CRISE ORGANICA, NEOLIBERALISMO E BARBÁRIE (original) (raw)
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A crise econômica que está assolando o Ocidente à mais de cinco anos, não apenas questiona o modelo neoliberal, apontado como o principal responsável da grande crise, mas também a cultura Ocidental que produziu este sistema. Dias a pós dias os escândalos que aparecem envolvendo todos os setores da sociedade manifestam os limites de um sistema econômico que não conseguiu produzir igualdade e bem estar para todos, mas pelo contrario, profundas injustiças. O dato que chama atenção sobre a situação lastimável gerada por esta crise econômica é o crescimento da pobreza que está afetando milhões de pessoas dos assim chamados Países ricos, Países do primeiro mundo. Esta situação questiona o modelo econômico assimilado pelo Ocidente a partir dos anos Oitenta do século passado, ou seja, o modelo Neoliberal.
NEOLIBERALISMO E ONGs NA AMÉRICA LATINA
Resumo: Este artigo pretende analisar o papel desempenhado pelas organizações não-governamentais na América Latina, historicamente situado, enquanto canal dos mecanismos de ajuda internacional ao desenvolvimento, dentro de um projeto político neoliberal. É nesse contexto que se coloca o ajuste estrutural, instaurando uma nova ordem político-econômica, em que o modelo de acumulação aprofunda a separação entre o público e o privado, através da prática de uma política monetária restritiva. Nessa perspectiva, as ONGs passam a desempenhar funções antes assumidas pelo Estado, confirmando sua inserção no projeto neoliberal, com o conseqüente enfraquecimento dos movimentos populares de resistência política. Palavras-Chave: organizações não-governamentais, neoliberalismo, Estado e América Latina.
NOVA IORQUE E O NEOLIBERALISMO
David Harvey, geógrafo britânico, professor da City University of New York e especialista em geografia urbana, fez conferência em 29 de setembro de 2010 abordando o tema Neoliberalism and the City no Middlebury College Symposium, "Urban Landscapes: The Politics of Expression". Em sua conferência, David Harvey faz um contraponto entre o ideal de liberdade que a cidade proporcionaria e o que está acontecendo com as cidades contemporâneas como é o caso de Nova Iorque por ele analisada. Para David Harvey, uma das coisas mais fascinantes foi acompanhar a neoliberalização de Nova Iorque que foi à falência em 1975 (HARVEY, David. Neoliberalism and the city. Disponível no website https://brock.scholarsportal.info/journals/SSJ/article/.../977/947).
Anais do 9º Congresso Internacional de Ciências Criminais , 2019
RESUMO O neoliberalismo é tão ubíquo e seus tentáculos tão hegemônicos que sua definição ultrapassa àquela de apenas um modelo econômico: ele é, portanto, a nova razão do mundo. Assim sendo, torna-se inevitável que sua lógica de comodificação e destruição impacte também ao meio ambiente, produzindo, por exemplo, o que a criminologia verde chama de ecocídio. Diante disso, coloca-se como problema de pesquisa a verificação de como a razão neoliberal é incompatível com a razão da preservação ambiental, através das lentes da criminologia verde. Para tanto, procurar-se-á estabelecer diálogos com outras áreas do conhecimento, como a antropologia e a noção do Antropoceno, e as teorias do decrescimento e do ecofeminismo. Palavras-chave: Neoliberalismo, Criminologia Verde, Meio Ambiente, Ecocídio, Ecofeminismo. ABSTRACT Neoliberalism is so ubiquitous and its tentacles so hegemonic that its definition overcomes that of just an economic model: it is, therefore, the new reason of the world. As a result, it becomes inevitable that its logic of commodification and destruction impacts also the environment, producing, for example, what green criminology calls ecocide. Therefore, the aim of this research is to verify how neoliberal reason is incompatible with the reason of environmental preservation, through the lens of green criminology. In order to achieve that, dialogues with other areas of knowledge will be pursued, such as anthropology and the notion of Anthropocene, and the theories of decreasing and ecofeminism.
GOVERNAMENTALIDADE NEOLIBERAL: DISCIPLINA, BIOPOLÍTICA E EMPRESARIAMENTO DA VIDA
KÍNESIS - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia, 2012
RESUMO: Parte da análise do conceito de biopoder apresentado por Michel Foucault no curso " Em defesa da sociedade (1975-1976) " e na obra " A vontade de saber " e segue pelo estudo da disciplina e dos dispositivos de segurança nos cursos ministrados nos dois anos seguintes: " Segurança, Território, População (1977-1978) " e " Nascimento da Biopolítica (1978-1979) ". Foucault anuncia a tese de que a soberania perdeu relevância em relação ao biopoder, tese que é aprofundada nos cursos seguintes por meio do estudo da governamentalidade. Nossa pesquisa tem por objetivo explicitar a manobra atual que tem no neoliberalismo o seu modo específico de organização, fazendo um escrutínio dos conceitos de " liberdade " e " competição " que animam o modo como o ocidente governa suas populações. Isso nos permitirá apresentar nossa tese denominada empresariamento da vida, processo que funciona como artifício basilar da governamentalidade neoliberal: produzir sujeitos que incorporam os enunciados da gerência como princípios éticos de constituição de si. Palavras-chave: Biopoder, Governamentalidade e Empresariamento da vida. ABSTRACT: it starts with the analysis of the concept of biopower introduced by Michel Foucault in his public lectures at the Collège de France named " Society must be defended (1975-1976) " and in the book " The will to knowledge " and continues with the study of the discipline and the dispositifs of security in the lectures " Security, territory, population (1977-1978) " and " Birth of biopolitics (1978-1979) ". Foucault announces a thesis that sovereignty had lost relevance in relation to biopower, thesis which is improved in the following lectures through the study of governmentality. Our research aims to describe the current move in which neoliberalism has its specific mode of organization, making an analysis of the concepts of "freedom" and "competition" that mark the way the Western world is governing their populations. This will allow us to introduce our thesis called " entrepreneurializement of life " , a process that serves as the overarching strategy of the neoliberal governmentality: to produce individuals who incorporates the statements of management as ethical principles of the constitution of themselves.
NEOLIBERALISMO E AGRAVAMENTO DOS PROBLEMAS SOCIAIS NO BRASIL
O modelo econômico neoliberal implantado em 1990 é o grande responsável por agravar os problemas sociais do Brasil na atualidade. A devastação social tem sido o principal resultado do modelo econômico neoliberal no Brasil inaugurado pelo presidente Fernando Collor em 1990 e mantido pelos presidentes Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva, Dilma Roussef, Michel Temer e Jair Bolsonaro. A recessão econômica atual, a desigualdade social, o desemprego em massa e a extrema miséria do País demonstram a inviabilidade do modelo neoliberal implantado no Brasil. A devastação social sofrida pelo Brasil com a desigualdade social, o desemprego em massa e a extrema miséria é demonstrada através dos indicadores de concentração de renda, de desemprego, de desigualdade social e de pobreza extrema.
NEOLIBERALISMO E A REFORMA TRABALHISTA NO BRASIL
O presente trabalho faz uma análise dos fatos históricos mundiais que ensejaram a proposta de flexibilização do Direito do Trabalho contemporânea, propuseram uma verdadeira reforma trabalhista, tanto no âmbito internacional quanto nacional, fazendo um paralelo entre Trabalho e Direito, expondo a ligação destes dois institutos com o Estado que tem como um de seus fins a reprodução capitalista. Expondo a evolução dos meios de regulação, primeiramente, pelo fordismo que marcou o período moderno e contribuiu para a implementação das leis trabalhistas garantindo aos trabalhadores direitos e garantias fundamentais, bem como, a evolução do sindicalismo de caráter combativo, que no Brasil teve seu auge com a criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) na “Era Vargas” e inserção do Direito do Trabalho no corpo da Constituição Federal de 1988 no ramo que trata de “Direitos Sociais”. E, posteriormente, o toyotismo que surgiu após diversas crises sofridas no período fordista, propondo contratos laborais mais flexíveis, maior especialização dos trabalhadores, a produção sob demanda (“just in time”), e a adoção de métodos por parte das empresas que vinculavam subjetivamente o trabalhador ao ambiente das fábricas, intensificando cada vez mais a alienação do trabalhador, juntamente, com o aparato das ideologias neoliberais que de forma conjunta com o Estado concede a “permissão” para que o modelo toyotista prospere sob o argumento de fim do desemprego e adaptação à globalização como quesito necessário para a sobrevivência das empresas no campo concorrencial. Destacam-se as consequências do neoliberalismo no meio social, principalmente, nos movimentos sindicais em que é evidenciada uma mudança do caráter em que operam, mudando sua forma combativa, outrora, existente para uma forma participava, e, que esta mudança foi ponto-chave para a implantação do neoliberalismo e do toyotismo como modelo econômico/produção. Quanto ao plano nacional é exposto demonstrando os fatos políticos e econômicos de como o governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) tornou o neoliberalismo hegemonia no país e as medidas caracterizadoras desse feito. E por fim, destaca-se as polêmicas envolvidas quanto ao tema reforma trabalhista, principalmente à respeito da flexibilização das normas trabalhistas e as possíveis consequências, como a precarização do trabalho, cerceamento dos direitos e garantias fundamentais do trabalhador em função do capital, dignidade da pessoa humana, os efeitos sociais da proposta de flexibilização, por exemplo.
NECROPOLÍTICA E BIOPODER NO IMPÉRIO NEOLIBERAL
O estado de exceção, analisado pelo filósofo Giorgio Agamben (2010, Edições 70), tende a tornar-se cada vez mais o paradigma de governação na política contemporânea, posicionando-se no limiar entre democracia e absolutismo.
A presente pesquisa tem por objeto de estudo os desdobramentos da atual política brasileira, partindo da ideia de um "tripé do poder" − que se constitui da soberania, da violência e da religião −, onde este é utilizado para a manutenção de determinadas dinâmicas da política brasileira. O ator central deste "tripé do poder" seria o presidente Jair Bolsonaro que, como demonstrado no presente artigo, tem sua figura construída a partir da instrumentalização religiosa efetuada pela Frente Parlamentar Evangélica. Como fundamentação teórica utilizamos os conceitos de "Necropolítica" de Achille Mbembe e o "Cristofascismo", trabalhado por Fábio Py. Concluímos que, para além de Bolsonaro, a instrumentalização da religião e da violência se apresenta como projeto ideológico para parcela dos políticos brasileiros, visando a manutenção da soberania e, enfim, do poder. Palavras-chaves: necropolítica, cristofascismo, soberania, religião.