O impróprio do nome próprio na Roliúde Brasileira (original) (raw)
Related papers
2012
In this paper, through the analysis of a website in which prospective parents argue and ask for suggestions about the name of their children, my intention is to understand the reasons that lead these individuals to opt for names that derive or have traits in their spelling of the English language. It is noticed that these names can be grouped into three different categories: (i) names that come from English-speaking countries and that maintain the spelling of English, (ii) names that are not, but seem to derive from English because of the spelling adopted and (iii) names of English origin that are tailored to the spelling of Portuguese. The analysis points to the fact that choosing a name derived from the English language may be related to the desire to change the status quo. However, by adopting these names for their children, Brazilians transform and transcend the English language, uprooting it from his Americanness and making it a "bastard language adapted to the distortions...
O problema do nome próprio e o projeto literário machadiano
História Revista
O objetivo deste artigo é analisar alguns dos dispositivos de nomeação das personagens, presentes nos primeiros romances de Machado de Assis. As práticas machadianas de nomeação são discutidas aqui à luz de uma história da onomástica literária, considerando-se em particular seu momento romântico. Pretende-se, assim, demonstrar que Machado de Assis recusou os termos correntes do tratamento da questão do nome próprio entre os romancistas românticos. Ao contrário deles, criou narradores que não falam sobre os nomes das personagens e praticou a homonímia e a nomeação irônica. Mas nem por isso se deve concluir que o autor de Helena era um escritor antirromântico. Uma outra faceta de seu uso do nome próprio permite compreender os verdadeiros termos do projeto literário de Machado de Assis: não a crítica, mas o aperfeiçoamento do Romantismo.
A negação da nomenclatura e o isolamento do nome próprio
Revista Leitura
Neste artigo, investigamos as considerações de Ferdinand de Saussure sobre a categoria linguística dos nomes próprios, especificamente na obra responsável pela fundação da Linguística Moderna: o Curso de Linguística Geral. Com o intuito de apreender de que maneira o nome próprio é considerado nessa obra, priorizamos dois pontos principais: a negação da nomenclatura e a única menção dessa categoria feita no CLG. Partimos do pressuposto de que, apesar de não ser evidente, tanto a negação da nomenclatura quanto os nomes próprios relacionam-se com aspectos importantes da teoria saussuriana, tais como: arbitrariedade do signo, valor e parole.
Nome próprio e identidade em Marechal Cândido Rondon
2014
This paper shows results of a research about antroponimic choice, which assumes proper names has an associative meaning. This study aims to investigate whether in the Brazilian county Marechal Cândido Rondon personal names are capable to signal identity relations between German and non German cultural community. We analysed a sample of birth records from 1961 to 2001andobserved that there were names indicating identity relations in German cultural community in 1961; these names stopped being used and became typical of elderly people. In the corpus, only four names indicate identity relations. Despite these results, each community uses the same personal names differently as the order of preference can vary.
O caso mais grosseiro da semiologia: o que Saussure pode nos dizer sobre os nomes próprios?
2021
Este livro se propõe a investigar como o nome próprio é considerado nas elaborações de Ferdinand de Saussure. Essa categoria linguística é considerada como um dos problemas mais espinhosos nos estudos da linguagem, em virtude de ser heterogênea e não possuir uma regra geral que seja aplicável a todas as línguas naturais e por envolver em sua constituição a arbitrariedade e a fala. Assim, efetuamos um percurso teórico pelos estudos da linguagem do século XIX, enfatizando teorias no âmbito da Filosofia e da Linguística, o que nos proporcionou elementos para questionar a posição de Saussure sobre essa categoria linguística. Considerando que a produção saussuriana não se restringiu ao CLG, detivemo-nos em seus estudos comparatistas, nos manuscritos sobre linguística e sobre as Lendas Germânicas. Mediante a análise desses materiais, percebemos que o nome próprio participa do movimento de fundação da linguística moderna, na medida em que é um ponto nevrálgico nas elaborações saussurianas.
Valência do nome deverbal e nominalidade prototípica
DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, 2007
O objetivo deste trabalho é mostrar que os nomes deverbais preservam a estrutura argumental do verbo input correspondente e que a especificação ou não dos argumentos no interior do termo nominal depende de um conjunto de fatores pragmáticos, especialmente relacionados a informação de curto termo compartilhada pelos participantes da interação. Como implicação teórica, a análise preserva a idéia de que há um processo gradual de descategorização verbal, que se reflete nos diferentes tipos de marcação gramatical. Conforme o predicado verbal ganha estatuto nominal, as marcações tipicamente oracionais dão lugar a outros mecanismos, como marcação argumental por preposição, modificação por adjetivo, uso de pronomes possessivos, que acompanham apropriadamente um núcleo nominal.
O nome próprio nas elaborações de Ferdinand de Saussure
2021
Aos meus pais, Dona Marly e Seu Gilberto, pelo apoio e incentivo recebidos durante esses vinte e sete anos. Também agradeço à Vovó Neca, que rezou todas as noites para que essa dissertação fosse possível. Às minhas irmãs, Luciana e Cecília, pelo apoio e pelas "brigas", que tornaram a minha vida menos monótona. Aos meus sobrinhos, Ângela e Otávio, pelas vezes em que me interromperam, gritaram ou me chamaram para brincar. Se vocês não tivessem feito isso, eu provavelmente teria participado menos da infância de vocês. Ao Leandro Shigueo Araújo, pelas discussões teóricas, companheirismo, incentivo e, principalmente, pela paciência e amor nos meus momentos de surto psicológico. À Eliane Mara Silveira, por me aturar, incentivar e ser paciente (ou não) nesses seis anos de orientação. Aos colegas do Grupo de Pesquisa Ferdinand de Saussure (GPFdS), pelas várias discussões e risadas durante todos esses anos. Vocês contribuíram bastante para que eu me tornasse uma pessoa e pesquisadora melhor! À Micaela Pafume e Michelle Landim, pelas vezes em que escutaram, discutiram, atenderam minhas ligações em feriados e me deram caronas repletas de adrenalina. Ao Sagid Salles e à Paula Akemy, pela leitura realizada no Capítulo 2 dessa dissertação, pelas sugestões, comentários e por me chamarem para uma cerveja de vez em quando. À Luana Fidêncio, por revisar essa dissertação em tempo recorde e pelo apoio e amizade durante todos esses anos. Aos amigos Júlio César, Caroline, Letícia e Ana Cláudia que, apesar da distância e dos desencontros, apoiaram-me e entenderam as minhas limitações quando eu tinha muitas coisas para estudar e não podia sair de casa. À Prof.ª Dr.ª Maria Fausta Cajahyba Pereira de Castro e à Prof.ª Dr.ª Fernanda Mussalim, que aceitaram participar da banca de qualificação e defesa da dissertação e que contribuíram muito para que essa pesquisa se desenvolvesse. Aos professores e técnicos do Curso de Graduação em Letras e à Coordenação de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos, pelas informações, auxílios e pela paciência. Por fim, mas não menos importante, à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, pelo auxílio financeiro nesses dois anos de Mestrado. propôs-se que, sendo as palavras apenas nomes de coisas, seria mais conveniente que todos os homens trouxessem consigo as coisas de que precisassem falar ao discorrer sobre determinado assunto. E essa invenção teria sido, sem dúvida, posta em prática, para maior facilidade e saúde do indivíduo, se as mulheres, aliadas ao vulgo e aos ignorantes, não ameaçassem rebelar-se a não lhes ser concedida a liberdade de falar com a sua língua, à maneira dos seus antepassados; tão constante e irreconciliável inimigo da ciência é o povo. Nada obstante, muitos eruditos e sábios aderiram ao novo plano de se expressarem por meio de coisas; cujo único inconveniente residia em que, se um homem tivesse de falar sobre longos assuntos e de vária espécie, verse -ia obrigado, em proporção, a carregar nas costas um grande fardo de coisas, a menos de pagar um ou dois criados robustos para acompanhá-lo. Vi muitas vezes dois desses sábios quase caindo sob o peso dos seus fardos, como, entre nós, sucede aos adelos; os quais, quando se encontram na rua, põem no chão a carga, abrem os pacotes e conversam durante uma hora; em seguida, voltam a guardar os apetrechos, ajudam o outro a pôr o fardo às costas e despedem-se.
O Direito Do Uso Do Nome Próprio Na Toponímia Portuguesa
European Scientific Journal, 2014
The misuse of the name and in consequence the violation of the right to use the name raises serious legal order and the protection and guarantee of legal certainty. This issue is particularly serious if it is the right to use the name on road signs and signage used to designate geographical locations. The misuse of the English language can not excuse himself from behind the agreement spelling 1990.
Em nome do nome real: jogo literário, autocensura e defesa da autoficção
ALEA: Estudos Neolatinos - PPGLEN, UFRJ, 2019
RESUMO Esse artigo investiga o papel do nome real de terceiros no jogo literário que enseja a autoficção de Christine Angot, ao cotejar seus romances com correspondências, notas e manuscritos a eles ligados, depostos no Fonds Christine Angot, no IMEC, França. A partir da análise da evolução dos nomes nos textos e do que dizem a autora e a narradora, dentro e fora do romance, sobre tal uso, pensa-se uma ontologia do nome real no literário - em comparação, por exemplo, com Zola e a defesa do naturalismo. Questiona-se ainda, no nível da recepção, o efeito que tem o nome real identificável e sua defesa para a leitura do romance.