Barbeiros, cozinheiros e lutadores: a escrita da história a partir dos pequenos feitos em Plínio, o Velho (original) (raw)
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E-book_Plínio, o Velho: nos caminhos da História Natural
T.D.STADLER, 2021
O que uma obra do século I d.C. pode oferecer aos leitores e leitoras do século XXI? O que um autor romano afeito a longas descrições sobre plantas medicinais, apresentações públicas com a presença de crocodilos, estátuas que eram destruídas por raios e a elaboração de pratos de comida pouco habituais pode oferecer além de uma lista de bizarrices e curiosidades? Talvez muito mais do que se possa imaginar. É na companhia de Plínio, o Velho, e sua monumental obra História Natural que tais questões serão abordadas e respondidas neste livro. Aqui você encontrará um íntimo diálogo com as noções de história, tradição, inovação, autoridades e a própria escrita de uma obra de história que não tem no sangue, nem nas guerras, nem nas grandiosas conquistas militares de Roma o seu objeto de investigação. São feitos do cotidiano que o guiarão. Será possível falar de uma História dos pequenos feitos romanos?
Uma Breve Biografia De Plínio, O Jovem: Os Vacilos De Seu Tempo
PRINCIPIA
Um pequeno leque de informações e grandes abismos de ausência de dados formam o estabelecimento histórico atual de boa parte dos grandes homens e, principalmente, mulheres da Antiguidade, o que leva a constantes revisões e até mesmo revoluções sobre o entendimento que temos de Roma e da Grécia antigas. Neste artigo, demonstramos como a reconstrução e o entendimento da vida de um dos homens mais relevantes da segunda metade do século I EC é complexa e depende de fatores nem sempre concretos. Para isso, faremos uma breve biografia de Plínio, o Jovem, apontando as dificuldades e as lacunas que geram debates e possíveis reinterpretações de sua obra e da história de sua geração.
Plínio, o Velho, 2007
Consiste o presente trabalho numa análise do texto "La Peinture" da Obra de Histoire Naturelle de Plínio, o Velho. O presente trabalho decorre no âmbito da cadeira de Arte Clássica e visa um relacionamento analítico entre os conceitos retratados no referido texto e todo o cânone artístico romano. Deste modo adquire uma importância como complemento de ensino, possibilitando uma componente analítica da matéria que se desenvolve ao abrigo desta cadeira.
Guerra, A. (2011) - Cornélio Boco, literato lusitano, e Plínio-o-Velho
The scant reports on the work of Cornelius Bocchus appear in the Naturalis Historia by Pliny the elder, the famous encyclopa‑ edist from the 1st century of our era. an analysis of his biography and his method of working allows us to understand the reasons for this situation. in this sense, the process for the construction of Pliny's work is reviewed as is his relationships with his informants. on the other hand, this contribution inevitably re‑examines the work of Pliny and the infrequent quotations from Cornelius Bocchus about his province. in this setting, the information explicitly attributed to the figure to whom this seminar has been devoted is analyzed along with other information of a similar nature. Resumo Plínio‑o‑Velho, a par de solino, constitui a fonte literária mais importante para a compreender a natureza e importância da obra de Cornélio Boco. as referências deste autor lusitano nos índices da sua Naturalis Historia e as referências concretas a algumas das suas informações deram origem a propostas de títulos e conteúdos para a sua produção escrita, apenas conservada por estas e outras raras notícias similares. não subsiste qualquer dúvida sobre a relevância das suas alusões a aspectos curiosos, respeitantes ao território situado no extremo ocidental do domínio romano. Deduz‑se, além disso, que num sistema de referências às suas fontes muito longe de se exaustivo, outras notícias a ele devidas tenham escapado sem qualquer citação. no entanto, apesar de algumas propostas nesse sentido, não se torna fácil determinar os aspectos potencialmente originários da obra do erudito salaciense. tomando como base o que se sabe a respeito da enciclopédia pliniana, da personalidade do seu autor e do método de trabalho por ele seguido, tecem‑se algumas comentários a propósito das relações entre estas duas figuras que se inserem num período em que vários autores hispânicos se afirmaram no ambiente literário da urbe. 1. os estudiosos da antiguidade já se habituaram a conviver com a escassez de dados. é condição natural de quem estuda um passado distante lidar sistematicamente com essa situação nos diversos domínios da investigação. no entanto, a quantidade e a própria natureza dos dados varia muito de acordo com as épocas, com os territórios e com a vertentes da pesquisa. Por isso, sem qualquer originalidade, constitui um topos da análise arqueológica a referência à falta de informação, normalmente devida ao escasso desenvolvimento da disciplina, especialmente no que toca à análise dos resultados das escavações. nesta área, contudo, constata‑se que a situação vai mudando à medida que o tempo passa. apesar de os progressos poderem ser lentos, assiste‑se ao um avanço do saber associado não apenas a novas forma de abordagem, mas especialmente às
RIBEIRÃO PRETO Leituras urbanas de uma história rural
O artigo analisa duas matrizes da historiografia memorialista da cidade de Ribeirão Preto propondo pela mediação desses textos a leitura de pré-condições urbanas em meio à consagrada narrativa da expansão cafeeira. Lastreado em Fernand Braudel, Henri Lefebvre, Bernard Lepetit e Maurice Halbwachs, evoca um olhar pelo avesso dos textos propagandistas de Martinho Prado Júnior e recoloca em outro nível de análise a disputa travada entre Plinio Travassos dos Santos e Osmani Emboaba da Costa pelo reconhecimento e autoridade sobre a historiografia local. A partir do estudo da situação ribeirão-pretana, ousa afirmar que a urbanidade, mais do que um desdobramento, é uma condição existencial das cidades novecentistas do interior paulista.
Inventariar para lembrar: Memórias sobre um antigo Lanifício
2018
EnglishFrom an industrial heritage located in an important avenue of the city of Pelotas / RS, it was built a memory inventory. The heritage in question is LANEIRA BRASILEIRA S.A., a wool-processing factory that worked from 1949 to its bankruptcy decreed in 2003. Nowadays, this industrial remnant belongs to UFPel that purchased it in 2010, and since 2013, it has taken part in the inventories’ list of the city. Laneira is considered an exemplar industrial heritage, so the factory memories inventory was built based methodologically on the inventory proposed by IPHAN in the “Programa mais Educacao”. This research has as objective contribute to a new perception about the factories’ spaces that take part in a responsible community for its social value, and consequently, its recognition and appreciation. portuguesA partir de um patrimonio industrial, situado em uma importante avenida da cidade de Pelotas / RS, foi construido um inventario de memorias. O Patrimonio em questao e a Laneira B...
Tronco Velho: histórias Apurinã
Tese Defendida em 2004, Unicamp, orientação Mauro Almeida. Com apresentação de Mauro W. Almeida. Resumo: Este trabalho é sobre os Apurinã, povo indígena do médio rio Purus, município de Pauini, estado do Amazonas. Mais especificamente, é uma investigação sobre o passado, a memória e a história deste povo, através de narrativas orais. Para tanto, apresento: um quadro geral sobre os Apurinã, com informações baseadas em documentação e observações etnográficas; uma reflexão sobre a maneira de trabalhar com histórias locais e narrativas; as próprias narrativas, acompanhadas de breves notas e de comentários.
Memórias de Velhos: sobre terras e gentes
Memórias de Velhos: sobre terras e gentes, 2020
Memórias, densas memórias. Doze anos se passaram desde que apresentei ao mundo as “Memórias de Velhos”. O mundo mudou. Eu mudei. Os sujeitos lembrantes que tão prestativamente cederam seu tempo e permitiram o registro de suas memórias também mudaram. Na verdade, quase dois terços deles já foram ao encontro do Criador. Memórias de velhos foi meu livro mais lido, mais citado, mais referenciado – mesmo com uma tiragem de apenas duzentos exemplares e exposição gratuita do e-book na internet. Algumas centenas de vezes tive o privilégio de constar em referências de dissertações e teses, além de artigos científicos. Havia prometido aos idosos que esperaria uma década antes de refletir novamente sobre a obra – cumpri o acordado. Nenhuma linha escrevi a respeito nos últimos doze anos – apenas expliquei o conceito de transcriação. “Memórias de Velhos” é fruto dos estudos de Linguagem e Identidade, com ênfase nos estudos culturais. A primeira edição foi publicada em 2008, composta por 164 páginas. Acrescentamos o conceito de transcriação e o corpus base. Propositadamente, nenhum dos novos conceitos desenvolvidos ao longo dos últimos anos foi incluído nesta obra. Todos podem ser acessados gratuitamente na internet e em obras que levem o nome do autor.