A solução crítica do fato da razão na KpV (original) (raw)

O fato da razão - uma interpretação semântica

Analytica Revista De Filosofia, 1999

Os comentadores divergem não só quanto à interpretação, mas também quanto à formulação da tese kantiana, enunciada na Crítica da razão prática, de que existe um fato da razão (Faktum der Vernunft). A fim de introduzir minha solução para essas divergências, começarei por determinar o lugar do fato da razão no sistema da filosofia crítica. Para tanto, faz-se necessário explicitar qual é o problema que Kant estava querendo resolver ao afirmar tal fato, bem como o método de resolução usado. Desde o início, entretanto, é necessário ponderar que o problema em questão deve ser remetido ao interesse prático da razão pura. Consideremos, então, o que são os interesses da razão em geral e de onde surgem.

A questão do Cânone da razão pura

The dissertation presented here offers an interpretation of the Canon's first two sections, one of the Critique of pure reason last chapters. In contrast to a common reading of this text, that regards its thesis and the concepts sustained there as imatures, dogmatics, contradictory with the rest of the work or in tension with it, we tried to restitue its meaning and internal truth. Our suspicion was that the first Critique is a coherent masterwork. Thus we took the text as a reading structure from which we investigated some the kantian philosophy subjects. In a first moment and accompanying the text's movement, we tried to establish that the Canon constitute a type of closure to the whole work, offering answers to the metaphysical questions posited by pure reason. In order to do that, the Critique invites us to enter the realms of practical philosophy. Therefore we discuss some problems that revolve around the statute of both universal practical philosophy and moral philosophy in a time when Kant did not have the deduction of the foundations of such sciences, in other words, the proof the absolute freedom. The pure practical reason presents itself as the true metaphysical faculty and allows a canon that answer the metaphysical questions. In the second chapter we talk about the point of disagreement that affects the Canon: the empirical proof of practical freedom and its relationship with transcendental freedom. We propose a reading by weaving a narrative for these concepts, beginning with one of Kant's earliest work, the Nova Dilucidatio from 1755. Our results enable us to articulate both elements without the tensions or contradictions which oppose the Resolution of the third antinomy with the Canon. Thus the power of free choice appears as something determinated by a transcendental core, the source of absolute spontaneity, and the determinants of sensibility, in that way allowing the compossibility of freedom and necessity. The last chapter presents the end of this route. We strive to analyze how the trascendental proof of God's existence works by briefly comparing the pre-critical proofs with the practical postulation in the first Critique. We also emphasize how Kant dervelops a transcendental theology from the moral properties of the supreme wise legislator. Lastly, we indicate that the employment of these transcendental concepts enables a reading of the universal history.

O problema da verdade em Kant

Griot : Revista de Filosofia, 2015

O presente artigo visa elucidar como o problema da verdade surge em Immanuel Kant a par da pergunta pelo critério de verdade, bem como assinalar a predominância deste. É com base na resposta a esta questão que, quanto ao autor, poderemos evitar incorrer em círculos dos quais se tornaria impossível sair. O problema assoma em como saber qual o critério de verdade? As reflexões remetem-nos para Kritik der reinen Vernunft e Prolegomena zu einer jeden kün ftigen Metaphysik, die als Wissenschaft wird auftreten können, mas essencialmente, para Logik: ein Handbuch zu Vorlesungen.

Beck, Guido de Almeida e Loparic: sobre o fato da razão

Veritas (Porto Alegre), 2010

O presente artigo objetiva estudar o conceito de “fato da razão”, tendo como norte a intervenção de Beck no cenário da filosofia transcendental, mais especificamente sua abordagem de base kantiana, para em continuação explorarmos o potencial do conceito supramencionado desde as contribuições de Guido de Almeida e Loparic.

Sobre a interpretação semântica do facto da razão

2009

A interpretacao do facto da razao parece envolver, na maioria das vezes, uma “determinada” leitura do argumento da Terceira Seccao da Fundamentacao . Assim ocorre, especialmente, com a interpretacao semântica do facto da razao. A interpretacao de Loparic do facto da razao pressupoe uma leitura bastante particular do texto de 1785. Este trabalho procura mostrar que a interpretacao semântica do facto da razao, combinada com uma leitura da Terceira Secao da Fundamentacao segundo a qual Kant fracassa em sua tentativa de responder a questao “como e possivel um imperativo categorico?” porque “confunde um problema semântico com um problema metafisico”, negligencia (quica deliberadamente!) o problema fundamental proposto por Kant em 1785, e que por isso trata-se de uma interpretacao incoerente na medida em que pretende encontrar no facto da razao a resposta para um problema que nao corresponde ao problema que Kant esta buscando resolver no nivel da fundamentacao de um principio pratico puro .

Crítica da Razão Prática

Exilado (Epub e Kindle) Fonte Digital Digitalização da edição em papel da Edições e Publicações Brasil Editora S.A., São Paulo, 1959 ©2004 -Emanuel Kant SEGUNDA FARTE DA CRÍTICA DA RAZÃO PRÁTICA -(Metodologia da Razão Pura Prática) Conclusão Notas EMANUEL KANT CRÍTICA DA RAZÃO PRÁTICA "por sobre mim o céu estrelado; em mim a lei moral." Prefácio OS ELEMENTOS MORAIS NA "CRÍTICA DA RAZÃO PRÁTICA"

Lógica ou história: em busca de uma resposta às crises da razão

Anais Eletrônicos do 15º SNHCT, 2016

O início do século XX, como se sabe, foi um período turbulento para diversas áreas do saber. Depois que se viu destruir a soberania da geometria euclidiana, que se questionou os fundamentos das matemáticas, viu-se ainda desmoronar a física newtoniana e surgir teorias muito peculiares como as geometrias não-euclidianas, a teoria da relatividade de Einstein, da mecânica quântica de Heisenberg. Viu-se surgir "pensamentos espantosos," como caracteriza