Saberes Docentes Do Professor Alfabetizador: Dilemas e Perspectivas Na Formação De Leitores (original) (raw)
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Reflexões Acerca Da Formação De Alfabetizadores
Revista Científica FESA
O estudo sobre a formação de professores é um tópico de discussão em todas as partes do mundo. O tema em debate, bem como a preocupação em tratá-lo, tornou-se muito importante para acadêmicos e especialistas. Para começar, existe uma demanda que surgiu em decorrência dos avanços da ciência e da tecnologia que se expandiram nas últimas décadas e, por isso, é preciso nesse contexto pessoas que estejam preparadas para o mercado de trabalho. Outro ponto são as baixas estatísticas de desenvolvimento do processo educacional e da aprendizagem nas escolas, o que tem impactado negativamente em nível global. Assim, este artigo tem a missão de discorrer sobre a formação de alfabetizadores em contexto pedagógico brasileiro.
2016
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma análise de alguns aspectos da formação inicial dos pedagogos em relação aos conhecimentos necessários à sua formação como alfabetizadores. Para tanto, elegeu-se como objeto de estudo um curso de graduação em Pedagogia situado no interior do Espírito Santo. Buscou-se identificar as percepções que tanto profissionais que atuam no curso quanto egressos e alunos têm a respeito do enfoque/preparação de professores alfabetizadores. Utilizou-se para a coleta e produção dos dados entrevistas semiestruturadas, análise de documentos e observações participantes. Foram sujeitos desta pesquisa 03 profissionais que atuam no curso, 02 profissionais egressos do curso e 02 alunos em fase de conclusão. A análise dos dados aponta que, apesar do curso em questão oferecer uma grande contribuição para a formação do pedagogo em diversos aspectos, ainda existem lacunas em relação à formação do alfabetizador que precisam ser preenchidas, principalmente no que diz respeito a um aprofundamento maior sobre o objeto a ser ensinado: a língua escrita bem como sobre o processo de apropriação da linguagem escrita pelo sujeito que aprende: a criança. Conclui-se que, apesar da complexidade que é formar, em um curso de 3 anos e meio, um profissional que esteja habilitado para atuar na docência da Educação Infantil, dos anos iniciais do Ensino Fundamental e da Educação de Jovens e Adultos, considerando as especificidades de cada segmento/modalidade, bem como de atuar na gestão tanto escolar quanto educacional, há a necessidade de se rever a proposta curricular do curso, no sentido de se priorizar algumas áreas do conhecimento essenciais ao alfabetizador, considerando todo o contexto social no qual estamos inseridos.
Aprendizagem Da Docência Alfabetizadora: Desafios À Formação
Revista Contrapontos, 2013
Este trabalho apresenta reflexões sobre a formação docente no contexto da alfabetização. O recorte do estudo é decorrente de uma pesquisa sociocultural de cunho narrativo desenvolvida com professoras alfabetizadoras. A partir destas considerações, pretende-se destacar elementos envolvidos no processo de construção da prática alfabetizadora, bem como refletir sobre a formação docente nesse contexto educacional. Neste sentido, é possível compreender, a partir da atividade de pesquisa desenvolvida, que a aprendizagem docente alfabetizadora constitui-se na relação teórico-prática, tendo a reflexão e o trabalho compartilhados como aspectos fundamentais deste processo. A escola é entendida, portanto, como lugar de possibilidades em relação à formação docente, espaço no qual os professores podem se reconhecer e ser reconhecidos como produtores de conhecimento.
Adequação Teórica e Metodológica Nas Práticas Do Professor Alfabetizador
… de Ciências da …, 2006
Esse artigo apresenta os resultados da analise qualitativa de praticas de um professor alfabetizador que atua em uma classe de Educação Infantil (EI) no ensino pré-escolar, no período da manhã˜, e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), no período noturno, ambas desenvolvidas na mesma escola pública municipal de Curitiba. Os resultados mostraram as semelhanças identificadas na pratica pedagógica do professor, em relação ao conteúdo de ensino e a aprendizagem da leitura e escrita, com sujeitos diferenciados em interesses, competências e idades cronológicas: crianças de 6 a 7 anos e adultos de 22 a 68 anos, bem como a analise dos dados observados. As semelhanças ficaram por conta da ocupação do espaço físico, sala de aula, do mobiliário; dos procedimentos didáticos: aula expositiva, copia, execução individual de tarefas; dos materiais e recursos pedagógicos: livro de historia infantil, cartazes e copias heliográficas, e `s atividades desenvolvidas, que eram desarticuladas do conteu do programático e da vida dos alunos, e sem envolvimento direto dos mesmos. As diferenças se verificaram quanto ao horário das
Leitura e Produção De Texto Na Formação Continuada De Professores Alfabetizadores
Linguagens, Educação e Sociedade, 2018
Este artigo apresenta um relato de experiência sustentado nas ações desenvolvidas, em 2013, no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa - PNAIC, realizado no polo de Presidente Prudente/SP, pela Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (UNESP), em parceria com o Ministério da Educação e Cultura. O PNAIC é um programa de formação continuada de professores com o objetivo de redirecionar as ações da escola básica (1º, 2º e 3º anos), a fim de que todos os alunos estejam alfabetizados até os 8 anos de idade. O polo de formação em Presidente Prudente realizou, com professores de 67 municípios paulistas, estudos e orientações sobre o processo de ensino e de aprendizagem da leitura e da produção de texto pelo uso, respectivamente, das Estratégias de Leitura (GIROTTO e SOUZA, 2010) e da Sequência Didática (DOLZ, NOVERRAZ e SCHNEUWLY, 2004). Ambos os procedimentos organizam, sistematicamente, atividades escolares que permitem ao professor planejar etapa por etapa de atua...
Alfabetização e Letramento Tecnológicos Do Professor: Potencialidades e Desafios
Atos de Pesquisa em Educação, 2020
Por que pensar em tecnologias no contexto educacional? O professor e os alunos estão preparados para lidar com as tecnologias e suas linguagens? Quais são os desafios a serem enfrentados? A alfabetização e o letramento tecnológicos do professor podem ser um meio para superação dos dilemas e contradições que permeiam a relação entre tecnologias e educação? Tendo essas questões como eixos norteadores da pesquisa, apresenta-se e discute-se dados produzidos em experiência pedagógica desenvolvida na UnB, de modo a apontar, segundo as percepções de professores, as potencialidades e os desafios intrínsecos às tecnologias na escola, assim como, destacar a importância da alfabetização e do letramento tecnológicos na formação crítica, reflexiva e cidadã, tanto do professor quanto dos alunos.
Revista Brasileira de Alfabetização
O artigo objetiva compreender significações produzidas por uma professora alfabetizadora na experiência formativa vivenciada no Programa de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) e as implicações no ensino de alunos com deficiência. No PIBID, o professor da Educação Básica atua como coformador dos licenciandos e também realiza sua formação continuada. A pesquisa contou com uma professora alfabetizadora de escola pública cearense, e utilizou questionário e entrevista como instrumentos. A análise baseou-se na proposta dos Núcleos de Significação e evidenciou que a experiência formativa emergiu nas significações da professora como contextualizada e colaborativa, propiciou acesso a novos saberes e gerou implicações favoráveis ao ensino de alunos com deficiência.
As Facetas da Alfabetização nos Cursos de Pedagogia: desafios para a formação do professor
Curriculo sem Fronteiras, 2020
O objetivo deste estudo é analisar as facetas da alfabetização indicadas em programas de cursos de Pedagogia do Brasil, a fim de discutir as ênfases, as lacunas e os desafios desta área do conhecimento para a consistente e eficaz atuação profissional. A metodologia desta pesquisa pautou-se na coleta e análise de 97 ementas e 68 bibliografias localizadas em 70 Projetos Pedagógicos de Curso. A análise das ementas revelou a priorização das facetas pedagógica e sociocultural e a análise das bibliografias o predomínio de obras que fundamentam o estudo das facetas sociocultural e psicológica/psicolinguística. A presença da perspectiva sociocultural entre os conteúdos e as bibliografias das disciplinas significa um avanço. No entanto, os programas dos cursos apresentam lacunas em relação à base epistemológica teórico-prática referente ao ensino e à aprendizagem da leitura e da escrita e aos processos sociais que influenciam a alfabetização. Conclui-se que o desafio ético-político a ser materializado na formação de professores alfabetizadores demanda o estudo inter-relacionado das multifacetas do conhecimento científico-pedagógico para o enfrentamento da desigualdade educacional, que não tem garantido a alfabetização como um direito humano. Palavras-chave: Curso de Pedagogia, formação inicial, professor alfabetizador, alfabetização e letramento.