Antonio Orlando Dourado-Lopes | UFMG - The Federal University of Minas Gerais (original) (raw)
Papers by Antonio Orlando Dourado-Lopes
Comparing the importance of work in greek, babilonian and semitic mythologies, I examine the part... more Comparing the importance of work in greek, babilonian and semitic mythologies, I examine the particularity of greek conception of human nature as presented in its most ancient texts. I propose that the surprising absence of a myth about the criation of human race in the homeric poems and in those of Hesiod must be considered a significant characteristic of greek mythology.
Este estudo consiste em uma breve reflexao sobre as duas principais caracteristicas da apresentac... more Este estudo consiste em uma breve reflexao sobre as duas principais caracteristicas da apresentacao do divino nos poemas homericos: o esplendor e o corpo antropomorfico. A dificuldade de se conciliar ambas as caracteristicas cria a intrigante complexidade das narrativas de intervencao divina na Iliada e na Odisseia. Os dois poemas investem no potencial imagetico dessas situacoes para explorar os limites do conhecimento humano, que recebe das Musas mais do que consegue entender.
Celem niniejszego artyku u jest przedstawienie kierunków rozwoju wspó pracy gospodarczej pomi dzy... more Celem niniejszego artyku u jest przedstawienie kierunków rozwoju wspó pracy gospodarczej pomi dzy pa stwami cz onkowskimi Unii Europejskiej a Chinami. Z przeprowadzonych bada i analiz wynika, e relacje ekonomiczne Unii Europejskiej i Chin ulegn wzmocnieniu. G ównym bod cem intensyfikacji wspó pracy pomi dzy stronami by globalny kryzys ekonomiczno-finansowy, który doprowadzi do zachwiania równowagi gospodarczej na wiecie. Na skutek minionego za amania gospodarczego powsta y plany intensyfikowania wielop aszczyznowej wspó pracy, w szczególno ci poprzez pobudzanie wymiany handlowej i przep ywu inwestycji zagranicznych. Wspó cze nie, najwi kszymi europejskimi partnerami handlowymi Chin s Niemcy, Wielka Brytania, Francja, W ochy i Holandia. Najbardziej perspektywiczne sektory wspó pracy pomi dzy partnerami to: infrastruktura i transport, rozwi zania umo liwiaj ce wdra anie technologii pozyskiwania energii z alternatywnych róde , transfer technologii przyjaznych dla rodowiska naturalnego, maszyny i urz dzenia wysokich technologii.
Reformulada, a antiga noção de gênero poético ainda se mostra vigorosa para a análise da produção... more Reformulada, a antiga noção de gênero poético ainda se mostra vigorosa para a análise da produção literária clássica. Um gênero só coexiste com outros gêneros em um conjunto marcado por relações hierárquicas que implicam juízos culturalmente definidos. Gêneros, assim entendidos, resultam de relações de comunicação estabilizadas e, portanto, seu exame deve partir de uma diferenciação entre gêneros primários ou cotidianos e secundários ou literários. A vivência de uma prática de gêneros, tanto por parte de poetas quanto de seu público, é parte constituinte da comunicação estabelecida entre eles. Este livro examina como isso funcionou no mundo antigo, especialmente grego, a partir de diversos estudos de caso: a poesia didática em Trabalhos e dias de Hesíodo; a fábula de animais e o jambo grego; a digressão como recurso narrativo na poesia épica e no discurso historiográfico de Heródoto; a relação com a herança épica na poesia trágica; a conceitualização da poesia lírica no Fedro platônico; os aspectos cômicos no Górgias de Platão; o mimo grego literário no período helenístico; a matriz odisseica no relato historiográfico de Políbio; e os epitáfios e epicédios dedicados a animais no contexto greco-romano.
Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos, 2020
Quando aparece na Ilíada, Helena já não está mais envolvida eroticamente com Páris, aceitando dei... more Quando aparece na Ilíada, Helena já não está mais envolvida eroticamente com Páris, aceitando deitar-se com ele apenas porque Afrodite a obriga. Se, por um lado, o comportamento de Helena parece colocar em questão o erotismo de sua relação com Páris, por outro o poeta afirmará em Ilíada 24, 30 que foi a ‘lascívia feminina’ (makhlosýnē) lançada por Afrodite que causou a união com Páris, consequentemente levando a tantas mortes. Como o termo ‘makhlosýnē’ não aparece nenhuma outra vez nos poemas homéricos, alguns comentadores antigos colocaram em dúvida a autenticidade da passagem, que introduziria segundo eles uma compreensão da relação erótica estranha à Ilíada como um todo. Todavia, o esclarecimento do termo em um escólio da Ilíada a partir da referência ao fragmento hesiódico 132 M-W (= fr. 81 Most) traz novos elementos para sua interpretação.
Synthesis, 2018
In this paper, I propose a general interpretation of images showing the physical exhaustion and a... more In this paper, I propose a general interpretation of images showing the physical exhaustion and apotheosis of Heracles that were produced during the Classical period. These images appear on or take the form of coins, jewels, vase paintings, and sculptures. Building on the major scholarly work on the subject since the late 19th century, I suggest that the iconography of Heracles shows the influence of new religious and philosophical conceptions of his myth, in particular relating to Pythagoreanism, Orphism, and mystery cults, as well as the intellectual climate of 5th century Athens. Rather than appearing as an example of infinite toil and excess in the manner of earlier literary and iconographic representations, Heracles is presented in the Classical period as a model of virtue and self-restraint and a symbol of the triumph of merit over adversity and divine persecution.
Phoînix, 2019
As quatro ocorrências de ekhthistos na Ilíada, superlativo de ekhthros, "odioso" ou-como prefiro-... more As quatro ocorrências de ekhthistos na Ilíada, superlativo de ekhthros, "odioso" ou-como prefiro-"execrável", estão relacionadas com o tema da crise da autoridade real no poema, em particular com Agamêmnon e sua busca de legitimação através das numerosas referências a Zeus em suas falas públicas. Segundo minha interpretação, exprimindo a repulsa pela mortandade na guerra e pela proximidade dos cadáveres, ekhthistos é proferido quando um rei exerce a função, característica das culturas indo-europeias, de guardião da vida e provedor da subsistência da comunidade. À frente do exército aqueu, Agamêmnon atua tanto como seu principal comandante quanto como protetor da comunidade, dividindo-se entre a proteção da vida e a promoção da morte.
Nuntius Antiquus, 2019
Retomando sucintamente o debate sobre o sentido da “inspiração divina” promovida pelas Musas na p... more Retomando sucintamente o debate sobre o sentido da “inspiração divina” promovida pelas Musas na poesia hexamétrica grega, interpretamos o ‘proêmio’ da Teogonia de Hesíodo (versos 1-115). Partindo de um estudo de Teogonia, 26-28, desenvolvemos a interpretação sobre o emprego épico dos verbos kleío (“glorifico”), ainéo (“exalto”, “aprovo”) e hymnéo (“hineio”) para, em seguida, concentrarmo-nos na relação da Musa Calíope com a compreensão homérica e hesiódica da linguagem política. Propomo-nos a destacar a função de Calíope como mensageira da temporalidade estabelecida pelo reinado olímpico de Zeus.
O que nos faz pensar? , Mar 2014
Beginning with the first references to the symbology related to the chain in greek mythology, I p... more Beginning with the first references to the symbology related to the chain in greek mythology, I propose the contextualization of Socrate’s metaphor of the magnetic chain in the Ion and the interpretation of the dialogue as an exaltation of poetry as an activity as opposed to the authority of the traditional poems.
Keywords: Socrates . Homer . poetry . rhapsodes . magnetism
Synthesis, 2019
espanolEste estudio propone una interpretacion general de las imagenes realizadas en Grecia, a pa... more espanolEste estudio propone una interpretacion general de las imagenes realizadas en Grecia, a partir del siglo V a. C. en monedas, joyas, pinturas de vasijas y esculturas, que muestran el agotamiento fisico de Heracles y su apoteosis divina. Luego de una extendida consideracion de los principales trabajos academicos que abordaron el tema desde finales del siglo XIX, procuro mostrar que la representacion iconografica del agotamiento de Heracles y de su apoteosis da testimonio de la influencia de nuevas concepciones religiosas y filosoficas en su mito, fundamentalmente del pitagorismo, del orfismo y de los cultos mistericos, asi como del fuerte intelectualismo de la Atenas del siglo V a. C. En lugar del destino de extremo esfuerzo y de los excesos caracteristicos de sus representaciones literarias e iconograficas anteriores, el periodo clasico presenta a Heracles como un modelo de virtud y de dominio de si, lo que simboliza la victoria del merito sobre la persecucion divina y las adv...
Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos
Examinando o debate tradicional sobre o sentido e a autenticidade de Ilíada, XII, 1-33, que conta... more Examinando o debate tradicional sobre o sentido e a autenticidade de Ilíada, XII, 1-33, que conta em prolepse externa a destruição do muro aqueu por Apolo e Posêidon, reconsidero as semelhanças com a petrificação da nau dos feácios, anunciada em Odisseia, VIII, 564-71 e descrita em XIII, 125-87, e com a referência de Hesíodo a uma estirpe dos heróis nos Trabalhos e dias, 156-73. Defendendo que o emprego do termo hēmítheoi em Ilíada XII agride o principal critério de distinção entre homens e deuses em Homero, a oposição entre mortalidade e imortalidade, ofereço mais um argumento para a suspeição de que o início do canto XII foi um acréscimo posterior à maior parte da obra.
Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos
Breve apresentação do dossiê Homero O s artigos reunidos nesta seção são, em sua maioria, versões... more Breve apresentação do dossiê Homero O s artigos reunidos nesta seção são, em sua maioria, versões aprimoradas e ampliadas das apresentações feitas durante a XI Semana de Pós-Graduação em Estudos Clássicos: Reinterpretando Homero
Kriterion: Revista de Filosofia
A dificuldade em admitir-se o antropomorfismo dos deuses aparece na Grécia a partir da época arca... more A dificuldade em admitir-se o antropomorfismo dos deuses aparece na Grécia a partir da época arcaica, com os primeiros textos em prosa dos pensadores pré-socráticos. Neste estudo definirei as principais características dessa reflexão crítica sobre os limites do antropomorfismo, bem como a recusa dos intérpretes modernos em aceitar o antropomorfismo grego como uma experiência religiosa autêntica. Alguns fragmentos de Heráclito de Éfeso serão citados como exemplo da sabedoria dos jônios na época arcaica.
Nuntius Antiquus, 2009
Greek religion is marked both by Zeus' hegemony and the plurality of its pantheon. These two aspe... more Greek religion is marked both by Zeus' hegemony and the plurality of its pantheon. These two aspects tend to be complementary, but may conflict under the influence of the incidents produced by their divergent interests and their mutual relationship. In this study I propose to define Greek religious anthropomorphism by specifying some general similarities and differences to other ancient religions, particularly as regards the supreme gods. I examine the main passages in the homeric and the hesiodic poems where Zeus' characteristics contribute decisively to Greek religious anthropomorphism: his intelligence (as opposed to his strength), his celestial origin and his role as king of the gods.
Violência e transgressão: uma trajetória da Humanidade, 2014
Nuntius Antiquus, 2019
Resumo: Retomando sucintamente o debate sobre o sentido da "inspiração divina" promovida pelas Mu... more Resumo: Retomando sucintamente o debate sobre o sentido da "inspiração divina" promovida pelas Musas na poesia hexamétrica grega, interpretamos o 'proêmio' da Teogonia de Hesíodo (versos 1-115). Partindo de um estudo de Teogonia, 26-28, desenvolvemos a interpretação sobre o emprego épico dos verbos kleío ("glorifico"), ainéo ("exalto", "aprovo") e hymnéo ("hineio") para, em seguida, concentrarmo-nos na relação da Musa Calíope com a compreensão homérica e hesiódica da linguagem política. Propomo-nos a destacar a função de Calíope como mensageira da temporalidade estabelecida pelo reinado olímpico de Zeus. Palavras-chave: Homero; Hesíodo; Musas; Calíope; realeza.
Abstract: After succinctly reconsidering the debate on the meaning of the 'divine inspiration' furthered by the Muses in Greek hexametric poetry, we will interpret the "proem" of Hesiod's Theogony (lines 1-115). Beginning with a reflection on Theogony 26-28, we will develop an interpretation about the epic usage of the verbs kleiō ("I glorify"), ainéo ("I praise", "I approve") and hymnéo ("I sing a hymn") in order to concentrate on Calliope's relation with the Homeric and Hesiodic understanding of the political language. We will propose to highlight Calliope's role as a messenger of the temporality established by Zeus' Olympic reign.
Classica, 2019
RESUMO: Quando aparece na Ilíada, Helena já não está mais envolvida eroticamente com Páris, aceit... more RESUMO: Quando aparece na Ilíada, Helena já não está mais envolvida eroticamente com Páris, aceitando deitar-se com ele apenas porque Afrodite a obriga. Se, por um lado, o comportamento de Helena parece colocar em questão o erotismo de sua relação com Páris, por outro o poeta afirmará em Ilíada 24, 30 que foi a 'lascívia feminina' (makhlosýnē) lançada por Afrodite que causou a união com Páris, consequentemente levando a tantas mortes. Como o termo 'makhlosýnē ' não aparece nenhuma outra vez nos poemas homéricos, alguns comentadores antigos colocaram em dúvida a autenticidade da passagem, que introduziria segundo eles uma compreensão da relação erótica estranha à Ilíada como um todo. Todavia, o esclarecimento do termo em um escólio da Ilíada a partir da referência ao fragmento hesiódico 132 M-W (= fr. 81 Most) traz novos elementos para sua interpretação.
ABSTRACT: When she shows up in the Iliad, Helen is not any more erotically involved with Paris, accepting to lay down with him just because Aphrodite had obliged her to do so. If, on the one hand, Helen’s behavior seems to call into question the erotic dimension of her relation with Paris, on the other the poet will state in Iliad 24, 30 that it was the ‘feminine randiness’ (makhlosýnē) thrown upon her by Aphrodite that created her union with Paris, causing so many deaths as a consequence. Since the word makhlosýnē isn’t used nowhere else in the Homeric poems, some ancient commentators considered the possibility of athetizing the passage, because it would introduce in the poem an understanding of the erotic relation incompatible to the Iliad as a whole. Nevertheless, the explanation of this term in a scholion to the passage based on a reference to the Hesiodic fragment 132 M-W (= fr. 81 Most) adds new elements to its interpretation.
Synthesis, 2018
Abstract: In this paper, I propose a general interpretation of images showing the physical exhaus... more Abstract: In this paper, I propose a general interpretation of images showing the physical exhaustion and apotheosis of Heracles that were produced during the Classical period. These images appear on or take the form of coins, jewels, vase paintings, and sculptures. Building on the major scholarly work on the subject since the late 19th century, I suggest that the iconography of Heracles shows the influence of new religious and philosophical conceptions of his myth, in particular relating to Pythagoreanism, Orphism, and mystery cults, as well as the intellectual climate of 5th century Athens. Rather than appearing as an example of infinite toil and excess in the manner of earlier literary and iconographic representations, Heracles is presented in the Classical period as a model of virtue and self-restraint and a symbol of the triumph of merit over adversity and divine persecution.
Phoînix, 2019
Resumo: As quatro ocorrências de ekhthistos na Ilíada, superlativo de ekhthros, "odioso" ou-como ... more Resumo: As quatro ocorrências de ekhthistos na Ilíada, superlativo de ekhthros, "odioso" ou-como prefiro-"execrável", estão relacionadas com o tema da crise da autoridade real no poema, em particular com Aga-mêmnon e sua busca de legitimação através das numerosas referências a Zeus em suas falas públicas. Segundo minha interpretação, exprimindo a repulsa pela mortandade na guerra e pela proximidade dos cadáveres, ekhthistos é proferido quando um rei exerce a função, característica das culturas indo-europeias, de guardião da vida e provedor da subsistência da comunidade. À frente do exército aqueu, Agamêmnon atua tanto como seu principal comandante quanto como protetor da comunidade, dividindo-se entre a proteção da vida e a promoção da morte. Abstract: The four occurrences in the Iliad of ekhthistos, superlative of ekhthros, "hateful" or-as I prefer-"execrable", are related to the motif of the royal authority's crisis in the poem, particularly regarding Agame-mnon and his pursuitof legitimation in his speeches, mostly through many references to Zeus. According to my interpretation, expressing loathing to slaughter in the warand to the contact with corpses, ekhthistos is used when a king exerts his characteristic function in the Indo-European societies of guardian of life and provider of the community's living. Always the head of the Achaean army, Agamemnon acts both as its main commander and as
Comparing the importance of work in greek, babilonian and semitic mythologies, I examine the part... more Comparing the importance of work in greek, babilonian and semitic mythologies, I examine the particularity of greek conception of human nature as presented in its most ancient texts. I propose that the surprising absence of a myth about the criation of human race in the homeric poems and in those of Hesiod must be considered a significant characteristic of greek mythology.
Este estudo consiste em uma breve reflexao sobre as duas principais caracteristicas da apresentac... more Este estudo consiste em uma breve reflexao sobre as duas principais caracteristicas da apresentacao do divino nos poemas homericos: o esplendor e o corpo antropomorfico. A dificuldade de se conciliar ambas as caracteristicas cria a intrigante complexidade das narrativas de intervencao divina na Iliada e na Odisseia. Os dois poemas investem no potencial imagetico dessas situacoes para explorar os limites do conhecimento humano, que recebe das Musas mais do que consegue entender.
Celem niniejszego artyku u jest przedstawienie kierunków rozwoju wspó pracy gospodarczej pomi dzy... more Celem niniejszego artyku u jest przedstawienie kierunków rozwoju wspó pracy gospodarczej pomi dzy pa stwami cz onkowskimi Unii Europejskiej a Chinami. Z przeprowadzonych bada i analiz wynika, e relacje ekonomiczne Unii Europejskiej i Chin ulegn wzmocnieniu. G ównym bod cem intensyfikacji wspó pracy pomi dzy stronami by globalny kryzys ekonomiczno-finansowy, który doprowadzi do zachwiania równowagi gospodarczej na wiecie. Na skutek minionego za amania gospodarczego powsta y plany intensyfikowania wielop aszczyznowej wspó pracy, w szczególno ci poprzez pobudzanie wymiany handlowej i przep ywu inwestycji zagranicznych. Wspó cze nie, najwi kszymi europejskimi partnerami handlowymi Chin s Niemcy, Wielka Brytania, Francja, W ochy i Holandia. Najbardziej perspektywiczne sektory wspó pracy pomi dzy partnerami to: infrastruktura i transport, rozwi zania umo liwiaj ce wdra anie technologii pozyskiwania energii z alternatywnych róde , transfer technologii przyjaznych dla rodowiska naturalnego, maszyny i urz dzenia wysokich technologii.
Reformulada, a antiga noção de gênero poético ainda se mostra vigorosa para a análise da produção... more Reformulada, a antiga noção de gênero poético ainda se mostra vigorosa para a análise da produção literária clássica. Um gênero só coexiste com outros gêneros em um conjunto marcado por relações hierárquicas que implicam juízos culturalmente definidos. Gêneros, assim entendidos, resultam de relações de comunicação estabilizadas e, portanto, seu exame deve partir de uma diferenciação entre gêneros primários ou cotidianos e secundários ou literários. A vivência de uma prática de gêneros, tanto por parte de poetas quanto de seu público, é parte constituinte da comunicação estabelecida entre eles. Este livro examina como isso funcionou no mundo antigo, especialmente grego, a partir de diversos estudos de caso: a poesia didática em Trabalhos e dias de Hesíodo; a fábula de animais e o jambo grego; a digressão como recurso narrativo na poesia épica e no discurso historiográfico de Heródoto; a relação com a herança épica na poesia trágica; a conceitualização da poesia lírica no Fedro platônico; os aspectos cômicos no Górgias de Platão; o mimo grego literário no período helenístico; a matriz odisseica no relato historiográfico de Políbio; e os epitáfios e epicédios dedicados a animais no contexto greco-romano.
Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos, 2020
Quando aparece na Ilíada, Helena já não está mais envolvida eroticamente com Páris, aceitando dei... more Quando aparece na Ilíada, Helena já não está mais envolvida eroticamente com Páris, aceitando deitar-se com ele apenas porque Afrodite a obriga. Se, por um lado, o comportamento de Helena parece colocar em questão o erotismo de sua relação com Páris, por outro o poeta afirmará em Ilíada 24, 30 que foi a ‘lascívia feminina’ (makhlosýnē) lançada por Afrodite que causou a união com Páris, consequentemente levando a tantas mortes. Como o termo ‘makhlosýnē’ não aparece nenhuma outra vez nos poemas homéricos, alguns comentadores antigos colocaram em dúvida a autenticidade da passagem, que introduziria segundo eles uma compreensão da relação erótica estranha à Ilíada como um todo. Todavia, o esclarecimento do termo em um escólio da Ilíada a partir da referência ao fragmento hesiódico 132 M-W (= fr. 81 Most) traz novos elementos para sua interpretação.
Synthesis, 2018
In this paper, I propose a general interpretation of images showing the physical exhaustion and a... more In this paper, I propose a general interpretation of images showing the physical exhaustion and apotheosis of Heracles that were produced during the Classical period. These images appear on or take the form of coins, jewels, vase paintings, and sculptures. Building on the major scholarly work on the subject since the late 19th century, I suggest that the iconography of Heracles shows the influence of new religious and philosophical conceptions of his myth, in particular relating to Pythagoreanism, Orphism, and mystery cults, as well as the intellectual climate of 5th century Athens. Rather than appearing as an example of infinite toil and excess in the manner of earlier literary and iconographic representations, Heracles is presented in the Classical period as a model of virtue and self-restraint and a symbol of the triumph of merit over adversity and divine persecution.
Phoînix, 2019
As quatro ocorrências de ekhthistos na Ilíada, superlativo de ekhthros, "odioso" ou-como prefiro-... more As quatro ocorrências de ekhthistos na Ilíada, superlativo de ekhthros, "odioso" ou-como prefiro-"execrável", estão relacionadas com o tema da crise da autoridade real no poema, em particular com Agamêmnon e sua busca de legitimação através das numerosas referências a Zeus em suas falas públicas. Segundo minha interpretação, exprimindo a repulsa pela mortandade na guerra e pela proximidade dos cadáveres, ekhthistos é proferido quando um rei exerce a função, característica das culturas indo-europeias, de guardião da vida e provedor da subsistência da comunidade. À frente do exército aqueu, Agamêmnon atua tanto como seu principal comandante quanto como protetor da comunidade, dividindo-se entre a proteção da vida e a promoção da morte.
Nuntius Antiquus, 2019
Retomando sucintamente o debate sobre o sentido da “inspiração divina” promovida pelas Musas na p... more Retomando sucintamente o debate sobre o sentido da “inspiração divina” promovida pelas Musas na poesia hexamétrica grega, interpretamos o ‘proêmio’ da Teogonia de Hesíodo (versos 1-115). Partindo de um estudo de Teogonia, 26-28, desenvolvemos a interpretação sobre o emprego épico dos verbos kleío (“glorifico”), ainéo (“exalto”, “aprovo”) e hymnéo (“hineio”) para, em seguida, concentrarmo-nos na relação da Musa Calíope com a compreensão homérica e hesiódica da linguagem política. Propomo-nos a destacar a função de Calíope como mensageira da temporalidade estabelecida pelo reinado olímpico de Zeus.
O que nos faz pensar? , Mar 2014
Beginning with the first references to the symbology related to the chain in greek mythology, I p... more Beginning with the first references to the symbology related to the chain in greek mythology, I propose the contextualization of Socrate’s metaphor of the magnetic chain in the Ion and the interpretation of the dialogue as an exaltation of poetry as an activity as opposed to the authority of the traditional poems.
Keywords: Socrates . Homer . poetry . rhapsodes . magnetism
Synthesis, 2019
espanolEste estudio propone una interpretacion general de las imagenes realizadas en Grecia, a pa... more espanolEste estudio propone una interpretacion general de las imagenes realizadas en Grecia, a partir del siglo V a. C. en monedas, joyas, pinturas de vasijas y esculturas, que muestran el agotamiento fisico de Heracles y su apoteosis divina. Luego de una extendida consideracion de los principales trabajos academicos que abordaron el tema desde finales del siglo XIX, procuro mostrar que la representacion iconografica del agotamiento de Heracles y de su apoteosis da testimonio de la influencia de nuevas concepciones religiosas y filosoficas en su mito, fundamentalmente del pitagorismo, del orfismo y de los cultos mistericos, asi como del fuerte intelectualismo de la Atenas del siglo V a. C. En lugar del destino de extremo esfuerzo y de los excesos caracteristicos de sus representaciones literarias e iconograficas anteriores, el periodo clasico presenta a Heracles como un modelo de virtud y de dominio de si, lo que simboliza la victoria del merito sobre la persecucion divina y las adv...
Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos
Examinando o debate tradicional sobre o sentido e a autenticidade de Ilíada, XII, 1-33, que conta... more Examinando o debate tradicional sobre o sentido e a autenticidade de Ilíada, XII, 1-33, que conta em prolepse externa a destruição do muro aqueu por Apolo e Posêidon, reconsidero as semelhanças com a petrificação da nau dos feácios, anunciada em Odisseia, VIII, 564-71 e descrita em XIII, 125-87, e com a referência de Hesíodo a uma estirpe dos heróis nos Trabalhos e dias, 156-73. Defendendo que o emprego do termo hēmítheoi em Ilíada XII agride o principal critério de distinção entre homens e deuses em Homero, a oposição entre mortalidade e imortalidade, ofereço mais um argumento para a suspeição de que o início do canto XII foi um acréscimo posterior à maior parte da obra.
Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos
Breve apresentação do dossiê Homero O s artigos reunidos nesta seção são, em sua maioria, versões... more Breve apresentação do dossiê Homero O s artigos reunidos nesta seção são, em sua maioria, versões aprimoradas e ampliadas das apresentações feitas durante a XI Semana de Pós-Graduação em Estudos Clássicos: Reinterpretando Homero
Kriterion: Revista de Filosofia
A dificuldade em admitir-se o antropomorfismo dos deuses aparece na Grécia a partir da época arca... more A dificuldade em admitir-se o antropomorfismo dos deuses aparece na Grécia a partir da época arcaica, com os primeiros textos em prosa dos pensadores pré-socráticos. Neste estudo definirei as principais características dessa reflexão crítica sobre os limites do antropomorfismo, bem como a recusa dos intérpretes modernos em aceitar o antropomorfismo grego como uma experiência religiosa autêntica. Alguns fragmentos de Heráclito de Éfeso serão citados como exemplo da sabedoria dos jônios na época arcaica.
Nuntius Antiquus, 2009
Greek religion is marked both by Zeus' hegemony and the plurality of its pantheon. These two aspe... more Greek religion is marked both by Zeus' hegemony and the plurality of its pantheon. These two aspects tend to be complementary, but may conflict under the influence of the incidents produced by their divergent interests and their mutual relationship. In this study I propose to define Greek religious anthropomorphism by specifying some general similarities and differences to other ancient religions, particularly as regards the supreme gods. I examine the main passages in the homeric and the hesiodic poems where Zeus' characteristics contribute decisively to Greek religious anthropomorphism: his intelligence (as opposed to his strength), his celestial origin and his role as king of the gods.
Violência e transgressão: uma trajetória da Humanidade, 2014
Nuntius Antiquus, 2019
Resumo: Retomando sucintamente o debate sobre o sentido da "inspiração divina" promovida pelas Mu... more Resumo: Retomando sucintamente o debate sobre o sentido da "inspiração divina" promovida pelas Musas na poesia hexamétrica grega, interpretamos o 'proêmio' da Teogonia de Hesíodo (versos 1-115). Partindo de um estudo de Teogonia, 26-28, desenvolvemos a interpretação sobre o emprego épico dos verbos kleío ("glorifico"), ainéo ("exalto", "aprovo") e hymnéo ("hineio") para, em seguida, concentrarmo-nos na relação da Musa Calíope com a compreensão homérica e hesiódica da linguagem política. Propomo-nos a destacar a função de Calíope como mensageira da temporalidade estabelecida pelo reinado olímpico de Zeus. Palavras-chave: Homero; Hesíodo; Musas; Calíope; realeza.
Abstract: After succinctly reconsidering the debate on the meaning of the 'divine inspiration' furthered by the Muses in Greek hexametric poetry, we will interpret the "proem" of Hesiod's Theogony (lines 1-115). Beginning with a reflection on Theogony 26-28, we will develop an interpretation about the epic usage of the verbs kleiō ("I glorify"), ainéo ("I praise", "I approve") and hymnéo ("I sing a hymn") in order to concentrate on Calliope's relation with the Homeric and Hesiodic understanding of the political language. We will propose to highlight Calliope's role as a messenger of the temporality established by Zeus' Olympic reign.
Classica, 2019
RESUMO: Quando aparece na Ilíada, Helena já não está mais envolvida eroticamente com Páris, aceit... more RESUMO: Quando aparece na Ilíada, Helena já não está mais envolvida eroticamente com Páris, aceitando deitar-se com ele apenas porque Afrodite a obriga. Se, por um lado, o comportamento de Helena parece colocar em questão o erotismo de sua relação com Páris, por outro o poeta afirmará em Ilíada 24, 30 que foi a 'lascívia feminina' (makhlosýnē) lançada por Afrodite que causou a união com Páris, consequentemente levando a tantas mortes. Como o termo 'makhlosýnē ' não aparece nenhuma outra vez nos poemas homéricos, alguns comentadores antigos colocaram em dúvida a autenticidade da passagem, que introduziria segundo eles uma compreensão da relação erótica estranha à Ilíada como um todo. Todavia, o esclarecimento do termo em um escólio da Ilíada a partir da referência ao fragmento hesiódico 132 M-W (= fr. 81 Most) traz novos elementos para sua interpretação.
ABSTRACT: When she shows up in the Iliad, Helen is not any more erotically involved with Paris, accepting to lay down with him just because Aphrodite had obliged her to do so. If, on the one hand, Helen’s behavior seems to call into question the erotic dimension of her relation with Paris, on the other the poet will state in Iliad 24, 30 that it was the ‘feminine randiness’ (makhlosýnē) thrown upon her by Aphrodite that created her union with Paris, causing so many deaths as a consequence. Since the word makhlosýnē isn’t used nowhere else in the Homeric poems, some ancient commentators considered the possibility of athetizing the passage, because it would introduce in the poem an understanding of the erotic relation incompatible to the Iliad as a whole. Nevertheless, the explanation of this term in a scholion to the passage based on a reference to the Hesiodic fragment 132 M-W (= fr. 81 Most) adds new elements to its interpretation.
Synthesis, 2018
Abstract: In this paper, I propose a general interpretation of images showing the physical exhaus... more Abstract: In this paper, I propose a general interpretation of images showing the physical exhaustion and apotheosis of Heracles that were produced during the Classical period. These images appear on or take the form of coins, jewels, vase paintings, and sculptures. Building on the major scholarly work on the subject since the late 19th century, I suggest that the iconography of Heracles shows the influence of new religious and philosophical conceptions of his myth, in particular relating to Pythagoreanism, Orphism, and mystery cults, as well as the intellectual climate of 5th century Athens. Rather than appearing as an example of infinite toil and excess in the manner of earlier literary and iconographic representations, Heracles is presented in the Classical period as a model of virtue and self-restraint and a symbol of the triumph of merit over adversity and divine persecution.
Phoînix, 2019
Resumo: As quatro ocorrências de ekhthistos na Ilíada, superlativo de ekhthros, "odioso" ou-como ... more Resumo: As quatro ocorrências de ekhthistos na Ilíada, superlativo de ekhthros, "odioso" ou-como prefiro-"execrável", estão relacionadas com o tema da crise da autoridade real no poema, em particular com Aga-mêmnon e sua busca de legitimação através das numerosas referências a Zeus em suas falas públicas. Segundo minha interpretação, exprimindo a repulsa pela mortandade na guerra e pela proximidade dos cadáveres, ekhthistos é proferido quando um rei exerce a função, característica das culturas indo-europeias, de guardião da vida e provedor da subsistência da comunidade. À frente do exército aqueu, Agamêmnon atua tanto como seu principal comandante quanto como protetor da comunidade, dividindo-se entre a proteção da vida e a promoção da morte. Abstract: The four occurrences in the Iliad of ekhthistos, superlative of ekhthros, "hateful" or-as I prefer-"execrable", are related to the motif of the royal authority's crisis in the poem, particularly regarding Agame-mnon and his pursuitof legitimation in his speeches, mostly through many references to Zeus. According to my interpretation, expressing loathing to slaughter in the warand to the contact with corpses, ekhthistos is used when a king exerts his characteristic function in the Indo-European societies of guardian of life and provider of the community's living. Always the head of the Achaean army, Agamemnon acts both as its main commander and as
Reformulada, a antiga noção de gênero poético ainda se mostra vigorosa para a análise da produção... more Reformulada, a antiga noção de gênero poético ainda se mostra vigorosa para a análise da produção literária clássica. Um gênero só coexiste com outros gêneros em um conjunto marcado por relações hierárquicas que implicam juízos culturalmente definidos. Gêneros, assim entendidos, resultam de relações de comunicação estabilizadas e, portanto, seu exame deve partir de uma diferenciação entre gêneros primários ou cotidianos e secundários ou literários. A vivência de uma prática de gêneros, tanto por parte de poetas quanto de seu público, é parte constituinte da comunicação estabelecida entre eles. Este livro examina como isso funcionou no mundo antigo, especialmente grego, a partir de diversos estudos de caso: a poesia didática em Trabalhos e dias de Hesíodo; a fábula de animais e o jambo grego; a digressão como recurso narrativo na poesia épica e no discurso historiográfico de Heródoto; a relação com a herança épica na poesia trágica; a conceitualização da poesia lírica no Fedro platônico; os aspectos cômicos no Górgias de Platão; o mimo grego literário no período helenístico; a matriz odisseica no relato historiográfico de Políbio; e os epitáfios e epicédios dedicados a animais no contexto greco-romano.
Como pode ser visto no histórico, em seus 16 anos este Simpósio bienal, co-organizado por um gran... more Como pode ser visto no histórico, em seus 16 anos este Simpósio bienal, co-organizado por um grande número de colegas de diversas áreas,visa estudar o modo como (re)construímos o passado, discutir e divulgar temas das culturas dos períodos antigo e medieval – em particular do mundo greco-romano e sua recepção.
Nessa edição são 37 convidados de vários países interagindo entre si e com o público em uma abordagem interdisciplinar . É gratuito e on-line.
http://www.fafich.ufmg.br/9simposiolvop/
Phoînix, 2019
Resumo: As quatro ocorrências de ekhthistos na Ilíada, superlativo de ekhthros, "odioso" ou-como ... more Resumo: As quatro ocorrências de ekhthistos na Ilíada, superlativo de ekhthros, "odioso" ou-como prefiro-"execrável", estão relacionadas com o tema da crise da autoridade real no poema, em particular com Agamêmnon e sua busca de legitimação através das numerosas referências a Zeus em suas falas públicas. Segundo minha interpretação, exprimindo a repulsa pela mortandade na guerra e pela proximidade dos cadáveres, ekhthistos é proferido quando um rei exerce a função, característica das culturas indo-europeias, de guardião da vida e provedor da subsistência da comunidade. À frente do exército aqueu, Agamêmnon atua tanto como seu principal comandante quanto como protetor da comunidade, dividindo-se entre a proteção da vida e a promoção da morte.
CONTEMPT AND DEGENERACY IN THE CENTRAL PLOT OF THE ILIAD: A STUDY OF THE POLITICAL MEANING OF THE SUPERLATIVE EKHTHISTOS
Abstract: The four occurrences in the Iliad of ekhthistos, superlative of ekhthros, “hateful” or – as I prefer – “execrable”, are related to the motif of the royal authority’s crisis in the poem, particularly regarding Agamemnon and his pursuitof legitimation in his speeches, mostly through many references to Zeus. According to my interpretation, expressing loathing to slaughter in the warand to the contact with corpses, ekhthistos is used when a king exerts his characteristic function in the Indo-European societies of guardian of life and provider of the community’s living. Always the head of the Achaean army, Agamemnon acts both as its main commander and as the community’s protector, splitting up between the protection of life and the promotion of death.
Keywords: Iliad; royalty; Agamemnon; ekhthistos.