As feiras de rua em contextos metropolitanos : Porto e Barcelona (original) (raw)
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Feiras e mercados no Porto: velhos e novos formatos de atividade económica e animação urbana
Apesar da escassez de literatura científica sobre feiras e mercados urbanos, esta atividade económica é reconhecida por instituições internacionais e organismos locais como uma força motriz do desenvolvimento económico local e das vivências e animação urbanas. Com esta pesquisa pretende-se dar um contributo para a investigação nesta área, através da análise dos mercados e feiras existentes oficialmente na cidade do Porto. A abordagem metodológica assenta na observação, na realização de um conjunto de entrevistas e em fontes complementares. O objetivo é analisar os formatos, as características, as parcerias, o envolvimento com a comunidade local e as estratégias de marketing e comunicação das feiras e mercados urbanos.
Ano de conclusão: 2015 Designação do Mestrado: Mestrado em Mediação Cultural e Literária É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTA TESE/TRABALHO APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE; Universidade do Minho, / / Assinatura: iii Agradecimentos Gostaria de agradecer a um conjunto de pessoas que de diferentes formas me ajudaram e tornaram esta dissertação de mestrado possível: Ao Professor Doutor Vítor Manuel Ferreira Ribeiro de Moura, pela orientação, pela disponibilidade e pela partilha dos seus conhecimentos; Aos writers que se mostraram disponíveis para me ajudar, sem eles não seria possível: Bafo de Peixe, Bent, Dub, Mesk, Ratos Suspeitos e SEM; À minha irmã, Lara, por toda a atenção, à minha mãe, por estar sempre presente e ao meu pai. Ao Xavier, pelo apoio incondicional; A todos os meus amigos que me apoiaram e compreenderam a minha ausência em momentos importantes. iv v Resumo A Arte Urbana é um tema ainda recente e controverso. Apesar de incompreendida por muitos, tem vindo a adquirir aceitação no mundo da arte. Esta investigação pretende compreender e inserir a Arte Urbana no mundo da arte, analisando diversas teorias da arte desenvolvidas ao longo do tempo. Após a investigação dessas teorias, é com a narração históricadefendida por Carroll -, que a Arte Urbana se consegue integrar no mundo da arte. A narração histórica implica que o artista seja capaz de elaborar uma argumentação que justifique a relação da sua obra face a obras de arte precedentes. Nesta investigação apresenta-se uma visão global da Arte Urbana: as suas origens, os seus antecessores, a distinção do graffiti, as suas características essenciais, bem como os principais artistas e obras a nível mundial. Eclodiu nos anos 70 nos Estados Unidos da América e deve as suas origens ao graffiti. O graffiti foi crescendo e começou a ter obras elaboradas em paredes legais, evoluindo daí para a Arte Urbana. Este movimento chega a Portugal só nos anos 80, mas desde então tem vindo a desenvolver-se e a tornar-se mais activo na vida das cidades. Surgem eventos, actividades e incentivos para a prática da Arte Urbana, que através da reabilitação dos espaços públicos, ajudam a promover o turismo no país e a desenvolver o comércio local. A cidade escolhida para esta investigação foi a cidade do Porto. O Porto é rico em Arte Urbana e tem desenvolvido festivais, eventos e diversas actividades relacionadas com a temática. A Rua da Madeira será apresentada como um roteiro turístico alternativo e com um grande potencial de crescimento a nível cultural. Realizaram-se entrevistas a artistas urbanos do Porto para auxiliar na compreensão e na exploração de assuntos relacionados com a Arte Urbana no geral e, mais concretamente, com a Arte Urbana no Porto.
PORTO, CIDADE DE MERCADORES E DE MAREANTES
Porto, cidade de Mercadores, 2022
O advento da economia capitalista, vai conduzir a transformações de fundo na sociedade portuguesa. Na implementação do capitalismo em Portugal, a classe dos mercadores foi a que mais se impôs, ao definir e trabalhar o sistema, o que lhe vai permitir chegar à fortuna e rapidamente, à disputa dos lugares da política e, finalmente, à aristocracia. O sistema vai fazer com que os mercadores, aos poucos, se entreguem ao negócio do dinheiro, transformando-se em banqueiros, correctores e agiotas. Depois, já ricos, viram-se para a política o que lhes permitia a consolidação dos seus negócios e interesses. Surge, desta forma, a economia capitalista, de certa forma jogada nos tabuleiros de Portugal e da Europa do Norte e as oligarquias, que se manifestam com a baixíssima rotação dos lugares de gestão da cidade. Com a expulsão dos judeus e com a crise do Império, este movimento abranda significativamente. Mas serão os Cristãos Novos mercantilistas, que, graças aos seus contactos, detêm as ligações comerciais na Europa do Norte, no Mediterrâneo e em África, fazendo renascer o mercantilismo, enquanto vão tomando paulatinamente os cargos administrativos, desde os postos alfandegários ao lugar de Vereador e, rapidamente, os nomes associados às construções são os mesmos nomes que estão ligados às transacções. A nova classe mercantilista não se coíbe de continuar o seu trabalho e em 50 anos, passa, na prática, a ser dona e senhora do comércio. São armadores, banqueiros, tratantes, latifundiários, enfim, uma poderosa oligarquia cristã nova a quem o Porto deve a sua explosão mesmo na altura crítica da perda de Nacionalidade.
Olhando a América Latina: a relação centro-periferia nas feiras de arte
Revista Extraprensa, 2010
Globalization favors the interchange between different places. In visual arts, shows and fairs tend to shelter the production of more countries, whereas the critique approaches works by artists who were not previously part of the "cultural map" of the so-called civilized world, that is, the more developed countries. At the same time, the way the critique sees such production varies according to several factors, among which the origin of authors. Thus, while dealing with the same topic-in this case Latin American art-, critics from "central" countries tend to adopt a position permeated by fascination before what they consider to be exotic, even primitive. "Peripheral" critics struggle to prove that their countries' art is universal. However, at international fairs, due to financial interests, those poles assume a different position, more similar to one another.
Na ocasião dos eventos renovam-se cidades -os casos de Barcelona e Lisboa
GeoInova, 10, 2004
Os grandes eventos internacionais como as Expos, os Jogos Olímpicos e, agora também os Fóruns, afirmam-se cada vez mais como importantes catalisadores de renovação urbana. Na oportunidade da sua realização surgem grandes projectos infraestruturais e urbanísticos, que ambicionam converter ter-ritórios marginais à cidade em novas centralidades multifuncionais e com eleva-dos padrões de qualidade de vida e ambiental. Este artigo explora a oportunidade de renovação que as cidades de Barce-lona e Lisboa tiveram para que, através de três eventos internacionais como os Jogos Olímpicos (Barcelona92), a Expo98 (Lisboa) e o Fórum Barcelona 2004, recuperassem espaços tidos como marginais até então. A comparação de três eventos internacionais de natureza tão diferente per-mite confirmar que, independentemente dos seus objectivos mais imediatos, eles são a ocasião ideal para acrescentar novos fragmentos de cidade ao território das metrópoles, de acordo com um novo conceito de conceber, construir e habitar o espaço. Assiste-se então à fragmentação das cidades e das sociedades, à valo-rização da dimensão estética e simbólica dos espaços, à composição de identida-des com base em estilos de vida e padrões de consumo cultural. Os três projectos urbanos aqui em análise permitem estabelecer importantes correspondências nesta nova forma de fazer cidade, num tempo dito de pós-modernidade.
Análise comparativa de feiras no Alto Minho: relação entre espaço e apropriação
2015
A quarta fase surge da reflexão sobre tais espaços onde se procura especular possíveis estratégias de intervenção nestes lugares onde mais do que criar um modelo rígido para receber a feira, se visa repensar o seu lugar na cidade, tendo como objetivo a transformação de espaços de status de exclusão, aproximando-os de um caráter de inclusão entre a vivência da cidade.
A Feira Livre Na Contemporaneidade: Estudo De Caso Em Uma Pequena Cidade Paraibana
2016
O presente trabalho se propos a discutir, como o proprio titulo indica, a feira livre na contemporaneidade, a partir de um estudo de caso realizado na pequena cidade de Juazeirinho, localizada na Microrregiao do Serido Oriental Paraibano. Atraves de observacao participante, durante aproximadamente um ano, conseguiu-se identificar os delineamentos assumidos por essa atividade comercial e registrou-se, mediante fotografias, as permanencias e transformacoes sofridas pela feira livre, onde foi possivel identificar a inercia dinâmica desta antiga forma comercial, como aborda Costa (2003). As discussoes do artigo, ora apresentado, apontam a relevância que esta atividade comercial ainda desenvolve, seja como um lugar de consumo ou como um universo de possibilidades. Universo este garantido pela dinamicidade encontrada no circuito inferior, como afirmou Santos (2008). Portanto a feira livre e importante nao apenas pelo aspecto economico, uma vez que oferece produtos de preco baixo, como tam...
A Feira como lugar de memória No Interior-Centro de Portugal Breves notas contemporâneas
Sendo as actividades comerciais dependentes do transporte e circulação de pessoas e mercadorias, é prioritário analisar o locus operandi deste sector. Tal é o caso das feiras portuguesas. Consideremos, porém, e por agora, os últimos dois séculos e localizemonos na região estremenha, que coincide com a área geográfica que definimos. Administrativamente, abarca o Norte do distrito de Leiria, o sul do distrito de Coimbra, o Norte do de Santarém e faz fronteira, no Rio Zêzere, com o distrito de Castelo Branco. Zona de confluência de fronteiras que a história determinou, emerge como zona de intersecção de confluências humanas, onde se cruzam e trocam culturas e vivências.