joão paulo Rossatti | Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) (original) (raw)
Book Chapters by joão paulo Rossatti
Revista Antíteses , 2021
History is a human science. Therefore, it is balanced on scientific (objective) and human (subjec... more History is a human science. Therefore, it is balanced on scientific (objective) and human (subjective) ground. To make science, it is said, we must contain the subjectivities that may, perhaps, appear in the textual production, and only in this way will science emerge. This scheme appears, in a complex way, in the history of the present time, closer and, thus, more subjective. Does that mean that the history of the present time is "fragile"? Does that mean that subjectivity is an enemy? No! Absolutely not! Here we defend the opposite: the maintenance of subjectivities to reach the truth of history is essential. We call that as passionate attachment and, as we try to demonstrate, this subjectivist residue exists in all histories of all time.
Resumo: A História é uma ciência humana. Sendo assim, ela
se equilibra sobre bases científicas (objetivas) e humanas
(subjetivas). Para fazer ciência, dizem-nos, devemos conter
as subjetividades que possam, porventura, aparecer na
produção textual, somente desse modo a ciência emergirá.
Esse esquema aparece, de forma complexa, na história do
tempo presente, mais próxima e, portanto, mais subjetiva.
Isso quer dizer que a história do tempo presente é “frágil”?
Isso quer dizer que a subjetividade é uma inimiga? Não!
Absolutamente não! Aqui defendemos justamente o contrário:
a manutenção das subjetividades para alcançar a verdade
da história é essencial. Chamamos esse recurso de apegos
apaixonados e, como intentamos demonstrar, esse resíduo
subjetivista existe em todas as Histórias de todos os tempos.
Os desafios da pesquisa em história da comunicação: entre a historicidade e as lacunas da historiografia, 2019
Papers by joão paulo Rossatti
Este artigo procura analisar as marcas do discurso neoliberal na revista Veja durante os primeiro... more Este artigo procura analisar as marcas do discurso neoliberal na revista Veja durante os primeiros anos do governo José Sarney (da posse em março de 1985 até as eleições parlamentares de 1986). Primeiro elemento dessa análise é tratar a revista como um sujeito midiático Veja, isto é, como um indivíduo dotado de uma visão de mundo e uma ideologia que baseiam quem ele é, como age e o que deseja do mundo e para ele.
Segundo, a análise articula a análise de obras de Ludwig von Mises a Friedrich von Hayek, no intento de mostrar como essas ideias já circulavam pela esfera pública e, por conseguinte, foram assimiladas pelo sujeito Veja e disseminadas através de suas páginas aos leitores/sujeitos consumidores. Com isso, o que buscamos mostrar, ao final
do texto, foi o modo como este sujeito procurou agir de modo ativo (e não
desinteressado) na construção de um tipo específico de democracia.
Este artigo pretende apresentar um panorama geral da conturbada relacao entre a Historia e a poli... more Este artigo pretende apresentar um panorama geral da conturbada relacao entre a Historia e a politica ao longo do seculo XX. Uma relacao que comeca com litigio, ja no inicio do seculo, culminando numa ruptura total quando do predominio da teoria estruturalista, por volta da decada de 1960, mas que aos poucos, vai vendo ser (re)construida uma reaproximacao, um retorno ao politico. Deste modo, a partir desse caminho, buscamos apresentar as novas formas de se fazer historia politica, possibilitadas pelo retorno do acontecimento, como caracterizou o historiador Francois Dosse. Palavras-chave: Acontecimento; Historia; Politica.
Esboços: histórias em contextos globais
A revista Veja é, atualmente, um dos baluartes que perpetram o discurso de defesa das políticas n... more A revista Veja é, atualmente, um dos baluartes que perpetram o discurso de defesa das políticas neoliberais, já que defende o livre mercado, as liberdades econômicas e encolhimentos do Estado. Mas, para entender como esse discurso funciona hoje em nossa democracia, é preciso voltar ao começo da “Nova República” para perceber como a revista criou o que chamamos de “espaço neoliberal”, utilizando suas páginas para semear ideias próprias a essa política e que, de modo geral, iriam nortear as políticas nacionais na década de 1990.
Esboços: histórias em contextos globais
A revista Veja é, atualmente, um dos baluartes que perpetram o discurso de defesa das políticas n... more A revista Veja é, atualmente, um dos baluartes que perpetram o discurso de defesa das políticas neoliberais, já que defende o livre mercado, as liberdades econômicas e encolhimentos do Estado. Mas, para entender como esse discurso funciona hoje em nossa democracia, é preciso voltar ao começo da “Nova República” para perceber como a revista criou o que chamamos de “espaço neoliberal”, utilizando suas páginas para semear ideias próprias a essa política e que, de modo geral, iriam nortear as políticas nacionais na década de 1990.
Revista História e Cultura, 2021
Resumo: Este artigo tem alguns objetivos fundamentais. O primeiro é apresentar um argumento dialé... more Resumo: Este artigo tem alguns objetivos fundamentais. O primeiro é apresentar um argumento dialético em relação ao conceito de heterocronia, isto é, mostrar como os muitos tempos experimentados encontram seu limite no capitalismo tardio e, portanto, carregam sua negação dentro si mesmos, engolidos que são por um cronocentrismo impositivo. O segundo argumento, mais direto, visa apresentar o novo tempo do mundo, para tal empreitada seguimos o trabalho do filósofo Paulo Arantes. Em conjunto, estas duas seções nos permitirão propor a categoria de ontologia em situação, cujo emprego possibilita ao historiador uma compreensão relacional entre: o seu tempo, a sua experiência e o tempo por ele estudado. Palavras chave: heterocronia, homocronia, novo tempo do mundo, ontologia em situação.
Abstract: This article has some fundamental goals. The first is to present a ialectical argument in relation to the concept of heterochrony, that is, to show how the many times experienced find their limit in late capitalism and, therefore, carry their negation within themselves, swallowed up by an imposing chronocentrism. The second, more direct argument, aims to present the new time of the world, for this endeavor we follow the work of the philosopher Paulo Arantes. Together, these two sections will allow us to propose the category of ontology in a situation, whose use allows the historian a relational understanding between his time, his experience, and
the time he studies.
Thesis Chapters by joão paulo Rossatti
O que é um sujeito? O que é um veículo de comunicação? É possível abordar metodolog... more O que é um sujeito? O que é um veículo de comunicação? É possível abordar metodologicamente um veículo de comunicação jornalística tal como a psicanálise aborda um sujeito? Se for mesmo possível lêla como um sujeito, esse possui alguma ideologia? Como
devemos entender o conceito de ideologia e qual a sua importância para a constituição subjetiva dos sujeitos de carne e de papel? A revista Veja tem ideologia? Foi com essas questões em mente que inicialmente abordei meu objeto de pesquisa, a revista Veja. Para
conseguir extrair alguma resposta – como espero deixar claro ao longo do texto – dividi esta tese em três partes. Na primeira, Do crítico, faço o desenvolvimento metodológico do conceito de sujeito midiático, é ele que me serviu como suporte para analisar a revista Veja e a partir dele indico que, sobretudo para veículos de comunicação impressa, é possível compreender como os sujeitos midiáticos não só possuem uma ideologia, como essa opera no nível da ontologia; ou seja, a identificação com a fantasia fundamental do discurso ideológico
é essencial para a própria existência do sujeito. Nessa primeira parte mostro também como essa ontologia ideológica precisa, durante o processo de subjetivação do sujeito midiático, ser recalcada, transmutandose assim em uma deontologia do fazer jornalístico cujo resultado é a capacidade de “educar os sentidos” dos leitores. Na segunda parte do texto, Dos críticos, eu procuro identificar como a ideologia, a partir da definição žižekiana do conceito, não deve ser
entendida como um véu encobridor que nos impede o acesso à “verdadeira” realidade, mas opera como a mediação necessária para ter acesso a essa mesma realidade. Com isso em mente, avanço a um segundo momento do argumento; isto é, como a ideologia neoliberal se entranhou como fantasia estruturante da realidade nos tempos que correm. Após construir essa base metodológica chego, enfim, à terceira parte, Dos criticados, nela investigo como a revista Veja, nosso sujeito sob análise, entre o início da Nova República, em março de 1985, e a eleição presidencial de 1994 (esta já sob o signo neoliberal do Plano Real) se tornou um dos irradiadores do discurso ideológico base do inconsciente neoliberal. Para fazer isso empreendo uma leitura cruzada de editoriais e reportagens da Veja com as obras de
importantes autores do neoliberalismo austroamericano (Ludwig von Mises, Friedrich Hayek, Milton Friedman, Israel Kirzner) na intenção de demonstrar como essas ideias já estavam lá (!) e que sua repetição constante (não só na Veja) foi essencial para a disseminação
e incorporação da fantasia ideológica em sua faceta neoliberal que teve como consequência o confisco da própria ideia que fazemos do que é democracia (definida aqui como democracia hayekiana). Ao fim, o que procurei demostrar foi o como esse sujeito midiático foi um dos
entes mais importantes na disseminação da discursividade ideológica neoliberal e contribuiu para “educar os sentidos” do seu público leitor dentro das coordenadas do inconsciente neoliberal. Termino o texto com uma conclusão que mais abre questões do que realmente
encerra a tese, afinal, é possível a democracia hayekiana, fundamentada nos postulados do neoliberalismo, não produzir um laço social cuja afecção fundamenta l não seja o ódio? E isso
não significa, assim, a própria “brasilianização” do mundo? Ainda não sei responder essas perguntas, apenas posso dizer que toda vez que “o futuro se impõe”, o “passado não se aguenta”.
Revista Antíteses , 2021
History is a human science. Therefore, it is balanced on scientific (objective) and human (subjec... more History is a human science. Therefore, it is balanced on scientific (objective) and human (subjective) ground. To make science, it is said, we must contain the subjectivities that may, perhaps, appear in the textual production, and only in this way will science emerge. This scheme appears, in a complex way, in the history of the present time, closer and, thus, more subjective. Does that mean that the history of the present time is "fragile"? Does that mean that subjectivity is an enemy? No! Absolutely not! Here we defend the opposite: the maintenance of subjectivities to reach the truth of history is essential. We call that as passionate attachment and, as we try to demonstrate, this subjectivist residue exists in all histories of all time.
Resumo: A História é uma ciência humana. Sendo assim, ela
se equilibra sobre bases científicas (objetivas) e humanas
(subjetivas). Para fazer ciência, dizem-nos, devemos conter
as subjetividades que possam, porventura, aparecer na
produção textual, somente desse modo a ciência emergirá.
Esse esquema aparece, de forma complexa, na história do
tempo presente, mais próxima e, portanto, mais subjetiva.
Isso quer dizer que a história do tempo presente é “frágil”?
Isso quer dizer que a subjetividade é uma inimiga? Não!
Absolutamente não! Aqui defendemos justamente o contrário:
a manutenção das subjetividades para alcançar a verdade
da história é essencial. Chamamos esse recurso de apegos
apaixonados e, como intentamos demonstrar, esse resíduo
subjetivista existe em todas as Histórias de todos os tempos.
Os desafios da pesquisa em história da comunicação: entre a historicidade e as lacunas da historiografia, 2019
Este artigo procura analisar as marcas do discurso neoliberal na revista Veja durante os primeiro... more Este artigo procura analisar as marcas do discurso neoliberal na revista Veja durante os primeiros anos do governo José Sarney (da posse em março de 1985 até as eleições parlamentares de 1986). Primeiro elemento dessa análise é tratar a revista como um sujeito midiático Veja, isto é, como um indivíduo dotado de uma visão de mundo e uma ideologia que baseiam quem ele é, como age e o que deseja do mundo e para ele.
Segundo, a análise articula a análise de obras de Ludwig von Mises a Friedrich von Hayek, no intento de mostrar como essas ideias já circulavam pela esfera pública e, por conseguinte, foram assimiladas pelo sujeito Veja e disseminadas através de suas páginas aos leitores/sujeitos consumidores. Com isso, o que buscamos mostrar, ao final
do texto, foi o modo como este sujeito procurou agir de modo ativo (e não
desinteressado) na construção de um tipo específico de democracia.
Este artigo pretende apresentar um panorama geral da conturbada relacao entre a Historia e a poli... more Este artigo pretende apresentar um panorama geral da conturbada relacao entre a Historia e a politica ao longo do seculo XX. Uma relacao que comeca com litigio, ja no inicio do seculo, culminando numa ruptura total quando do predominio da teoria estruturalista, por volta da decada de 1960, mas que aos poucos, vai vendo ser (re)construida uma reaproximacao, um retorno ao politico. Deste modo, a partir desse caminho, buscamos apresentar as novas formas de se fazer historia politica, possibilitadas pelo retorno do acontecimento, como caracterizou o historiador Francois Dosse. Palavras-chave: Acontecimento; Historia; Politica.
Esboços: histórias em contextos globais
A revista Veja é, atualmente, um dos baluartes que perpetram o discurso de defesa das políticas n... more A revista Veja é, atualmente, um dos baluartes que perpetram o discurso de defesa das políticas neoliberais, já que defende o livre mercado, as liberdades econômicas e encolhimentos do Estado. Mas, para entender como esse discurso funciona hoje em nossa democracia, é preciso voltar ao começo da “Nova República” para perceber como a revista criou o que chamamos de “espaço neoliberal”, utilizando suas páginas para semear ideias próprias a essa política e que, de modo geral, iriam nortear as políticas nacionais na década de 1990.
Esboços: histórias em contextos globais
A revista Veja é, atualmente, um dos baluartes que perpetram o discurso de defesa das políticas n... more A revista Veja é, atualmente, um dos baluartes que perpetram o discurso de defesa das políticas neoliberais, já que defende o livre mercado, as liberdades econômicas e encolhimentos do Estado. Mas, para entender como esse discurso funciona hoje em nossa democracia, é preciso voltar ao começo da “Nova República” para perceber como a revista criou o que chamamos de “espaço neoliberal”, utilizando suas páginas para semear ideias próprias a essa política e que, de modo geral, iriam nortear as políticas nacionais na década de 1990.
Revista História e Cultura, 2021
Resumo: Este artigo tem alguns objetivos fundamentais. O primeiro é apresentar um argumento dialé... more Resumo: Este artigo tem alguns objetivos fundamentais. O primeiro é apresentar um argumento dialético em relação ao conceito de heterocronia, isto é, mostrar como os muitos tempos experimentados encontram seu limite no capitalismo tardio e, portanto, carregam sua negação dentro si mesmos, engolidos que são por um cronocentrismo impositivo. O segundo argumento, mais direto, visa apresentar o novo tempo do mundo, para tal empreitada seguimos o trabalho do filósofo Paulo Arantes. Em conjunto, estas duas seções nos permitirão propor a categoria de ontologia em situação, cujo emprego possibilita ao historiador uma compreensão relacional entre: o seu tempo, a sua experiência e o tempo por ele estudado. Palavras chave: heterocronia, homocronia, novo tempo do mundo, ontologia em situação.
Abstract: This article has some fundamental goals. The first is to present a ialectical argument in relation to the concept of heterochrony, that is, to show how the many times experienced find their limit in late capitalism and, therefore, carry their negation within themselves, swallowed up by an imposing chronocentrism. The second, more direct argument, aims to present the new time of the world, for this endeavor we follow the work of the philosopher Paulo Arantes. Together, these two sections will allow us to propose the category of ontology in a situation, whose use allows the historian a relational understanding between his time, his experience, and
the time he studies.
O que é um sujeito? O que é um veículo de comunicação? É possível abordar metodolog... more O que é um sujeito? O que é um veículo de comunicação? É possível abordar metodologicamente um veículo de comunicação jornalística tal como a psicanálise aborda um sujeito? Se for mesmo possível lêla como um sujeito, esse possui alguma ideologia? Como
devemos entender o conceito de ideologia e qual a sua importância para a constituição subjetiva dos sujeitos de carne e de papel? A revista Veja tem ideologia? Foi com essas questões em mente que inicialmente abordei meu objeto de pesquisa, a revista Veja. Para
conseguir extrair alguma resposta – como espero deixar claro ao longo do texto – dividi esta tese em três partes. Na primeira, Do crítico, faço o desenvolvimento metodológico do conceito de sujeito midiático, é ele que me serviu como suporte para analisar a revista Veja e a partir dele indico que, sobretudo para veículos de comunicação impressa, é possível compreender como os sujeitos midiáticos não só possuem uma ideologia, como essa opera no nível da ontologia; ou seja, a identificação com a fantasia fundamental do discurso ideológico
é essencial para a própria existência do sujeito. Nessa primeira parte mostro também como essa ontologia ideológica precisa, durante o processo de subjetivação do sujeito midiático, ser recalcada, transmutandose assim em uma deontologia do fazer jornalístico cujo resultado é a capacidade de “educar os sentidos” dos leitores. Na segunda parte do texto, Dos críticos, eu procuro identificar como a ideologia, a partir da definição žižekiana do conceito, não deve ser
entendida como um véu encobridor que nos impede o acesso à “verdadeira” realidade, mas opera como a mediação necessária para ter acesso a essa mesma realidade. Com isso em mente, avanço a um segundo momento do argumento; isto é, como a ideologia neoliberal se entranhou como fantasia estruturante da realidade nos tempos que correm. Após construir essa base metodológica chego, enfim, à terceira parte, Dos criticados, nela investigo como a revista Veja, nosso sujeito sob análise, entre o início da Nova República, em março de 1985, e a eleição presidencial de 1994 (esta já sob o signo neoliberal do Plano Real) se tornou um dos irradiadores do discurso ideológico base do inconsciente neoliberal. Para fazer isso empreendo uma leitura cruzada de editoriais e reportagens da Veja com as obras de
importantes autores do neoliberalismo austroamericano (Ludwig von Mises, Friedrich Hayek, Milton Friedman, Israel Kirzner) na intenção de demonstrar como essas ideias já estavam lá (!) e que sua repetição constante (não só na Veja) foi essencial para a disseminação
e incorporação da fantasia ideológica em sua faceta neoliberal que teve como consequência o confisco da própria ideia que fazemos do que é democracia (definida aqui como democracia hayekiana). Ao fim, o que procurei demostrar foi o como esse sujeito midiático foi um dos
entes mais importantes na disseminação da discursividade ideológica neoliberal e contribuiu para “educar os sentidos” do seu público leitor dentro das coordenadas do inconsciente neoliberal. Termino o texto com uma conclusão que mais abre questões do que realmente
encerra a tese, afinal, é possível a democracia hayekiana, fundamentada nos postulados do neoliberalismo, não produzir um laço social cuja afecção fundamenta l não seja o ódio? E isso
não significa, assim, a própria “brasilianização” do mundo? Ainda não sei responder essas perguntas, apenas posso dizer que toda vez que “o futuro se impõe”, o “passado não se aguenta”.