Lucas Menezes | Paris 1 Panthéon-Sorbonne (original) (raw)
Papers by Lucas Menezes
Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, 2018
O processo de reconhecimento institucional da geração de fotógrafos amadores brasileiros dos anos... more O processo de reconhecimento institucional da geração de fotógrafos amadores brasileiros dos anos 1950 e 1960 se realizou mediante diferentes empreitadas. Se as mostras de Thomaz Farkas (MAM-SP em 1949) e Geraldo de Barros (MASP em 1951) foram fundamentais para a legitimação da fotografia como prática artística no Brasil, apenas nos 1980 esse percurso alcançou a dimensão institucional. Em paralelo, assistiu-se também à entrada de algumas dessas imagens no mercado da arte, através de representação de galerias no Brasil e no exterior. Nos anos 2000, graças a políticas de doação e aquisição, essa geração de fotógrafos passou a compor vários dos principais acervos fotográficos do país. No caso brasileiro, os últimos 30 anos de trabalhos em torno da fotografia conseguiram estabelecer a geração dos fotógrafos amadores do pós-Guerra como algumas das principais personalidades do meio no país.
Em 1961, o Foto Clube de Minas Gerais (FCMG), em parceria com o Museu de Arte de Belo Horizonte2,... more Em 1961, o Foto Clube de Minas Gerais (FCMG), em parceria com o Museu de Arte de Belo Horizonte2, organizou a “V Exposicao Internacional de Arte Fotografica”. A inedita parceria da exposicao e o ponto de partida para a analise dessa geracao de fotografos mineiros, alem do contexto de producao e recepcao de suas imagens. O caso belo-horizontino servira tambem de referencia para reflexao em torno do processo de entrada da fotografia em espacos expositivos e colecoes de centros e museus de arte no Brasil e no exterior. O artigo se encerra com uma discussao em torno da producao de Eugenio Vidigal Amaro, fotografo amador portugues radicado em Minas Gerais.
Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material
RESUMO Este artigo tem como ponto de partida a questão da influência do aprimoramento tecnológico... more RESUMO Este artigo tem como ponto de partida a questão da influência do aprimoramento tecnológico e comercial da fotografia - assim como de suas veiculações publicitárias -sobre a gênese e o desenvolvimento da prática amadora. Buscou-se mapear como a prática fotográfica foi ofertada e difundida na cidade de Belo Horizonte entre as décadas de 1940 e 1960, através de algumas de suas expressões mais recorrentes. O texto reflete sobre os alcances e os limites da técnica fotográfica, com a atenção voltada ao desenvolvimento de automatismos. Essa discussão tem como base a análise de anúncios de equipamentos e materiais fotográficos em periódicos de grande circulação na capital mineira. Esses reclames, realizados ora por lojas da cidade, ora por companhias fotográficas (por intermédio de seus representantes), apresentam os produtos ofertados, seus recursos técnicos, valores e possibilidades de uso. Por fim, é abordada a criação do Foto Clube de Minas Gerais, primeira agremiação de fotógraf...
A minha formação como historiador, assim como minha trajetória como pesquisador no campo da histó... more A minha formação como historiador, assim como minha trajetória como pesquisador no campo da história da arte e do patrimônio cultural, são fundamentais na minha atuação como educador e mediador cultural. Em primeiro lugar, na história, orientei minhas pesquisas e reflexões para a temática das práticas culturais, com foco na experiência da fotografia e através de metodologias e campos do saber interdisciplinares como a "história oral" e a "cultura visual". Nesse processo também, construí uma compreensão da peculiar relação entre essas práticas e os espaços e diferentes territórios da(s) cidade(s).
Registro de reflexões sobre o processo de pesquisa sobre a questão do patrimônio cultural de Belo... more Registro de reflexões sobre o processo de pesquisa sobre a questão do patrimônio cultural de Belo Horizonte, tendo o Centro Cultural Banco do Brasil como ponto de partida.
Texto de educador a partir de uma reflexão sobre possibilidades de um recorte temático no acervo ... more Texto de educador a partir de uma reflexão sobre possibilidades de um recorte temático no acervo do INHOTIM.
Texto de educador a partir de uma reflexão sobre possibilidades de um recorte temático no acervo ... more Texto de educador a partir de uma reflexão sobre possibilidades de um recorte temático no acervo do INHOTIM.
Em junho, o Programa de Visitas do INHOTIM compartilha com a equipe de "Arte e Educação" a temáti... more Em junho, o Programa de Visitas do INHOTIM compartilha com a equipe de "Arte e Educação" a temática "Apropriações e Anacronismos", resultado de um exercício de pesquisa pautado pela questão: o que é o contemporâneo? Os elos com os percursos de pesquisa anteriores são muitos e os mais variados; nosso objetivo permanece aquele de construir uma noção de "contemporâneo" que se afaste de uma aura de "presentismo" e consiga abrigar práticas e temporalidades diversas. Como tem sido recorrente, nossa análise vai se pautar em torno de expressões e trajetórias artísticas mapeadas junto ao acervo em exposição no Instituto. Não se trata de utilizar a arte como ilustração para uma querela conceitual, ou o contrário, fazer valer de conceitos que condensem práticas artísticas e as classifique pura e simplesmente. Nosso esforço será sempre aquele de atestar para o desenvolvimento de um percurso fluido, por vezes tortuoso, marcado por idas e vindas, entrelaçamentos e rupturas. Longe de implicar encaixes perfeitos, a relação entre o pensamento em torno da arte [aqui entendido de maneira ampliada, como um posicionamento crítico perante um trabalho artístico] e a prática artística ela mesma é o impulso que torna esse exercício dinâmico, sempre atual e renovado. Para tanto, nossos pontos de partidas são os trabalhos dos artistas Janet Cardiff, Adriana Varejão e Steve McQueen. No caso das duas primeiras artistas, a reflexão se pautará no esforço de busca de referências no passado, não com o intuito de reproduzir ou remontar práticas e materialidades, mas, sobretudo, para reajustar ao nosso tempo sensibilidades e experiências próprias a outros períodos. Já Steve McQueen nos oferece a oportunidade de refletir sobre como as representações que construímos acerca do futuro influem sobre as expressões do nosso tempo e evidenciam encontros e desencontros.
Dossiê "Como o fotógrafo artista vê os aspectos mais marcantes da cidade": Fotografia amadora e p... more Dossiê "Como o fotógrafo artista vê os aspectos mais marcantes da cidade": Fotografia amadora e poder público na construção da imagem de Belo Horizonte em 1953 Recebido em: 30 dez. 2019. Aprovado em: 02 abr. 2020. "Como o fotógrafo artista vê os aspectos mais marcantes da cidade": Fotografia amadora e poder público na construção da imagem de Belo Horizonte em 1953 116 Revista Maracanan, Rio de Janeiro, n. 24, p. 115-148, maio-ago. 2020
Anais do Museu Paulista, 2018
RESUMO: Este artigo tem como ponto de partida a questão da influência do aprimoramento tecnológic... more RESUMO: Este artigo tem como ponto de partida a questão da influência do aprimoramento tecnológico e comercial da fotografia – assim como de suas veiculações publicitárias – sobre a gênese e o desenvolvimento da prática amadora. Buscou-se mapear como a prática fotográfica foi ofertada e difundida na cidade de Belo Horizonte entre as décadas de 1940 e 1960, através de algumas de suas expressões mais recorrentes. O texto reflete sobre os alcances e os limites da técnica fotográfica, com a atenção voltada ao desenvolvimento de automatismos. Essa discussão tem como base a análise de anúncios de equipamentos e materiais fotográficos em periódicos de grande circulação na capital mineira. Esses reclames, realizados ora por lojas da cidade, ora por companhias fotográficas (por intermédio de seus representantes), apresentam os produtos ofertados, seus recursos técnicos, valores e possibilidades de uso. Por fim, é abordada a criação do Foto Clube de Minas Gerais, primeira agremiação de fotógrafos amadores da capital mineira.
PALAVRAS-CHAVE: Fotografia. Automatismos fotográficos. Prática fotográfica.
ABSTRACT: The influence of the technological and commercial improvement of photography – as well as its advertising on the beginning and development of the amateur practice is the starting point of this article. Focusing on the reality of Belo Horizonte, it was possible to identify how the photographic practice was offered and diffused in the period from the 1940s to the 1960s, through some of its most recurrent expressions. The text still contains a reflection on the scope and limits of the photographic technique, focused on the development of automatisms. This discussion is based on the analysis of photographic advertisements (equipment and photographic materials) found in journals of great circulation in the capital of Minas Gerais. These advertisings, announced by shops owners in the city, or by photographic companies through their representatives, present the products offered, their technical resources, values, and possibilities of use. In this same context, we will also approach the creation of the Foto Clube de Minas Gerais, the first amateur photographer’s association of the capital of Minas Gerais.
KEYWORDS: Photography. Photographic automatisms. Photographic practice.
Revista Resgate, 2018
O processo de reconhecimento institucional da geração de fotógrafos amadores brasileiros dos anos... more O processo de reconhecimento institucional da geração de fotógrafos amadores brasileiros dos anos 1950 e 1960 se realizou mediante diferentes empreitadas. Se as mostras de Thomaz Farkas (MAM-SP em 1949) e Geraldo de Barros (MASP em 1951) foram fundamentais para a legitimação da fotografia como prática artística no Brasil, apenas nos 1980 esse percurso alcançou a dimensão institucional. Em paralelo, assistiu-se também à entrada de algumas dessas imagens no mercado da arte, através de representação de galerias no Brasil e no exterior. Nos anos 2000, graças a políticas de doação e aquisição, essa geração de fotógrafos passou a compor vários dos principais acervos fotográficos do país. No caso brasileiro, os últimos 30 anos de trabalhos em torno da fotografia conseguiram estabelecer a geração dos fotógrafos amadores do pós-Guerra como algumas das principais personalidades do meio no país.
O processo de reconhecimento institucional da geração de fotógrafos amadores brasileiros dos anos 1950 e 1960 se realizou mediante diferentes empreitadas. Se as mostras de Thomaz Farkas (MAM-SP em 1949) e Geraldo de Barros (MASP em 1951) foram fundamentais para a legitimação da fotografia como prática artística no Brasil, apenas nos 1980 esse percurso alcançou a dimensão institucional. Em paralelo, assistiu-se também à entrada de algumas dessas imagens no mercado da arte, através de representação de galerias no Brasil e no exterior. Nos anos 2000, graças a políticas de doação e aquisição, essa geração de fotógrafos passou a compor vários dos principais acervos fotográficos do país. No caso brasileiro, os últimos 30 anos de trabalhos em torno da fotografia conseguiram estabelecer a geração dos fotógrafos amadores do pós-Guerra como algumas das principais personalidades do meio no país.
The process of institutional recognition of the pictures produced by Brazilian amateur photographers in the 1950s and 1960s was carried out through different fronts. If the exhibitions of Thomaz Farkas (São Paulo’s Modern Art Museum, in 1949) and Geraldo de Barros (São Paulo’s Art Museum, in 1951) were fundamental for the legitimization of photography as an artistic practice in Brazil, only in the 1980s they reach an institutional level. In parallel, we also saw the entry of some of these images in the art market, through representation of galleries in Brazil and abroad. In the 2000s, thanks to donation and acquisition policies, this generation of photographers became part of several of the country’s main photographic collections. In this way, the objective is to discuss the different cycles of appropriation to which these images were submitted, as well as to highlight the interpretative paths and the main elements mobilized in the construction of the “modern generation” of Brazilian photography.
Vista. Revista de Cultura Visual, 2018
Em 1961, o Foto Clube de Minas Gerais (FCMG), em parceria com o Museu de Arte de Belo Horizonte2 ... more Em 1961, o Foto Clube de Minas Gerais (FCMG), em parceria com o Museu de Arte de Belo
Horizonte2
, organizou a “V Exposição Internacional de Arte Fotográfica”. A inédita parceria da
exposição é o ponto de partida para a análise dessa geração de fotógrafos mineiros, além do
contexto de produção e recepção de suas imagens. O caso belo-horizontino servirá também de
referência para reflexão em torno do processo de entrada da fotografia em espaços expositivos
e coleções de centros e museus de arte no Brasil e no exterior. O artigo se encerra com uma
discussão em torno da produção de Eugênio Vidigal Amaro, fotógrafo amador português
radicado em Minas Gerais.
Texte d'introduction de l'exposition réalisée à la Fondation Calouste Gulbenkian entre le 26 octo... more Texte d'introduction de l'exposition réalisée à la Fondation Calouste Gulbenkian entre le 26 octobre et le 14 novembre 2017.
O texto propõe uma reflexão sobre a dinâmica de receptividade do espaço arquitetônico em Belo Hor... more O texto propõe uma reflexão sobre a dinâmica de receptividade do espaço arquitetônico em Belo Horizonte, a partir da análise de um grupo de imagens produzidas por fotógrafos amadores. Formalmente filiados ao Foto Clube de Minas Gerais, estes fotógrafos organizaram, em 1953, a “Primeira Exposição Fotográfica de Motivos Belorizontinos” no salão do comercial Edifício Dantés – um dos pontos mais centrais da cidade. A mostra foi resultado de uma parceria entre o clube e a Prefeitura Municipal e contou com a publicação de um catálogo. Composta por cerca de cento e cinquenta imagens, a exposição, que se dedicou exclusivamente ao gênero da fotografia recebeu mais de cinco mil visitantes em apenas doze dias de abertura. A análise também irá se estender a discussão de outros indícios que tratem da relação entre fotografia e arquitetura em Belo Horizonte no período, tais como as fotografias produzidas por Thomaz Farkas e José Oiticica Filho realizadas durante visita à capital mineira no início da década de 1950.
n Black and White: Photography, Race, and the Modern Impulse in Brazil at Midcentury MAY 03, 2017, 2017
This paper aims to analyze the process of integration of amateur photography in museum collection... more This paper aims to analyze the process of integration of amateur photography in museum collections and cultural centers in Brazil. Since the inaugural initiatives such as the exhibition "Photographic Studies" of Thomaz Farkas at MAM in 1949 and "Fotoformas" of Geraldo de Barros at MASP in 1951, the amateur photography becomes an important element in the Brazilian art collections. The Brazilian case presents important peculiarities concerning the process of guard and promotion of these collections. Thus, the first intention is to present an overview of these initiatives. Then we would like to discuss the history of the collections: MASP / Pirelli, the Instituto Moreira Salles (specifically related assets to Francisco Albuquerque and Thomaz Farkas) and Itaú Cultural. These collections concentrate most of contemporary initiatives around this generation of Brazilian photography.
Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, 2018
O processo de reconhecimento institucional da geração de fotógrafos amadores brasileiros dos anos... more O processo de reconhecimento institucional da geração de fotógrafos amadores brasileiros dos anos 1950 e 1960 se realizou mediante diferentes empreitadas. Se as mostras de Thomaz Farkas (MAM-SP em 1949) e Geraldo de Barros (MASP em 1951) foram fundamentais para a legitimação da fotografia como prática artística no Brasil, apenas nos 1980 esse percurso alcançou a dimensão institucional. Em paralelo, assistiu-se também à entrada de algumas dessas imagens no mercado da arte, através de representação de galerias no Brasil e no exterior. Nos anos 2000, graças a políticas de doação e aquisição, essa geração de fotógrafos passou a compor vários dos principais acervos fotográficos do país. No caso brasileiro, os últimos 30 anos de trabalhos em torno da fotografia conseguiram estabelecer a geração dos fotógrafos amadores do pós-Guerra como algumas das principais personalidades do meio no país.
Em 1961, o Foto Clube de Minas Gerais (FCMG), em parceria com o Museu de Arte de Belo Horizonte2,... more Em 1961, o Foto Clube de Minas Gerais (FCMG), em parceria com o Museu de Arte de Belo Horizonte2, organizou a “V Exposicao Internacional de Arte Fotografica”. A inedita parceria da exposicao e o ponto de partida para a analise dessa geracao de fotografos mineiros, alem do contexto de producao e recepcao de suas imagens. O caso belo-horizontino servira tambem de referencia para reflexao em torno do processo de entrada da fotografia em espacos expositivos e colecoes de centros e museus de arte no Brasil e no exterior. O artigo se encerra com uma discussao em torno da producao de Eugenio Vidigal Amaro, fotografo amador portugues radicado em Minas Gerais.
Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material
RESUMO Este artigo tem como ponto de partida a questão da influência do aprimoramento tecnológico... more RESUMO Este artigo tem como ponto de partida a questão da influência do aprimoramento tecnológico e comercial da fotografia - assim como de suas veiculações publicitárias -sobre a gênese e o desenvolvimento da prática amadora. Buscou-se mapear como a prática fotográfica foi ofertada e difundida na cidade de Belo Horizonte entre as décadas de 1940 e 1960, através de algumas de suas expressões mais recorrentes. O texto reflete sobre os alcances e os limites da técnica fotográfica, com a atenção voltada ao desenvolvimento de automatismos. Essa discussão tem como base a análise de anúncios de equipamentos e materiais fotográficos em periódicos de grande circulação na capital mineira. Esses reclames, realizados ora por lojas da cidade, ora por companhias fotográficas (por intermédio de seus representantes), apresentam os produtos ofertados, seus recursos técnicos, valores e possibilidades de uso. Por fim, é abordada a criação do Foto Clube de Minas Gerais, primeira agremiação de fotógraf...
A minha formação como historiador, assim como minha trajetória como pesquisador no campo da histó... more A minha formação como historiador, assim como minha trajetória como pesquisador no campo da história da arte e do patrimônio cultural, são fundamentais na minha atuação como educador e mediador cultural. Em primeiro lugar, na história, orientei minhas pesquisas e reflexões para a temática das práticas culturais, com foco na experiência da fotografia e através de metodologias e campos do saber interdisciplinares como a "história oral" e a "cultura visual". Nesse processo também, construí uma compreensão da peculiar relação entre essas práticas e os espaços e diferentes territórios da(s) cidade(s).
Registro de reflexões sobre o processo de pesquisa sobre a questão do patrimônio cultural de Belo... more Registro de reflexões sobre o processo de pesquisa sobre a questão do patrimônio cultural de Belo Horizonte, tendo o Centro Cultural Banco do Brasil como ponto de partida.
Texto de educador a partir de uma reflexão sobre possibilidades de um recorte temático no acervo ... more Texto de educador a partir de uma reflexão sobre possibilidades de um recorte temático no acervo do INHOTIM.
Texto de educador a partir de uma reflexão sobre possibilidades de um recorte temático no acervo ... more Texto de educador a partir de uma reflexão sobre possibilidades de um recorte temático no acervo do INHOTIM.
Em junho, o Programa de Visitas do INHOTIM compartilha com a equipe de "Arte e Educação" a temáti... more Em junho, o Programa de Visitas do INHOTIM compartilha com a equipe de "Arte e Educação" a temática "Apropriações e Anacronismos", resultado de um exercício de pesquisa pautado pela questão: o que é o contemporâneo? Os elos com os percursos de pesquisa anteriores são muitos e os mais variados; nosso objetivo permanece aquele de construir uma noção de "contemporâneo" que se afaste de uma aura de "presentismo" e consiga abrigar práticas e temporalidades diversas. Como tem sido recorrente, nossa análise vai se pautar em torno de expressões e trajetórias artísticas mapeadas junto ao acervo em exposição no Instituto. Não se trata de utilizar a arte como ilustração para uma querela conceitual, ou o contrário, fazer valer de conceitos que condensem práticas artísticas e as classifique pura e simplesmente. Nosso esforço será sempre aquele de atestar para o desenvolvimento de um percurso fluido, por vezes tortuoso, marcado por idas e vindas, entrelaçamentos e rupturas. Longe de implicar encaixes perfeitos, a relação entre o pensamento em torno da arte [aqui entendido de maneira ampliada, como um posicionamento crítico perante um trabalho artístico] e a prática artística ela mesma é o impulso que torna esse exercício dinâmico, sempre atual e renovado. Para tanto, nossos pontos de partidas são os trabalhos dos artistas Janet Cardiff, Adriana Varejão e Steve McQueen. No caso das duas primeiras artistas, a reflexão se pautará no esforço de busca de referências no passado, não com o intuito de reproduzir ou remontar práticas e materialidades, mas, sobretudo, para reajustar ao nosso tempo sensibilidades e experiências próprias a outros períodos. Já Steve McQueen nos oferece a oportunidade de refletir sobre como as representações que construímos acerca do futuro influem sobre as expressões do nosso tempo e evidenciam encontros e desencontros.
Dossiê "Como o fotógrafo artista vê os aspectos mais marcantes da cidade": Fotografia amadora e p... more Dossiê "Como o fotógrafo artista vê os aspectos mais marcantes da cidade": Fotografia amadora e poder público na construção da imagem de Belo Horizonte em 1953 Recebido em: 30 dez. 2019. Aprovado em: 02 abr. 2020. "Como o fotógrafo artista vê os aspectos mais marcantes da cidade": Fotografia amadora e poder público na construção da imagem de Belo Horizonte em 1953 116 Revista Maracanan, Rio de Janeiro, n. 24, p. 115-148, maio-ago. 2020
Anais do Museu Paulista, 2018
RESUMO: Este artigo tem como ponto de partida a questão da influência do aprimoramento tecnológic... more RESUMO: Este artigo tem como ponto de partida a questão da influência do aprimoramento tecnológico e comercial da fotografia – assim como de suas veiculações publicitárias – sobre a gênese e o desenvolvimento da prática amadora. Buscou-se mapear como a prática fotográfica foi ofertada e difundida na cidade de Belo Horizonte entre as décadas de 1940 e 1960, através de algumas de suas expressões mais recorrentes. O texto reflete sobre os alcances e os limites da técnica fotográfica, com a atenção voltada ao desenvolvimento de automatismos. Essa discussão tem como base a análise de anúncios de equipamentos e materiais fotográficos em periódicos de grande circulação na capital mineira. Esses reclames, realizados ora por lojas da cidade, ora por companhias fotográficas (por intermédio de seus representantes), apresentam os produtos ofertados, seus recursos técnicos, valores e possibilidades de uso. Por fim, é abordada a criação do Foto Clube de Minas Gerais, primeira agremiação de fotógrafos amadores da capital mineira.
PALAVRAS-CHAVE: Fotografia. Automatismos fotográficos. Prática fotográfica.
ABSTRACT: The influence of the technological and commercial improvement of photography – as well as its advertising on the beginning and development of the amateur practice is the starting point of this article. Focusing on the reality of Belo Horizonte, it was possible to identify how the photographic practice was offered and diffused in the period from the 1940s to the 1960s, through some of its most recurrent expressions. The text still contains a reflection on the scope and limits of the photographic technique, focused on the development of automatisms. This discussion is based on the analysis of photographic advertisements (equipment and photographic materials) found in journals of great circulation in the capital of Minas Gerais. These advertisings, announced by shops owners in the city, or by photographic companies through their representatives, present the products offered, their technical resources, values, and possibilities of use. In this same context, we will also approach the creation of the Foto Clube de Minas Gerais, the first amateur photographer’s association of the capital of Minas Gerais.
KEYWORDS: Photography. Photographic automatisms. Photographic practice.
Revista Resgate, 2018
O processo de reconhecimento institucional da geração de fotógrafos amadores brasileiros dos anos... more O processo de reconhecimento institucional da geração de fotógrafos amadores brasileiros dos anos 1950 e 1960 se realizou mediante diferentes empreitadas. Se as mostras de Thomaz Farkas (MAM-SP em 1949) e Geraldo de Barros (MASP em 1951) foram fundamentais para a legitimação da fotografia como prática artística no Brasil, apenas nos 1980 esse percurso alcançou a dimensão institucional. Em paralelo, assistiu-se também à entrada de algumas dessas imagens no mercado da arte, através de representação de galerias no Brasil e no exterior. Nos anos 2000, graças a políticas de doação e aquisição, essa geração de fotógrafos passou a compor vários dos principais acervos fotográficos do país. No caso brasileiro, os últimos 30 anos de trabalhos em torno da fotografia conseguiram estabelecer a geração dos fotógrafos amadores do pós-Guerra como algumas das principais personalidades do meio no país.
O processo de reconhecimento institucional da geração de fotógrafos amadores brasileiros dos anos 1950 e 1960 se realizou mediante diferentes empreitadas. Se as mostras de Thomaz Farkas (MAM-SP em 1949) e Geraldo de Barros (MASP em 1951) foram fundamentais para a legitimação da fotografia como prática artística no Brasil, apenas nos 1980 esse percurso alcançou a dimensão institucional. Em paralelo, assistiu-se também à entrada de algumas dessas imagens no mercado da arte, através de representação de galerias no Brasil e no exterior. Nos anos 2000, graças a políticas de doação e aquisição, essa geração de fotógrafos passou a compor vários dos principais acervos fotográficos do país. No caso brasileiro, os últimos 30 anos de trabalhos em torno da fotografia conseguiram estabelecer a geração dos fotógrafos amadores do pós-Guerra como algumas das principais personalidades do meio no país.
The process of institutional recognition of the pictures produced by Brazilian amateur photographers in the 1950s and 1960s was carried out through different fronts. If the exhibitions of Thomaz Farkas (São Paulo’s Modern Art Museum, in 1949) and Geraldo de Barros (São Paulo’s Art Museum, in 1951) were fundamental for the legitimization of photography as an artistic practice in Brazil, only in the 1980s they reach an institutional level. In parallel, we also saw the entry of some of these images in the art market, through representation of galleries in Brazil and abroad. In the 2000s, thanks to donation and acquisition policies, this generation of photographers became part of several of the country’s main photographic collections. In this way, the objective is to discuss the different cycles of appropriation to which these images were submitted, as well as to highlight the interpretative paths and the main elements mobilized in the construction of the “modern generation” of Brazilian photography.
Vista. Revista de Cultura Visual, 2018
Em 1961, o Foto Clube de Minas Gerais (FCMG), em parceria com o Museu de Arte de Belo Horizonte2 ... more Em 1961, o Foto Clube de Minas Gerais (FCMG), em parceria com o Museu de Arte de Belo
Horizonte2
, organizou a “V Exposição Internacional de Arte Fotográfica”. A inédita parceria da
exposição é o ponto de partida para a análise dessa geração de fotógrafos mineiros, além do
contexto de produção e recepção de suas imagens. O caso belo-horizontino servirá também de
referência para reflexão em torno do processo de entrada da fotografia em espaços expositivos
e coleções de centros e museus de arte no Brasil e no exterior. O artigo se encerra com uma
discussão em torno da produção de Eugênio Vidigal Amaro, fotógrafo amador português
radicado em Minas Gerais.
Texte d'introduction de l'exposition réalisée à la Fondation Calouste Gulbenkian entre le 26 octo... more Texte d'introduction de l'exposition réalisée à la Fondation Calouste Gulbenkian entre le 26 octobre et le 14 novembre 2017.
O texto propõe uma reflexão sobre a dinâmica de receptividade do espaço arquitetônico em Belo Hor... more O texto propõe uma reflexão sobre a dinâmica de receptividade do espaço arquitetônico em Belo Horizonte, a partir da análise de um grupo de imagens produzidas por fotógrafos amadores. Formalmente filiados ao Foto Clube de Minas Gerais, estes fotógrafos organizaram, em 1953, a “Primeira Exposição Fotográfica de Motivos Belorizontinos” no salão do comercial Edifício Dantés – um dos pontos mais centrais da cidade. A mostra foi resultado de uma parceria entre o clube e a Prefeitura Municipal e contou com a publicação de um catálogo. Composta por cerca de cento e cinquenta imagens, a exposição, que se dedicou exclusivamente ao gênero da fotografia recebeu mais de cinco mil visitantes em apenas doze dias de abertura. A análise também irá se estender a discussão de outros indícios que tratem da relação entre fotografia e arquitetura em Belo Horizonte no período, tais como as fotografias produzidas por Thomaz Farkas e José Oiticica Filho realizadas durante visita à capital mineira no início da década de 1950.
n Black and White: Photography, Race, and the Modern Impulse in Brazil at Midcentury MAY 03, 2017, 2017
This paper aims to analyze the process of integration of amateur photography in museum collection... more This paper aims to analyze the process of integration of amateur photography in museum collections and cultural centers in Brazil. Since the inaugural initiatives such as the exhibition "Photographic Studies" of Thomaz Farkas at MAM in 1949 and "Fotoformas" of Geraldo de Barros at MASP in 1951, the amateur photography becomes an important element in the Brazilian art collections. The Brazilian case presents important peculiarities concerning the process of guard and promotion of these collections. Thus, the first intention is to present an overview of these initiatives. Then we would like to discuss the history of the collections: MASP / Pirelli, the Instituto Moreira Salles (specifically related assets to Francisco Albuquerque and Thomaz Farkas) and Itaú Cultural. These collections concentrate most of contemporary initiatives around this generation of Brazilian photography.