Islamismo, Religião Ou Terrorismo? (original) (raw)
Related papers
Cristianismo e Islamismo, 2023
Hoje, poderíamos dividir o mundo em dois grandes blocos, o primeiro bloco que foi fortemente influenciado pelo cristianismo e o segundo que teve maior influência islâmica. Influência Islâmica que teve seu grande marco na queda de Constantinopla em 1453, data que é adotada como o fim da idade média. Constantinopla, que era a capital do império Romano no oriente, teve seus muros vencidos pelo imperador Mehmed II. Até então, um território majoritariamente cristão passa a ser dominado por muçulmanos. Desde então, a influência Cristã passou a ser minada no mundo oriental. Constantinopla, hoje Istambul, jamais voltou a ser cristã. Turquia, um país muçulmano, é a porta de entrada do Islamismo a todo mundo ocidental.
Sharia, Religião e Secularização
INTERAÇÕES, 2021
O artigo pretende examinar a compatibilidade entre os conceitos de secularização e de sharia presente no Islam. O pressuposto subjacente ao texto é de que há compatibilidade entre essas duas realidades históricas. O objeto deste artigo é relevante para a Ciência da Religião porque examina o binômio Islam-modernidade tema muito presente nos estudos sobre o Islam. O núcleo central do artigo está dividido em quatro partes. Na primeira parte procura-se mostrar a origem da palavra sharia e a sua importância na religião islâmica. Na segunda parte examina-se o conceito de religião no Islam. Na terceira parte (A secularização) o conceito de secularização é apresentado a partir de três autores: Casanova, Gritti e Luckmann. Por último, o texto discute e demonstra que é possível sustentar a compatibilidade entre a secularização e a sharia e o diálogo entre essas duas realidades a partir do exemplo da Turquia.
Fundamentalismo Religioso Cristão e Islâmico: Tendências Sociopolíticas
PARALELLUS Revista de Estudos de Religião - UNICAP, 2019
Nas últimas décadas se observa o retorno da religião sob forma de fundamentalismo religioso, utilizando a mídia e instrumentos de pressão política para fazer valer suas crenças, pois diante do receio ao questionamento, os fundamentalistas veem no "outro", no diferente, uma ameaça a ser combatida e, em alguns casos, extirpada para preservar suas convicções. O presente estudo tem por objetivo discutir as tendências sócio-políticas do fundamentalismo religioso cristão. Para tanto, com método bibliográfico narrativo, visitamos alguns autores em nível nacional e internacional, que abordam as condições que fizeram emergir o fenômeno social do fundamentalismo religioso, sua estruturação e atuação, até suas demandas sócio-políticas. Os resultados apontam que quando se identifica e transfere qualquer responsabilidade pessoal e histórica para as forças externas, o "outro", entendido como pessoa e/ou instituição, * Doutor em Filosofia pela Universidade Nacional Autónoma do México (2000). No Programa de Mestrado e Doutorado em Psicologia da UCDB, do qual foi coordenador de 2014-2017, colabora transversalmente, desde a Filosofia, com a discussão e o aprofundamento dos temas relativos às condições epistemológicas e fenomenológicas para a construção do conhecimento científico na pesquisa no campo da Psicologia. Coordena o Grupo de Pesquisa Modelos Histórico-epistemológicos e Produção de Saúde, com registro no CNPQ e Certificação da UCDB. Integrou e presidiu o CEP da UCDB por dois mandatos consecutivos, de 2013 a 2018. Colabora como Professor convidado na disciplina de Epistemologia no Doutorado em Educação da UCDB.
Breve dicionário das literaturas africanas, 2023
Capítulo do livro disponível em https://loja.editoraunicamp.com.br/Categoria/breve-dicionario-de-literaturas-africanas-661/p?fbclid=IwAR3U35k6LX6Oo4TImRcXrN\_BS7avteaHmGLr9iFfzIcWRyUnUrxR9MlYXvU
Identidades Religiosas em Portugal, 2012
Para compreender a diversificação do campo religioso em Portugal torna-se indispensável aceder à dinâmica do processo revolucionário. Quando se dá a revolução, em 1974, a própria Igreja Católica está já envolvida num processo de transformação interna, iniciado durante o Marcelismo. No entanto, quando solicitada a apoiar o regime, a hierarquia recusa, quer a realização de urna celebração pública da Libertação Cristã, proposta por um grupo de cristãos de Lisboa, quer a celebração de um Te Deum que legitime o regime nascente, a pedido da Junta de Salvação Nacional. Entre a surpresa e a expectativa, os bispos só tornam urna posição oficial quando se fazem representar, através do Patriarca de Lisboa, na cerimónia de posse do presidente da República, general Spínola, no Palácio de Queluz. Para quem assume o poder político, parece estar ainda muito presente a memória da I República e as eventuais consequências das difíceis relações com a Igreja Católica para a legitimação do regime democrático (cf. Monteiro, 1993: 35).
Religião, Violência e Política No Brasil
INTERAÇÕES
A Apesar dos avanços que se pode perceber na Nova República brasileira, no que concerne aos direitos humanos, em que se incluem os direitos das minorias, bem como os direitos difusos, observa-se, no contexto da própria democracia, a escalada dos discursos e das propostas políticas de cunho ultraconservador, notoriamente também lastreadas em movimentos religiosos de caráter moralista. Seria este um fenômeno atípico, anacrônico e desconectado das estruturas de poder do Brasil? Ou ele é apenas uma das faces, talvez a mais reveladora, da forma como se constitui a política e a economia neste país, e que ganha, nos últimos tempos, enorme visibilidade, galgando o podium da política institucional nacional ao ter, como seu porta-voz, o próprio presidente da República? O caráter quase nada dialógico dessa forma de fazer política, arvorada na intolerância e no sectarismo, indica uma anomalia na tradição política brasileira ou demonstra, sem qualquer prurido, o caráter autoritário e violento de...
Uma Ciência Humana Da Religião Ou Uma Ciência Humana Do Secularismo?
Revista Vertices, 2013
O texto aborda a discussão sobre a possibilidade de estabelecer campos científicos distintos onde os focos de interesse seriam a Religião ou o Secularismo. No desenvolvimento procuro demonstrar que essa é uma falsa questão, uma vez que religião (ou religiões) e o secularismo são crias de uma mesma cultura e faces de uma mesma moeda, não podendo ser dissociadas uma da outra, o que impossibilitaria se falar em campos científicos distintos. Entendo ser essa um questão inserida no campo do discurso e da cultura e a solução para a aparente contradição entre esses dois campos passa exatamente pelo troca entre os enunciados das diferentes posições.