Entre a Literatura e a Política (original) (raw)

Literatura, a emergência do político

Nau Literária, 2018

A política como acontecimento. Não há, por assim dizer, uma política perene ou um estado permanente do político. Só há a política enquanto evento. Não que a sua emergência não dependa de mecanismos socioeconômicos e históricos, de agentes humanos concretos empenhados na transformação da realidade vividaisso é óbvio.

Literatura e política numa letra só

Navegações, 2020

No dia primeiro de maio de 2019, na sua casa em Matosinhos (Portugal), a Profa. Dra. Isabel Pires de Lima, catedrática de Literatura Comparada da Universidade do Porto e ex-ministra de cultura de Portugal, abriu o seu coração para contar-nos sobre sua trajetória intelectual na esfer política e acadêmica e, especialmente, sobre a sua formação na área de Literatura Comparada e a situação atual da pesquisa no campo.

Politica e literatura

Crítica Marxista (São Paulo), 2015

Com Política e literatura: Antonio Gramsci e a crítica italiana, Daniela Mussi realiza uma operação de extrema relevância para os estudos gramscianos. Mais do que nunca, de fato, é preciso resgatar Gramsci dos equívocos panfletários. Muitos dos livros sobre Gramsci que nos últimos anos obtiveram maior visibilidade, principalmente na Itália, caracterizam-se por um uso instrumental de Gramsci no contexto das polêmicas do momento. Dois exemplos: enquanto o bem sucedido volume I due carceri di Gramsci [Os dois cárceres de Gramsci] (2012), de Franco Lo Piparo volta-se mais contra Togliatti e o Partido Comunista Italiano do que em favor de uma análise rigorosa do pensamento gramsciano, o livro Antonio Gramsci (2015) de Diego Fusaro, filósofo de considerável sucesso nos mass media italianos, propõe uma espécie de Gramsci pensador identitário antieuro e das pequenas pátrias. Felizmente este trabalho de Daniela Mussi contém uma perspectiva voltada não para a contingência, mas sim para uma análise do pensamento gramsciano visada a valorizar a singularidade deste. Ainda hoje é válido o que Michel Foucault declarou acerca de Gramsci numa carta privada de 1984 -conforme lembrou na edição norte-americana dos Cadernos do cárcere um grande pesquisador gramsciano como Joseph Buttigieg -, Gramsci "é um autor mais frequentemente * Professor da Universidade Federal do Ceará.

Literatura Politica e Pessoalidade

Este trabalho investiga as diferentes estratégias, espaços e modalidades de atuação em que se insere um conjunto de agentes que ingressaram na carreira literária entre os anos de 1945 e 1964 no Maranhão. As variáveis constituintes de seus perfis sociais foram analisadas de forma relacional, identificando-se as dimensões e princípios de hierarquização constituintes deste espaço social, considerando-se os investimentos feitos no âmbito cultural, político e de relações sociais.

Miudos a votos: quando literacia midiática e política se encontram

Revista Contracampo, 2023

A Revista Contracampo é uma revista eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense e tem como objetivo contribuir para a reflexão crítica em torno do campo midiático, atuando como espaço de circulação da pesquisa e do pensamento acadêmico.

Literatura: uma categoria política

Revista Barbante, 2018

Este artigo tem como objetivo discutir a literatura como categoria política, inserida em um contexto cultural, histórico, social e político que a determinam, até certo ponto. Para tanto, discute-se a literatura como construção, através de conceitos dessa categoria e de atribuição de juízos de valor a determinados gêneros literários, demonstrando a existência de mecanismos de poder subjacentes às determinações do que é e do que não é literatura, tomando como exemplo a literatura de cordel, tida como gênero menor. Em seguida, apresentamos uma breve discussão sobre a construção do gosto literário, o qual não é espontâneo, já que as experiências do leitor e as influências que ele teve ao longo da sua trajetória moldam o seu gosto ou desgosto por determinado livro. Assim, há a preconização de uma abordagem pluralista da literatura, na qual seja possível conciliar textos canônicos e marginais como possibilidades de realizações artísticas e estéticas, como forma de enriquecer a experiência do leitor.

Literatura e política numa letra.pdf

Letras e Linguística perante a Capes, Benjamin Abdala Junior tem sido um fervoroso crítico de toda classe de poder discricionário. Sua trajetória mostra como o velho e o falso dilema entre arte e política não deixa de ser um sofisma. "A política, como outras formulações discursivas [diz-nos com convicção] são inerentes à própria codificação do texto literário". Constituem formulações que permitem entender o texto em suas articulações mais profundas. Desconsiderá-las, em função de uma pretensa literariedade é não permitir uma análise mais densa e contextualizada. Dessa forma, tanto a elaboração do texto como sua leitura são enredadas por essas séries discursivas. Em relação à atualidade, falar em leitura política pode implicar -como ele o faz -em se colocar contrariamente à distopia. Nada disso leva, entretanto, à desconsideração do sentido artístico da obra de arte. O que caracteriza um texto literário é sua capacidade de concentrar significações. Quanto melhor elaborado, mais vai resistir às leituras, e sua mensagem acaba por produzir impactos em leitores de muitas épocas.

Os intelectuais e a política

Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. A tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos. E justamente quando parecem empenhados em revolucionar-se a si e às coisas, em criar algo que jamais existiu, precisamente nesses períodos de crise revolucionária, os homens conjuram ansiosamente em seu auxilio os espíritos do passado, tomando-lhes emprestado os nomes, os gritos de guerra e as roupagens, a fim de apresentar-se nessa linguagem emprestada."

O ENLACE ENTRE O PICTÓRICO, O POLÍTICO E O TEXTUAL

Sujeito Sociedade, 2012

Resumo. Há algum tempo, a AD ultrapassou a dicotomia entre o verbal e o não-verbal, passando a entender que tudo o que produz sentido é da ordem do discursivo e está sujeito às coerções próprias do discurso e demanda interpretação. O presente trabalho toma a pintura Word Map, de 1972, da série Mapas de Öyvind Fahlström para examinar o entrelaçamento entre o político, o pictórico e o textual. Palavras-Chave. Materialidade significante. Cartografia geopolítica. Ponto de ancoragem gráfico. Ponto de ancoragem verbal. Abstract. For some time, AD has overcome the dichotomy between verbal and non-verbal, upon the understanding that everything that produces meaning belongs to the discoursive order and as such it is subjected to the coersions of this order and to those of the social demand. The present text takes the painting of the Word Map, of 1972, of the Maps Series by Öyind Fahlström to examine the entwining of the pictorial, the political and the textual.