Filipa Afonso | Universidade de Lisboa (original) (raw)
Papers by Filipa Afonso
Philosophica: International Journal for the History of Philosophy, 2009
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Philosophica: International Journal for the History of Philosophy, 2016
Philosophica: International Journal for the History of Philosophy, 2017
Historical-analytical studies on nature, mind and action, Dec 31, 2022
Philosophica: International Journal for the History of Philosophy
In the distinction 27 of the Commentaries on the four books of Sentences of Master Peter Lombard,... more In the distinction 27 of the Commentaries on the four books of Sentences of Master Peter Lombard, in that question where the proper meaning of the concept “Word” is discussed and clarified, Bonaventure invokes the authority of the anselmian thought, as it is exposed upon the several pages of the Monologion, for the conclusion of the problem and the solution of the dissensions. Taking, therefore, such text as the starting point of our incursion on the philosophy of the monk of Le Bec, our aim is to reflect on the mediating character of the Word in the creational act, and on the way in which it becomes the interpretational key of the philosophical question of the one and the multiple. It is this relation between the one and the multiple, in which the mystery of creation is enclosed, that, in its tum, will find Strong aesthetical resonances, within the philosophy of the Seraphic Doctor founded on a certain conception of beauty, of Augustinian matrix, that defines it as “aequalitas nuni...
Trans/Form/Ação, 2010
In the scope of Medieval Metaphysics, «beauty» has been pondered as an ambiguous concept: either ... more In the scope of Medieval Metaphysics, «beauty» has been pondered as an ambiguous concept: either attributed to God, or to the World. The aim of this article is to clarify the meaning of this ambiguity within the philosophy of the Pseudo-Dionysius the Areopagite. If, therefore, the concept of «beauty» is primarily withdrawn from its sensible and mundane feature in order to be appropriated to the divine nature, it is secondly apposed to creation itself so that it may designate the visible manifestation of transcendent beauty and vital call to theological pursuit.
Trans/Form/Ação, 2010
In the scope of Medieval Metaphysics, «beauty» has been pondered as an ambiguous concept: either ... more In the scope of Medieval Metaphysics, «beauty» has been pondered as an ambiguous concept: either attributed to God, or to the World. The aim of this article is to clarify the meaning of this ambiguity within the philosophy of the Pseudo-Dionysius the Areopagite. If, therefore, the concept of «beauty» is primarily withdrawn from its sensible and mundane feature in order to be appropriated to the divine nature, it is secondly apposed to creation itself so that it may designate the visible manifestation of transcendent beauty and vital call to theological pursuit.
TRANS/FORM/AÇÃO, 2011
RESUMO: No contexto da Metafísica Medieval, a «beleza» foi pensada como um conceito ambíguo: ora ... more RESUMO: No contexto da Metafísica Medieval, a «beleza» foi pensada como um conceito ambíguo: ora atribuído a Deus, ora atribuído ao Mundo. O propósito deste artigo é clarificar o sentido desta ambiguidade no âmbito da filosofia do Pseudo-Dionísio Areopagita. Se, portanto, o conceito de «beleza» é, em primeiro lugar, despojado do seu carácter sensível e mundano, para ser apropriado à natureza divina, ele é, num segundo momento, aposto à própria criação, de forma a designar a manifestação visível da beleza transcendente e o chamamento vital para a perscrutação teológica. PALAVRAS-CHAVE: Beleza. Criação. Processão. Conversão. Quando, numa das primeiras páginas das Sagradas Escrituras, lemos que «Deus olhou tudo quanto tinha feito e viu que era tudo muito belo» 3 , surpreendemos, desde logo, ancorada na espiritualidade cristã, a tese da 1 Este texto tem por base a Comunicação apresentada no I Colóquio da SPFM -Sociedade Portuguesa de Filosofia Medieval -A Idade Média e Filosofia, que decorreu na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, nos dias 21 e 22 de abril de 2006.
Da luz que sumamente se difunde à resplandecência que reverte o sentido descendente da iluminação... more Da luz que sumamente se difunde à resplandecência que reverte o sentido descendente da iluminação e a reconduz à sua origem luzente, desenha Boaventura um círculo luminoso no qual se coordena e ritma toda a sua metafísica. Com efeito, a partir da semântica da luz, traça o autor do século XIII um mapa conceptual coeso e fecundo, capaz de congregar numa unidade estruturante e de diferenciar nas suas especificidades as três regiões ônticas que se concertam na sua mundividência: Deus, o homem e o mundo. Nestas três instâncias entrever-se-á, então, não apenas uma hierarquia perfeitamente estratificada, segundo distintas expressões de luz, mas ainda um dinamismo omnipresente que as abraça e inter-relaciona, e que bem se deixa pensar à luz da vigorosa actividade inerente à natureza luminosa. Se, pela luz, o universo bonaventuriano se acende num dinamismo vital que alinha as criaturas com o Criador e, no Criador, as três pessoas da Trindade entre si (que estão sendo postas, também elas, por um dinamismo luminoso), pela beleza se elucidará a estrutura que desse dinamismo resulta. Porque, desde logo, a actividade da luz desdobra a unidade do princípio luzente numa certa dualidade de princípio e principiado, a beleza vem assinalar, de entre a pluralidade que a actividade da luz faz emergir, a sua unidade como sobrevivência e rastro do princípio no principiado, como esplendor, portanto, do Pai no Filho e do Filho em toda a criação. Assim, quando a beleza vier, sob a pena do Doutor Seráfico, precisar-se na ideia de uma proporção entre partes, ou na ideia de um sentimento subjectivo, é ainda nesse conceito matricial de beleza que ela se deixará subsumir.
Philosophica: International Journal for the History of Philosophy, 2009
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Philosophica: International Journal for the History of Philosophy, 2016
Philosophica: International Journal for the History of Philosophy, 2017
Historical-analytical studies on nature, mind and action, Dec 31, 2022
Philosophica: International Journal for the History of Philosophy
In the distinction 27 of the Commentaries on the four books of Sentences of Master Peter Lombard,... more In the distinction 27 of the Commentaries on the four books of Sentences of Master Peter Lombard, in that question where the proper meaning of the concept “Word” is discussed and clarified, Bonaventure invokes the authority of the anselmian thought, as it is exposed upon the several pages of the Monologion, for the conclusion of the problem and the solution of the dissensions. Taking, therefore, such text as the starting point of our incursion on the philosophy of the monk of Le Bec, our aim is to reflect on the mediating character of the Word in the creational act, and on the way in which it becomes the interpretational key of the philosophical question of the one and the multiple. It is this relation between the one and the multiple, in which the mystery of creation is enclosed, that, in its tum, will find Strong aesthetical resonances, within the philosophy of the Seraphic Doctor founded on a certain conception of beauty, of Augustinian matrix, that defines it as “aequalitas nuni...
Trans/Form/Ação, 2010
In the scope of Medieval Metaphysics, «beauty» has been pondered as an ambiguous concept: either ... more In the scope of Medieval Metaphysics, «beauty» has been pondered as an ambiguous concept: either attributed to God, or to the World. The aim of this article is to clarify the meaning of this ambiguity within the philosophy of the Pseudo-Dionysius the Areopagite. If, therefore, the concept of «beauty» is primarily withdrawn from its sensible and mundane feature in order to be appropriated to the divine nature, it is secondly apposed to creation itself so that it may designate the visible manifestation of transcendent beauty and vital call to theological pursuit.
Trans/Form/Ação, 2010
In the scope of Medieval Metaphysics, «beauty» has been pondered as an ambiguous concept: either ... more In the scope of Medieval Metaphysics, «beauty» has been pondered as an ambiguous concept: either attributed to God, or to the World. The aim of this article is to clarify the meaning of this ambiguity within the philosophy of the Pseudo-Dionysius the Areopagite. If, therefore, the concept of «beauty» is primarily withdrawn from its sensible and mundane feature in order to be appropriated to the divine nature, it is secondly apposed to creation itself so that it may designate the visible manifestation of transcendent beauty and vital call to theological pursuit.
TRANS/FORM/AÇÃO, 2011
RESUMO: No contexto da Metafísica Medieval, a «beleza» foi pensada como um conceito ambíguo: ora ... more RESUMO: No contexto da Metafísica Medieval, a «beleza» foi pensada como um conceito ambíguo: ora atribuído a Deus, ora atribuído ao Mundo. O propósito deste artigo é clarificar o sentido desta ambiguidade no âmbito da filosofia do Pseudo-Dionísio Areopagita. Se, portanto, o conceito de «beleza» é, em primeiro lugar, despojado do seu carácter sensível e mundano, para ser apropriado à natureza divina, ele é, num segundo momento, aposto à própria criação, de forma a designar a manifestação visível da beleza transcendente e o chamamento vital para a perscrutação teológica. PALAVRAS-CHAVE: Beleza. Criação. Processão. Conversão. Quando, numa das primeiras páginas das Sagradas Escrituras, lemos que «Deus olhou tudo quanto tinha feito e viu que era tudo muito belo» 3 , surpreendemos, desde logo, ancorada na espiritualidade cristã, a tese da 1 Este texto tem por base a Comunicação apresentada no I Colóquio da SPFM -Sociedade Portuguesa de Filosofia Medieval -A Idade Média e Filosofia, que decorreu na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, nos dias 21 e 22 de abril de 2006.
Da luz que sumamente se difunde à resplandecência que reverte o sentido descendente da iluminação... more Da luz que sumamente se difunde à resplandecência que reverte o sentido descendente da iluminação e a reconduz à sua origem luzente, desenha Boaventura um círculo luminoso no qual se coordena e ritma toda a sua metafísica. Com efeito, a partir da semântica da luz, traça o autor do século XIII um mapa conceptual coeso e fecundo, capaz de congregar numa unidade estruturante e de diferenciar nas suas especificidades as três regiões ônticas que se concertam na sua mundividência: Deus, o homem e o mundo. Nestas três instâncias entrever-se-á, então, não apenas uma hierarquia perfeitamente estratificada, segundo distintas expressões de luz, mas ainda um dinamismo omnipresente que as abraça e inter-relaciona, e que bem se deixa pensar à luz da vigorosa actividade inerente à natureza luminosa. Se, pela luz, o universo bonaventuriano se acende num dinamismo vital que alinha as criaturas com o Criador e, no Criador, as três pessoas da Trindade entre si (que estão sendo postas, também elas, por um dinamismo luminoso), pela beleza se elucidará a estrutura que desse dinamismo resulta. Porque, desde logo, a actividade da luz desdobra a unidade do princípio luzente numa certa dualidade de princípio e principiado, a beleza vem assinalar, de entre a pluralidade que a actividade da luz faz emergir, a sua unidade como sobrevivência e rastro do princípio no principiado, como esplendor, portanto, do Pai no Filho e do Filho em toda a criação. Assim, quando a beleza vier, sob a pena do Doutor Seráfico, precisar-se na ideia de uma proporção entre partes, ou na ideia de um sentimento subjectivo, é ainda nesse conceito matricial de beleza que ela se deixará subsumir.