Os jesuítas em Moçambique (original) (raw)

A missionação Jesuíta em Moçambique: as relações com a sociedade e com o poder político, 1941-2011

2013

Este trabalho acompanha percurso de pessoas reais. Uma delas é o Irmão Albano Agulha, jesuíta abnegado que aportou pela primeira vez nas terras moçambicanas no longínquo ano de 1941, para a restauração da Missão da Zambézia. Tenho orgulho de pertencer ao grupo dos que têm o privilégio de o conhecer e de o ter como amigo, de o ouvir contar os passos do seu caminho. Quantos historiadores gostariam de ouvir a História contada na primeira pessoa! À minha avó, Lúcia David Kalilamphasa, que me ajudou a identificar alguns dos missionários do seu tempo. À minha Família /Eunice, Kellney e Cedrickslov/ que suportaram os longos meses da minha ausência.

A disputa pelas almas: jesuítas e capuchinhos na África Centro-Ocidental no século XVII

Revista de História, 2022

Este artigo investiga a atuação da Igreja Católica na região da atual Angola no século XVII, em especial os missionários da Companhia de Jesus e da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Essa parte da África era o espaço de sociedades organizadas por um ethos em que o político e o religioso não se separavam, refletido em um conjunto de símbolos compartilhados. A chegada dos europeus transformou ambos os lados: não só os centro-africanos sofreram impactos, como também a Igreja Católica teve que se reinventar para poder ali permanecer. Apesar de propagandearem a evangelização para salvação das almas como seu objetivo maior, as ordens envolveram-se nos assuntos políticos locais e lançaram mão de artifícios semelhantes em busca da conversão; por outro lado, empenharam-se em uma certa competição e tiveram divergências pontuais sobre o papel missionário.

A Missionação Jesuíta em Moçambique: As Relações Com a Sociedade e com o Poder Político em Tete, 1941-2011

The present study entitled ' the Jesuit Missions in Mozambique: relations with society and with the political power in Tete, 1941-2011» analyzes the role of the Mozambican nation-building missions. This study was motivated by the fact that some questions about the relationship between the State and the Church in General and between the political power and the missionaries in particular persist. The impact of the Jesuit relations with political power and society in construction of the mozambican citizenship is analysed. The Mozambicans citizenship, in this study is understood to be the set of intrinsic Mozambican values as a result of the union between the colonial past references with post-colonial values. The study focuses on the historical evolution of the Jesuit presence in Mozambique. Documentary and field research show that both entities, i.e., Church and State, complement each other in the performance of their roles to promote social welfare. The question that the study considers criticism concerns the understanding of the sense of cooperation between a secular State and religious congregations. To make the study more restrictive and easy to understand, a particular case was chosen: the Missionaries of the Society of Jesus. From the social point of view, this study seeks to contribute to the solution of the problem of conflict between the secularity of the State and the problems inherent in social development whose answer requires the intervention of both political and religious power. The study reveals that, in certain circumstances, the missionary is on top place than that conferred by common sense because of its objective role in the knowledge of the real problems of the population and recommended solutions.

Missões jesuíticas no Itatim

En: Graciela Chamorro & Isabelle Combès (Orgs.): POVOS INDÍGENAS EM MATO GROSSO DO SUL. História, cultura e transformações sociais. Dourados, MS: UFGD, 2015. El libro completo se puede descargar en: http://200.129.209.183/arquivos/arquivos/78/EDITORA/catalogo/povos\_indigenas\_em\_mato\_grosso\_do\_sul.pdf

Célia Tavares: jesuítas e inquisidores em Goa

Revista Brasileira de História, 2006

Em torno da complexa problemática da Inquisição moderna no quadro da história cristã ocidental paira um amontoado de noções, visões, imagens, umas distorcidas, outras ambíguas, a maioria delas hipertrofiadas. Estas percepções resultam de ilações simplistas, de associações temáticas e institucionais imprecisas, e ainda de muitos juízos que desconsideram o contexto mental do tempo histórico em que emergiu e vigorou o Santo Ofício como máquina judicial poderosa ao serviço da Igreja e dos poderes políticos que exigiram e subvencionaram a sua erecção. Entre essas visões cristalizadas e "pré-conceitos" acríticos podemos recordar alguns dos mais recorrentes que não são mais do que o produto de intensivos tempos de propaganda e polémicas que teceram uma "lenda negra" do Santo Ofício e de instituições que colaboram ou conviveram com este tribunal. Essa marcante cultura de propaganda e polémica deu origem a avaliações desfasadas na integração e valorização da Inquisição naquilo que podemos chamar a história universal da repressão. Eis algumas dessas hiper-focalizações. A exagerada concentração dos juízos em torno dos tribunais da Inquisição ibéricos como sendo muito mais temíveis, violentos e repressivos do que os seus pares de outros países católicos europeus, visão apriorística que tornou os outros tribunais aparentemente mais benignos e mais inofensivos. A excessiva valorização dos tribunais do Santo Ofício como as instituições judiciais que mais usavam de métodos repressivos violentos e atrozes, esquecendo-se que no mesmo período histórico as instituições judiciais do Estado usavam paralelamente de práticas e métodos repressivos tanto ou mais injustos e esmagadores. E ainda a hiper-focalização da atenção crítica nas formas institucionais de Inquisição católica, sonegando-se ou obnubilando-se que nas sociedades protestantes e em sociedades e culturas estruturadas por outros sistemas religiosos também coe

Jesuítas franceses e indígenas no Oiapoque

DOSSIÊ Resumo: o objetivo do artigo é compreender as relações entre indígenas e jesuítas na região do rio Oiapoque, atual fronteira entre Brasil e França, no Norte da América do Sul, na primeira metade do século XVIII (principalmente na margem esquerda, ou seja, na Guyane, território considerado francês). Busca-se analisar agências dos nativos frente à catequese dos missionários franceses, a partir de cartas escritas pelos padres, publicadas no século XIX. Navegar nos rios, furos e igarapés da Amazônia exigia conhecimentos especí cos, cujos detentores eram os indíge-nas, considerados "selvagens". Os missionários, tanto da colônia portuguesa quanto da france-sa, por exemplo, dependiam deles e os pilotos e guias experientes eram valorizados e buscavam usar estratégias de negociação com os agentes coloniais, para sobreviver física e culturalmente. Dessa forma, os indígenas são percebidos como agentes do processo histórico, protagonistas de suas próprias histórias e não apenas vítimas da colonização e do contato com europeus. Palavras-chave: Jesuítas franceses. Indígenas. Oiapoque. Século XVIII. Negociação. ois relatos escritos por missionários jesuítas que viveram na Amazônia durante o século XVIII permitem vislumbrar os embates entre religiosos e indígenas em orestas ame-ricanas no período colonial. O primeiro foi escrito pelo padre Elzéar Fauque em carta dirigida ao procurador das missões na América, padre de la Neuville, do Oiapoque, em 20 de abril de 1738: SOBRE VIVÊNCIAS NEGOCIADAS: INDÍGENAS E JESUÍTAS FRANCESES NO OIAPOQUE

Gonçalo da Silveira, um missionário da primeira globalização: As primeiras missões jesuítas na África Oriental no Século XVI,em Tongue e Karanga/Monomotapa

2021

Como refere o autor, "a política expansionista manuelina foi, pois, um processo dinâmico e complexo, que assentava num plano ambicioso, com forte componente económica, mas que se ajustava a expectativas ideológicas que roçavam a utopia. Talvez por isso mesmo-porque o plano era inacabável e estava eivado de uma religiosidade mística-D. Manuel prosseguiu sistematicamente novos empreendimentos (…) sempre insatisfeito com os resultados alcançados." Entre as principais características desse projecto foram destacados "três aspectos principais: o conceito de poder imperial, as ideias messiânicas e o sonho da Grande Cruzada para reconquistar Jerusalém. " É nesse contexto, que foi admitido no seu tempo que D. Manuel assumisse um título imperial. O título que o monarca assumiu em 1499, referido em texto, contém uma explícita dimensão imperial e uma dimensão económica, que se pretendia consagrar.

A inserção do cristianismo batista em Moçambique: razões que levaram os missionários a escolherem apenas os colonos portugueses como objeto de evangelização (1950-1971)

Topoi (Rio de Janeiro)

RESUMO Este artigo analisa a inserção do cristianismo batista em Moçambique, ex-colônia africana de Portugal, entre os anos de 1950 e 1971. Naquele contexto, os missionários se envolveram apenas com os colonos que ali viviam. A pergunta que tentaremos responder é: por que tais evangélicos não incluíram os(as) moçambicanos(as) autóctones em seus projetos? Consideraremos as razões históricas que explicam a primazia sociorracial assinalada, questionando alguns conceitos utilizados em estudos sobre história do protestantismo, especialmente os de protestantismos de “missão” e de “migração”, aqui interpelados a partir de apontamentos da Escola Italiana de História das Religiões, que oferece suporte para a principal conclusão do texto, a saber: em lugar de uma suposta natureza não missionária, o projeto era, sim, proselitista. A mídia impressa confessional do grupo será nossa principal fonte documental. Esperamos contribuir com os debates sobre as missões cristãs em África no século XX, so...

Macau e os jesuítas na China (séculos XVI e XVII)

História Unisinos, 2011

Resumo. Os Jesuítas foram a primeira Ordem Religiosa a estabelecer-se em Macau, bem como na China (através de Macau). Assim sendo, pretendemos mostrar a sua acção nos séculos XVI e XVII na China e em Macau. Do Colégio de S. Paulo de Macau e do Colégio de S. Paulo de Goa saíram os missionários jesuítas que iam para as missões do Japão,