[The sciences and education in museums at the close of the nineteenth century] (original) (raw)

Ciências e educação em museus no final do século XIX

Historia Ciencias Saude-manguinhos, 2005

In the closing decades of the nineteenth century, natural history museums established solid communication networks, and their different audiences formed what became known as the 'museum movement'. It was within this context of exchange that William H. Flower made his 1889 speech on the roles natural history museums should play. The article analyzes his influence on Argentina's Museo de La Plata, a member of this then-expanding circuit of museums.

[Educational research and the production of knowledge at science museums]

História, ciências, saúde--Manguinhos, 2005

The article examines the processes by which scientific knowledge is socialized, based on the concepts of museographical/didactical transposition and recontextualization within the realm of science museums. Ways of producing knowledge in museums are analyzed, alongside a discussion of the potential challenges and possibilities involved when applying these concepts to research on dissemination and education in a museum setting. Some considerations are advanced on how these may contribute to the development of pedagogical practice in museums. The processes by which scientific knowledge is transformed for the purpose of educating and disseminating knowledge do not merely simplify ideas and concepts, since new knowledge is constructed inside the realm of museum culture.

Os museus e os primórdios da museologia brasileira no século XIX

2018

Este artigo tem por objetivo abordar a formação do campo museal brasileiro ao longo do século XIX. Para isso, inicia com um panorama dos gabinetes de curiosidades e da formação das primeiras instituições museais da Europa do século XVII, buscando demonstrar como este modelo museal foi apropriado pelo estado em Portugal, transformando os museus em instituições de caráter político, econômico e social. Em seguida o texto aborda a forma como o Brasil se insere nesse contexto e como esse modelo português de gestão de museus foi implantado no país por meio do Museu Nacional. Objetiva ainda demonstrar a importância e a permanência deste modelo de gestão museal ao longo de todo século XIX na constituição de diversos outros museus. Perpassa todo o texto a questão da constituição de uma experiência museal caracteristicamente brasileira

[Three views from overseas: the museum as a setting for educational outreach in the sciences]

História, ciências, saúde--Manguinhos, 2005

During their first visit to Brazil, in 2001, Michel Van Praet, Jean Davallon, and Daniel Jacobi - French researchers in the field of museology - discussed the complex nature of the museum experience. Professor Van Praet underscores the unique character of natural history museums and offers an evaluation of his work as head of the restoration project at Paris's Grande Gallery of Evolution, inaugurated in 1994. Professor Davallon discusses the contribution of semiotics and reception theory in analyzing how an exhibit communicates and how meaning is constructed within it. Dr. Jacobi defines some characteristics of the dissemination of science at museums and points to problems encountered in achieving this end.

The Contemporary Museum and the Cabinets o f Curiosities

Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, 1993

RESUM O: Através de uma análise dos Gabinetes de Curiosidades em seu contexto cultural dos sécs. XVI-XVII, busca-se recuperar traços que ainda permanecem na atitude do público frente às exposições nos M useus Contemporâneos. UNITERMOS: Gabinetes de Curiosidades-Coleções-História dos M useus-M useologia.

Entre museus e ciência: o desenvolvimento da ciência viajante no Brasil do século XIX

2011

A ciência foi um dos temas em voga durante todo o século XIX. O mundo inteiro viu surgir homens de ciência, homens letrados interessados pelas questões e descobertas científicas. Juntos, eles formavam as sociedades científicas e partiam em expedições para desbravar territórios inexplorados, como muitas regiões do interior do Brasil. Estas expedições muitas vezes eram subvencionadas pelo Estado, tenha sido ele brasileiro – imperial ou republicano – ou estrangeiro. Durante estas expedições foram formadas grandes coleções de fauna, flora, mineralogia e etnografia, que foram levadas para os museus de história natural do mundo todo, onde foram estudadas e colocadas em exposição. Neste trabalho, pretendo explorar as relações de mutualismo entre a atividade científica e a atividade museológica no século XIX, descobrindo paralelos e verificando a presença dos museus de história natural no desenvolvimento da ciência no século XIX. Também discuto a importância das coleções formadas pelos cientistas viajantes do Oitocentos, a necessidade de sua preservação em tempos atuais e as possibilidades de uso destas coleções para uma aproximação entre a ciência e a sociedade, dentro dos museus.

Educação em museus: panorama, dilemas e algumas ponderações/ Education in museums: scenery, dilemmas and some weights

Ensino em Re-vista, 2013

O museu é um meio de comunicação comprometido com a qualidade de comunicação, ou seja, com a capacidade de despertar a consciência, estimular questionamentos e pensamentos críticos. Essa qualidade comunicacional é, entretanto, construída e a educação em museu tem papel destacado nesse processo. Este artigo apresenta alguns pontos para pensarmos a participação dos museus na formação de uma cidadania, processo educacional que se dá pelo objeto patrimonial musealizado. Aborda o enfrentamento do objeto como princípio, apresenta visões equivocadas que escamoteiam a atuação dos museus, insere a educação nos parâmetros da comunicação museológica, discerne sobre os objetos da educação e da práxis educacional nos museus. Pretendemos com este artigo gerar discussão sobre a especificidade dos museus e da educação nessa instituição. PALAVRAS-CHAVE: Educação em museus. Comunicação em museus. Comunicação museológica. Pedagogia museal. Programa de educação em museus.

Os Objetos Pedagógicos Nos Museus De Ciências: Uma Revisão Da Literatura the Pedagogical Objects in Science Museums: A Literature Revision

Resumo: Este estudo é parte de uma ampla pesquisa que tem por objetivo caracterizar os objetos nos museus de ciências, bem como compreender como os alunos constroem suas idéias sobre tais objetos, na perspectiva da aprendizagem por meio das analogias. Visa estabelecer um panorama geral da área que faz relações entre objetos, museus de ciências, modelos pedagógicos e analogias. Essa visão mais ampla da literatura pode servir para nos capacitar a identificar questões relevantes acerca do tema e a selecionar estudos mais significativos. Para tal, analisamos um total de oito periódicos, quatro nacionais e quatro internacionais com foco exclusivamente em pesquisa em educação em ciências. Os resultados apontam para uma preocupação da insipiente produção acerca do tema, principalmente no que diz respeito aos objetos pedagógicos nos museus de ciências. Consideramos que pesquisadores nacionais e internacionais tenham por metas mais pesquisas acerca do referido tema. Palavras-chave: aprendiza...

The explainers of Ciências Sob Tendas: analysis of their perceptions about the contributions of a university science museum

Research, Society and Development, 2020

A mediacao nos Centros e Museus de Ciencia e um desafio para aqueles que a realizam. Contudo, atuar como mediador desses espacos tem um grande potencial formativo para o estudante, tanto pessoal quanto academico e profissional. Ao interagir com o mais variado publico, o mediador aprende a lidar com pessoas de diferentes idades, niveis sociais, formacao e culturas. Ao desempenhar seu papel, na tentativa de compreender o que os visitantes sabem ou pensam, os mediadores acabam adquirindo informacoes que podem enriquecer sua experiencia de maneira impar. O objetivo desta pesquisa foi identificar, de acordo com a percepcao dos mediadores, que contribuicoes academicas e pessoais o Ciencias Sob Tendas (CST) proporcionou a eles ao longo de sua atuacao. Neste estudo qualitativo, realizado por meio de questionarios semiestruturados, dirigidos aos mediadores do centro de ciencia itinerante CST, foi utilizada a tecnica da tematizacao. Observamos que atuar como mediador do CST enriqueceu tanto o...

Educar no museu : o Museu Histórico Nacional e a educação no campo dos museus (1932-1958)

2017

Um dia me deparei com a frase de Cora Coralina, escritora brasileira: "O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher". Anotei e guardei por meses para aqui compartilhá-la, pois acredito que a combinação dessas palavras representa o que colhi ao longo do Doutorado: parcerias, amizades, gentilezas, companheirismo e muito incentivo. De antemão, meu agradecimento a todos que me estimularam ao perguntar, por exemplo, como estava a pesquisa. Os pequenos gestos fazem a grande diferença. Mas, entre tantos colaboradores, gostaria de reforçar alguns agradecimentos: À Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ao Programa de Pós-Graduação em Educação e, em especial, aos docentes da linha de pesquisa História, Memória e Educação, que nos encontros de aula ou eventos trocaram ideias, conselhos e opiniões importantes para o desenvolvimento do trabalho. Aos amigos de linha de pesquisa, que pelas inúmeras conversas fortaleceram a pesquisa realizada. À colega Ana Escobar pela tradução do resumo para o espanhol. À minha orientadora, Zita Rosane Possamai, que sempre acreditou no tema da pesquisa e me incentivou a realizá-la quando muitas vezes, por diversas atribuições paralelas, achei que não daria conta. Muito obrigado por me acompanhar no itinerário da Pós-Graduação e proporcionar que meus sonhos acadêmicos se tornassem realizações. Agradeço também à professora Maria Stephanou, que gentilmente me acolheu no início do Doutorado na linha de pesquisa. Aos docentes que compõem a banca examinadora deste trabalho, prof. Dr. Ivan Coelho de Sá, profª. Drª. Letícia Julião, profª. Drª. Maria Helena Camara Bastos e profª. Drª. Maria Stephanou, que dedicaram seu tempo e atenção para somarem forças a esta investigação. Aos funcionários e colaboradores do Arquivo Histórico, da Biblioteca e do Centro de Referência Luso-Brasileiro do Museu Histórico Nacional, bem como do Núcleo de Memória da Museologia no Brasil da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro por toda a assistência para a realização da pesquisa. Agradeço também o serviço de digitalização celebrado entre o Museu Histórico Nacional e a empresa DocPro, que diminuiu significantemente minhas idas ao Rio de Janeiro por permitir acesso virtual ao acervo documental do Museu pelo gratuito sistema de consulta. Essa é uma iniciativa que incentiva a pesquisa sobre a história dos museus, ainda muito dificultada no Brasil, sobretudo pelo manuseio aos arquivos. Aos amigos da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que sempre incentivaram esta jornada. À Ana Maria Dalla Zen, muito obrigado pela leitura do trabalho. À Vanessa Barrozo Teixeira, Ana Celina Figueira da Silva e Marlise Giovanaz pelas conversas descompromissadas que ajudaram a reciclar ideias. À Anamaria Teixeira da Rosa, Eráclito Pereira, Jeniffer Alves Cuty e Valdir José Morigi, pelo estímulo constante. À Lizete Dias de Oliveira por se fazer tão presente nesse trabalho quando mais precisava dedicar-se a si mesma. Aos estudantes do Curso de Museologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que a cada encontro perguntavam como estava a pesquisa. Recebi muito carinho e estímulo para a conclusão do Doutorado e agradeço imensamente essa atenção. Às amigas Thaisa Rangel e Mayara Manhães de Oliveira, que de longe estão sempre perto. Às minhas cunhadas, Elisa e Elisabeth Machado, pelas trocas ao longo de nossas jornadas na Pós-Graduação. À Elisa, agradeço ainda pela correção atenta do texto, muito obrigado pela dedicação. À Elizabeth e Daniel Negreiros Conceição, obrigado pela tradução do resumo para o inglês. Aos meus sogros, Rivanda e José Palminor Machado, pelo encorajamento constante em aproveitar essa etapa da vida. À Elias Palminor Machado meu eterno obrigada pela parceria de vida. Obrigada pela presença, inspiração e motivação. Não tenho palavras para expressar a sua importância em minha vida. Segundo Carlos Drummond de Andrade: "Se você sabe explicar o que sente, não ama, pois o amor foge de todas as explicações possíveis". Sua companhia ao longo dessa jornada fez toda a diferença. Obrigada por todos os dias me fazer feliz. Aos meus familiares: minha avó Solange, tia Rogéria, e primas, Bruna e Glória Gelmini, que são parte de mim. Aos meus pais, Valéria Gelmini e José Henrique de Faria, que são pais-amigos, pais-parceiros, pais-auxiliares, pais-cúmplices, paistorcedores, pais-conselheiros. Amo-os incondicionalmente. Ao caminho de Santiago de Compostela, que me permitiu ter um distanciamento estratégico da tese e, ao mesmo tempo, uma proximidade que até então não tinha alcançado. Dizia Mia Couto: "Só se escreve com intensidade se vivemos intensamente. Não se trata apenas de viver sentimentos mas de ser vivido por sentimentos". Obrigada a todos por estarem comigo nessa experiência e a tornarem repleta de sentimentos como a alegria, a felicidade, a persistência, o entusiasmo e a realização. Assim, fundado sobre o corte entre um passado, que é seu objeto, e um presente, que é o lugar da sua prática, a história não para de encontrar o presente no seu objeto, e o passado, nas suas práticas. Michel de Certeau RESUMO Este trabalho se propõe a investigar como foi formulado, pelos agentes e agências que atuavam no campo dos museus no Brasil, o papel educativo dessas instituições, em especial no Museu Histórico Nacional. A pesquisa compreende as décadas entre 1930 e 1950, com demarcações temporais precisas em 1932, quando ocorreu a implementação do Curso de Museus no Brasil e, 1958, ano em que foi realizado no País o Seminário Regional da UNESCO sobre a Função Educativa dos Museus. O estudo situa-se na interseção entre a História da Educação e a História dos Museus, e fundamenta-se nos pressupostos da História Cultural. Considerei que as relações a serem investigadas articulavam-se em um campo dos museus e, para a proposta analítica, tomei de empréstimo o conceito de campo definido por Pierre Bourdieu. A pesquisa partiu do pressuposto de que um processo de maturação da função social dos museus desenvolveu-se ao longo do século XX e, nessa dinâmica, o tema educação em museus ganhou destaque. Ao deter-me em uma análise do corpus documental referente ao período investigado (matérias de jornais, documentos oficiais, livros, artigos, relatórios, depoimentos de antigos profissionais de museus, por exemplo), identifiquei uma operação teórico-metodológica por parte dos agentes e agências, que atuaram no campo dos museus, para sua legitimação como espaços de aprendizado. A defesa do aprimoramento do papel educativo dos museus era sustentada por três abordagens: educação visual; educação para o povo; projeto de nação assegurado pela instrução pública. O diálogo com os autores