Fernando Pessoa Research Papers - Academia.edu (original) (raw)
Starting from Edgar Allan Poe’s assertion that there is no such thing as a long poem, several modernist poets discovered the lyrical potential of a new poetical form in which extension is possible if one follows an analogous principal to... more
Starting from Edgar Allan Poe’s assertion that there is no such thing as a
long poem, several modernist poets discovered the lyrical potential of a new poetical
form in which extension is possible if one follows an analogous principal to that
in music: base the poem not on narration, but on a concert of images or emotions
that pursue a new language, a language we could say begins with Mallarmé and
resolves itself in modern poems of very diverse natures, such as T. S. Eliot’s The Waste
Land and Four Quartets, and Ode marítima by Fernando Pessoa’s heteronym Álvaro
de Campos.
The purpose of this reflection is to compare the way Eliot and Pessoa, representing
differing contemporary literary traditions, created, each in his own way, the
modernist long poem. The result, I hope, may enhance our understanding of this
poetic manifestation, not as a national but as a cosmopolitan phenomenon, which
may explain its success throughout the last century.
keywords: Álvaro de Campos, T. S. Eliot, Modernist Long Poem
Sou, em grande parte, a mesma prosa que escrevo.
This article aims to investigate the relationship between nostalgia, solitude, and skepticism in Emil Cioran’s thought. In the first place, we will examine how the concepts of Sehnsucht, saudade and dor are interpreted by Cioran as... more
This article aims to investigate the relationship between nostalgia, solitude, and skepticism in Emil Cioran’s thought. In the first place, we will examine how the concepts of Sehnsucht, saudade and dor are interpreted by Cioran as similar forms of radical nostalgia. In the second place, we will see how the skeptical attitude of doubting reality relates to the nostalgic impossibility of belonging to reality itself. Finally, we will suppose that the metaphysical feeling of being isolated and separated from the world implies a skeptical criticism of subjectivity itself and a humoristic interpretation of existence.
OS SONETOS COMPLETOS DE ANTERO DE QUENTAL PREFÁCIO: J. P. Oliveira Martins NOTA PRÉVIA , TRANSCRIÇÕES E POSFÁCIO: Patricio Ferrari CAPA: João Botelho REVISÃO: Susana Tavares Pedro Impresso na Guide para a Guimarães em Novembro de 2010... more
OS SONETOS COMPLETOS DE ANTERO DE QUENTAL
PREFÁCIO: J. P. Oliveira Martins
NOTA PRÉVIA , TRANSCRIÇÕES E POSFÁCIO: Patricio Ferrari
CAPA: João Botelho
REVISÃO: Susana Tavares Pedro
Impresso na Guide para a Guimarães em Novembro de 2010
Lisboa: Guimarães [Babel], 2010. ISBN: 978-972-665-651-7
This paper introduces the presence of Islam and Islamic culture in the work of Fernando Pessoa. It consists of a chronological and textual overview of these themes in the author's writing and intellectual course. Focusing primarily on... more
This paper introduces the presence of Islam and Islamic culture in the work of Fernando Pessoa. It consists of a chronological and textual overview of these themes in the author's writing and intellectual course. Focusing primarily on Pessoa's literary estate and private library, this paper points out and presents Pessoa's interests in Islam, Islamic Philosophy, Arabic literature, Omar Khayyām and al-Andalus. A hermeneutical, cultural and bio-bibliographical framework is proposed and further research possibilities are suggested. The paper is followed by a publication of twelve texts from the author's literary estate concerning these themes.
Um curioso aspecto do pensamento de Pessoa foi deixado por ele esparso, e o que parece totalmente ao acaso dos investigadores: o Direito. Em política, temos até um auto-retrato bastante completo, e a sucessão de textos que foi escrevendo,... more
Um curioso aspecto do pensamento de Pessoa foi deixado por ele esparso, e o que parece totalmente ao acaso dos investigadores: o Direito. Em política, temos até um auto-retrato bastante completo, e a sucessão de textos que foi escrevendo, em prosa e em verso, facilmente nos permite reconstruir um percurso, a partir das suas bases ideológicas. Mas o que pensaria Pessoa do Direito? Neste caso, o “fingidor” não fingiu, não posou para a sua tão cuidadosamente preparada fama póstuma. Estamos, assim, perante um aspecto da sua vida mental que parece ter escapado à composição para um público (ainda que futuro), o que é, afinal de contas (sem fazer das fraquezas forças) uma situação apesar de tudo invejável... O presente artigo procura surpreender Pessoa a dialogar com um texto jurídico, elaborando um texto jurídico: um texto de resposta a um edital de um concurso para um lugar...
Com o presente trabalho pretende-se apresentar, por um lado, a rede intertextual filosófica que nutre o Livro do Desassossego, e, por outro lado, enquadrar esse levantamento com a poíesis sensacionista pessoana. Dita análise deriva do... more
Com o presente trabalho pretende-se apresentar, por um lado, a rede intertextual filosófica que nutre o Livro do Desassossego, e, por outro lado, enquadrar esse levantamento com a poíesis sensacionista pessoana. Dita análise deriva do trabalho realizado com as ferramentas de taxonomia e pesquisa que fornece o arquivo digital LdoD do Programa de Doutoramento «Estudos Avançados em Materialidades da Literatura» do Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra.
Marginalia examples in Fernando Pessoa's books.
Num texto pertencente ao espólio, Fernando Pessoa começa com a seguinte a frase: «O poeta é essencialmente um místico». Com esta citação como ponto de partida, pretendo, nesta comunicação, olhar para Fernando Pessoa como herdeiro de uma... more
Num texto pertencente ao espólio, Fernando Pessoa começa com a seguinte a frase: «O poeta é essencialmente um místico». Com esta citação como ponto de partida, pretendo, nesta comunicação, olhar para Fernando Pessoa como herdeiro de uma tradição, não só mística como também profética, considerando, em particular, a figura de William Blake. Para isso, e dado que um dos objectivos deste colóquio é a revisão do estado da arte dos estudos pessoanos, tenciono, primeiro, fazer o levantamento e análise da bibliografia que aproxima as obras de Blake e Pessoa e, depois, sugerir outras linhas de leitura a partir do exame do inédito mencionado anteriormente e dos sublinhados de Pessoa nas duas obras referentes a William Blake, que se encontram na sua biblioteca, a primeira, uma edição de Poems of William Blake e, a segunda, um volume, datado de 1906, da correspondência do poeta inglês. Deste modo, irei examinar de que forma é que Fernando Pessoa adoptou e adaptou alguns aspectos da mundividência de Blake, e da sua visão da poesia, para a sua obra, nomeadamente, para a criação de Alberto Caeiro.
Founded in Coimbra in March 1927, the literary and critical journal Presenca undertook the formidable task of recalling Portugal to the lessons and possibilities of modernism that emerged first with the publication of the two issues of... more
Founded in Coimbra in March 1927, the literary and critical journal Presenca undertook the formidable task of recalling Portugal to the lessons and possibilities of modernism that emerged first with the publication of the two issues of Orpheu in 1915. Early on, the journal's young editors invited Fernando Pessoa, the most famous living poet associated with Orpheu, to help them in their task by contributing to its pages. The older poet agreed to do so. It is his correspondence with the various editors of Presenca, running through the last eight years of the poet's life, that is the subject and provides the substance of Enrico Martines's book.
Much of the primary matter in Cartas entre Fernando Pessoa e os directores da Presenca has appeared previously, some of it as long ago as 1957 in the case of the correspondence between Pessoa and the young Joao Gaspar Simoes, his first critic and, later, his first biographer. Yet there are over fifty previously unpublished letters here, and the conjoining in one place of the letters exchanged between the great modernist poet and the so-called "men of Presenca"-Jose Regio, Gaspar Simoes, Adolfo Casais Monteiro, and, in an appendix, Adolfo Rocha (Miguel Torga)-along with a few other documents, makes this a useful production for anyone interested in the literary history of the twentieth century in general or, more particularly, the role played by Presenca in championing the centrality of the poet the journal's editors themselves called the "Master" of modern Portuguese letters.
Of the "new" letters published here, those comprising the Regio-Pessoa correspondence are the most surprising, for their relative paucity and for the comparative brevity of the letters themselves. The editor speculates that Regio's interest in Pessoa cooled off somewhat after his and Simoes's meeting with the Master in Lisbon at the Cafe Montanha in June 1930, when "he" failed to show, sending in his stead the obstreperous heteronym, his "own engineer" Alvaro de Campos. They exchanged only two rather businesslike letters after this awkward and, to Regio apparently, unpleasant encounter, both in 1934. Even though Pessoa continued to send his regards to the older editor of Presenca in his far more frequent letters to Simoes, the latter's replies offer no indication that Regio was in any mood to reciprocate.
Of course, it was Simoes who maintained, until December 1934, Presenca's closest connection with Pessoa. Their correspondence came to a halt, however, when Simoes left Coimbra for Lisbon, a removal that also seems to have diminished his role in the journal's management. His function seems to have been assumed, to a lesser or greater extent, by Adolfo Casais Monteiro, the young poet who joined Presenca's editorial staff after the defection of Branquinho da Fonseca, the journal's third founding editor. It is to that change in management, incidentally, that is owed the fortuitous exchange of letters between Pessoa and Casais Monteiro which extracted from the poet of Orpheu the now-celebrated account of the genesis of his heteronyms and his explanation of their "personal" and intertextual relationships. Rereading that letter in the context of all the letters in this collection might even tempt one to think that in his last years the wily poet was improvising still another unfolding drama, this time involving the young men of Presenca. As he warned Casais Monteiro in the year of his death, "Behind the poet's involuntary masquerade as a reasoning being or what have you, what I am essentially is a dramatist."
In keeping with the rules laid down for the Critical Edition, Cartas entre Fernando Pessoa e os directores da Presenca, the second volume in that major edition's "Studies" series, is a full-scale performance. Among other matters, it includes, besides a substantial introduction, a record of variants and cancellations in the letters, the details of their prior publication, and ample annotations that serve to contextualize and to explain references.
Review by George Monteiro (Brown University)
SOUSA, Rui; PIZARRO, Jerónimo; FERNANDES, Manuel P. (2022). "O espólio infinito: Sobre as novas aquisições, 390 a 829". Pessoa Plural―A Journal of Fernando Pessoa Studies, No. 21, Fall, pp. 239-471. Brown Digital Repository. Brown... more
Revista Estranhar Pessoa. N.º 5
RESUMO: O artigo discute as relações ambíguas entre Fernando Pessoa e as vanguardas do século XX, sobretudo o Futurismo italiano. A partir do conceito de "antimoderno", cunhado por Antoine Compagnon, bem como da noção de "retaguarda da... more
RESUMO: O artigo discute as relações ambíguas entre Fernando Pessoa e as vanguardas do século XX, sobretudo o Futurismo italiano. A partir do conceito de "antimoderno", cunhado por Antoine Compagnon, bem como da noção de "retaguarda da vanguarda", definida por Barthes, propõe-se uma discussão sobre as visões antagônicas que Pessoa e os vanguardistas possuíam da tradição literária (ilustrada por meio das imagens da biblioteca e do poeta enquanto leitor ou filólogo) e da possibilidade de diálogo com esta tradição.
Palavras-‐‑ chave Fernando Pessoa, teatro estático, Salomé, mito, corpo. Resumo Dentre os catorze textos recentemente publicados na edição Teatro Estático (PESSOA, 2017), centrar-‐‑ se-‐‑ á a nossa análise sobretudo no drama " Salomé "... more
Palavras-‐‑ chave Fernando Pessoa, teatro estático, Salomé, mito, corpo. Resumo Dentre os catorze textos recentemente publicados na edição Teatro Estático (PESSOA, 2017), centrar-‐‑ se-‐‑ á a nossa análise sobretudo no drama " Salomé " , que reúne cinco fragmentos e que constitui uma recriação do mito homónimo. Em articulação com " Outros fragmentos de Salomé " , datados de 1915 e de 1926, e ainda com outras peças desta obra, perspectivar-‐‑ se-‐‑ á o supramencionado texto na sua relação com o mito bíblico e com as recriações do mesmo mito levadas a cabo por outros autores, aferindo do seu interesse para a compreensão do conceito de " teatro estático " , tal como Fernando Pessoa o definiu em 1914. Abstract From the fourteen texts recently published in the Teatro Estático edition (PESSOA, 2017), this analysis will especially focus on the drama " Salomé, " which is a recreation of the homonymous myth. In articulation with " Outros fragmentos de Salomé, " dated from 1915 and 1916, and other plays from this work, the aforementioned text will be put into perspective in relation to the biblical myth and its recreations by other authors, while assessing the degree to which they may be relevant to the understanding of the concept of " static theatre, " as Fernando Pessoa defined it.
- by Marta Braga and +1
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- Fernando Pessoa
O tédio no Livro do Desassossego Ponto de Partida O enfrentamento dos escritos pessoanos, de modo geral, exige dedicação, esforço e coragem do leitor. Tal situação se torna mais grave e séria quando se pretende a leitura do Livro do... more
O tédio no Livro do Desassossego Ponto de Partida O enfrentamento dos escritos pessoanos, de modo geral, exige dedicação, esforço e coragem do leitor. Tal situação se torna mais grave e séria quando se pretende a leitura do Livro do Desassossego. Apesar do contrassenso da afirmação que se segue, esta obra é, praticamente, inclassificável. Ela se constitui uma espécie de labirinto literário, composto por um vasto conjunto de pensamentos soltos, sem nítidos pontos de conexão, marcado por contradições e mudanças de opinião. Richard Zenith escreve, nos parágrafos iniciais da sua introdução, que esse escrito de Fernando Pessoa é a imagem fiel do livro "(...) que nunca existiu (...) e que nunca poderá existir." Numa certa analogia e vinculação com a vida do poeta português, assevera que o texto traz consigo o caráter da incerteza e do inacabamento 1 . Certos da complexidade própria das reflexões e pensamentos expressos pelo Ajudante de Guarda--Livros da cidade de Lisboa, o objetivo do estudo que ora se apresenta é analisar o tema do tédio, no que diz respeito aos seus sentidos principais, às ocasiões de sua emergência e às possibilidades de seu afastamento. A escolha do termo justifica-se em razão do fato de ser o único que no Livro do Desassossego merece duas tentativas de elucidação. Ele é utilizado umas 130 vezes, sendo repetido, seguidamente, por volta de 15 vezes, em dois textos distintos. E, sobretudo, por se tratar de uma expressão qualificadora e reveladora da realidade e do sentido existencial de seu autor, o que poderá ser percebido durante a exposição. 1 Cf.: ZENITH, R. Obras de Fernando Pessoa: Livro do Desassossego: composto por Bernardo Soares, ajudante de guarda--livros na cidade de Lisboa. Lisboa: Assírio e Alvim, 1988, pp. 13--14. Esta é a edição utilizada para execução do estudo. Daqui por diante, as referências a ela serão feitas através da abreviatura L.D., acompanhada do número da página ou do texto, quando for o caso. 2 Em maio de 1914, Fernando Pessoa escreveu uma carta a João de Lebre e Lima, na qual pergunta ao seu correspondente se este havia visto Na floresta do alheamento numa das edições de A Águia, publicada no ano anterior. Caso negativo, o próprio Pessoa iria encaminhar a Lebre e Lima uma cópia do material. Na floresta do alheamento foi incluído por Zenith no Livro do Desassossego no conjunto de Os grandes trechos.
«Para que a sofística seja realmente interessante tem de supor‑se, claro, que seja exposta a mentes realmente inteligentes e resista ao exame de pessoas realmente perspicazes. Não há nenhum mérito em demonstrar algo absurdo a um tolo. Os... more
«Para que a sofística seja realmente interessante tem de supor‑se, claro, que seja exposta a mentes realmente inteligentes e resista ao exame de pessoas realmente perspicazes. Não há nenhum mérito em demonstrar algo absurdo a um tolo. Os grandes sofistas são portanto os que não só demonstram o “indemonstrável”, mas o fazem de tal modo que a refutação poderá ser impossível excepto desviando‑se da linha da argumentação ou expondo os factos de outro modo, o que, claro, não é, de modo algum, uma refutação, mas uma contra‑demonstração, o que é bastante diferente.»
- by Paulo de Medeiros and +1
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- Fernando Pessoa, Modernism, Disquiet
El pintor y escritor Gabriel García Maroto coordinó la publicación del Almanaque de las artes y las letras para 1928, que se editó ese mismo año en Madrid. Por sus páginas, con una clara vocación de diálogo ibérico, desfilan muchos de los... more
El pintor y escritor Gabriel García Maroto coordinó la publicación del Almanaque de las artes y las letras para 1928, que se editó ese mismo año en Madrid. Por sus páginas, con una clara vocación de diálogo ibérico, desfilan muchos de los escritores y artistas plásticos más importantes de los diferentes espacios culturales de la península ibérica, en diálogo con voces destacadas del panorama internacional.
Trabalho realizado paraa a disciplina de Historia da Maçonaria em Portugal - FLUL
RESUMO. Este artigo apresenta uma leitura comparatista dos guias de viagem Lisboa: o que o turista deve ver (1925), de Fernando Pessoa, e Guia de Ouro Prêto (1938), de Manuel Bandeira, sob o prisma dos estudos em literatura e turismo. A... more
RESUMO. Este artigo apresenta uma leitura comparatista dos guias de viagem Lisboa: o que o turista deve ver (1925), de Fernando Pessoa, e Guia de Ouro Prêto (1938), de Manuel Bandeira, sob o prisma dos estudos em literatura e turismo. A leitura destaca a intenção autoral de cada um dos textos, associando-os ao contexto histórico e cultural no qual surgiram e às manifestações políticas pretendidas – visto serem esses guias não são só obras do modernismo, mas também expressões nacionalistas em busca da afirmação da identidade nacional. Adicionalmente, o artigo situa os guias de Pessoa e de Bandeira no panorama da historiografia do turismo e da literatura, quer em Portugal quer no Brasil, e sublinha o facto de haver em ambas perspetivas uma releitura das cidades, uma criação de mitos e um estímulo a um olhar atento – entre o plano da ficção e o do real – sobre os espaços citadinos de Lisboa e Ouro Preto. Palavras-chave: Lisboa: o que o turista deve ver, Guia de Ouro Prêto, literatura e turismo, modernismo, nacionalismo, identidade nacional. Travel guides by Fernando Pessoa and Manuel Bandeira: a compared reading ABSTRACT. The aim of this paper is to present a compared reading of the travel guides Lisboa: o que o turista deve ver (1925), by Fernando Pessoa and Guia de Ouro Prêto (1938), by Manuel Bandeira, in the scope of the studies in literature and tourism. The reading highlights the authorial intent in each text, the historical and cultural context in which they arose, and the political changes – considering that these guides are not only works of the Modernist movement, but also nationalist expressions in search of reclaiming the national identity. Additionally, the article places the guides by Pessoa and Bandeira in the historiography of tourism and literature, both in Portugal and in Brazil, and focuses on the fact that both texts reinterpret the cities, create myths and encourage a close look – that shifts between fiction and reality – on the city spaces in Lisbon and Ouro Preto. Keywords: Lisboa: o que o turista deve ver, Guia de Ouro Preto, literature and tourism, modernism, nacionalism, national identity.
Resumo: O levantamento de variantes ou alterações ou modificações surgidas no processo de transmissão de um texto literário é, na execução de uma edição crítico-genética, por exemplo, a etapa que exige atenção especial do editor. Esse... more
Resumo: O levantamento de variantes ou alterações ou modificações surgidas no processo de transmissão de um texto literário é, na execução de uma edição crítico-genética, por exemplo, a etapa que exige atenção especial do editor. Esse cuidado é necessário porque é desse levantamento que se busca eleger, dentre as variantes, as que são autorais em detrimento das não autorais no momento da composição do texto final. Para tratar dessa linha de investigação e mostrar sua importância para os estudos literários, destacamos, neste texto, o caso da transmissão do primeiro poema de O guardador de rebanhos de Alberto Caeiro (Fernando Pessoa). Palavras-Chave: Transmissão de texto. Crítica textual e genética. O guardador de rebanhos. Fernando Pessoa. Abstract: The survey variants or changes or modifications arising in a process of a text transmission is the execution of a critical gene-editing, for example, the step that requires special attention from the editor. This precaution is necessary because it is this survey that seeks to be elected from among the variants, which are copyright to the detriment of non-authorship at the time of the final text composition. To address this line of research and show its importance to literary studies, we highlight in this text, the case of transmission of the first poem The keeper of sheep of Alberto Caeiro (Fernando Pessoa).
PITTELLA, Carlos & PIZARRO, Jerónimo (2016). Como Fernando Pessoa Pode Mudar a Sua Vida. Rio de Janeiro: Tinta-da-china Brasil. ISBN: 978-85-65500-26-5 "Da obra genial de Fernando Pessoa, centenas de páginas ainda estão inéditas. Com... more
PITTELLA, Carlos & PIZARRO, Jerónimo (2016). Como Fernando Pessoa Pode Mudar a Sua Vida. Rio de Janeiro: Tinta-da-china Brasil. ISBN: 978-85-65500-26-5
"Da obra genial de Fernando Pessoa, centenas de páginas ainda estão inéditas. Com investigação meticulosa, Carlos Pittella e Jerónimo Pizarro resgatam da obscuridade textos — poemas, cartas, anotações, listas, artigos de imprensa — e desenhos — esquemas, caricaturas, cartas astrológicas — que dão testemunho de como a poesia pode mudar as nossas vidas." / "Contrariando a imagem cristalizada de um homem fantasmagórico que se isolava de todos para criar um universo interior, esta edição nos ajuda a conhecer melhor Pessoa."
http://www.tintadachina.pt/brasil/book.php?code=2815e18bfe3e2461cca2b464f3686f14
© Carlos Pittella e Jerónimo Pizarro, 2016
1.a edição: novembro de 2016
Coordenador da coleção: Jerónimo Pizarro
Edição: Tinta‐da‐china Brasil
Revisão: Paulo Werneck
Capa e projeto gráfico: Tinta‐da‐china Brasil
More Info:
http://www.tintadachina.pt/brasil/book.php?code=2815e18bfe3e2461cca2b464f3686f14
http://www.revistas.fflch.usp.br/manuscritica/article/viewFile/2813/2391
1.ª edição: novembro de 2016
n.º de páginas: 296
tipo de capa: Brochura com orelhas
formato: 13x18.5 cm
isbn: 978-85-65500-26-5
Este volume recolhe textos reelaborados de oito comunicações proferidas no ciclo de Conferências O Guardador de Papeis, no âmbito das celebrações dos 120 anos do nascimento de Fernando Pessoa (1888-2008) que tiveram lugar na Casa Fernando... more
Este volume recolhe textos reelaborados de oito comunicações proferidas no ciclo de Conferências O Guardador de Papeis, no âmbito das celebrações dos 120 anos do nascimento de Fernando Pessoa (1888-2008) que tiveram lugar na Casa Fernando Pessoa. Os textos vêm acompanhados de imagens e todas as transcrições de autógrafos pessoanos foram revistos de forma a permitir ao leitor uma aproximação ao aspecto gráfico e à heterogeneidade dos originais, e com o propósito de corrigir leituras erradas, não permitindo lacunas.
O "Livro do Desassossego" é uma das produções literárias mais famosas de Fernando Pessoa, é uma das suas reflexões mais importantes, e é considerado o seu melhor trabalho enquanto escritor. Esses textos metem o seu coração a nu,... more
O "Livro do Desassossego" é uma das produções literárias mais famosas de Fernando Pessoa, é uma das suas reflexões mais importantes, e é considerado o seu melhor trabalho enquanto escritor. Esses textos metem o seu coração a nu, constituem o que há de mais profundo e sentido no seu autor, a sua “autobiografia sem factos”, e são considerados como aquilo que melhor retrata a profundidade psicológica de Fernando Pessoa, que muito se identificava com o seu heterónimo Bernardo Soares.
Entre os vários temas do Livro do Desassossego, encontra-se também o da homossexualidade, que era uma das razões do desassossego de Fernando Pessoa. Alguns dos textos aqui selecionados são uma referência direta à homossexualidade, outros são uma referência indireta, e outros são o resultado de uma interpretação nossa. Junto da seleção e da organização dos textos por subtemas, encontram-se aqui explicações de modo a tornar mais acessível cada um desses textos, que são por vezes de difícil compreensão, devido ao seu carater enigmático, aos seus subentendidos, às suas máscaras.
Além dessas explicações, este estudo estabelece relações entre o Livro do Desassossego e a generalidade da obra literária de Fernando Pessoa, mostrando pontos de confluência e de complementaridade recíprocos : por um lado encarando-se o Livro do Desassossego como um complemento dos seus textos homoeróticos, e por outro lado encarando-se os seus textos homoeróticos como um complemento do Livro do Desassossego.
Este ensaio pretende revelar a potência do pensamento dos primeiros românticos alemães, que romperam com a ideia de uma razão triunfal e iluminaram outras perspectivas do ser humano, como a valorização do sonho, da ironia, do mito, da... more
Este ensaio pretende revelar a potência do pensamento dos primeiros românticos alemães, que romperam com a ideia de uma razão triunfal e iluminaram outras perspectivas do ser humano, como a valorização do sonho, da ironia, do mito, da poesia – de uma ampla poética existencial. Analisamos neste ensaio o projeto do Livro do Desassossego a partir de uma perspectiva romântica. A questão do fragmento se traduz em um primeiro elo entre a filosofia do primeiro romantismo alemão – marcada pelo fragmento – e o projeto do Desassossego, escrito através de fragmentos. No que toca ao projeto do Desassossego o fragmento também é parte da própria noção de autor. Trata-se de um livro em busca de um autor.
ABSTRACT: The author presents the triptych of poems “Santo António,” “S. Joao” and “S. Pedro,” which Fernando Pessoa wrote in June 1935, during the feasts of the three “popular saints” of Lisbon, and which he planned to publish under the... more
ABSTRACT: The author presents the triptych of poems “Santo António,” “S. Joao” and “S. Pedro,” which Fernando Pessoa wrote in June 1935, during the feasts of the three “popular saints” of Lisbon, and which he planned to publish under the title Praça da Figueira but left unpublished. The triptych was first published in 1986, with an introductory study by Alfredo Margarido, which is discussed here. With Praça da Figueira, Fernando Pessoa intended to challenge the appropriation of the traditional popular festivities for the religious and political ends of the Catholic Church and its ally, Salazar’s Estado Novo. For this, the poet emphasizes the pagan and Dionysian imprint of the June festivals and associates St. John with Freemasonry, then the main enemy of the Salazar regime and the Church.
RESUMO: Apresenta-se o tríptico de poemas «Santo António», «S. João» e «S. Pedro», que Fernando Pessoa escreveu em Junho de 1935, durante as festas dos três «santos populares» de Lisboa, e que projectava publicar sob o título Praça da Figueira, mas deixou inéditos. O tríptico foi publicado pela primeira vez em 1986, com um estudo introdutório de Alfredo Margarido, que aqui é comentado. Com Praça da Figueira, Fernando Pessoa pretendia contestar a apropriação dos tradicionais festejos populares para os fins religiosos e políticos da Igreja católica e do seu aliado, o Estado Novo de Salazar. Para tal, o poeta enfatiza o cunho pagão e dionisíaco das festas juninas e associa provocatoriamente S. João à Maçonaria, então a inimiga principal do regime salazarista e da Igreja.