Autocracia Burguesa e Violência Institucional (original) (raw)
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Estado, Dominação Burguesa e Sociedade Civil
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DITADURA E VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL
2019
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Estado Autocrático Burguês e Política Educacional no Brasil
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A proposta deste artigo é a de pensar as configurações atuais das Políticas Educacionais de ensino superior no Brasil, em especial a Assistência Estudantil, à luz da discussão do seu Estado nacional tendo em vista o seu caráter autocrático burguês e o continuísmo de seu sistema político. Situar estas políticas no debate sobre a formação social do Brasil nos permite compreender que o formato assumido por elas na atualidade responde a um conjunto de decisões políticas que foram historicamente adotadas no país, sendo estas condizentes com o projeto social que o Brasil se dispôs a concretizar e que vai de encontro aos interesses do grande capital. Desse modo, apropriar-se do movimento do sistema político brasileiro é passo fundamental para o entendimento, dentro de uma perspectiva de totalidade, das tendências e paradigmas de suas Políticas Sociais e assim, dos desafios postos a sua operacionalização sob o ponto de vista do direito.
Violência institucional na Amazônia durante a ditadura autocráticoburguesa
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O artigo discute a guerrilha do Araguaia, empreendida pelo Partido Comunista do Brasil entre os anos de 1972 e 1974, que teve lugar no Norte do Brasil, na triplice fronteira entre os estados do Para, Maranhao e norte de Goias (atualmente estado do Tocantins). A quase totalidade dos guerrilheiros foi brutalmente assassinada pelas Forcas Armadas da ditadura bonapartista instalada no pais desde 1964, que tambem torturou e assassinou moradores da regiao. Apresentam-se as tres campanhas militares de repressao a guerrilha, buscando evidenciar o carater de exterminio assumido a partir na ultima campanha e a violencia que se estendeu tambem aos camponeses. Palavras-chave: Ditadura; guerrilha do Araguaia; violencia institucional.
No País do Racismo Institucional
O racismo é uma ideologia que se realiza nas relações entre pessoas e grupos, no desenho e desenvolvimento das políticas públicas, nas estruturas de governo e nas formas de organização dos Estados. Ou seja, trata-se de um fenômeno de abrangência ampla e complexa que penetra e participa da cultura, da política e da ética. Para isso, requisita uma série de instrumentos capazes de mover os processos em favor de seus interesses e necessidades de continuidade, mantendo e perpetuando privilégios e hegemonias. Por sua ampla e complexa atuação, o racismo deve ser reconhecido também como um sistema, uma vez que se organiza e se desenvolve através de estruturas, políticas, práticas e normas capazes de definir oportunidades e valores para pessoas e populações a partir de sua aparência, atuando em diferentes níveis: pessoal, interpessoal e institucional” (Racismo institucional: uma abordagem conceitual. Geledés, Instituto da Mulher Negra)
Autocracia Burguesa, Ec 95 e O (Des)Financiamento Do Ensino Superior Público Brasileiro
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