Relação Entre Língua e Identidade: A Fala Denuncia Quem Somos (original) (raw)
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Linguagens, Identidades e Sociedade
Cadernos de Linguagem e Sociedade, 2020
Os seis artigos que apresentamos neste número especial da revista Cadernos de Linguagem e Sociedade (v.21, n.1) - escritos por docentes e discentes do Programa de Pós-graduação em Linguística da Universidade de Brasília – tratam da língua portuguesa e as outras quatro dimensões citadas acima (gênero, sexualidade, deficiência e classe social) sob a perspectiva da Análise de Discurso Critica (ADC).
Bilinguismo e Identidade: Duas Línguas, Duas Identidades?
2019
Utilizando dados obtidos em pesquisa de campo realizada no ano de 2014 para dissertacao de mestrado, este estudo parte da hipotese de que a lingua e um dos principais aspectos de formacao identitaria do falante, mas nao unico. Alem disso, levando, tambem, em consideracao o contexto bilingue da comunidade de Virmond, localizada na regiao centro-oeste do Parana, classifica-se como objetivo principal para o presente trabalho evidenciar e analisar fatores linguisticos e extralinguisticos que fazem parte do processo de formacao de identidade dos descendentes de poloneses desta comunidade. Buscamos, ainda, responder a seguinte questao: ao falar duas variedades, o falante passa a constituir duas identidades? Para tanto, utilizamos, a fim de embasar nossas discussoes, a teoria da Dialetologia Pluridimensional e Relacional e a Sociolinguistica. A partir das analises realizadas, foi possivel concluir que os descendentes se identificam mais por se sentirem poloneses, por cultivarem os costumes...
A Língua Geral como Identidade Construída
Revista de Antropologia vol. 39 (1) , 1996
A Língua Geral ou Nheengatu, de origem tupi, é analisada como um traço cultural brasileiro, historicamente apropriado por diferentes grupos sociais do país para fazer valer seus interesses. No período colonial focaliza-se a ação jesuítica, em que a Língua Geral é imposta aos índios como ''Iíngua de branco"; no século XIX, esta passa a ser vista como ''língua brasileira" tanto na Cabanagem quanto no Romantismo intelectual; atualmente os povos indígenas do Rio Negro mantêm viva a Língua Geral com forma de preservação de sua identidade indígena.
Considerações em torno da relação entre língua e pertença identitária em contexto lusófono
A língua constitui-se como uma das dimensões da pertença identitária e, como tal, dependente tanto do conhecimento que dela se tem, quanto do reconhecimento que dela se faz. Assim, os critérios de pertença identitária se dão ora como fatores e expressões, ora como essência e significação: um enunciado como "falo português porque sou português" pode ter dois sentidos, fundamentalmente diferentes e estruturalmente inseparáveis: "minha língua é o produto de minha pertença a um grupo" (um traço de natureza social); "escolhi falar a língua que eu falo para assegurar minha pertença ao grupo" (uma marca significativa de vontade pessoal).
Oralidade, Letramento e Identidade
Dialogos Pertinentes, 2013
Este texto apresenta resultados parciais de pesquisa em andamento de Iniciação Científica realizada na Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara. O objetivo do estudo é refletir sobre a prática de escrita de internautas em dois sites sertanejos, cujo produto cultural tem características típicas da tradição oral. Neste artigo, nossa proposta é apresentar reflexão sobre estudos que abordam as relações entre oralidade, letramento e identidade. Trata-se, portanto, de um estudo bibliográfico. Os resultados apontam para a necessidade de se abordarem questões relativas à fala e escrita como parte das práticas sociais realizadas pelos sujeitos, as quais envolvem: meios materiais (suportes de textos); formas de circulação; valores ideológicos atribuídos a esses usos; identidades dos sujeitos.
Studia Iberystyczne, 2022
Língua e Capital Identitário Resumo: Procurarei desenvolver uma reflexão sobre um quadro temático no âmbito do estudo da língua e literatura portuguesas, quadro esse delimitado, entre outros, por termos e conceitos centrais no que a esta esfera diz respeito: "língua", forças culturais de "integração" e de "desintegração", "capital identitário", "língua universal", "lusofonia". Procurarei fortificar a noção segundo a qual a conceção de uma Comunidade linguística obriga ao equacionamento da noção de "pluralidade".
Questões De Língua e De Identidade: (N)As Tramas De Um Bilinguismo De Escrita
Revista (Con)textos Linguísticos, 2017
Resumo : O presente trabalho visa tecer algumas consideracoes acerca da nocao de bilinguismo e das questoes identitarias que perpassam tal fenomeno. Considerando que a identidade e a diferenca se constituem na e pela linguagem e “nao podem ser compreendidas, pois, fora dos sistemas de significacao nos quais adquirem sentido” (SILVA, 2000, p. 78), o processo de identificacao para aqueles que transitam entre dois ou mais sistemas de significacao torna-se mais complexo, levando-nos, assim, a interrogar a abrangencia de tal termo. Partindo da escrita autobiografica e literaria de Leila Sebbar e Nancy Huston, mais especificamente da obra Lettres parisiennes: histoires d’exil – composta por cartas que colocam em relevo os conflitos identitarios daqueles que vivem entre linguas e culturas e problematizam a situacao do sujeito bilingue a partir de sua condicao de exilio (geografico) – observaremos de que maneira as autoras buscam na escrita uma forma de reinventar seus fragmentos de identid...
Ideologia Linguística: A Nossa (Des)Conhecida
Letras Escreve, 2013
RESUMO: O presente trabalho teve como objetivo compreender os fatores sociais que proporcionam a opressão e alienação de estudantes do curso de Letras do município de Macapá-Ap. Deste modo, analisaram-se as concepções dos acadêmicos da esfera Federal, Estadual e Particular, sendo identificadas como A, B e C, respectivamente. Delimitou-se como opção metodológica a abordagem qualitativa e quantitativa. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado o questionário fechado. Os dados obtidos apontaram que os acadêmicos de Letras ainda estão desprovidos de muitas informações sobre o curso, demonstrando também que a ideologia linguística é só mais uma entre tantas outras coexistentes em nossa sociedade e cabe aos "formadores de opiniões" combatê-las. Acredita-se que os resultados deste estudo possam contribuir para a sociedade acadêmica, com as discussões atuais em torno das ideologias linguísticas propagadas.