A política externa da Turquia e a União Europeia : o caso da segurança energética (original) (raw)

A União Europeia, a Turquia e a Segurança Energética

À primeira vista, tudo parece apontar para um leque de vantagens com uma futura adesão da Turquia à UE. Fazendo parte da Comunidade de Energia, fundada pela UE, a Turquia não passa, no entanto, de um mero observador e não de um membro de pleno direito. Mas se é incontornável que a adesão da Turquia transportaria a UE para muito mais perto das maiores jazidas de petróleo e gás natural do Golfo Pérsico à Bacia do Cáspio, também é verdade, que essa aproximação tornaria mais vulnerável a UE nas suas novas fronteiras a Sudeste.

Segurança nacional e estratégias energéticas de Portugal e de Espanha

2011

Os Cadernos do IDN resultam do trabalho de investigação residente e não residente promovido pelo Instituto da Defesa Nacional. Os temas abordados contribuem para o enriquecimento do debate sobre questões nacionais e internacionais. As perspectivas são da responsabilidade dos autores não reflectindo uma posição institucional do Instituto de Defesa Nacional sobre as mesmas.

Segurança energética e mudanças climáticas na União Europeia

The study of economic energy policy is more relevant to International Relations today because of the increase in energy interdependence and its interaction with other issues on the international agenda, climate change in particular. This paper will analyze the progress made and the obstacles that lie ahead for energy policy in the European Union (EU). The objective is to identify the factors that have led the European Commission, especially after 2005, to unleash an remarkable degree of activism in the energy area, despite the lack of an official forum for the establishment of a common energy policy. This resulted in an innovative and ambitious European legislative program, which is examined in this paper and evaluated on the basis of official documents, the recent literature and qualitative interviews with around twenty policymakers and analysts, carried out in Brussels in September 2012. It was clear that the discussion of climate change changed the view of energy issues. The fact that the EU as a whole has a growing energy deficit increased the relevance of the issue of security and also stimulated the search for alternative sources, at the same time that it placed conditions on its external relations, especially with Russia. Important progress was made, in particular with regard to the establishment of strict mandatory standards for the countries that were members of the Energy-Climate Agreement, that justified the leadership role that the EU began to assume in international climate discussions. The search for community responses and convergence among the objectives related to climate change, energy security and economic competitive position suffered enormous pressure with the impact of the global crisis after September 2008. The crisis revealed an institutional framework that was still fragile and, in the context of a recession, ended up reinforcing centrifugal trends around national interests and strategies. At the same time, this made the realization of the investments necessary to move forward with the implementation of policies in the energy and climate area more complicated. On the other hand, there is an undeniable and strong interdependence among the economies in the block, and the European Commission has insisted on defending the gains that could be achieved with community actions.

A Diplomacia Brasileira a Serviço da Segurança Energética

O presente trabalho propõe analisar o papel estratégico das relações diplomáticas brasileiras com a Venezuela e a Bolívia a partir do estudo da integração energética. A aproximação do Brasil com tais nações andinas está atrelada a novas percepções estratégicas vinculadas à segurança energética brasileira, uma vez que elas são as maiores superavitárias em produção energética da região. Em seguida, haverá uma breve análise dos principais desdobramentos diplomáticos dos acontecimentos recentes do espectro político-institucional doméstico do Brasil, focando-se em como o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff impactou drasticamente na relação com ambos os países, com destaque para o caso venezuelano. Por fim, faz-se uma reflexão acerca dos impactos da mudança da PEB não somente as relações bilaterais brasileiras, mas também no espectro regional sul-americano e no próprio papel do Mercosul para a região. ABSTRACT This study aims to analyze the strategic role of the Brazilian diplomatic relations with Venezuela and Bolivia from the study of energy integration. The closer Brazilian relations with such Andean nations is linked to new strategic insights related to the Brazilian energy security, as they are the largest surplus in energy production in the region. Then there will be a brief analysis of the major diplomatic developments of recent events in the domestic political and institutional Brazilian spectrum, focusing on how the impeachment process of former President Dilma Rousseff dramatically impacted in relation to both countries, highlighting the Venezuelan case. Finally, there is a reflection about the impacts on the Brazilian Foreign Policy change not only over Brazilian bilateral relations, but also over the South American regional spectrum and over the role of Mercosur for the region.

Armando Marques Guedes (2012), A natureza das fragilidades no relacionamentos energético entre a União Europeia e a Federação Russa -- implicações no quadro da crise em curso, apresentado no Instituto de Estudos Superiores Militares (IESM), Novembro de 2012

Na presente apresentação pretendo, entre outras coisas, abordar aquilo que-num livro recente para o qual tive o gosto de escrever um Prefácio e que teve por base uma dissertação que orientei na Faculdade de Direito da Universidade Nova-Francisco Briosa e Gala apelidou de "a volatilidade do ordenamento jurídico em matéria de segurança de aprovisionamento de gás na União Europeia". A linha de argumentação adoptada por Briosa e Gala é simples: segundo ele, "a intensidade da dinâmica política [do relacionamento entre a EU e os seus fornecedores, e muito em especial a Federação Russa] não permite nem aconselha uma maior estabilidade nem uma maior densidade normativa". Para se tornar inteligível, quero aqui argumentar, em boa verdade-e embora esta não seja decerto a única condicionante, tratando-se mais de um enquadramento conjuntural de peso-a análise do direito europeu tem de se ver contextualizada sistematicamente pelas crises russo-ucranianas em torno do gás; e tem de se ver acompanhada pela observação crítica da actuação dos Estados-Membros face aos grandes projectos europeus que vão emergindo no sector. Olhar as questões por este prisma, permite-nos com maior nitidez identificar os constrangimentos que reputo de mais importantes: ou seja, a responsabilidade que deve ser imputada às actuações individuais dos Estados-Membros no insucesso de uma política energética europeia reactiva, lenta na elaboração, e incompleta no seu âmbito. Tal como facilita o equacionamento das suas implicações no quadro da crise na qual, atual e infelizmente, vivemos. O foco será colocado tanto na indesejável dependência do gás russo, quanto na clara saturação das rotas de fornecimento. Esta realidade exige olhar para a articulação dos protagonistas-para a segurança do fornecimento de gás à União-e, muito em especial, quer a Ucrânia, quer a Rússia. Para tal, desenharei, naturalmente apenas em esquiço, uma breve incursão geopolítica no "interesse energético" destes dois Estados. Faço-o na medida em que tal é condição para compreender as causas da "guerras do gás" que têm tido lugar entre o Estado russo e 1

A formação o complexo regional de segurança energética pela Energiewende na União Europeia

Meridiano 47 - Journal of Global Studies

No artigo discute-se como Energiewende converge a UE para um complexo de segurança energética. Baseia-se na teoria do Complexo Regional de Segurança, considerando a energia como um setor de análise que lida com o trade-off segurança energética e mudanças climáticas. Verifica-se que a UE evita medidas extremas sobre energia, encorajando a Alemanha a apresentar uma política regional partindo de experiências domésticas, o que a torna o principal exportador de energias renováveis.

Estudo segurança energética. Os desafios estratégicos da segurança energética europeia

Seguridad Nacional Y Estrategias Energeticas De Espana Y Portugal 2011 Isbn 978 84 9781 648 9 Pags 13 42, 2011

* Responsável pelas Relações com a Comunidade Científica da Galp Energia. Está a investigar a problemática da Segurança Energética nas relações de cooperação entre Portugal e Brasil, no âmbito do Doutoramento em História, Defesa e Relações Internacionais realizado em parceria pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) e a Academia Militar. Comentador no económico TV na área de energia. Colaborador nos blogues http://geocospio.tv e http://raizpolitica.wordpress.com.