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Articles by Soraya Guimarães Hoepfner

Research paper thumbnail of Sotaque: a voz da identidade

Filosofia Comunicação e Subjetividade Volume 1, 2018

Sob uma perspectiva que parte da superação da narrativa do perigo da perda na linguagem, eu gosta... more Sob uma perspectiva que parte da superação da narrativa do perigo da perda na linguagem, eu gostaria de propor
uma reflexão em particular: pensar o traço essencial de nossa identidade na linguagem, a partir do fenômeno do sotaque, mesmo que difundido e difuso com a intensifcação dos epifenômenos da transnacionalidade e informacionalidade. Assim, na aparição da identidade encenada pelo sotaque, a parentalidade de lugar e linguagem que se expressa na língua e que não
se dissolve na sua miscigenação, nem na sua ‘contaminação’, se deixaria ver privilegiadamente. Neste ensaio, o fenômeno do sotaque para ilustrar
a questão da identidade na linguagem diante das transformações de mundo vai ser pensado de maneira ainda mais particular, pois se refere, como
demonstrarei a seguir, à própria palavra com a qual o designamos tão unicamente na língua portuguesa.

Volume Completo: http://labcom-ifp.ubi.pt/book/318?fbclid=IwAR0dRhVvE9UTKatfiy79wp6EiRTHOtR9cTZIXQwrTCUSrY0DgaNDHZnGreI

Research paper thumbnail of GUIMARAES HOEPFNER, Soraya - On Hate - An apology of doubt.pdf

Caderno Sesc_Videobrasil , 2017

The following notes constitute an apologia of doubt inspired on my readings of Vilém Flusser’s es... more The following notes
constitute an apologia of
doubt inspired on my
readings of Vilém Flusser’s
essay On Doubt, and are
presented here as an essay
on hatred that serves as an
indirect reference to it.
Reading Flusser’s text is,
therefore, a prerequisite to
reading the following.

Research paper thumbnail of GUIMARAES HOEPFNER, Soraya - Ensaio sobre o Ódio - Apologia da Dúvida.pdf

Caderno Sesc_Videobrasil , 2017

As considerações a seguir constituem uma apologia da dúvida inspirada na leitura do ensaio Da dúv... more As considerações a seguir constituem uma apologia da dúvida inspirada na leitura do ensaio Da dúvida*, de Vilém Flusser, e apresentada na forma de um ensaio de questionamento sobre o ódio, que lhe sirva de referência indireta. A leitura do texto de Flusser é, portanto, pré-requisito para a leitura do que vem a seguir

Research paper thumbnail of GUIMARAES HOEPFNER - Ser, Sertão, Saber (REDACTED).pdf

De meados do Séc. XVIII até meados do Séc. XIX, circulou no sertão brasileiro um livro que veio a... more De meados do Séc. XVIII até meados do Séc. XIX, circulou no sertão brasileiro um livro que veio a se tornar uma das mais elementares fontes de conhecimento do sertanejo: O Non Plus Ultra do Lunário e Prognóstico Perpétuo Geral e Particular para Todos os Reinos e Províncias. O “Lunário perpétuo” moldou decisivamente o saber do homem nordestino, deixando seus vestígios nas crendices, adivinhações e costumes que perduram até hoje nos rincões do sertão. Nele, o sertanejo aprendeu sobre o tempo das chuvas, ciclos solares e lunares, mas também sobre ‘remédios universais’ contra males do corpo e da alma, sobre os astros e até mesmo sobre história do mundo e religião. Dos conhecimentos do Lunário passado de mão e mão e depois de boca em boca, como por exemplo a seção “Tratado de astronomia rústica e pastoril”, o nordestino adquiria o seu saber das coisas. Uma das formas mais populares nessa tradição de oralidade vinha dos repentistas, no que eles chamavam de “cantar teoria”. Assim, cantava teoria, por exemplo, o rabequeiro Fabião das Queimadas (1848-1928), poeta dos vaqueiros, que fazia repentes versando sobre astronomia, história, ciência, a partir do que memorizava só ‘de ouvir’ no interior do Rio Grande do Norte. O Lunário perpétuo é na verdade tão antigo, que é quase imemorial. Vem de um tempo onde o chamado ‘novo mundo’ ainda nem existia. A obra original do astrônomo catalão Bernart de Granollachs surgiu em 1485 . Considerado muito ‘científico’ , ganhou uma versão mais popular, que se difundiu por toda a Europa, através da edição de Andrés de Li, de 1492, já chamada de Reportório de los tempos . É dessa última que vai surgir então a versão espanhola de Jerónimo Cortés, em 1594, por sua vez base para a tradução de Antonio da Silva Brito para o português, pela primeira vez publicada em 1703 em Lisboa. A popularização no Brasil vem, contudo, da edição pós-expurgo da Santa Inquisição, entre elas, a que data de 1857 , na qual seções mais metafísicas como o “Tratado de coisas particulares e admiráveis da natureza” foram retiradas .
Muitas foram as versões do livro que circularam pelo Nordeste brasileiro no Brasil Colonial e na Primeira República, com incontáveis reimpressões e modificações. Sua penetração em lugares tão remotos certamente se deu através das mãos dos primeiros colonos, capitães de terra e jesuítas, já nos primeiros anos de colonização. Como cogita o folclorista e historiador Câmara Cascudo: “Não podemos saber o que lia o brasileiro dos séculos XVI e XVII. Certamente, volumes de orações, hagiolários, sermões, livros de exemplos. Para desenfastiar o serão noturno, o português devia ouvir estórias ou contá-las durante as longas noites coloniais. ”. Uma fonte de leitura, porém, Cascudo atesta como certa: “Incomparável como elemento de consulta e deleite [...] Dizia-se não ser possível casa de criação sem rosário e sem o LUNÁRIO PERPÉTUO” (p. 15). Tão popular que era, também ficou conhecido como o “manual do nordestino”.
Desse livro, o revolucionário Antônio Conselheiro tirou muitas de suas profecias. Os pais de Lampião retiraram de suas páginas o nome de batismo do filho, Virgulino . Especula-se até que alguns dos símbolos medievais que adornavam a indumentária sui generis do rei do cangaço tiveram como inspiração ilustrações do livro. Os cangaceiros, nas noites perdidas de fuga e tocaia nos confins do agreste, certamente também dependiam dessa fonte para a sua sobrevivência, e muito emprestaram do conhecimento dos fenômenos naturais aprendido do livro. Havia ainda os chamados lunaristas, figuras respeitadas , que ofereciam ‘consultas’ e profecias ao povo por todo o sertão.
Mas para além do valor histórico e historiográfico que o livro representa na formação da tradição imemorial do nordestino, do ponto de vista filosófico, o Lunário inspira uma reflexão do que já na intuição popular se mostra claro: saber é ser, ser é estar na sabedoria e o lugar onde se está é ele próprio também um modo de ser. Aquilo que se é, ao que se pode atribuir a ideia de identidade, forma-se originariamente e a partir do que se dá a conhecer, como sabedoria, transportada, passada adiante, formando num horizonte temporal o que se constitui como vida humana, tradição. No entanto, naquilo que o sertanejo expõe-se ainda, ilustrado na sua relação com o Lunário, uma característica peculiar: nesse seu modo de ser encontram-se ciência e sabedoria na mesma matriz fundacional, e não há, como se poderia pensar tradicionalmente, apenas um saber originário pré-científico com o qual se define a historicidade primeira de um povo, como quereria pensar, por exemplo, Heidegger. Ademais, sobre esse povo, o povo do sertão, pode se dizer ainda: seu lugar, o povo é o próprio locus. Não é o caso de uma derivação geográfica ou relação com o solo. Sertão é, antes de tudo, um lugar que é estado de ser que, dessa forma, prescinde de um determinado modo de ser para que seja ‘localizado’. Ainda há sertão? Sim, e agora mesmo por toda parte.
Nessas linhas de pensamento solto, reunidas para celebrar os 60 anos da filósofa brasileira Marcia Sá Cavalcante Schuback, rendo a ela homenagens dedicando-lhe uma reflexão sobre saber, ser, sertão, numa espécie de alusão filosófica às suas raízes nordestinas. Tantas linhas, em fim, para dizer o que numa frase Guimarães Rosa já anunciava: “O sertão!: é dentro da gente”.

Research paper thumbnail of Resenha de Überlegungen II-VI (Schwarze Hefte 1931- 1938), de Martin Heidegger

Cadernos de Filosofia Alemã - USP, Dec 1, 2014

inaugura um último capítulo no processo de publicação das obras completas do filósofo, conforme c... more inaugura um último capítulo no processo de publicação das obras completas do filósofo, conforme cuidadosamente planejado por ele. Com o lançamento do presente livro, tornaram-se públicos os primeiros cinco cadernos da série, muito provavelmente organizados por Heidegger de modo a alinhá-los a uma determinada cronologia de eventos mundiais. Os anos cobertos pelo volume 94, do qual trata a presente resenha, coincidem justamente com aqueles decisivos, que antecedem a 2ª Guerra Mundial.

Research paper thumbnail of Apontamentos sobre a questão ético-midiática do discurso de ódio na rede social

Revista Esferas, Jun 4, 2014

Este artigo propõe uma breve reflexão sobre a questão do discurso do ódio na esfera pública, espe... more Este artigo propõe uma breve reflexão sobre a questão do discurso do ódio na esfera pública, especificamente sobre sua manifestação do espaço da rede social. A discussão, iniciada por uma breve caracterização teórica do fenômeno, propõe uma compreensão do fenômeno justamente a partir da análise dos fundamentos que permeiam a sua descaracterização pela opinião pública. Ou seja, analisa como as visões de mundo que contribuem para a negação do problema aparecem mais evidentes quando o fenômeno manifesta-se no ambiente da rede social.

Research paper thumbnail of Para que filósofos da mídia?/What are Media Philosophers for?

Este artigo centra-se no olhar da filosofia contemporânea sobre as tecnologias midiáticas, em esp... more Este artigo centra-se no olhar da filosofia contemporânea sobre as tecnologias midiáticas, em especial, aquela conduzida pela nova autodenominada filosofia da mídia. Embasados em uma perspectiva heideggeriana do que se constitui a tarefa da filosofia e de qual seja o sentido de tecnologia, sugerimos a possibilidade de se alcançar um sentido geral de mídia, enquanto tecnomídia, para além da multiplicidade de suas manifestações. A exposição deste argumento é feita por uma revisão crítica categorizada das abordagens filosóficas contemporâneas, agrupadas em três vieses: pragmático-analítico, ético e estético, respectivamente centradas em processos, discursos e estruturas midiáticas. Demonstro como o estudo do fenômeno tecnomidiático constitui uma legítima tarefa filosófica, crucial para a filosofia contemporânea.

Research paper thumbnail of Maquinação e Vivência: o homem como ser tecnopolítico

Resumo: Neste artigo, elaboraremos uma compreensão para o sentido do político que tem como base f... more Resumo: Neste artigo, elaboraremos uma compreensão para o sentido do político que tem como base filosófica o pensamento de Martin Heidegger e sua interpretação do termo grego Polis [πόλις] como "lugar historial" [Geschichtesstätte]. É a partir desse pensamento inicial que apresentaremos então nossa ideia do político como deslocamento essencial da existência humana. Desenvolveremos nosso argumento não somente a partir de referências explícitas que faz Heidegger ao conceito de Polis, mas também através de uma breve análise de dois conceitos-chave cunhados por ele no final dos anos 30: maquinação [Machenschaft] e vivência [Er-lebnis]. Será através destes conceitos, mas também de como a partir deles se relacionam técnica e história, que nós delinearemos o sentido do político como deslocamento essencial da humanidade, o qual, por sua vez, estabelece o caráter básico do que por fim denominaremos de existência tecnopolítica do homem. Desta maneira, a reflexão sobre o sentido do político nos conduzirá à compreensão do homem como ser técnico-político que, por sua vez, introduz uma questão fundamental: qual é o lugar da filosofia no espaço político? Como veremos, a compreensão filosófica do político suscitará a questão de qual é o lugar possível para o pensamento filosófico em nossa sociedade, ou seja, em termos de um posicionamento político, nos permitirá colocar a própria filosofia em questão. Palavras-chave: Política -Polis -Heidegger -Maquinação -Vivência -Técnica.

Research paper thumbnail of FILOSOFAR EM TEMPOS DE INFORMAÇÃO

Esta tese aborda a questão de como a filosofia pode pensar em particular o hoje, e de como este p... more Esta tese aborda a questão de como a filosofia pode pensar em particular o hoje, e de como este pensar não somente é um legítima tarefa filosófica, como determinante para a própria filosofia. O pensamento do hoje é elaborado através de dois caminhos: uma análise hermenêutico-fenomenológica do pensamento fundamental Martin Heidegger sobre sua contemporaneidade e via análise da Tecnologia da Informação, entendida como signo privilegiado de "nossos tempos" e decisivo para o 'pensar-sentido' da filosofia. O caminho de partida é, portanto, uma investigação do pensamento de Heidegger, sobre o seu próprio hoje, um pensador para o qual sua faticidade é via de acesso à questão fundamental da filosofia. A tese aproxima-se do pensamento de Heidegger através de três palavras guia: 1. Técnica, 2. História e 3. Linguagem, a partir das quais, respectivamente, o trabalho almeja construir uma caracterização existencial do humano como existência 1. tecnopolítica, 2. tecnocientífica e 3. tecnológica. À luz da compreensão do projeto heideggeriano sobre o seu hoje, a tese se desdobra então numa compreensão do 'nosso hoje', ilustrada numa análise fenomenológica de três situações do contemporâneo na qual privilegiadamente se pode entrever e manter a questão fundamental do sentido de ser presente em técnica, história e linguagem: respectivamente são elas, o pensar sobre o esvaziamento 1. da língua (linguagem), 2. da ciência (história) e 3. do objeto (técnica) -fenômenos do 'nosso hoje' através dos quais, justamente onde a tarefa da filosofia parece ter perdido completamente o sentido e definitivamente chegado ao fim, esta tese buscará além-através destes demonstrar como o filosofar em tempos de informação é possível e preciso.

Teaching Documents by Soraya Guimarães Hoepfner

Research paper thumbnail of Introdução à filosofia de Martin Heidegger para as Humanidades

Research paper thumbnail of Handout - Lectures 8-9

Applied Media aesthetics differs from traditional aesthetics in three major ways: rather than bei... more Applied Media aesthetics differs from traditional aesthetics in three major ways: rather than being concerned primarily with beauty and the philosophy of art, applied aesthetics deals with a number of aesthetic phenomena, including light and color, space, time/motion, and sound, and our perceptual reactions to them. The media (video, film, and computers) themselves play an important part in shaping the message. Whereas traditional aesthetics is used primarily for analysis, media aesthetics can be applied to both analysis and synthesis -production." 1

Research paper thumbnail of Lectures 6-7

Ethical questions involving Media Technologies are not necessarily new and are presented in a wid... more Ethical questions involving Media Technologies are not necessarily new and are presented in a wide range of social and cultural studies, as well as in the explicit philosophical domain of Ethics. In the following section we will attempt to summarize a possible philosophical perspective from which to approach Ethics in Technomedia, via discussing the question of "What is Dangerous about Technology?" The philosophical question that lies at the core of this "matter of method" is how do we grasp the nature of human action in relation to that which Is? The parenthetical discussion in regards to media studies is to understand what role this type of questioning plays when one, through Applied Ethics, investigates the nature of mediatic situations. In other words, to what extent can ethical questions be posed to one that envisages a philosophical comprehension of media technologies? We start by exposing the problematic of the apparent opposition between being a 'neutral' or 'engaged' thinker via analysis of different postures towards technological danger (e.g. Martin Heidegger, Norbert Wiener, etc). At the end of this brief review, and in the second part of this lecture, we expect to sufficiently approach the question of how to address Technomedia in the context of ethical issues, suggesting taking the particular example of Bruno Latour as fruitful inspiration to overcome the traditional danger/salvation dialectics. . 1 David Copp, The Oxfort Handbook of Ethical Theory, 5-6. 2 Ibiden, 19. 3 Alexander Miller, Introduction to Contemporary Metaethics, 2 4 Olivier Beuvelet, « Du philosophe médiatisé au penseur médiatique, le sceau de l'image… ». 5 François Xavier-Ajavon, Sartre : naissance d'une figure de « philosophe médiatique 6 Tamara Chaplin, Turning on the mind: French philosophers on Television, 62. 7 Emmanuel Lévinas, Totality and Infinity, 201 "SPIEGEL: [...] Also: Sollte nicht doch der Philosoph bereit sein, sich Gedanken zu machen, wie die Menschen ihr Miteinander in dieser von ihnen selbst technisierten Welt, die sie vielleicht übermächtigt hat einrichten können? Erwartet man nicht doch zu Recht vom Philosophen, dass er Hinweise gibt, wie er sich eine Lebensmöglichkeit vorstellt, und verfehlt nicht der Philosoh einen Teil, meinetwegen eine kleinen Teil, seines Berufs und seiner Berufung, wenn er dazu nichts mitteilt? HEIDEGGER: Soweit ich sehe, ist ein einzelner vom Denken her nicht imstande, die Welt im Ganzen zo zu durchschauen, dass er praktische Anweisungen geben könnte und dies gar noch angesichts der Aufgabe, erst wieder eine Basis für das Denken selbst zu finden. Das Denken ist, solange es sich selber ernst nimmt angesichts der grossern Überlieferung, überfordert, wenn es sich anschicken soll, hier Anweisungen zu geben." 25 PART II -On Latour (Tracing the Danger) "In its simplest but also in its deepest sense, the notion of network is of use whenever action is to be redistributed." 26 "The organizational causes of this accident are rooted in the Space Shuttle Program's history and culture, including the original compromises that were required to gain approval for the Shuttle, subsequent years of resource constraints, fluctuating priorities, schedule pressures, 22 Norbert Wiener, God and Golem, Inc., 69 23 Norbert Wiener, I am a Mathematician, 295. 24 Richard Rorty, Heidegger and the Atomic Bomb, 275. 25 Martin Heidegger, Spiegel-Gespräch mit Martin Heidegger, 681. 26 Bruno Latour, Networks, Societies, Spheres, 2.

Research paper thumbnail of Hoepfner, Soraya - Philosophising in the Era of Information LECTURE IV - V - Handout 3

In this lecture, I will directly introduce the question of Media and its condition of being a sub... more In this lecture, I will directly introduce the question of Media and its condition of being a subject of philosophical questioning. The characterization of the problem starts by outlining 3 theoretical premises, according to which mediatic situations are possibly framed in a philosophical enquiry: a) Media, a way into facticity; b) Media as Technomedia; c) Media, a situation of today. In this perspective, we will not be looking to conceptualize Media (in terms of what it is) but rather approach it in terms of its "how", that is to say, fundamentally as a phenomena -in its present situation -as it is (occurs).

Research paper thumbnail of Philosophising in the Era of Information - Handout 2

Why do we so often have the impression, when engaging in a conversation with a philosopher about ... more Why do we so often have the impression, when engaging in a conversation with a philosopher about the meaning or impact of our techno-scientific way of being in contemporary society, that we will end up taking part in an inconvenient "dialogue of the deaf"? Why does the questioning of fundamental aspects of technology in a philosophical way (here I mean in a phenomenological way) so often look like an unresponsive act to the problem: an inadequate, romantic, trivial or simply unrealistic approach? This can be the case when we hear Heidegger who, along with readings, echoes an imperative call for action to us, in such a way that when we read his ideas about cybernetics, we immediately focus on how society can take better control of its science of control; or when he talks about technicity, we read technology; and when he talks about "releasement" [Gelassenheit] or "only a God can save us", we cannot help but be disappointed by those ideas of passiveness and mysticism. Yet, his writings still represent a key contribution to thinking technologies in such a way that virtually every study in this multifarious field has to, at some point, enter into dialogue with him (whether against or in favour). In this lecture, I present a possible way of bypassing our action echo in order to frame technology as a question in Heidegger's stepping stone thinking. I will briefly review Heidegger's analysis of facticity (the one in which the discussion of modern technology arises) -with special care to avoid the displacement of labelling his approach as a 'question of technology'. This brief review follows the introduction of the question in the late 1920s; the discussions about technicity in the 1930s, especially regarding its essence [Ge-stell] in relation to the Greek meaning of Techne. From that, I will comment on key passages in which the analysis of technicity gradually starts to be related to the question of language, giving rise to his later analysis of cybernetics. In short, via benchmarking Heidegger' contribution, I expect to have illustrated how technologies are subjects of philosophical investigation.

Research paper thumbnail of Philosophising in the Era of Information - Lecture I - Handout 1

In this first lecture, I will lay out the Seminar's objectives and the main line of thought, star... more In this first lecture, I will lay out the Seminar's objectives and the main line of thought, starting by introducing the challenge of framing media in philosophical questioning. In order to do this, it will be necessary, first of all, to set up the boundaries of our philosophical investigation and thereby explicitly detail the methodological approach from which media will be thematized. The seminars begin by introducing particular media technology situations -Tactile Technology and Networks -as ideal settings for the resumption of traditional philosophical questions. Following philosophical premises mainly inspired in Martin Heidegger's approach to contemporary issues, the main hypothesis is that if media can be framed as a philosophical issue at all, it should be done by carefully avoiding the assumption that it is an ontological region and, instead, by means of interpreting it via questioning the Today -the question of facticity.

Book Chapter by Soraya Guimarães Hoepfner

Research paper thumbnail of O olhar que repara o tempo

In: FRANÇA, F., FORTUNATO, AL. GALENO, A. (Org.) Rebelados da Cultura: antropoética e comunicação. Vol. 2. Natal: Caravela Selo Cultural, 2021

O horror do passado segue irremediável e irreparável, não tanto porque não é possível voltar no t... more O horror do passado segue irremediável e irreparável, não tanto porque não é
possível voltar no tempo ou porque nenhum mecanismo social é capaz de dominar o reino
subjuntivo, mas fundamentalmente porque o presente do passado é inacessível para nós. A irreparabilidade do tempo histórico não é determinada pelo caráter irrevogável do que passou, mas pela imperatividade do futuro; é preciso esperar por ele, pelo seu destinamento de significação renascente. No tempo sombrio do hoje, muitos se perguntam, perplexos e atônitos, o que será dito sobre nós no futuro, e muitos no futuro se perguntarão como é possível que não houve revolta, como deixamos acontecer ou, pior, como pudemos até desejar que tenha acontecido. No hoje, porém, o que se vive como desembocadura e entrância é o momento no qual é sempre tarde demais e há sempre esperança.

Research paper thumbnail of "Heideggers samtal med tekniken - en dialog mellan döva."

News Articles by Soraya Guimarães Hoepfner

Research paper thumbnail of Os Cadernos Pretos e o Fim da Filosofia, O POVO, 01/09/2014

Research paper thumbnail of Um Olhar de Fora da Copa, Novo Jornal, 13/07/2014

Talks by Soraya Guimarães Hoepfner

Research paper thumbnail of On the question of information: a philosopher in conversation with an engineer, a mathematician and a physicist.

Research paper thumbnail of Sotaque: a voz da identidade

Filosofia Comunicação e Subjetividade Volume 1, 2018

Sob uma perspectiva que parte da superação da narrativa do perigo da perda na linguagem, eu gosta... more Sob uma perspectiva que parte da superação da narrativa do perigo da perda na linguagem, eu gostaria de propor
uma reflexão em particular: pensar o traço essencial de nossa identidade na linguagem, a partir do fenômeno do sotaque, mesmo que difundido e difuso com a intensifcação dos epifenômenos da transnacionalidade e informacionalidade. Assim, na aparição da identidade encenada pelo sotaque, a parentalidade de lugar e linguagem que se expressa na língua e que não
se dissolve na sua miscigenação, nem na sua ‘contaminação’, se deixaria ver privilegiadamente. Neste ensaio, o fenômeno do sotaque para ilustrar
a questão da identidade na linguagem diante das transformações de mundo vai ser pensado de maneira ainda mais particular, pois se refere, como
demonstrarei a seguir, à própria palavra com a qual o designamos tão unicamente na língua portuguesa.

Volume Completo: http://labcom-ifp.ubi.pt/book/318?fbclid=IwAR0dRhVvE9UTKatfiy79wp6EiRTHOtR9cTZIXQwrTCUSrY0DgaNDHZnGreI

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Caderno Sesc_Videobrasil , 2017

The following notes constitute an apologia of doubt inspired on my readings of Vilém Flusser’s es... more The following notes
constitute an apologia of
doubt inspired on my
readings of Vilém Flusser’s
essay On Doubt, and are
presented here as an essay
on hatred that serves as an
indirect reference to it.
Reading Flusser’s text is,
therefore, a prerequisite to
reading the following.

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Caderno Sesc_Videobrasil , 2017

As considerações a seguir constituem uma apologia da dúvida inspirada na leitura do ensaio Da dúv... more As considerações a seguir constituem uma apologia da dúvida inspirada na leitura do ensaio Da dúvida*, de Vilém Flusser, e apresentada na forma de um ensaio de questionamento sobre o ódio, que lhe sirva de referência indireta. A leitura do texto de Flusser é, portanto, pré-requisito para a leitura do que vem a seguir

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De meados do Séc. XVIII até meados do Séc. XIX, circulou no sertão brasileiro um livro que veio a... more De meados do Séc. XVIII até meados do Séc. XIX, circulou no sertão brasileiro um livro que veio a se tornar uma das mais elementares fontes de conhecimento do sertanejo: O Non Plus Ultra do Lunário e Prognóstico Perpétuo Geral e Particular para Todos os Reinos e Províncias. O “Lunário perpétuo” moldou decisivamente o saber do homem nordestino, deixando seus vestígios nas crendices, adivinhações e costumes que perduram até hoje nos rincões do sertão. Nele, o sertanejo aprendeu sobre o tempo das chuvas, ciclos solares e lunares, mas também sobre ‘remédios universais’ contra males do corpo e da alma, sobre os astros e até mesmo sobre história do mundo e religião. Dos conhecimentos do Lunário passado de mão e mão e depois de boca em boca, como por exemplo a seção “Tratado de astronomia rústica e pastoril”, o nordestino adquiria o seu saber das coisas. Uma das formas mais populares nessa tradição de oralidade vinha dos repentistas, no que eles chamavam de “cantar teoria”. Assim, cantava teoria, por exemplo, o rabequeiro Fabião das Queimadas (1848-1928), poeta dos vaqueiros, que fazia repentes versando sobre astronomia, história, ciência, a partir do que memorizava só ‘de ouvir’ no interior do Rio Grande do Norte. O Lunário perpétuo é na verdade tão antigo, que é quase imemorial. Vem de um tempo onde o chamado ‘novo mundo’ ainda nem existia. A obra original do astrônomo catalão Bernart de Granollachs surgiu em 1485 . Considerado muito ‘científico’ , ganhou uma versão mais popular, que se difundiu por toda a Europa, através da edição de Andrés de Li, de 1492, já chamada de Reportório de los tempos . É dessa última que vai surgir então a versão espanhola de Jerónimo Cortés, em 1594, por sua vez base para a tradução de Antonio da Silva Brito para o português, pela primeira vez publicada em 1703 em Lisboa. A popularização no Brasil vem, contudo, da edição pós-expurgo da Santa Inquisição, entre elas, a que data de 1857 , na qual seções mais metafísicas como o “Tratado de coisas particulares e admiráveis da natureza” foram retiradas .
Muitas foram as versões do livro que circularam pelo Nordeste brasileiro no Brasil Colonial e na Primeira República, com incontáveis reimpressões e modificações. Sua penetração em lugares tão remotos certamente se deu através das mãos dos primeiros colonos, capitães de terra e jesuítas, já nos primeiros anos de colonização. Como cogita o folclorista e historiador Câmara Cascudo: “Não podemos saber o que lia o brasileiro dos séculos XVI e XVII. Certamente, volumes de orações, hagiolários, sermões, livros de exemplos. Para desenfastiar o serão noturno, o português devia ouvir estórias ou contá-las durante as longas noites coloniais. ”. Uma fonte de leitura, porém, Cascudo atesta como certa: “Incomparável como elemento de consulta e deleite [...] Dizia-se não ser possível casa de criação sem rosário e sem o LUNÁRIO PERPÉTUO” (p. 15). Tão popular que era, também ficou conhecido como o “manual do nordestino”.
Desse livro, o revolucionário Antônio Conselheiro tirou muitas de suas profecias. Os pais de Lampião retiraram de suas páginas o nome de batismo do filho, Virgulino . Especula-se até que alguns dos símbolos medievais que adornavam a indumentária sui generis do rei do cangaço tiveram como inspiração ilustrações do livro. Os cangaceiros, nas noites perdidas de fuga e tocaia nos confins do agreste, certamente também dependiam dessa fonte para a sua sobrevivência, e muito emprestaram do conhecimento dos fenômenos naturais aprendido do livro. Havia ainda os chamados lunaristas, figuras respeitadas , que ofereciam ‘consultas’ e profecias ao povo por todo o sertão.
Mas para além do valor histórico e historiográfico que o livro representa na formação da tradição imemorial do nordestino, do ponto de vista filosófico, o Lunário inspira uma reflexão do que já na intuição popular se mostra claro: saber é ser, ser é estar na sabedoria e o lugar onde se está é ele próprio também um modo de ser. Aquilo que se é, ao que se pode atribuir a ideia de identidade, forma-se originariamente e a partir do que se dá a conhecer, como sabedoria, transportada, passada adiante, formando num horizonte temporal o que se constitui como vida humana, tradição. No entanto, naquilo que o sertanejo expõe-se ainda, ilustrado na sua relação com o Lunário, uma característica peculiar: nesse seu modo de ser encontram-se ciência e sabedoria na mesma matriz fundacional, e não há, como se poderia pensar tradicionalmente, apenas um saber originário pré-científico com o qual se define a historicidade primeira de um povo, como quereria pensar, por exemplo, Heidegger. Ademais, sobre esse povo, o povo do sertão, pode se dizer ainda: seu lugar, o povo é o próprio locus. Não é o caso de uma derivação geográfica ou relação com o solo. Sertão é, antes de tudo, um lugar que é estado de ser que, dessa forma, prescinde de um determinado modo de ser para que seja ‘localizado’. Ainda há sertão? Sim, e agora mesmo por toda parte.
Nessas linhas de pensamento solto, reunidas para celebrar os 60 anos da filósofa brasileira Marcia Sá Cavalcante Schuback, rendo a ela homenagens dedicando-lhe uma reflexão sobre saber, ser, sertão, numa espécie de alusão filosófica às suas raízes nordestinas. Tantas linhas, em fim, para dizer o que numa frase Guimarães Rosa já anunciava: “O sertão!: é dentro da gente”.

Research paper thumbnail of Resenha de Überlegungen II-VI (Schwarze Hefte 1931- 1938), de Martin Heidegger

Cadernos de Filosofia Alemã - USP, Dec 1, 2014

inaugura um último capítulo no processo de publicação das obras completas do filósofo, conforme c... more inaugura um último capítulo no processo de publicação das obras completas do filósofo, conforme cuidadosamente planejado por ele. Com o lançamento do presente livro, tornaram-se públicos os primeiros cinco cadernos da série, muito provavelmente organizados por Heidegger de modo a alinhá-los a uma determinada cronologia de eventos mundiais. Os anos cobertos pelo volume 94, do qual trata a presente resenha, coincidem justamente com aqueles decisivos, que antecedem a 2ª Guerra Mundial.

Research paper thumbnail of Apontamentos sobre a questão ético-midiática do discurso de ódio na rede social

Revista Esferas, Jun 4, 2014

Este artigo propõe uma breve reflexão sobre a questão do discurso do ódio na esfera pública, espe... more Este artigo propõe uma breve reflexão sobre a questão do discurso do ódio na esfera pública, especificamente sobre sua manifestação do espaço da rede social. A discussão, iniciada por uma breve caracterização teórica do fenômeno, propõe uma compreensão do fenômeno justamente a partir da análise dos fundamentos que permeiam a sua descaracterização pela opinião pública. Ou seja, analisa como as visões de mundo que contribuem para a negação do problema aparecem mais evidentes quando o fenômeno manifesta-se no ambiente da rede social.

Research paper thumbnail of Para que filósofos da mídia?/What are Media Philosophers for?

Este artigo centra-se no olhar da filosofia contemporânea sobre as tecnologias midiáticas, em esp... more Este artigo centra-se no olhar da filosofia contemporânea sobre as tecnologias midiáticas, em especial, aquela conduzida pela nova autodenominada filosofia da mídia. Embasados em uma perspectiva heideggeriana do que se constitui a tarefa da filosofia e de qual seja o sentido de tecnologia, sugerimos a possibilidade de se alcançar um sentido geral de mídia, enquanto tecnomídia, para além da multiplicidade de suas manifestações. A exposição deste argumento é feita por uma revisão crítica categorizada das abordagens filosóficas contemporâneas, agrupadas em três vieses: pragmático-analítico, ético e estético, respectivamente centradas em processos, discursos e estruturas midiáticas. Demonstro como o estudo do fenômeno tecnomidiático constitui uma legítima tarefa filosófica, crucial para a filosofia contemporânea.

Research paper thumbnail of Maquinação e Vivência: o homem como ser tecnopolítico

Resumo: Neste artigo, elaboraremos uma compreensão para o sentido do político que tem como base f... more Resumo: Neste artigo, elaboraremos uma compreensão para o sentido do político que tem como base filosófica o pensamento de Martin Heidegger e sua interpretação do termo grego Polis [πόλις] como "lugar historial" [Geschichtesstätte]. É a partir desse pensamento inicial que apresentaremos então nossa ideia do político como deslocamento essencial da existência humana. Desenvolveremos nosso argumento não somente a partir de referências explícitas que faz Heidegger ao conceito de Polis, mas também através de uma breve análise de dois conceitos-chave cunhados por ele no final dos anos 30: maquinação [Machenschaft] e vivência [Er-lebnis]. Será através destes conceitos, mas também de como a partir deles se relacionam técnica e história, que nós delinearemos o sentido do político como deslocamento essencial da humanidade, o qual, por sua vez, estabelece o caráter básico do que por fim denominaremos de existência tecnopolítica do homem. Desta maneira, a reflexão sobre o sentido do político nos conduzirá à compreensão do homem como ser técnico-político que, por sua vez, introduz uma questão fundamental: qual é o lugar da filosofia no espaço político? Como veremos, a compreensão filosófica do político suscitará a questão de qual é o lugar possível para o pensamento filosófico em nossa sociedade, ou seja, em termos de um posicionamento político, nos permitirá colocar a própria filosofia em questão. Palavras-chave: Política -Polis -Heidegger -Maquinação -Vivência -Técnica.

Research paper thumbnail of FILOSOFAR EM TEMPOS DE INFORMAÇÃO

Esta tese aborda a questão de como a filosofia pode pensar em particular o hoje, e de como este p... more Esta tese aborda a questão de como a filosofia pode pensar em particular o hoje, e de como este pensar não somente é um legítima tarefa filosófica, como determinante para a própria filosofia. O pensamento do hoje é elaborado através de dois caminhos: uma análise hermenêutico-fenomenológica do pensamento fundamental Martin Heidegger sobre sua contemporaneidade e via análise da Tecnologia da Informação, entendida como signo privilegiado de "nossos tempos" e decisivo para o 'pensar-sentido' da filosofia. O caminho de partida é, portanto, uma investigação do pensamento de Heidegger, sobre o seu próprio hoje, um pensador para o qual sua faticidade é via de acesso à questão fundamental da filosofia. A tese aproxima-se do pensamento de Heidegger através de três palavras guia: 1. Técnica, 2. História e 3. Linguagem, a partir das quais, respectivamente, o trabalho almeja construir uma caracterização existencial do humano como existência 1. tecnopolítica, 2. tecnocientífica e 3. tecnológica. À luz da compreensão do projeto heideggeriano sobre o seu hoje, a tese se desdobra então numa compreensão do 'nosso hoje', ilustrada numa análise fenomenológica de três situações do contemporâneo na qual privilegiadamente se pode entrever e manter a questão fundamental do sentido de ser presente em técnica, história e linguagem: respectivamente são elas, o pensar sobre o esvaziamento 1. da língua (linguagem), 2. da ciência (história) e 3. do objeto (técnica) -fenômenos do 'nosso hoje' através dos quais, justamente onde a tarefa da filosofia parece ter perdido completamente o sentido e definitivamente chegado ao fim, esta tese buscará além-através destes demonstrar como o filosofar em tempos de informação é possível e preciso.

Research paper thumbnail of Introdução à filosofia de Martin Heidegger para as Humanidades

Research paper thumbnail of Handout - Lectures 8-9

Applied Media aesthetics differs from traditional aesthetics in three major ways: rather than bei... more Applied Media aesthetics differs from traditional aesthetics in three major ways: rather than being concerned primarily with beauty and the philosophy of art, applied aesthetics deals with a number of aesthetic phenomena, including light and color, space, time/motion, and sound, and our perceptual reactions to them. The media (video, film, and computers) themselves play an important part in shaping the message. Whereas traditional aesthetics is used primarily for analysis, media aesthetics can be applied to both analysis and synthesis -production." 1

Research paper thumbnail of Lectures 6-7

Ethical questions involving Media Technologies are not necessarily new and are presented in a wid... more Ethical questions involving Media Technologies are not necessarily new and are presented in a wide range of social and cultural studies, as well as in the explicit philosophical domain of Ethics. In the following section we will attempt to summarize a possible philosophical perspective from which to approach Ethics in Technomedia, via discussing the question of "What is Dangerous about Technology?" The philosophical question that lies at the core of this "matter of method" is how do we grasp the nature of human action in relation to that which Is? The parenthetical discussion in regards to media studies is to understand what role this type of questioning plays when one, through Applied Ethics, investigates the nature of mediatic situations. In other words, to what extent can ethical questions be posed to one that envisages a philosophical comprehension of media technologies? We start by exposing the problematic of the apparent opposition between being a 'neutral' or 'engaged' thinker via analysis of different postures towards technological danger (e.g. Martin Heidegger, Norbert Wiener, etc). At the end of this brief review, and in the second part of this lecture, we expect to sufficiently approach the question of how to address Technomedia in the context of ethical issues, suggesting taking the particular example of Bruno Latour as fruitful inspiration to overcome the traditional danger/salvation dialectics. . 1 David Copp, The Oxfort Handbook of Ethical Theory, 5-6. 2 Ibiden, 19. 3 Alexander Miller, Introduction to Contemporary Metaethics, 2 4 Olivier Beuvelet, « Du philosophe médiatisé au penseur médiatique, le sceau de l'image… ». 5 François Xavier-Ajavon, Sartre : naissance d'une figure de « philosophe médiatique 6 Tamara Chaplin, Turning on the mind: French philosophers on Television, 62. 7 Emmanuel Lévinas, Totality and Infinity, 201 "SPIEGEL: [...] Also: Sollte nicht doch der Philosoph bereit sein, sich Gedanken zu machen, wie die Menschen ihr Miteinander in dieser von ihnen selbst technisierten Welt, die sie vielleicht übermächtigt hat einrichten können? Erwartet man nicht doch zu Recht vom Philosophen, dass er Hinweise gibt, wie er sich eine Lebensmöglichkeit vorstellt, und verfehlt nicht der Philosoh einen Teil, meinetwegen eine kleinen Teil, seines Berufs und seiner Berufung, wenn er dazu nichts mitteilt? HEIDEGGER: Soweit ich sehe, ist ein einzelner vom Denken her nicht imstande, die Welt im Ganzen zo zu durchschauen, dass er praktische Anweisungen geben könnte und dies gar noch angesichts der Aufgabe, erst wieder eine Basis für das Denken selbst zu finden. Das Denken ist, solange es sich selber ernst nimmt angesichts der grossern Überlieferung, überfordert, wenn es sich anschicken soll, hier Anweisungen zu geben." 25 PART II -On Latour (Tracing the Danger) "In its simplest but also in its deepest sense, the notion of network is of use whenever action is to be redistributed." 26 "The organizational causes of this accident are rooted in the Space Shuttle Program's history and culture, including the original compromises that were required to gain approval for the Shuttle, subsequent years of resource constraints, fluctuating priorities, schedule pressures, 22 Norbert Wiener, God and Golem, Inc., 69 23 Norbert Wiener, I am a Mathematician, 295. 24 Richard Rorty, Heidegger and the Atomic Bomb, 275. 25 Martin Heidegger, Spiegel-Gespräch mit Martin Heidegger, 681. 26 Bruno Latour, Networks, Societies, Spheres, 2.

Research paper thumbnail of Hoepfner, Soraya - Philosophising in the Era of Information LECTURE IV - V - Handout 3

In this lecture, I will directly introduce the question of Media and its condition of being a sub... more In this lecture, I will directly introduce the question of Media and its condition of being a subject of philosophical questioning. The characterization of the problem starts by outlining 3 theoretical premises, according to which mediatic situations are possibly framed in a philosophical enquiry: a) Media, a way into facticity; b) Media as Technomedia; c) Media, a situation of today. In this perspective, we will not be looking to conceptualize Media (in terms of what it is) but rather approach it in terms of its "how", that is to say, fundamentally as a phenomena -in its present situation -as it is (occurs).

Research paper thumbnail of Philosophising in the Era of Information - Handout 2

Why do we so often have the impression, when engaging in a conversation with a philosopher about ... more Why do we so often have the impression, when engaging in a conversation with a philosopher about the meaning or impact of our techno-scientific way of being in contemporary society, that we will end up taking part in an inconvenient "dialogue of the deaf"? Why does the questioning of fundamental aspects of technology in a philosophical way (here I mean in a phenomenological way) so often look like an unresponsive act to the problem: an inadequate, romantic, trivial or simply unrealistic approach? This can be the case when we hear Heidegger who, along with readings, echoes an imperative call for action to us, in such a way that when we read his ideas about cybernetics, we immediately focus on how society can take better control of its science of control; or when he talks about technicity, we read technology; and when he talks about "releasement" [Gelassenheit] or "only a God can save us", we cannot help but be disappointed by those ideas of passiveness and mysticism. Yet, his writings still represent a key contribution to thinking technologies in such a way that virtually every study in this multifarious field has to, at some point, enter into dialogue with him (whether against or in favour). In this lecture, I present a possible way of bypassing our action echo in order to frame technology as a question in Heidegger's stepping stone thinking. I will briefly review Heidegger's analysis of facticity (the one in which the discussion of modern technology arises) -with special care to avoid the displacement of labelling his approach as a 'question of technology'. This brief review follows the introduction of the question in the late 1920s; the discussions about technicity in the 1930s, especially regarding its essence [Ge-stell] in relation to the Greek meaning of Techne. From that, I will comment on key passages in which the analysis of technicity gradually starts to be related to the question of language, giving rise to his later analysis of cybernetics. In short, via benchmarking Heidegger' contribution, I expect to have illustrated how technologies are subjects of philosophical investigation.

Research paper thumbnail of Philosophising in the Era of Information - Lecture I - Handout 1

In this first lecture, I will lay out the Seminar's objectives and the main line of thought, star... more In this first lecture, I will lay out the Seminar's objectives and the main line of thought, starting by introducing the challenge of framing media in philosophical questioning. In order to do this, it will be necessary, first of all, to set up the boundaries of our philosophical investigation and thereby explicitly detail the methodological approach from which media will be thematized. The seminars begin by introducing particular media technology situations -Tactile Technology and Networks -as ideal settings for the resumption of traditional philosophical questions. Following philosophical premises mainly inspired in Martin Heidegger's approach to contemporary issues, the main hypothesis is that if media can be framed as a philosophical issue at all, it should be done by carefully avoiding the assumption that it is an ontological region and, instead, by means of interpreting it via questioning the Today -the question of facticity.

Research paper thumbnail of O olhar que repara o tempo

In: FRANÇA, F., FORTUNATO, AL. GALENO, A. (Org.) Rebelados da Cultura: antropoética e comunicação. Vol. 2. Natal: Caravela Selo Cultural, 2021

O horror do passado segue irremediável e irreparável, não tanto porque não é possível voltar no t... more O horror do passado segue irremediável e irreparável, não tanto porque não é
possível voltar no tempo ou porque nenhum mecanismo social é capaz de dominar o reino
subjuntivo, mas fundamentalmente porque o presente do passado é inacessível para nós. A irreparabilidade do tempo histórico não é determinada pelo caráter irrevogável do que passou, mas pela imperatividade do futuro; é preciso esperar por ele, pelo seu destinamento de significação renascente. No tempo sombrio do hoje, muitos se perguntam, perplexos e atônitos, o que será dito sobre nós no futuro, e muitos no futuro se perguntarão como é possível que não houve revolta, como deixamos acontecer ou, pior, como pudemos até desejar que tenha acontecido. No hoje, porém, o que se vive como desembocadura e entrância é o momento no qual é sempre tarde demais e há sempre esperança.

Research paper thumbnail of "Heideggers samtal med tekniken - en dialog mellan döva."

Research paper thumbnail of Os Cadernos Pretos e o Fim da Filosofia, O POVO, 01/09/2014

Research paper thumbnail of Um Olhar de Fora da Copa, Novo Jornal, 13/07/2014

Research paper thumbnail of On the question of information: a philosopher in conversation with an engineer, a mathematician and a physicist.

Research paper thumbnail of Resíduo Virtual: Impacto Real (Proposta de estudo sobre o impacto ambiental do resíduo digital (Data Waste) nas organizações e sociedade)

Research paper thumbnail of GUIMARAES HOEPFNER Soraya Resenha Quiasmo da Traducao maio 2021

Revista Hybris, 2021

Reseña de Carla Canullo “O quiasmo da tradução. Metáfora e verdade”

Research paper thumbnail of A second beginning. Dialogue with the blacks notebooks editor's of Martin Heidegger

HYBRIS: Revista de Filosofía, 2014

Peter Trawny Interview by Soraya Guimarães Hoepfner

Research paper thumbnail of Heidegger e o mito da conspiração judaica mundial

Revista de Filosofia Aurora, 2016

Tradução Soraya Guimarães. Rio de Janeiro: Mauad, 2015.

Research paper thumbnail of Un segundo comienzo. Diálogo con el editor de los Cuadernos Negros de Martin Heidegger. Entrevista a Peter Trawny por Soraya Guimarães Hoepfner

Zenodo (CERN European Organization for Nuclear Research), May 31, 2014

Research paper thumbnail of Review: Überlegungen II-VI (Schwarze Hefte 1931-1938), Martin Heidegger

Review: Überlegungen II-VI (Schwarze Hefte 1931-1938), Martin Heidegger. Vol. 94. Ed. Peter Trawn... more Review: Überlegungen II-VI (Schwarze Hefte 1931-1938), Martin Heidegger. Vol. 94. Ed. Peter Trawny. (Frankfurt: Vittorio Klostermann, 2014).Começo e fim da filosofia Resenha de Überlegungen II-VI (Schwarze Hefte 1931-1938), de Martin Heidegger. Vol. 94. Ed. Peter Trawny. (Frankfurt: Vittorio Klostermann, 2014).

Research paper thumbnail of A dimensão do hoje: Heidegger e a temporalidade do discurso filosófico

Phenomenology 2010. Volume 2: Selected Essays from Latin America, 2010

This paper proposes a reflection upon philosophy’s role in discussing contemporaneity. By questio... more This paper proposes a reflection upon philosophy’s role in discussing contemporaneity. By questioning if it is the philosopher’s vocation to think our actuality, the author discusses the character and temporality of philosophical discourse itself. She argues, in a provocative manner, that it is only possible to philosophise about today. Recognizing philosophical discourse’s distinctive character as its possibility of understanding the today beyond today’s facts, she refers to
an essential temporal dimension of the contemporary, the same that the temporality of philosophical discourse refers to. Concerning philosophical discourse, the author shows that its reference to the essential dimension of today not only is a signature of distinction from a mere historical-anthropological approach, but precisely that it is what determines its very mode of being. This interpretation is founded on the analysis of two distinct philosophical approaches to contemporaneity. First, it establishes a close dialogue with Martin Heidegger’s thinking of his own contemporaneity, making explicit how he thinks his actuality and how he had an insight into what it is [Einblick in
das was ist] as a way of revealing the today in its phenomenological sense. The second illustration, or the counterpoint, is made by an analysis of the lecture of Giorgio Agamben’s “What is the contemporary?” [Che cos’è il contemporaneo?], which portrays the predominant character of contemporary philosophical discourse about contemporaneity. Such a character is based on a conception of temporality that cannot grasp the essential dimension of the today and, as a result, thinking remains enclosed in the perspective of human agency. Heidegger’s approach to contemporaneity remains in the realm of philosophical discourse by grasping the essential temporality of the today. In general, philosophical discourses in our contemporaneity about contemporary issues remain attached to an interpretation of events in time that reinforces the agency of the human. In short, the author considers relevant the contrast between both discourses in order to claim that philosophical discourse should be always an insight into and beyond the today. The awareness of this essential temporality is what defines its philosophical status and most importantly gives philosophy the task of questioning contemporaneity—of truly thinking the world of today.

Research paper thumbnail of Apontamentos sobre a questão ético-midiática do discurso de ódio na rede social

Revista Esferas , 2014

Este artigo propoe uma breve reflexao sobre a questao do discurso do odio na esfera publica, espe... more Este artigo propoe uma breve reflexao sobre a questao do discurso do odio na esfera publica, especificamente sobre sua manifestacao do espaco da rede social. A discussao, iniciada por uma breve caracterizacao teorica do fenomeno, propoe uma compreensao do fenomeno justamente a partir da analise dos fundamentos que permeiam a sua descaracterizacao pela opiniao publica. Ou seja, analisa como as visoes de mundo que contribuem para a negacao do problema aparecem mais evidentes quando o fenomeno manifesta-se no ambiente da rede social. Normal 0 false false false EN-GB X-NONE X-NONE /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Table Normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-priority:99; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin-top:0cm; mso-para-margin-right:0cm; mso-para-margin-bottom:8.0pt; mso-para-margin-left:0cm; line-height:107%; mso-pagination:widow-orphan; font...

Research paper thumbnail of Resenha: Heidegger e o mito da conspiração judaica mundial, Peter Trawny

Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia, 2015

Ekstasis: revista de hermenêutica e fenomenologia "Heidegger e o mito da conspiração judaica mund... more Ekstasis: revista de hermenêutica e fenomenologia "Heidegger e o mito da conspiração judaica mundial" Peter Trawny

Research paper thumbnail of Maquinação e Vivência: o homem como ser tecnopolítico

Cadernos De Etica E Filosofia Politica, 2011

Research paper thumbnail of Resenha de Überlegungen II-VI (Schwarze Hefte 1931-1938), de Martin Heidegger

Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, 2014

Research paper thumbnail of PARA QUE FILÓSOFOS DA MÍDIA? A contribuição da filosofia aos estudos da mídia como tarefa da filosofia WHAT MEDIA PHILOSOPHERS FOR? The contribution of philosophy to the media studies as a task of philosophy

In this article, I discuss how contemporary philosophy has approached media technologies througho... more In this article, I discuss how contemporary philosophy has approached media technologies throughout the last decades, especially concerning the contributions from the so-called media philosophy. Upon a Heideggerian perspective, I establish the meaning of philosophy and its task, along with a differentiation between technicity and technology. Based on that premise, I suggest the hypothesis that through philosophical enquiry we can grasp a general meaning of the media phenomena, as Technomedia, beyond its multiple manifestations. I demonstrate this argument by briefly reviewing contemporary approaches, grouped in pragmatic-analytical, ethical and aesthetical approaches, respectively focused on technomediatic processes, discourses and structures. Via those illustrative cases, I aim to provide evidence as to how technomedia phenomenon constitutes itself as a legitimate and crucial philosophical task.

Research paper thumbnail of Reseña de “O quiasmo da tradução. Metáfora e verdade”, libro de Carla Canullo

Carla CANULLO Paco Editorial, Trad. Iris Fatima da Silva Uribe e Luis Uribe Miranda 2021 404 pagi... more Carla CANULLO Paco Editorial, Trad. Iris Fatima da Silva Uribe e Luis Uribe Miranda 2021 404 paginas. Jundiai Sao (SP), Brasil ISBN: 978-85-462-1999-5

Research paper thumbnail of Sotaque: a voz da identidade

A perspectiva critica sobre o discurso de crise da linguagem e o meu ponto de partida neste ensai... more A perspectiva critica sobre o discurso de crise da linguagem e o meu ponto de partida neste ensaio, que visa pensar especificamente a identidade na linguagem a partir de um de seus componentes mais explicitos: a lingua e, nela, a partir de um de seus elementos mais misteriosos: o sotaque. Assim, era importante comecar por dizer que esse exercicio de pensar o sotaque prescinde de uma perda essencial e, ao contrario, tem uma premissa fundamental: a ameaca de perda, essa que e sempre iminente, sempre devastadora, e algo que, em verdade, jamais ou sempre existiu.