Thiago Groh | Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (original) (raw)
Papers by Thiago Groh
Revista Escritas , 2023
Apresentação do dossiê: Da Colônia ao Império estudos sobre a História do Brasil
Fênix - Revista de História e Estudos Culturais
Os estudos sobre história da diplomacia ou mesmo da história diplomática no Brasil ainda são muit... more Os estudos sobre história da diplomacia ou mesmo da história diplomática no Brasil ainda são muito restritos ao campo acadêmico, a produção de dissertações, teses e artigos, com raras publicações, principalmente quando pensamos nos períodos medieval e moderno, com uma produção mais intensa para a Idade Média onde os estudos não tem se limitado apenas ao mundo ibérico como acontece em Moderna. Nesse aspecto, o dossiê que apresentamos evidencia essa diversificação espacial dos estudos da diplomacia no medieval que trazem novo folego a historiografia brasileira e apontam para outras possibilidades de estudos sobre história da diplomacia.
A Restauração Pernambucana e as negociações diplomáticas nos Países Baixos.(1644-1649) THIAGO GRO... more A Restauração Pernambucana e as negociações diplomáticas nos Países Baixos.(1644-1649) THIAGO GROH MESTRANDO-UFF THGROH@TERRA.COM.BR O século XVII marca a Europa por balizar um momento de mudanças nas suas estruturas sociais e políticas, sobretudo em Portugal e Inglaterra que alteram no decorrer desse período seus governos e provocam certa instabilidade nas monarquias do continente (VALLADARES, 2006. p.17). Nesse espaço temporal, desenvolve-se o primeiro grande conflito mundial entre as grandes nações (BOXER, 2002. P. 120-124). Para Portugal, as mudanças chegam em 1640 quando o reino separa-se da Espanha de maneira abrupta e ímpar na história, recebendo uma pesada e onerosa herança deixada pela política bélica de Felipe IV, que consistia na guerra com a Holanda 1 no além-mar, na invasão dos territórios coloniais e conseqüentemente na perda de renda, na necessidade de reorganizar o reino e sua nobreza e a necessidade de reconhecimento internacional da monarquia. Não obstante, Evaldo Cabral de Mello coloca como os principais e mais urgentes encargos de D. João IV a obtenção de apoio internacional e reconhecimento para o trono e o reino, a manutenção das fronteiras e a retomada dos territórios-colônias invadidos pelos inimigos da Espanha durante a União dinástica (MELLO, 2003. p.23). Logo, o que propomos apresentar nesse texto, não somente insere-se nessa perspectiva temporal apontada, como perpassa as relações estabelecidas por ambas as nações ao longo dos anos que antecederam os conflitos nos territórios coloniais, na medida em que dentro do território europeu sempre mantiveram uma relação de amizade e cordialidade. Nosso objetivo concentra-se no paralelo possível de se traçar entre as negociações diplomáticas na cidade holandesa de Haia e a Insurreição Pernambucana, mostrando a intercepção entre as lutas na América e as negociações políticas na Europa. 1 Para melhor entendimento usamos o termo Holanda para designar a República das Províncias Unidas dos Países Baixos e seus habitantes por assim denominados holandeses.
Books by Thiago Groh
Coletânea organizada por Daniel Pimenta Oliveira de Carvalho, Marília de Azambuja Ribeiro Machel ... more Coletânea organizada por Daniel Pimenta Oliveira de Carvalho, Marília de Azambuja Ribeiro Machel e Thiago Groh, reúne doze trabalhos de historiadores de diferentes universidades do Brasil e da Europa sobre os mais recentes debates da história diplomática dos séculos XII a XVIII. Centrada, sobretudo, nos centros de poder da Península Ibérica, esta obra busca atualizar os leitores sobre a complexidade dos processos históricos envolvidos nas relações entre nações, para além das tradicionais negociações e acordos diplomáticos. Os agentes e as práticas da diplomacia são os fios condutores dos textos, cujas narrativas e reflexões se interconectam, apontando novos caminhos para os estudos da diplomacia entre o Medievo Tardio e a Época Moderna. Os capítulos deste volume apresentam ricos inventários dos perfis, formas de atuação e de organização da diplomacia castelhana e portuguesa medieval, reflexões sobre o papel exercido pelas mulheres na figura de rainhas e infantas ibéricas entre os séculos XII e XVIII, ou ainda sobre as consequências da formação e da experiência diplomática para as transformações do pensamento e da literatura política moderna, a partir do exemplo de personagens como Juan Bautista de Tassis e Antonio de Sousa de Macedo. Além disso, e não menos importante, a história da monarquia portuguesa, especialmente, é revisitada em conjunturas e contextos decisivos, evidenciando-se por exemplo o lugar ocupado pelas relações com a Santa Sé entre os séculos XVI e XVIII, a pluralidade de tensões e desafios enfrentados durante a guerra da Restauração, em meio ao cenário de crise europeia de meados do Seiscentos, ou ainda a rede complexa de interesses e alianças desenvolvida no Magreb atlântico no alvorecer da Época Moderna.
Para uma reflexão contemporânea sobre o lugar da ficção na escrita da História, cf. JABLONKA, Iva... more Para uma reflexão contemporânea sobre o lugar da ficção na escrita da História, cf. JABLONKA, Ivan. L'Histoire est une littérature contemporaine. Manifeste pour les sciences sociales. Paris: Éditions du Seuil, 2014. 18 Para um enfrentamento destas questões em um texto em português e acessível ao público, cf. BERBERT JÚNIOR, Carlos Oiti. A história, a retórica e a crise dos paradigmas. 2ª edição.
Media by Thiago Groh
https://youtu.be/nQuuCBNDQlM?t=136 My talk, in Portuguese, about "Lisboa e a diplomacia portugu... more https://youtu.be/nQuuCBNDQlM?t=136
My talk, in Portuguese, about "Lisboa e a diplomacia portuguesa de finais da Idade Média" for the first SIGILLUM web conference, Brazil (Universidade Federal de Tocantins; Universidade Federal do Oeste do Pará) now online, with colleagues D Lima, L César, T Groh e D Pimenta.
https://youtu.be/nQuuCBNDQlM?t=136
(approximately 35 minutes plus Q&A)
Revista Escritas , 2023
Apresentação do dossiê: Da Colônia ao Império estudos sobre a História do Brasil
Fênix - Revista de História e Estudos Culturais
Os estudos sobre história da diplomacia ou mesmo da história diplomática no Brasil ainda são muit... more Os estudos sobre história da diplomacia ou mesmo da história diplomática no Brasil ainda são muito restritos ao campo acadêmico, a produção de dissertações, teses e artigos, com raras publicações, principalmente quando pensamos nos períodos medieval e moderno, com uma produção mais intensa para a Idade Média onde os estudos não tem se limitado apenas ao mundo ibérico como acontece em Moderna. Nesse aspecto, o dossiê que apresentamos evidencia essa diversificação espacial dos estudos da diplomacia no medieval que trazem novo folego a historiografia brasileira e apontam para outras possibilidades de estudos sobre história da diplomacia.
A Restauração Pernambucana e as negociações diplomáticas nos Países Baixos.(1644-1649) THIAGO GRO... more A Restauração Pernambucana e as negociações diplomáticas nos Países Baixos.(1644-1649) THIAGO GROH MESTRANDO-UFF THGROH@TERRA.COM.BR O século XVII marca a Europa por balizar um momento de mudanças nas suas estruturas sociais e políticas, sobretudo em Portugal e Inglaterra que alteram no decorrer desse período seus governos e provocam certa instabilidade nas monarquias do continente (VALLADARES, 2006. p.17). Nesse espaço temporal, desenvolve-se o primeiro grande conflito mundial entre as grandes nações (BOXER, 2002. P. 120-124). Para Portugal, as mudanças chegam em 1640 quando o reino separa-se da Espanha de maneira abrupta e ímpar na história, recebendo uma pesada e onerosa herança deixada pela política bélica de Felipe IV, que consistia na guerra com a Holanda 1 no além-mar, na invasão dos territórios coloniais e conseqüentemente na perda de renda, na necessidade de reorganizar o reino e sua nobreza e a necessidade de reconhecimento internacional da monarquia. Não obstante, Evaldo Cabral de Mello coloca como os principais e mais urgentes encargos de D. João IV a obtenção de apoio internacional e reconhecimento para o trono e o reino, a manutenção das fronteiras e a retomada dos territórios-colônias invadidos pelos inimigos da Espanha durante a União dinástica (MELLO, 2003. p.23). Logo, o que propomos apresentar nesse texto, não somente insere-se nessa perspectiva temporal apontada, como perpassa as relações estabelecidas por ambas as nações ao longo dos anos que antecederam os conflitos nos territórios coloniais, na medida em que dentro do território europeu sempre mantiveram uma relação de amizade e cordialidade. Nosso objetivo concentra-se no paralelo possível de se traçar entre as negociações diplomáticas na cidade holandesa de Haia e a Insurreição Pernambucana, mostrando a intercepção entre as lutas na América e as negociações políticas na Europa. 1 Para melhor entendimento usamos o termo Holanda para designar a República das Províncias Unidas dos Países Baixos e seus habitantes por assim denominados holandeses.
Coletânea organizada por Daniel Pimenta Oliveira de Carvalho, Marília de Azambuja Ribeiro Machel ... more Coletânea organizada por Daniel Pimenta Oliveira de Carvalho, Marília de Azambuja Ribeiro Machel e Thiago Groh, reúne doze trabalhos de historiadores de diferentes universidades do Brasil e da Europa sobre os mais recentes debates da história diplomática dos séculos XII a XVIII. Centrada, sobretudo, nos centros de poder da Península Ibérica, esta obra busca atualizar os leitores sobre a complexidade dos processos históricos envolvidos nas relações entre nações, para além das tradicionais negociações e acordos diplomáticos. Os agentes e as práticas da diplomacia são os fios condutores dos textos, cujas narrativas e reflexões se interconectam, apontando novos caminhos para os estudos da diplomacia entre o Medievo Tardio e a Época Moderna. Os capítulos deste volume apresentam ricos inventários dos perfis, formas de atuação e de organização da diplomacia castelhana e portuguesa medieval, reflexões sobre o papel exercido pelas mulheres na figura de rainhas e infantas ibéricas entre os séculos XII e XVIII, ou ainda sobre as consequências da formação e da experiência diplomática para as transformações do pensamento e da literatura política moderna, a partir do exemplo de personagens como Juan Bautista de Tassis e Antonio de Sousa de Macedo. Além disso, e não menos importante, a história da monarquia portuguesa, especialmente, é revisitada em conjunturas e contextos decisivos, evidenciando-se por exemplo o lugar ocupado pelas relações com a Santa Sé entre os séculos XVI e XVIII, a pluralidade de tensões e desafios enfrentados durante a guerra da Restauração, em meio ao cenário de crise europeia de meados do Seiscentos, ou ainda a rede complexa de interesses e alianças desenvolvida no Magreb atlântico no alvorecer da Época Moderna.
Para uma reflexão contemporânea sobre o lugar da ficção na escrita da História, cf. JABLONKA, Iva... more Para uma reflexão contemporânea sobre o lugar da ficção na escrita da História, cf. JABLONKA, Ivan. L'Histoire est une littérature contemporaine. Manifeste pour les sciences sociales. Paris: Éditions du Seuil, 2014. 18 Para um enfrentamento destas questões em um texto em português e acessível ao público, cf. BERBERT JÚNIOR, Carlos Oiti. A história, a retórica e a crise dos paradigmas. 2ª edição.
https://youtu.be/nQuuCBNDQlM?t=136 My talk, in Portuguese, about "Lisboa e a diplomacia portugu... more https://youtu.be/nQuuCBNDQlM?t=136
My talk, in Portuguese, about "Lisboa e a diplomacia portuguesa de finais da Idade Média" for the first SIGILLUM web conference, Brazil (Universidade Federal de Tocantins; Universidade Federal do Oeste do Pará) now online, with colleagues D Lima, L César, T Groh e D Pimenta.
https://youtu.be/nQuuCBNDQlM?t=136
(approximately 35 minutes plus Q&A)