O “AUTO DA COMPADECIDA” E A INVENÇÃO DO TRIBUNAL DO JÚRI EM ARIANO SUASSUNA (original) (raw)
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A Invenção do Tribunal do Júri em ‘Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna
Revista de Direito, Arte e Literatura, 2016
Identificou-se as intersecções entre o Tribunal do Júri e a Literatura, no “Auto da Compadecida” de Ariano Suassuna. Enveredou-se num campo de intersecção entre o Direito e a Arte Literária para identificar os personagens, o ritual e a emoção no espetáculo do Tribunal do Júri por ele apresentado. O julgamento é a verdadeira chave para compreensão desta obra e é o ponto de intersecção, nesta pesquisa, com o Direito, pois se pretende relacionar a instituição do Tribunal do Júri a partir das construções de Ariano Suassuna. Concluiu-se que a emotividade dá-se na racionalidade do Tribunal do Júri.
A Representação Identitária Do Sujeito Em Auto Da Compadecida, De Ariano Suassuna
Revista FSA, 2014
O Nordeste do Brasil tem sido loco de estudos acerca da identidade de sujeitos tidos como diferentes. Este artigo tem o objetivo de investigar a representação de sujeito nordestino em Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, através da análise dos personagens João Grilo e Chicó. Para tanto, adota-se o método descritivo bibliográfico na análise desses personagens e no embasamento teórico, em que Stuart Hall (2003), Muniz Sodré (1999) e Benedict Anderson (2008) contribuem, ao discutirem sobre conceitos de identidade nacional e Albuquerque Jr. (2006), Auristela Andrade (2000), dentre outros, ao abordarem a questão do estereótipo do sujeito nordestino. Indagamos se os sujeitos representados em Auto da compadecida podem ser considerados simplesmente nordestinos ou brasileiros nordestinos. Os resultados indicam que os personagens representam não só o nordestino, mas o próprio brasileiro.
2023
Analisa a capacitação da equipe jurisdicional e o estímulo à autocomposição sob a ótica da atuação institucional do TJMG nos desastres socioambientais ocorridos nos Municípios de Mariana e Brumadinho. Identifica as estratégias adotadas nos casos sob análise, bem como eventual mudança de postura de um caso para outro com o escopo de auxiliar na promoção de futuras estratégias em casos semelhantes no âmbito do Poder Judiciário. A pesquisa utiliza a técnica de estudo de caso, análise cronológica de atos normativos, cursos encerrados pelas escolas judiciais, dados quantitativos, além de análise de literatura especializada. Os achados da pesquisa sugerem que não ocorreu pronta capacitação da equipe em relação ao caso de Mariana, porém identifica diversas medidas de incentivo à autocomposição, tanto no caso de Mariana quanto de Brumadinho.
Dos mitos à picaresca: uma caminhada residual pelo Auto da Compadecida de Ariano Suassuna
2007
de pessoa rude, bruta, grosseira, baseando-nos na carta 22 de Pero Vaz de Caminha a D. Manuel I, quedamo-nos a perguntar:-Quando do descobrimento do Brasil, qual dos dois povos era o mais selvagem? De acordo com o escrivão, na chegada da frota portuguesa, apesar de os índios terem se aproximado do batel portando arcos e flechas, a um sinal de Nicolau Coelho, eles os depuseram; quando Coelho lhes arremessou um barrete, uma carapuça de linho e um sombreiro, um dos índios jogou-lhe um sombreiro de penas de aves, e um outro, um ramal grande de continhas brancas; nas várias vezes em que o Capitão mandou Afonso Ribeiro, um jovem degredado, ir ter com os índios para conhecer-lhes o modo de vida e maneiras, os nativos o receberam muito bem: deram-lhe arco e flecha e não receberam nada em troca; uma das vezes, quando um dos índios tomou umas continhas do degradado e fugiu, os outros, ao saberem do ocorrido, foram atrás do índio fujão, 20 CARVALHO, Ronald de. Op.cit., p. 31. 21 Há controvérsias quanto ao número de indígenas que havia no Brasil quando da chegada dos portugueses. Estima-se entre 1 a 10 milhões de aborígenes. Atualmente, são aproximadamente 460 mil índios que ocupam o território brasileiro. São aproximadamente 225 etnias indígenas e 180 línguas (Vide: www.funai.gov.br/indios/conteudo.htm). Em 11 de dezembro de 2002, a Lei n° 145 da Câmara Municipal de São Gabriel da Cachoeira, município amazonense, concedeu às línguas nheengatu, tukano e baniwa o status de línguas co-oficiais à língua portuguesa. Esta lei é encontrada em vários sítios, entre os quais: www.ipol.org.br. São Gabriel da Cachoeira, a aproximadamente 850 quilômetros de Manaus, é o município brasileiro com a maior população indígena, correspondendo a 95% da população (cf.
Vida e legado jurídico de Antônio José Marques Neto: estudo de admiradores em homenagem à sua memória, 2020
Este artigo é baseado na obra do antropólogo Roberto DaMatta, e objetiva realizar uma reflexão antropológico-jurídica do Brasil, envolto em seus dilemas e suas contradições históricas e culturais, no limiar do século XXI. Tem-se por finalidade demonstrar a dicotomia do Público e Privado frente à sua interpretação antropológica, bem como a interferência da comida, carnaval e religião na formação das contradições dos “Brasis”. Objetiva, ainda, sinalizar o racismo à brasileira e o sistema de cotas, o que despontará na demonstração de como a cultura do uso de despachantes e dos embargos auriculares como forma de “jeitinho” e acesso à justiça interfere na noção de Justiça no Brasil.
O AUTO DA COMPADECIDA:O HUMOR NORDESTINO LEGENDADO
A tradução é um terreno fértil para escolhas desafiadoras, decorrentes do contato do tradutor com um texto de partida, que norteia um segundo texto ou texto de chegada. É a atividade tradutória, contudo, uma tarefa de alta complexidade, que abre um leque de possibilidades, sempre relacionadas às demandas contextuais em que se insere uma determinada obra. O presente trabalho descreve e analisa as soluções tradutórias encontradas pelo tradutor na recriação dos enunciados humorísticos para as legendas do filme O Auto da Compadecida. O tradutor, além de ter trabalhado com as particularidades linguísticas e culturais das falas, precisou adequar sua produção às especificidades da legendagem, respeitando o limite de caracteres, de linhas e de tempo das legendas na tela. Além do pouco espaço disponível na tela e do curto tempo para leitura, não há possibilidade de releitura das legendas, nem de uma nota explicativa ao final de cada cena, para melhor compreensão do público, portanto, as referências culturais devem chegar da forma mais clara possível para o espectador. É analisado, se o humor presente nas falas em português funciona nas legendas em inglês, em conjunto com o visual das cenas, que ajudam na compreensão geral da película.
A mentira e o riso na obra Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna
2013
O presente trabalho e um estudo sobre a peca teatral Auto da Compadecida , de Ariano Suassuna, e a presenca da mentira e do riso na obra. A analise da especial atencao ao impacto da mentira na narrativa, o porque da mentira ser contada e as consequencias de seu uso. Para desenvolvermos essa analise, partimos da definicao da mentira e da importância de seu uso na literatura e no teatro. Em seguida, analisamos o riso por meio da apresentacao de um pequeno trecho de sua historia dentro da literatura, e a mentira como geradora do riso dentro da peca.
Notas Sobre a Função-Autor e O Efeito Autoria No Auto Da Compadecida De Ariano Suassuna
Miguilim Revista Eletronica Do Netlli, 2013
Our work has as a major objective the analysis of author-function and authorial effect in Ariano Suassuna's "Auto Compadecida" (2005), guided by the concepts-notions of commentary and file. Specifically, we aimed to describe the enunciative regularities present in some leaflets written by Leandro Gomes de Barros, which are incorporated in Suassuna's play; we also meant to analyze how the discourse of leaflets [cordéis] is embodied in the text of Suassuna; we see how interdiscursivity crosses through these texts. As for our corpus, we analyze "History of the horse whom defecated Money" and "The Money" by Leandro Gomes