MEMÓRIAS DO HOLOCAUSTO: ESTÓRIAS DA HISTÓRIA (original) (raw)

MEMÓRIA ÉTICA – INTRODUÇÃO AO FATO HISTÓRICO DO HOLOCAUSTO JUDEU

Introdução - O presente texto pretende contribuir à compreensão mais aprofundada do evento Shoah a partir de uma de suas características mais marcantes e decisivas: o paradoxo explosivo que se estabelece entre, por um lado, sua aderência inelutável – sua imensa proximidade – à consciência contemporânea desde a fulcralidade da " meia-noite do século XX " (Reyes Mate), e, por outro, a distância como que incomensurável que costuma se estabelecer entre este factum e as estruturas tradicionais da racionalidade moderna, na qual um tal evento simplesmente não cabe. Um tal paradoxo, por produtivo que possa ser para quem dele faz uso para melhor compreender certos aspectos da Shoah (ou seja, para quem o leva em conta nos termos próprios da questão), costuma ser também um elemento complicador para quem, desde a lógica da racionalidade hegemônica corrente, procura entender o que " deu errado " nas promessas da modernidade, permitindo que um tal acontecimento pudesse se dar. Para nos apropriarmos consequentemente de um tal singular paradoxo, é necessária uma aproximação em pelo menos dois sentidos. Em primeiro lugar, um exame do que uma tal " catástrofe prototípica " realmente significa em termos de " desconstrução " da consciência representacional moderna (A singularidade absoluta da catástrofe); e, em segundo lugar, de que maneira a categoria da " memória ética " como memória primeira se propõe como categoria que se aproxima dos eventos finais e o resgata de sua própria implosão, revificado a cada momento.

A NARRATIVA DA MEMÓRIA EM HISTÓRIAS QUE CONTAMOS

Polley evidencia a natureza aberta do trabalho que nos propõe. A montagem mostra a chegada de seu pai, Michael, ao estúdio onde irá gravar, sob a direção de Polley, o áudio em que narra sua própria crônica dos eventos familiares que conduzem o filme. A sequência também nos mostra a preparação para gravar as entrevistas com os irmãos da diretora. Ficam registradas as dúvidas do pai quanto aos métodos de direção da filha, bem como o nervosismo bem-humorado dos irmãos que se encontram na inusitada situação de serem objetos da investigação da caçula da família.

LAMPEJOS DE HISTÓRIA E MEMÓRIA

TRE-RN, 2014

Resgatar memórias é uma tarefa árdua e apinhada de obstáculos; é algo que pressupõe, naturalmente, ações e imersões ao passado, mas sempre por motivações do presente, ou seja, resgatar é evocar uma identidade comum que, embora temporalmente distante, habita uma dimensão gerada pelo contemporâneo.

HISTÓRIA E MEMÓRIA NO CHILE CONTEMPORÂNEO

Resumo: Este artigo buscou realizar uma discussão acerca do problema das relações entre memória e história, a partir de algumas considerações sobre acontecimentos recentes da história chilena. Nesse trajeto, desvelou-se que o processo de resgate do passado e as estratégias seladas para tal resgate configuram-se claramente como programas políticos, o que remete o historiador a uma reflexão sobre seu protagonismo enquanto sujeito produtor de conhecimento.

SÍNTESE HISTÓRICA DE PORTO CALVO SOB O DOMÍNIO HOLANDÊS

SÍNTESE HISTÓRICA DE PORTO CALVO SOB O DOMÍNIO HOLANDÊS, 2017

Aborda-se os eventos históricos das lutas com os neerlandeses em Porto Calvo, na Capitania de Pernambuco (hoje no Estado de Alagoas), entre 1635 e 1645, apresentando a cronologia desses eventos e a cartografia e iconografia da região, e relacionando os itens de interesse material - caminhos, engenhos, igrejas, a povoação, fortificações e campos de batalha.

MEMÓRIAS DA GUERRILHA: ACONTECIMENTO E HISTÓRIA

Em torno do acontecimento: uma homenagem a Claude Zilberberg, 2016

Mobilizamos aqui especialmente as formulações da semiótica tensiva desenvolvidas por Claude Zilberberg que confere ao acontecimento centralidade na sua produção ao longo dos últimos anos. Em seguida, analisamos depoimentos de um dos moradores da cidade de Xambioá, situada no norte do Tocantins, testemunha dos momentos finais do que ficou conhecido na historiografia oficial como Guerrilha do Araguaia.

A HISTÓRIA DO PRESENTE COMO TEMPO DA MEMÓRIA

Este trabalho se propõe a discutir, do ponto de vista teórico e metodológico, a prática investigativa da História do Tempo Presente, buscando situá-la no debate historiográfico contemporâneo. Ao enfatizar as complexas relações entre a história e a memória, ressaltamos a importância da mídia na constituição do próprio modo de ver e perceber o mundo contemporâneo. Nesta perspectiva, reiteramos a necessidade de que os currículos de história incorporem estas novas fontes, pois não basta formar historiadores apenas lendo livros. É necessário que os professores de história forneçam ferramentas teórico-metodológicas para que a formação intelectual dos estudantes esteja de acordo com o tempo em que vivemos.

FANTASMAGORIAS DO TEMPO APAGAMENTO DA MEMÓRIA E INVENÇÃO DA HISTÓRIA NO ESPAÇO BRASILEIRO

RESUMO: O ensaio procura resgatar os muitos silêncios e as omissões recorrentes que constelam a história brasileira remetendo, sobretudo, para a magistral recapitulação das teorias historiográficas apresentada no livro de Paul Ricoeur L'histoire, la mémoire, l'oubli. A conexão entre memória e esquecimento, da qual depende boa parte da historiografia contemporânea, leva, de fato, a pensar o tempo brasileiro na sua inconsequência ou na sua intempestividade, justificando a proposta, avançada por Raul Antelo, da história do Brasil como uma possível "genealogia do vazio".

MANUAIS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA E IDENTIDADES

Perspectivas do Ensino de História, 2009

Tomando os manuais didáticos da disciplina de História como objeto de estudo, esta comunicação pretende apresentar uma trajetória possível na investigação das relações entre a produção didática e a circulação de modelos identitários, entendendo o manual didático como meio de comunicação e o autor (ou a autoria) como mediador cultural. MORENO, J. C.. Manuais Didáticos de História e Identidades. In: VII Encontro Nacional Perspectivas do Ensino de História, 2009, Uberlândia. Anais do VII Encontro Nacional Perspectivas do Ensino de História. Uberlândia: EDUFU, 2009.