ANÁLISE DO DISCURSO (original) (raw)
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ANÁLISE DO DISCURSO: O DISCURSO
Resumo A análise do discurso tem por objetivo analisar o texto, desde suas frases a sua totalidade, bem como analisar os sentidos e as ideologias presentes num escrito. Na mídia é possível notar diariamente a presença de conteúdos carregados de sentidos e ideologias. Esses sentidos são atribuídos a determinado conteúdo por meio de imagens, textos, cores, representações, formas, linguagem, entre outros fatores. Autores como Michel Pêcheux estudaram a Ciência da Linguagem sob um novo olhar e assim, contribuiram para a compreensão do conceito de Análise do Discurso. Anteriormente o que existia era um formalismo das questões humanas. Deste modo, Pêxheux levantou questões contrárias ao formalismo e assim a linguagem passa a ser uma prática, deixando de ser um conjunto de regras lineares. Palavras-chave Análise do discurso. Michel Pêcheux. Eni Orlandi.
ANÁLISE DO DISCURSO PUBLICITÁRIO
Este é um estudo de textos da publicidade publicados em revistas nacionais, com o propósito de analisar as identidades de gênero, que são construções discursivas sustentadas por ideologias hegemônicas de feminilidade e masculinidade nas práticas socioculturais. Um poderoso discurso da pósmodernidade que promove uma cultura consumista, a publicidade constrói discursivamente estilos de ser e representações identitárias. O artigo discute as bases lingüísticas da teoria crítica do discurso, adotando a abordagem da análise de discurso textualmente orientada (ADTO). Nessa perspectiva teórico-metodológica, é analisado o gênero discursivo publicitário: os aspectos semióticos, o vocabulário, a coesão, a modalidade, a intertextualidade e a interdiscursividade. O resultado do estudo indica que o gênero discursivo produz identidades híbridas.
A ANÁLISE DO DISCURSO NO TURISMO
Multirreferencialidades nas Ciências e na Educação organizado por Joaquim Gonçalves Barbosa. Traduzido por Sidnei Barbosa. São Carlos, UFSCar., 1998
Este texto apresenta reflexões sobre a metodologia "análise do discurso", aplicado ao turismo. Mostra como o discurso transformou o turismo em signo, e o que era plurivalente acaba transformando-se em discurso coletivo ou monovalente. Investiga como os signos, em uma abordagem crítica, são produzidos num percurso sócio histórico e por razões socioeconômicas, associando significantes e significados. Mostra que o sentido construído para o turismo delimita um raio de possibilidades para a operacionalização de ideologia. Nos deslocamentos de sentidos é construído um discurso coletivo no turismo o da geração de emprego e renda. Por fim analisa o discurso dos governos, dos empresários e das comunidades buscando resignificação de conceitos.
NO CAMPO DISCURSIVO: TEORIA E ANÁLISE
2020
Qual o lugar do linguista na análise do discurso? É a perguntatítulo que guia o quarto capítulo, escrito por Pedro de Souza. A discussão se dá em torno de um debate de Foucault sobre A Arqueologia do saber, na Rádio France Cultura, em 2 de maio de 1969, em que os entrevistadores propõem a polêmica pergunta de qual seria a diferença entre objeto discursivo e não-discursivo. O destaque é para a resposta de Foucault: o objeto do discurso é fabricado pelo próprio discurso. Souza salienta que importante é se considerar a questão seguinte: sobre o discurso o que e como se analisa? Por fim, o autor propõe o emprego de certo conceito de discurso que não o pressupõe como objeto linguageiro a priori, e sim como prática resultante de um ato de fala. O quinto capítulo da primeira parte, O gêneros do discurso nos estudos discursivos de base dialógica, de Rodrigo Acosta Pereira, Luana de Araujo Huff e Amanda Maria de Oliveira, traz uma discussão teórico-metodológica acerca das contribuições da teoria de gêneros do discurso para os Estudos Dialógicos da Linguagem. Os autores retomam as explicações conceituais dos escritos do Círculo, à luz do discurso e da enunciação, delineando considerações tanto de base epistemológica quanto teórico-metodológica, e ratificam a posição de pesquisas de base dialógica que partem do matiz social, histórico e cultural para a materialidade linguística. Recepções do pensamento bakhtiniano no ocidente: a verbivocovisualidade no Brasil, escrito por Luciane de Paulae José Antonio Rodrigues Luciano, é o sexto capítulo deste No campo do discursivo. Propõe um levantamento analítico das várias recepções das obras bakhtinianas no Ocidente. Os autores apresentam uma leitura com vistas a compreender as particularidades dos textos no encontro com culturas diferentes, o que provoca interpretações do pensamento de Bakhtin e do Círculo de pontos de vista distintos. O estudo busca entender de que maneira essas recepções influenciaram a recepção brasileira a partir da reflexão acerca dos desdobramentos da filosofia bakhtiniana na contemporaneidade, sobretudo no Brasil.
A ANÁLISE DO DISCURSO COMO UMA FERRAMENTA PARA FACILITAR O DIÁLOGO INTERCULTURAL
Através do método hipotético dedutivo e baseado nos relatos dos Autores do livro Cafundó acerca da linguagem de uma comunidade quilombola, vislumbraram-se pontos de contado entre a interpretação feita pelos Autores e o aporte teórico de Michel Pêcheux na análise do discurso. Contudo, verifica que, tal como prevê a própria análise do discurso, passou despercebida na linguagem daquela comunidade, uma nuance importante da ideologia do grupo quilombola, que se revela na tentativa de esconder os significados das palavras no diálogo, e na comunhão da língua com poucas pessoas não pertencentes ao grupo. Esta ideologia que se percebe, neste momento do estudo, considerando-se o pluridade do Estado nacional e o multiculturalismo, é que da mesma forma que o grupo teria sido excluído ou não incluído pela população majoritária, haveria um movimento de exclusão e não inclusão de outras pessoas pelo grupo quilombola, sendo certo que a percepção desta ideologia, através da análise do discurso, poderia facilitar o contato, fazendo com que os marcos divisórios de sobreposição cultural fossem reduzidos, facilitando o diálogo intercultural.
RESUMO O artigo focaliza a dialética do discurso na formulação da Análise Crítica de Discurso, com base na concepção da semiose como elemento inseparável de todos os processos sociais materiais. O autor também destaca discursos como imaginários, incluindo representações de como as coisas são, têm sido, poderiam e/ou deveriam ser, com vistas a dimensionar as relações dialéticas entre as práticas discursivas e as demais práticas sociais.
ANÁLISE TENDENCIAL DO DISCURSO DE UMA ONG
Partindo de interrogações de origem iluminista sobre a relação entre informação e cidadania, analisa as práticas de comunicação e informação de uma ONG (Organização Não-Governamental) no quadro brasileiro a partir dos anos 80, como geradora/transferidora de informação, contextualizando seu surgimento no quadro da sociedade civil renascida após o fim da ditadura. Como campo empírico de estudo, seleciona o IBASE (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas) - mãe de todas as ONGs brasileiras - que é analisado através da sua principal publicação - a “Revista Políticas Governamentais” (do número 65 ao número 97) - da qual procura-se realizar uma leitura tendencial do discurso em termos quantitativos e qualitativos, através das palavras utilizadas nos títulos das matérias publicadas, por meio de técnicas bibliométricas e um rápido apanhado de seus autores, em termos de sexo, formação acadêmica e vinculação institucional. As conclusões, dentro de parâmetros estatísticos, revelam a palavra democracia como principal ideário do IBASE. Esboça-se, também uma tentativa de análise quanto à função da Revista, propriamente dita, como dirigida à formação de lideranças de movimentos sociais e o seu papel como veículo de comunicação alternativo à informação oficial e de mídia. O título da Revista, a partir do número 100 é DEMOCRACIA, o que validou a percepção de leitura estatística. Originalmente, esta pesquisa foi desenvolvida como dissertação de Mestrado em Ciência da Informação.