismo No Brasil

DOAJ (DOAJ: Directory of Open Access Journals), 2007

"as ideologias não são de modo algum arbitrárias; são fatos históricos reais, que devem ser combatidos e revelados em sua natureza de instrumentos de domínio, não por razões de moralidade etc., mas precisamente por razões de lutas políticas: para tornar os governados intelectualmente independentes dos governantes, para destruir uma hegemonia e criar uma outra, como momento necessário da subversão da práxis" Antonio Gramsci (2000, p. 387). RESUMO: A chegada do PT e de LULA ao governo central em 2002 representou tempos de grandes esperanças para o conjunto da população brasileira. A possibilidade de um projeto alternativo ao projeto neoliberal, trazido por um partido de esquerda com um histórico de lutas populares transmitia tal mensagem. Este texto apresenta elementos para compreensão do governo LULA e do PT como a continuidade radicalizada do projeto neoliberal, legitimando a dominação da burguesia e aumentando sobremaneira a exploração da classe trabalhadora.

Neoliberalismo e crise na América Latina: o caso de Brasil

2010

No início dos anos 90, o Brasil, tendo à frente o Governo Collor de Mello, foi o último país da América Latina a aderir e implementar o projeto político-econômico neoliberal, sistematizado doutrinariamente em 1989, de forma inequívoca, pelo chamado "Consenso de Washington". Com a deposição constitucional desse governo em 1992, e sua substituição pelo Governo Itamar Franco, o ritmo de implantação desse projeto diminuiu durante o período 1993/1994, sendo retomado posteriormente com toda a força, e amplamente executado, pelos dois Governos de Fernando Henrique Cardoso (1995/2002). Após mais de uma década dessa experiência, os resultados essenciais, com nuances e detalhes secundários, são os mesmos verificados nos demais países do Continente, quais sejam: estabilidade relativa dos preços e baixíssimo crescimento econômico, acompanhados pelo aumento das dívidas externa e interna; a desnacionalização do aparato produtivo, com transferência de renda do setor público para a setor privado e da órbita produtiva para a órbita financeira; a elevação das taxas de desemprego e a redução dos rendimentos do trabalho. Em suma, aprofundamento dramático da dependência e da vulnerabilidade externa do país, a ampliação da fragilidade financeira do setor público, a precarização do mercado de trabalho e a manutenção ou deterioração das condições sociais-pobreza, criminalidade, violência e desigualdade de renda e de riqueza.

O ESTADO NEOLIBERAL NO BRASIL E URUGUAI

Encontro Nacional de Geografia Agrária - XXIII ENGA - Ajuste Espacial x Soberania(s): a multiplicidade das lutas e estratégias de reprodução no campo, 2016

O presente trabalho apresenta uma discussão inicial acerca da implantação do neoliberalismo no Brasil e no Uruguai, mais especificamente no meio rural, considerando as relações e consequências entre o Estado neoliberal e o agronegócio. A partir de uma pesquisa bibliográfica e documental apresenta-se o contexto da influência neoliberal nos territórios rurais nos quais está implantado o agronegócio. Brasil e Uruguai são países que têm boa parte de suas economias baseadas na produção e exportação de commodities, inclusive de gêneros alimentícios. Contudo, esta produção corrobora a acumulação de capital a partir do alimento transformado em mercadoria, em detrimento das populações tradicionais que vivem no/do campo. A influência neoliberal neste cenário tem consequências danosas para as populações tradicionais e para o meio ambiente, pois a transnacionalização de capital e terras promove o êxodo rural, anulando agricultores familiares e exaurindo recursos naturais.