Segurança nacional e estratégias energéticas de Portugal e de Espanha (original) (raw)
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Segurança energética e mudanças climáticas na União Europeia
The study of economic energy policy is more relevant to International Relations today because of the increase in energy interdependence and its interaction with other issues on the international agenda, climate change in particular. This paper will analyze the progress made and the obstacles that lie ahead for energy policy in the European Union (EU). The objective is to identify the factors that have led the European Commission, especially after 2005, to unleash an remarkable degree of activism in the energy area, despite the lack of an official forum for the establishment of a common energy policy. This resulted in an innovative and ambitious European legislative program, which is examined in this paper and evaluated on the basis of official documents, the recent literature and qualitative interviews with around twenty policymakers and analysts, carried out in Brussels in September 2012. It was clear that the discussion of climate change changed the view of energy issues. The fact that the EU as a whole has a growing energy deficit increased the relevance of the issue of security and also stimulated the search for alternative sources, at the same time that it placed conditions on its external relations, especially with Russia. Important progress was made, in particular with regard to the establishment of strict mandatory standards for the countries that were members of the Energy-Climate Agreement, that justified the leadership role that the EU began to assume in international climate discussions. The search for community responses and convergence among the objectives related to climate change, energy security and economic competitive position suffered enormous pressure with the impact of the global crisis after September 2008. The crisis revealed an institutional framework that was still fragile and, in the context of a recession, ended up reinforcing centrifugal trends around national interests and strategies. At the same time, this made the realization of the investments necessary to move forward with the implementation of policies in the energy and climate area more complicated. On the other hand, there is an undeniable and strong interdependence among the economies in the block, and the European Commission has insisted on defending the gains that could be achieved with community actions.
Do interesse nacional à estratégia de segurança energética: um diálogo epistemológico
Revista Brasileira de Estudos de Defesa, 2018
O objetivo deste artigo é apresentar um diálogo epistemológico partindo do conceito de interesse nacional e, por meio da geopolítica energética, compreender a estratégia de segurança energética orientada para a diversificação. Este trabalho é estruturado em: 1) aproximações teóricas entre o interesse nacional e a geopolítica energética; 2) estratégias de segurança energética.
Relacoes Internacionais, 2010
a s alterações climáticas, a segurança nacional e a dependência de energia são questões intimamente inter-relacionadas. No século xxi, as nações têm de desenvolver estratégias de autonomia energética baseada em sistemas sustentáveis para construírem economias mais competitivas e menos expostas às turbulências geopolíticas. Neste contexto, a segurança energética subiu para o topo da agenda dos responsáveis políticos, organizações internacionais e empresas. O crescimento sustentado da procura de energia a nível do planeta levanta sérias preocupações sobre a disponibilidade a longo prazo de fornecimento fiável e acessível. Conflitos e tensões geopolíticas em algumas das principais regiões fontes de matérias-primas para a produção de energia representam um risco de curto prazo de fornecimento, bem como obstáculos para os tão necessários investimentos no sector. Estrangulamentos no transporte e outras limitações na infra-estrutura de energia representam ameaças adicionais para um fornecimento confiável e acessível. Com efeito, as alterações climáticas actuam como um multiplicador de ameaças de instabilidade em algumas das regiões mais voláteis do mundo. Muitos governos na Ásia, na África e no Médio Oriente já estão no limite em termos da sua capacidade de providenciar as necessidades básicas: alimentação, água, abrigo e estabilidade. A mudança climática projectada irá exacerbar os problemas de governação eficaz. Com efeito, a dependência de petróleo estrangeiro coloca um país mais vulnerável a regimes hostis e a terroristas. Por outro lado, o investimento em fontes alternativas de energia domésticas e limpas não só ajuda a enfrentar o desafio sério da mudança climática global, como aumenta a autonomia energética de forma sustentável. Como as questões estão interligadas, gerar a solução para um problema tem implicações directas nos demais.
A União Europeia, a Turquia e a Segurança Energética
À primeira vista, tudo parece apontar para um leque de vantagens com uma futura adesão da Turquia à UE. Fazendo parte da Comunidade de Energia, fundada pela UE, a Turquia não passa, no entanto, de um mero observador e não de um membro de pleno direito. Mas se é incontornável que a adesão da Turquia transportaria a UE para muito mais perto das maiores jazidas de petróleo e gás natural do Golfo Pérsico à Bacia do Cáspio, também é verdade, que essa aproximação tornaria mais vulnerável a UE nas suas novas fronteiras a Sudeste.
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2020
O objetivo da presente investigação é analisar as tarefas que as Forças Armadas desenvolvem em matéria de segurança energética nacional, propondo contributos para otimizar a sua ação. Considerando que a energia é fundamental para o funcionamento dos Estados, sendo atualmente considerada uma questão de soberania nacional, analisou-se quais as ações que as Forças Armadas desenvolvem com a finalidade de contribuir para a segurança energética nacional. Para o efeito, foi conduzida uma investigação baseada num raciocínio indutivo, apoiada numa estratégia de investigação qualitativa e num desenho de pesquisa de estudo de caso, utilizando como técnicas de recolha de dados, a análise documental e entrevistas semiestruturadas. No desenvolvimento do trabalho de investigação iniciou-se o estudo caracterizando o panorama energético nacional e as ameaças e riscos à segurança energética nacional, com destaque para os que podem ser mitigados pela ação das Forças Armadas. Seguidamente, foram analis...
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Estudo segurança energética. Os desafios estratégicos da segurança energética europeia
Seguridad Nacional Y Estrategias Energeticas De Espana Y Portugal 2011 Isbn 978 84 9781 648 9 Pags 13 42, 2011
* Responsável pelas Relações com a Comunidade Científica da Galp Energia. Está a investigar a problemática da Segurança Energética nas relações de cooperação entre Portugal e Brasil, no âmbito do Doutoramento em História, Defesa e Relações Internacionais realizado em parceria pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL) e a Academia Militar. Comentador no económico TV na área de energia. Colaborador nos blogues http://geocospio.tv e http://raizpolitica.wordpress.com.