As casas de Rafael – a subjetivação do “morar” e do “se mudar” (original) (raw)

A ressignificação do morar – uma reflexão

2020

Esta comunicação propõe uma reflexão sobre o papel da casa na atualidade; de como será a moradia e a reorganização dos ambientes no lar pós-pandemia, principalmente o ambiente da cozinha protagonista dessa casa que assume o papel de moradia, trabalho, lazer, enfim uma casa viva. A análise discorre a partir do entendimento de como a sociedade se transformou da sociedade sólida para uma sociedade líquida; a fim de compreender como percorrerá a trajetória para a sociedade póspandemia. Para tal fim, realizou-se uma pesquisa bibliográfica caracterizando a modernidade líquida, sua transformação e ruptura e, em seguida, uma reflexão sobre as mudanças que o isolamento social propõe para os indivíduos, analisando os novos modelos de moradia e os novos conceitos dos ambientes, em especial da cozinha. Assim, como conclusão foi analisada de que forma o design de interiores pode contribuir com esse novo contexto utilizando os preceitos da psicologia ambiental.

Cartografias do convívio: subjetivacão e espaco na "casa que acolhe a rua"

O mapa é aberto, é conectável em todas as suas dimensões, desmontável, reversível, suscetível de receber modificações constantemente. Ele contribui para a conexão dos campos, para o desbloqueio dos corpos sem órgãos [ ] Ele pode ser rasgado, revertido, adaptar-se a montagens de qualquer natureza, ser preparado por um indivíduo, um grupo, uma formação social. Pode-se desenhá-lo na parede, concebê-lo como obra de arte, construí-lo como uma ação política ou como uma meditação. [ ] Um mapa tem múltiplas entradas [ ] é uma questão de performance. (Deleuze e Guattari, Mil Platôs) São Paulo Julho de 2008

A casa é uma máquina de morar (?): analisando a casa modernista

Cadernos de Arquitetura e …, 2009

O artigo busca refletir sobre alguns temas consagrados pela historiografia da arquitetura modernista: a concepção estética de vanguarda, a relação íntima entre forma e função, a tecnologia e sua expressão plástica. Por meio da análise dos textos e das residências produzidos pelo arquiteto mineiro Sylvio de Vasconcellos (1916-1979), discutiremos uma sutil desconstrução desses temas, abrindo caminho para uma interpretação dialógico-relacional sobre a casa, através da qual Vasconcellos confere novo sabor ao receituário modernista.

Ressignificação do lar: as mudanças da sociedade refletidas na configuração dos imóveis em Maringá

Economia & Região, 2016

O presente artigo visa descrever as características dos apartamentos residenciais das famílias Maringaenses, de classes A e B, entre as décadas de 80, 90 até os anos 2012, identificando quais mudanças ocorreram neste período, levantando a ressignificação dos espaços internos residenciais e compreendendo quais as forças que influenciaram estas mudanças. As características dos apartamentos foram estudadas década por década, dentro do período citado, junto a arquitetos que atuam na cidade de Maringá. Para alcançar os objetivos descritos, a metodologia escolhida foi de abordagem qualitativa, onde as ferramentas utilizadas foram a revisão bibliográfica do tema e entrevista semi-estruturada dos arquitetos. As conclusões desta pesquisa foram de que o apartamento procurado na década de 80 era aquele com estilo de uma residência horizontal e atendia uma família que exigia muito espaço interno, porém pouca praticidade. Na década de 90 os imóveis reduziram sua metragem, pode-se considerar um a...

A casa que habito: relatos de um reassentamento urbano

Rua, 2017

Esse artigo objetiva analisar a apropriação do espaço residencial, a partir dos relatos daqueles que o protagonizaramfamílias de baixa renda que moravam em áreas de risco e irregulares e que foram reassentadas em um conjunto de Habitação de Interesse Social denominado Vida Nova, na cidade de São Domingos/SC. Por meio de narrativas busca-se apresentar histórias particulares de lutas e superações em relação à antiga morada, bem como os fatores sociais, econômicos e culturais que podem ter contribuído no jeito peculiar de cada morador em apropriar-se do novo espaço. Considerar a moradia em seus fenômenos particulares e subjetivos demonstrou ser, tanto um agente conformador como propulsor para o modo de apropriação do espaço residencial. Palavras-chave: reassentamento; habitação de interesse social; psicologia ambiental; apropriação.

Da palafita ao conjunto habitacional: o que muda na vida dos relocados?

2020

Introdução 16 1. Deslocamentos humanos: migrações, remoções e reassentamentos 31 1.1 Dois mundos próximos: sociologia e antropologia 32 1.2 Mauss e as tribos polinésias: a teoria da dádiva 35 1.3 Lewis e as cinco famílias migrantes na cidade do México 40 1.4 O papel do Estado: as ações governamentais para as faixas de menor renda 48 1.5 Passa-se uma casa: Valladares e o caso da cidade de Deus-das remoções de favelas à realocação no Rio de Janeiro dos anos de 1970 53 2. O Processo de urbanização e realocação de favelas no Recife e a Via Mangue 63 2.1. No Recife a história é diferente: da luta pelo direito à cidade ao advento das políticas de urbanização e realocação de favelas 64 2.2 Os projetos urbanos no Recife e a remoção dos moradores dos assentamentos precários 76 2.3 Pina dos pescadores, do direito do pobre à cidade, e Nossa Senhora de Boa Viagem do mundo dos ricos 81 2.4 A Via Mangue: a maior obra da década e sua relação com os moradores de baixa renda 95 3. No mundo entre a riqueza e a pobreza: uma relação de necessidade 128 1.1 Viver na Unidade Habitacional: como o realocado se relaciona com seu espaço individual 132 1.2 A relação dos realocados com a vizinhança do conjunto 154 1.3 Os sentimentos dos reassentados 183 4. Considerações finais 204 Referências Bibliográficas 222 Anexos 228 Apêndices 231

Habitar, narrar e construir: a casa moderna nos relatos biográficos de seus moradores

Século XXI: Revista de Ciências Sociais

Este artigo analisa relatos, a partir fontes diversas, de uma clientela que transformou em narrativa a experiência de habitar casas modernas. Desejosos de habitar um espaço atualizado às diretrizes estéticas de seu tempo, esse conjunto de clientes encomendou, entre o final dos anos 1940 e início dos anos 1960, a construção de suas residências a arquitetos que despontavam no cenário artístico paulistano. Permeado por tensões e ambiguidades, o relato da construção e vivência nessas moradias é uma fonte preciosa para acessar as expectativas em torno de novos padrões sociais e espaciais. Oscilando entre a apologia do vanguardismo arquitetônico e a reclamação dos infortúnios de se habitar uma casa fora dos padrões convencionais, essas narrativas e memórias permitem acessar o imaginário e as ambições de seus moradores, as motivações que os levaram a empreender esse projeto e as decepções quanto à sua realização. Também apresentam observações agudas da vida cotidiana, pelas quais é possíve...