José Carlos Teixeira Júnior | FAETEC (original) (raw)
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Breve experimento em videopoesia
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Documentário curta-metragem realizado por professor e estudantes de uma escola municipal carioca ... more Documentário curta-metragem realizado por professor e estudantes de uma escola municipal carioca que narra as memórias da remoção de duas das primeiras moradoras da Cidade de Deus, Rio de Janeiro/RJ, em comemoração aos 50 anos desta localidade.
Direção, roteiro e filmagem: Iago Pires, Lucas Martins e Patrick Alves.
Montagem: Zeca Teixeira
Ano: 2016
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Papers by José Carlos Teixeira Júnior
Educação no Brasil: Experiências, Desafios e Perspectivas 3, 2019
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilida... more O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Conselho Editorial Ciências Humanas e Sociais Aplicadas APRESENTAÇÃO O livro "Educação no Brasil: Experiências, desafios e perspectivas" reúne 79 artigos de pesquisadores de diversos estados e instituições brasileiras. O objetivo em organizar este livro é o de contribuir para o campo educacional e das pesquisas voltadas aos desafios educacionais, sobretudo, das práticas educativas e da formação de continuada de professores. A obra contém um conjunto de resultados de pesquisas e debates teóricopráticas que propõe contribuir com a educação em todos os níveis de ensino, sobretudo, assuntos relativos à interdisciplinaridade, matemática, arte, gênero, formação continuada e prática escolar. Os 79 artigos que compõem esta obra foram agrupados em 3 Volumes distintos. Neste 3º e último Volume, são 20 artigos que debatem a Formação Continuada de Professores, fechando com 6 artigos em torno da temática Educação e Arte. No 1º Volume, são 14 artigos em torno da temática Gênero e Educação e 15 artigos sobre Interdisciplinaridade e no 2º Volume, são 25 artigos que debatem sobre a prática escolar em diversos níveis e espaços do processo educacional. A obra é um convite a leitura e entregamos ao leitor, em primeira mão, este conjunto de conhecimento.
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 2016
RESUMO: Este artigo propõe discutir algumas questões que atravessam a relação entre música e sexu... more RESUMO: Este artigo propõe discutir algumas questões que atravessam a relação entre música e sexualidade no cotidiano de uma escola estadual carioca. Para tanto, pretendo realizar esta discussão seguindo uma trilha sugerida por Benjamin: a narrativa como uma faculdade (aparentemente inalienável, porém muitas vezes retirada de nós) de trocar experiências. Assumir este posicionamento justifica-se pelo fato de que a narrativa consiste em uma parte expressiva das complexas relações entre ética e estética. Narrar não significa transmitir o puro em si da coisa, como uma informação ou relatório, mas sim mergulhar a coisa na vida de quem relata, a fim de extraí-la outra vez dela. Em outras palavras, a música e a sexualidade discutidas nas próximas páginas não estão de forma alguma absolutizadas (nem relativizadas), mas sim mergulhadas nos encontros cotidianos que tecem a posição de professor-pesquisador em música. Assim, da ambivalência de uma prática de tocar (e ouvir) música na escola (mais especificamente os cantos sampleados em Beatbox do chamado funk-putaria) emerge tanto a normatividade de um estereótipo de pornografia como também as tensões de seus mais diferentes processos de subjetificação. Trata-se de processos que complexificam este mesmo estereótipo ao enunciar possibilidades de dialogar com a sexualidade para além de seus binarismos.
Revista Teias, Dec 28, 2011
O presente texto propõe discutir, a partir de um conflito ocorrido no cotidiano de uma escola mun... more O presente texto propõe discutir, a partir de um conflito ocorrido no cotidiano de uma escola municipal da cidade do Rio de Janeiro, a questão de que coabita a chamada escola-conceito práticas cotidianas que tecem, destecem e retecem, em movimentos tempoespaciais, outros saberesfazeres e, consequentemente, outras formas de pertencimento e de autoridade. Em outras palavras, objetiva-se incitar a possibilidade de dialogar com determinadas práticas cotidianas que, apesar de invisíveis ao olhar panóptico ou abissal do poder educacional, des-re-territorializam o espaçotempo escolar e lhe configura uma tessitura multiterritorial.
Educação & Sociedade, 2015
RESUMO:O presente artigo tem como objetivo principal discutir a possibilidade de a narrativa da m... more RESUMO:O presente artigo tem como objetivo principal discutir a possibilidade de a narrativa da montagem do funk carioca orientar práticas educacionais mais emancipatórias. Enquanto uma prática musical da diáspora negra fortemente presente no cotidiano da escola municipal carioca de ensino fundamental em que trabalho (e de tantas outras escolas municipais, certamente), a narrativa da montagem do funkcarioca abre possibilidades bastante férteis no deslocamento das relações neocoloniais que tecem a educação escolar, mais especificamente no enfrentamento da própria questão racial. Sobretudo, pelo fato de posicionar esta mesma questão não nos limites biológicos (fenótipo), geográficos (favela) ou culturais institucionalizados (O Funk), mas sim no âmbito das chamadas práticas (musicais) cotidianas.
Revista Teias, 2018
O presente trabalho tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o entendiment... more O presente trabalho tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o entendimento da Batalha da Di Deus, uma batalha de rima realizada na Cidade de Deus, como uma prática educativa. Este entendimento justifica-se, basicamente, pelos argumentos de que a educação não está limitada aos muros da educação escolar e de que a prática musical apresenta-se como um posicionamento epistêmico fértil na emergência das complexas relações entre conhecimento, política e estética que tecem diferentes tempos-espaços educativos. Assim, sob uma perspectiva bakhtiniana de polifonia, buscaremos mostrar que a Batalha da Di Deus consiste em um movimento de interação entre vozes não-iguais, um movimento realizado no contraponto de importantes processos que tecem a cidade do Rio de Janeiro.
Educação como (re)existência: mudanças, conscientização e conhecimentos, 2021
RESUMO O presente artigo tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem as estre... more RESUMO O presente artigo tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem as estreitas relações entre educação, juventude e transporte público na cidade do Rio de Janeiro mais especificamente a partir da prática do calote realizada por jovens estudantes no uso cotidiano do principal modal desta cidade: o ônibus público. Para a realização deste objetivo proposto, a memória emerge como um posicionamento teórico-metodológico necessário e possível capaz de tensionar algumas dicotomias e hierarquias implícitas que regulam a própria educação como, por exemplo, teoria X prática, professor X estudante e escola X sociedade. Necessário por sua ubiquidade, ou seja, por entender a memória como um conhecimento vivo, tecido no cotidiano das mais diferentes práticas sociais, dentre as quais da própria educação. E possível por sua ambivalência, ou seja, por apresentar-se, justamente enquanto um conhecimento vivo e tecido no cotidiano das mais diferentes práticas sociais, como uma arena de sentidos em permanente dialogia e disputa. Assim, e conforme discutiremos no decorrer das próximas páginas, na dialogia e disputa que tecem a memória de Chico (um quase caloteiro), o calote emerge como uma prática intersubjetiva. Uma prática capaz de realizar um contraponto bastante fértil com a hegemonia de uma lógica funcional do transporte público, com as diferentes necessidades cotidianas destes mesmos jovens estudantes (como alimentação, diversão e cultura, por exemplo) e com movimentos sociais que historicamente lutam contra esta mesma funcionalidade.
Boletim Fladem, 2019
O presente texto tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o que chamamos a... more O presente texto tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o que chamamos aqui de uma afrocotidianeidade. Trata-se, mais especificamente, do desafio de assumir a cultura negra como um posicionamento epistêmico no debate com o cotidiano da educação. Como nos sugere a antifonia entre solista e coro de Timoneiro - samba de Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho (1996) apresentado na epígrafe deste trabalho - não temos nenhuma pretensão de encontrar a palavra final sobre a discussão aqui proposta, mas apenas o intuito, já bastante audacioso por sinal, de tentar navegar em sua própria incompletude. E no decorrer desta tentativa, guiando-nos no permanente diálogo com suas enunciações, buscamos oferecer uma breve contribuição ao movimento mais amplo de emergência das estreitas e complexas relações entre conhecimento, política e estética.
Revista Teias, 2018
O presente trabalho tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o entendiment... more O presente trabalho tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o entendimento da Batalha da Di Deus, uma batalha de rima realizada na Cidade de Deus, como uma prática educativa. Este entendimento justifica-se, basicamente, pelos argumentos de que a educação não está limitada aos muros da educação escolar e de que a prática musical apresenta-se como um posicionamento epistêmico fértil na emergência das complexas relações entre conhecimento, política e estética que tecem diferentes tempos-espaços educativos. Assim, sob uma perspectiva bakhtiniana de polifonia, buscaremos mostrar que a Batalha da Di Deus consiste em um movimento de interação entre vozes não-iguais, um movimento realizado no contraponto de importantes processos que tecem a cidade do Rio de Janeiro.
Educação no Brasil: Experiências, Desafios e Perspectivas 3, 2019
Resumo O presente trabalho tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o desa... more Resumo O presente trabalho tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o desafio de assumir a música como um posicionamento epistêmico, necessário e possível, no debate com a educação. Trata-se de um posicionamento necessário por conta de sua ubiquidade, ou seja, pelo fato da música apresentar-se viva no cotidiano da educação com, sem ou apesar do ensino de música. E trata-se de um posicionamento possível por conta de sua ambivalência, ou seja, pelo fato da música apresentar-se, justamente enquanto um elemento vivo no cotidiano da educação, como uma arena de sentidos em permanente dialogia. A discussão aqui proposta realiza-se, entretanto, a partir da noção bakhtiniana de polifonia. Trata-se de uma noção que Bakhtin tomou de empréstimo do campo da música para problematizar a não-objetivação não apenas do romance de Dostoiévski, mas também da própria linguagem. Uma noção, inclusive, que mostra-se capaz de oferecer recursos teórico-metodológicos bastante férteis para a não-objetificação do próprio campo da educação. Assim, é justamente sob esta perspectiva bakhtiniana que, em meio a um contraponto entre Estado, sociedade civil e juventude de uma favela da cidade do Rio de Janeiro realizado no cotidiano de em uma escola municipal carioca, pretendemos apontar que a música abre algumas possibilidades bastante férteis para a emergência de duas questões principais: a) o conflito, a contradição e, algumas vezes, até mesmo a violência como elemento estruturante das relações educacionais; b) e, complementando um pouco mais esta primeira questão, as estreitas e complexas relações entre conhecimento, política e estética que tecem o próprio campo da educação.
O presente texto consiste em uma reflexão sobre o conhecimento produzido em circuitos comunicativ... more O presente texto consiste em uma reflexão sobre o conhecimento produzido em circuitos comunicativos afrodiaspóricos em diálogo com os estudos do cotidiano.
Neste ano de 2016, a Cidade de Deus comemora seus cinquenta anos de história. Localizada em Jacar... more Neste ano de 2016, a Cidade de Deus comemora seus cinquenta anos de história. Localizada em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, a CDD surgiu na década de 1960 como um conjunto habitacional que recebeu, inicialmente, os desabrigados de uma das piores enchentes do então Estado da Guanabara e, logo em seguida, famílias removidas de diversas favelas da cidade, sobretudo da Zona Sul. Trata-se, como nos sugere Paulo Lins, de uma “neofavela de cimento”, ou seja, uma localidade que apesar de guardar suas especificidades em relação a outras favelas, principalmente no que diz respeito à infraestrutura urbana e aos títulos de propriedade, apresenta, contudo, uma forte proximidade com estas, sobretudo no que diz respeito à reiteração de uma cultura política de exclusão. Mergulhado neste quadro brevemente apresentado, o presente trabalho de pesquisa tem como objetivo principal conhecer as memórias de remoção que deram início à história da Cidade de Deus. Trata-se de uma pesquisa que tem tornado-se possível em meio a um movimento de articulação entre Estado, sociedade civil e jovens moradores desta mesma localidade, realizado no cotidiano de uma escola municipal carioca: a Escola Municipal Compositor Luiz Gonzaga. Assim, mergulhado neste movimento de articulação, acredtamos que as memórias de remoção que tecem o início da história da Cidade de Deus nos sugerem um poder de deslocamento e reinvenção, em face de uma reiterada cultura política de exclusão: populações negras de diferentes localidades que foram obrigadas a se mudar para uma região na qual tiveram que recriar suas próprias histórias.
Revista Educação e Cultura Contemporânea, 2019
A presente comunicação propõe discutir algumas questões iniciais para a realização de um trabalho... more A presente comunicação propõe discutir algumas questões iniciais para a realização de um trabalho de pesquisa que tem como objetivo principal a criação de um registro (gráfico e/ou audiovisual) de parte da obra de Sylvio Neto: músico, poeta e ativista cultural negro da Baixada Fluminense. Esta proposta surgiu, mais especificamente, no decorrer do processo de criação e gestão participativa de uma rádio em uma escola municipal carioca que atende localidades, assim como a própria Baixada, marcadas pelo estereótipo de violência: Cidade de Deus, Gardênia Azul e Rio das Pedras. Nos debates realizados neste processo, as histórias sobre o referido artista ressoaram de uma forma bastante significativa, sobretudo no empoderamento da posição de articulador que muitos agentes culturais assumem na complexidade comunicativa que tecem estas diferentes localidades. Neste sentido, o debate sobre o estereótipo de violência no âmbito do currículo escolar emerge como uma possibilidade bastante fértil para discutir não apenas os mecanismos de exclusão que tendem a igualar estas localidades periféricas das cidades do Rio de Janeiro e do Grande Rio, mas também (e tão importante quanto isto) as histórias que as diferenciam e as identificam.
O presente artigo tem como objetivo principal discutir a possibilidade de a narrativa da montagem... more O presente artigo tem como objetivo principal discutir a possibilidade de a narrativa da montagem do funk carioca orientar práticas educacionais mais emancipatórias. Enquanto uma prática musical da diáspora negra fortemente presente no cotidiano da escola municipal carioca de ensino fundamental em que trabalho (e de tantas outras escolas municipais, certamente), a narrativa da montagem do funk carioca abre possibilidades bastante férteis no deslocamento das relações neocoloniais que tecem a educação escolar, mais especificamente no enfrentamento da própria questão racial. Sobretudo, pelo fato de posicionar esta mesma questão não nos limites biológicos (fenótipo), geográficos (favela) ou culturais institucionalizados (O Funk), mas sim no âmbito das chamadas práticas (musicais) cotidianas.
O presente trabalho propõe discutir algumas das principais questões que teceram minha pesquisa de... more O presente trabalho propõe discutir algumas das principais questões que teceram minha pesquisa de doutorado que teve como objetivo principal conhecer a prática de tocar-ouvir música mediada pela apropriação de arquivos MP3 no cotidiano da Escola Municipal Compositor Luiz Gonzaga (mais comumente chamada de “a Compositor”). Trata-se de uma escola municipal carioca, cujos estudantes residem, em sua grande maioria, em Cidade de Deus. Com a realização desta pesquisa, propus oferecer uma contrapartida a uma perspectiva epistemológica que insiste em reconhecer esta prática musical – quase sempre realizada pelo uso de aparelhos celulares – como não-conhecimento. Ao defender a tese de que aqueles que protagonizam esta prática musical (DJs da Compositor) são narradores, pretendi mostrar que muito longe de uma prática passiva, esta prática musical articula uma série de questões importantes para pensarmos os próprios limites da educação escolar. Sobretudo nas escolas localizadas nas periferias, onde o uso musical do aparelho celular mostra-se estreitamente vinculado a repertórios e palavras também “desautorizados” por aquela mesma perspectiva de conhecimento.
O presente artigo propõe discutir algumas questões de minha pesquisa de doutorado que tem como ob... more O presente artigo propõe discutir algumas questões de minha pesquisa de doutorado que tem como objetivo principal conhecer a prática de tocar-ouvir música mediado pela apropriação de arquivos MP3 no cotidiano da Escola Municipal Compositor Luiz Gonzaga (mais comumente chamada de “a Compositor” por seus estudantes, responáveis, professores, funcionários e membros da comunidade). Trata-se de uma escola municipal carioca, de Ensino Fundamental, localizada em Jacarepaguá (Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro), cujos estudantes residem, em sua grande maioria, em Cidade de Deus. As questões que pretendo discutir neste trabalho são relativas, mais especificamente, aos chamados funk-ostentação. Trata-se de uma categoria do funk carioca bastante tocado-ouvido na escola municipal em questão (e em tantas outras escolas municipais, certamente) cujo conteúdo literário tem sido reiteradamente enquadrado e regulado como uma apologia ao consumo aliendado. Entretanto, enquanto uma performance musical, o funk-ostentação possibilita a emergência de algumas estreitas e complexas relações entre estética, política e conhecimento, sobretudo ao posicionar algumas desigualdades e diferenças não como uma excessão ou crise de um (pré)determinado padrão de sociabilidade, mas sim como elementos estruturantes de suas próprias relações intersubjetivas.
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Documentário curta-metragem realizado por professor e estudantes de uma escola municipal carioca ... more Documentário curta-metragem realizado por professor e estudantes de uma escola municipal carioca que narra as memórias da remoção de duas das primeiras moradoras da Cidade de Deus, Rio de Janeiro/RJ, em comemoração aos 50 anos desta localidade.
Direção, roteiro e filmagem: Iago Pires, Lucas Martins e Patrick Alves.
Montagem: Zeca Teixeira
Ano: 2016
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Educação no Brasil: Experiências, Desafios e Perspectivas 3, 2019
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilida... more O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. Conselho Editorial Ciências Humanas e Sociais Aplicadas APRESENTAÇÃO O livro "Educação no Brasil: Experiências, desafios e perspectivas" reúne 79 artigos de pesquisadores de diversos estados e instituições brasileiras. O objetivo em organizar este livro é o de contribuir para o campo educacional e das pesquisas voltadas aos desafios educacionais, sobretudo, das práticas educativas e da formação de continuada de professores. A obra contém um conjunto de resultados de pesquisas e debates teóricopráticas que propõe contribuir com a educação em todos os níveis de ensino, sobretudo, assuntos relativos à interdisciplinaridade, matemática, arte, gênero, formação continuada e prática escolar. Os 79 artigos que compõem esta obra foram agrupados em 3 Volumes distintos. Neste 3º e último Volume, são 20 artigos que debatem a Formação Continuada de Professores, fechando com 6 artigos em torno da temática Educação e Arte. No 1º Volume, são 14 artigos em torno da temática Gênero e Educação e 15 artigos sobre Interdisciplinaridade e no 2º Volume, são 25 artigos que debatem sobre a prática escolar em diversos níveis e espaços do processo educacional. A obra é um convite a leitura e entregamos ao leitor, em primeira mão, este conjunto de conhecimento.
Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 2016
RESUMO: Este artigo propõe discutir algumas questões que atravessam a relação entre música e sexu... more RESUMO: Este artigo propõe discutir algumas questões que atravessam a relação entre música e sexualidade no cotidiano de uma escola estadual carioca. Para tanto, pretendo realizar esta discussão seguindo uma trilha sugerida por Benjamin: a narrativa como uma faculdade (aparentemente inalienável, porém muitas vezes retirada de nós) de trocar experiências. Assumir este posicionamento justifica-se pelo fato de que a narrativa consiste em uma parte expressiva das complexas relações entre ética e estética. Narrar não significa transmitir o puro em si da coisa, como uma informação ou relatório, mas sim mergulhar a coisa na vida de quem relata, a fim de extraí-la outra vez dela. Em outras palavras, a música e a sexualidade discutidas nas próximas páginas não estão de forma alguma absolutizadas (nem relativizadas), mas sim mergulhadas nos encontros cotidianos que tecem a posição de professor-pesquisador em música. Assim, da ambivalência de uma prática de tocar (e ouvir) música na escola (mais especificamente os cantos sampleados em Beatbox do chamado funk-putaria) emerge tanto a normatividade de um estereótipo de pornografia como também as tensões de seus mais diferentes processos de subjetificação. Trata-se de processos que complexificam este mesmo estereótipo ao enunciar possibilidades de dialogar com a sexualidade para além de seus binarismos.
Revista Teias, Dec 28, 2011
O presente texto propõe discutir, a partir de um conflito ocorrido no cotidiano de uma escola mun... more O presente texto propõe discutir, a partir de um conflito ocorrido no cotidiano de uma escola municipal da cidade do Rio de Janeiro, a questão de que coabita a chamada escola-conceito práticas cotidianas que tecem, destecem e retecem, em movimentos tempoespaciais, outros saberesfazeres e, consequentemente, outras formas de pertencimento e de autoridade. Em outras palavras, objetiva-se incitar a possibilidade de dialogar com determinadas práticas cotidianas que, apesar de invisíveis ao olhar panóptico ou abissal do poder educacional, des-re-territorializam o espaçotempo escolar e lhe configura uma tessitura multiterritorial.
Educação & Sociedade, 2015
RESUMO:O presente artigo tem como objetivo principal discutir a possibilidade de a narrativa da m... more RESUMO:O presente artigo tem como objetivo principal discutir a possibilidade de a narrativa da montagem do funk carioca orientar práticas educacionais mais emancipatórias. Enquanto uma prática musical da diáspora negra fortemente presente no cotidiano da escola municipal carioca de ensino fundamental em que trabalho (e de tantas outras escolas municipais, certamente), a narrativa da montagem do funkcarioca abre possibilidades bastante férteis no deslocamento das relações neocoloniais que tecem a educação escolar, mais especificamente no enfrentamento da própria questão racial. Sobretudo, pelo fato de posicionar esta mesma questão não nos limites biológicos (fenótipo), geográficos (favela) ou culturais institucionalizados (O Funk), mas sim no âmbito das chamadas práticas (musicais) cotidianas.
Revista Teias, 2018
O presente trabalho tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o entendiment... more O presente trabalho tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o entendimento da Batalha da Di Deus, uma batalha de rima realizada na Cidade de Deus, como uma prática educativa. Este entendimento justifica-se, basicamente, pelos argumentos de que a educação não está limitada aos muros da educação escolar e de que a prática musical apresenta-se como um posicionamento epistêmico fértil na emergência das complexas relações entre conhecimento, política e estética que tecem diferentes tempos-espaços educativos. Assim, sob uma perspectiva bakhtiniana de polifonia, buscaremos mostrar que a Batalha da Di Deus consiste em um movimento de interação entre vozes não-iguais, um movimento realizado no contraponto de importantes processos que tecem a cidade do Rio de Janeiro.
Educação como (re)existência: mudanças, conscientização e conhecimentos, 2021
RESUMO O presente artigo tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem as estre... more RESUMO O presente artigo tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem as estreitas relações entre educação, juventude e transporte público na cidade do Rio de Janeiro mais especificamente a partir da prática do calote realizada por jovens estudantes no uso cotidiano do principal modal desta cidade: o ônibus público. Para a realização deste objetivo proposto, a memória emerge como um posicionamento teórico-metodológico necessário e possível capaz de tensionar algumas dicotomias e hierarquias implícitas que regulam a própria educação como, por exemplo, teoria X prática, professor X estudante e escola X sociedade. Necessário por sua ubiquidade, ou seja, por entender a memória como um conhecimento vivo, tecido no cotidiano das mais diferentes práticas sociais, dentre as quais da própria educação. E possível por sua ambivalência, ou seja, por apresentar-se, justamente enquanto um conhecimento vivo e tecido no cotidiano das mais diferentes práticas sociais, como uma arena de sentidos em permanente dialogia e disputa. Assim, e conforme discutiremos no decorrer das próximas páginas, na dialogia e disputa que tecem a memória de Chico (um quase caloteiro), o calote emerge como uma prática intersubjetiva. Uma prática capaz de realizar um contraponto bastante fértil com a hegemonia de uma lógica funcional do transporte público, com as diferentes necessidades cotidianas destes mesmos jovens estudantes (como alimentação, diversão e cultura, por exemplo) e com movimentos sociais que historicamente lutam contra esta mesma funcionalidade.
Boletim Fladem, 2019
O presente texto tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o que chamamos a... more O presente texto tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o que chamamos aqui de uma afrocotidianeidade. Trata-se, mais especificamente, do desafio de assumir a cultura negra como um posicionamento epistêmico no debate com o cotidiano da educação. Como nos sugere a antifonia entre solista e coro de Timoneiro - samba de Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho (1996) apresentado na epígrafe deste trabalho - não temos nenhuma pretensão de encontrar a palavra final sobre a discussão aqui proposta, mas apenas o intuito, já bastante audacioso por sinal, de tentar navegar em sua própria incompletude. E no decorrer desta tentativa, guiando-nos no permanente diálogo com suas enunciações, buscamos oferecer uma breve contribuição ao movimento mais amplo de emergência das estreitas e complexas relações entre conhecimento, política e estética.
Revista Teias, 2018
O presente trabalho tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o entendiment... more O presente trabalho tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o entendimento da Batalha da Di Deus, uma batalha de rima realizada na Cidade de Deus, como uma prática educativa. Este entendimento justifica-se, basicamente, pelos argumentos de que a educação não está limitada aos muros da educação escolar e de que a prática musical apresenta-se como um posicionamento epistêmico fértil na emergência das complexas relações entre conhecimento, política e estética que tecem diferentes tempos-espaços educativos. Assim, sob uma perspectiva bakhtiniana de polifonia, buscaremos mostrar que a Batalha da Di Deus consiste em um movimento de interação entre vozes não-iguais, um movimento realizado no contraponto de importantes processos que tecem a cidade do Rio de Janeiro.
Educação no Brasil: Experiências, Desafios e Perspectivas 3, 2019
Resumo O presente trabalho tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o desa... more Resumo O presente trabalho tem como objetivo principal discutir algumas questões que tecem o desafio de assumir a música como um posicionamento epistêmico, necessário e possível, no debate com a educação. Trata-se de um posicionamento necessário por conta de sua ubiquidade, ou seja, pelo fato da música apresentar-se viva no cotidiano da educação com, sem ou apesar do ensino de música. E trata-se de um posicionamento possível por conta de sua ambivalência, ou seja, pelo fato da música apresentar-se, justamente enquanto um elemento vivo no cotidiano da educação, como uma arena de sentidos em permanente dialogia. A discussão aqui proposta realiza-se, entretanto, a partir da noção bakhtiniana de polifonia. Trata-se de uma noção que Bakhtin tomou de empréstimo do campo da música para problematizar a não-objetivação não apenas do romance de Dostoiévski, mas também da própria linguagem. Uma noção, inclusive, que mostra-se capaz de oferecer recursos teórico-metodológicos bastante férteis para a não-objetificação do próprio campo da educação. Assim, é justamente sob esta perspectiva bakhtiniana que, em meio a um contraponto entre Estado, sociedade civil e juventude de uma favela da cidade do Rio de Janeiro realizado no cotidiano de em uma escola municipal carioca, pretendemos apontar que a música abre algumas possibilidades bastante férteis para a emergência de duas questões principais: a) o conflito, a contradição e, algumas vezes, até mesmo a violência como elemento estruturante das relações educacionais; b) e, complementando um pouco mais esta primeira questão, as estreitas e complexas relações entre conhecimento, política e estética que tecem o próprio campo da educação.
O presente texto consiste em uma reflexão sobre o conhecimento produzido em circuitos comunicativ... more O presente texto consiste em uma reflexão sobre o conhecimento produzido em circuitos comunicativos afrodiaspóricos em diálogo com os estudos do cotidiano.
Neste ano de 2016, a Cidade de Deus comemora seus cinquenta anos de história. Localizada em Jacar... more Neste ano de 2016, a Cidade de Deus comemora seus cinquenta anos de história. Localizada em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, a CDD surgiu na década de 1960 como um conjunto habitacional que recebeu, inicialmente, os desabrigados de uma das piores enchentes do então Estado da Guanabara e, logo em seguida, famílias removidas de diversas favelas da cidade, sobretudo da Zona Sul. Trata-se, como nos sugere Paulo Lins, de uma “neofavela de cimento”, ou seja, uma localidade que apesar de guardar suas especificidades em relação a outras favelas, principalmente no que diz respeito à infraestrutura urbana e aos títulos de propriedade, apresenta, contudo, uma forte proximidade com estas, sobretudo no que diz respeito à reiteração de uma cultura política de exclusão. Mergulhado neste quadro brevemente apresentado, o presente trabalho de pesquisa tem como objetivo principal conhecer as memórias de remoção que deram início à história da Cidade de Deus. Trata-se de uma pesquisa que tem tornado-se possível em meio a um movimento de articulação entre Estado, sociedade civil e jovens moradores desta mesma localidade, realizado no cotidiano de uma escola municipal carioca: a Escola Municipal Compositor Luiz Gonzaga. Assim, mergulhado neste movimento de articulação, acredtamos que as memórias de remoção que tecem o início da história da Cidade de Deus nos sugerem um poder de deslocamento e reinvenção, em face de uma reiterada cultura política de exclusão: populações negras de diferentes localidades que foram obrigadas a se mudar para uma região na qual tiveram que recriar suas próprias histórias.
Revista Educação e Cultura Contemporânea, 2019
A presente comunicação propõe discutir algumas questões iniciais para a realização de um trabalho... more A presente comunicação propõe discutir algumas questões iniciais para a realização de um trabalho de pesquisa que tem como objetivo principal a criação de um registro (gráfico e/ou audiovisual) de parte da obra de Sylvio Neto: músico, poeta e ativista cultural negro da Baixada Fluminense. Esta proposta surgiu, mais especificamente, no decorrer do processo de criação e gestão participativa de uma rádio em uma escola municipal carioca que atende localidades, assim como a própria Baixada, marcadas pelo estereótipo de violência: Cidade de Deus, Gardênia Azul e Rio das Pedras. Nos debates realizados neste processo, as histórias sobre o referido artista ressoaram de uma forma bastante significativa, sobretudo no empoderamento da posição de articulador que muitos agentes culturais assumem na complexidade comunicativa que tecem estas diferentes localidades. Neste sentido, o debate sobre o estereótipo de violência no âmbito do currículo escolar emerge como uma possibilidade bastante fértil para discutir não apenas os mecanismos de exclusão que tendem a igualar estas localidades periféricas das cidades do Rio de Janeiro e do Grande Rio, mas também (e tão importante quanto isto) as histórias que as diferenciam e as identificam.
O presente artigo tem como objetivo principal discutir a possibilidade de a narrativa da montagem... more O presente artigo tem como objetivo principal discutir a possibilidade de a narrativa da montagem do funk carioca orientar práticas educacionais mais emancipatórias. Enquanto uma prática musical da diáspora negra fortemente presente no cotidiano da escola municipal carioca de ensino fundamental em que trabalho (e de tantas outras escolas municipais, certamente), a narrativa da montagem do funk carioca abre possibilidades bastante férteis no deslocamento das relações neocoloniais que tecem a educação escolar, mais especificamente no enfrentamento da própria questão racial. Sobretudo, pelo fato de posicionar esta mesma questão não nos limites biológicos (fenótipo), geográficos (favela) ou culturais institucionalizados (O Funk), mas sim no âmbito das chamadas práticas (musicais) cotidianas.
O presente trabalho propõe discutir algumas das principais questões que teceram minha pesquisa de... more O presente trabalho propõe discutir algumas das principais questões que teceram minha pesquisa de doutorado que teve como objetivo principal conhecer a prática de tocar-ouvir música mediada pela apropriação de arquivos MP3 no cotidiano da Escola Municipal Compositor Luiz Gonzaga (mais comumente chamada de “a Compositor”). Trata-se de uma escola municipal carioca, cujos estudantes residem, em sua grande maioria, em Cidade de Deus. Com a realização desta pesquisa, propus oferecer uma contrapartida a uma perspectiva epistemológica que insiste em reconhecer esta prática musical – quase sempre realizada pelo uso de aparelhos celulares – como não-conhecimento. Ao defender a tese de que aqueles que protagonizam esta prática musical (DJs da Compositor) são narradores, pretendi mostrar que muito longe de uma prática passiva, esta prática musical articula uma série de questões importantes para pensarmos os próprios limites da educação escolar. Sobretudo nas escolas localizadas nas periferias, onde o uso musical do aparelho celular mostra-se estreitamente vinculado a repertórios e palavras também “desautorizados” por aquela mesma perspectiva de conhecimento.
O presente artigo propõe discutir algumas questões de minha pesquisa de doutorado que tem como ob... more O presente artigo propõe discutir algumas questões de minha pesquisa de doutorado que tem como objetivo principal conhecer a prática de tocar-ouvir música mediado pela apropriação de arquivos MP3 no cotidiano da Escola Municipal Compositor Luiz Gonzaga (mais comumente chamada de “a Compositor” por seus estudantes, responáveis, professores, funcionários e membros da comunidade). Trata-se de uma escola municipal carioca, de Ensino Fundamental, localizada em Jacarepaguá (Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro), cujos estudantes residem, em sua grande maioria, em Cidade de Deus. As questões que pretendo discutir neste trabalho são relativas, mais especificamente, aos chamados funk-ostentação. Trata-se de uma categoria do funk carioca bastante tocado-ouvido na escola municipal em questão (e em tantas outras escolas municipais, certamente) cujo conteúdo literário tem sido reiteradamente enquadrado e regulado como uma apologia ao consumo aliendado. Entretanto, enquanto uma performance musical, o funk-ostentação possibilita a emergência de algumas estreitas e complexas relações entre estética, política e conhecimento, sobretudo ao posicionar algumas desigualdades e diferenças não como uma excessão ou crise de um (pré)determinado padrão de sociabilidade, mas sim como elementos estruturantes de suas próprias relações intersubjetivas.
O presente trabalho tem como objetivo principal discutir a emergência de uma tensão cultural (den... more O presente trabalho tem como objetivo principal discutir a emergência de uma tensão cultural (dentre tantas outras existentes, certamente) no processo de criação e gestão participativa de uma rádio escolar. Trata-se de um projeto de Apoio à Melhoria do Ensino em Escolas Públicas sediadas no Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) articulado à pesquisa “Artes do Fazer: Diálogos e Alianças da Afrodiáspora em Redes Educativas” (CNPQ) e ao Programa Jovem Cientista do Nosso Estado (FAPERJ), desenvolvido pelo grupo “Culturas e Identidades no Cotidiano” no âmbito do Laboratório Educação e Imagem da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FE/UERJ) e do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PROPED/UERJ). Ao assumir, conforme orientação de Benjamin (1983), as chamadas “técnicas de reprodução” como práxis política, a rádio em processo de construção em uma escola municipal carioca apresenta-se como um campo de conhecimento bastante fértil para a emersão da complexidade da diáspora negra (GILROY, 2001) em determinados contextos urbanos, como na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo.
O presente trabalho tem como objetivo principal discutir o aparelho celular como um possível recu... more O presente trabalho tem como objetivo principal discutir o aparelho celular como um possível recurso no ensino de música, apesar de sua proibição nas salas de aula do município do Rio de Janeiro. Sob a narrativa da montagem do funk carioca, prática musical da diáspora negra fortemente presente no cotidiano de muitas escolas municipais cariocas, esse aparelho deixa de se apresentar apenas como um meio de comunicação e de entretenimento, inibidor de concentração e memorização, para também compor um verdadeiro acervo musical. Um acervo vivo que entre seus movimentos permanentes de gravações (e desgravações) circula por um amplo e complexo circuito comunicativo que rasura e tensiona de uma forma muito clara a obviedade, naturalidade e historicidade dos pressupostos neocoloniais que sustentam a lei responsável em proibir sua presença nas salas de aula do município do Rio de Janeiro.
O presente texto propõe discutir, a partir de um conflito ocorrido no cotidiano de uma escola mun... more O presente texto propõe discutir, a partir de um conflito ocorrido no cotidiano de uma escola municipal da cidade do Rio de Janeiro, a questão de que cohabita a chamada escola-conceito práticas cotidianas que tecem, destecem e retecem, em movimentos tempoespaciais, outros saberesfazeres e, consequentemente, outras formas de pertencimento e de autoridade. Em outras palavras, objetiva-se incitar a possibilidade de dialogar com determinadas práticas cotidianas que, apesar de invisíveis ao olhar panóptico ou abissal do poder educacional, des-re-territorializam o espaçotempo escolar e lhe configura uma tessitura multiterritorial.
A partir da narrativa de uma dentre tantas outras desautorizações sofridas enquanto professorpesq... more A partir da narrativa de uma dentre tantas outras desautorizações sofridas enquanto professorpesquisador no dia-a-dia de uma escola municipal localizada na cidade do Rio de Janeiro, o presente trabalho apresenta como objetivo principal colocar em discussão uma questão que permeia os estudos nos cotidianos escolares, qual seja: quais as contribuições da música afrodiaspórica aos estudos no cotidiano escolar? Enquanto o que proponho chamar de uma “afrocotidianeidade na educação escolar”, a música da diáspora negra parece bastante relevante na realização de práticas educacionais mais emancipatórias, pois ao fortalecer-se naquilo que Bakhtin chama de polifonia e dialogicidade, elas tecem significativos deslocamentos nas estruturas educacionais hegemônicas e possibilitam, com isso, um fértil diálogo com uma diversidade de saberesfazeres histórica e socialmente invisibilizados.
mimeo: rio de janeiro, 2023
sou professor. moro em copacabana e trabalho em marechal hermes. semanalmente, atravesso a cidade... more sou professor. moro em copacabana e trabalho em marechal hermes. semanalmente, atravesso a cidade do rio de janeiro para dar minhas aulas e voltar para casa. boa parte deste deslocamento, mais especificamente entre a região central e a zona norte, faço de trem. é muito mais rápido, barato e quase sempre mais pontual do que outros modais que cruzam esta metrópole. foi justamente submerso nestes deslocamentos que produzi as fotos-escrituras que apresento nas próximas páginas. são duplos de imagem e texto que assumem a estação como uma enunciação dos atos de ver e escrever. enunciação esta que, dentre outras coisas, nos permite entender este percurso não como um deslocamento estritamente espaço-temporal, mas como um deslocamento eminentemente estético.
Editora Biblioteca 24 horas, 2021
apresento, no decorrer das próximas páginas, minhas quarentemas: temas tecidos e bordados sem mai... more apresento, no decorrer das próximas páginas, minhas quarentemas: temas tecidos e bordados sem maiores pretensões durante os dias de quarentena do ano de 2020. espero que vocês gostem destes breves escritos tanto quanto eles foram importantes para mim durante este período tão sombrio. boa leitura!