Sobre a vida política na Angola contemporânea (original) (raw)

Política e o Jogo do Poder em Angola

O Jogo do Poder em Angola " MPLA extingui-lo ou continuá-lo", 2020

MPLA Destruí-lo ou Continuá-lo? Palavras chaves-política, partido político, manutenção do poder, renovação da elite, petro-economia Introdução O presente artigo traz uma reflexão sobre o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), numa perspectiva histórica e social, os principais marcos da história do partido, fazendo incidência aos aspectos positivos e negativos up and down dessa organização política. As etapas abaixo nos vão ajudar a perceber a ascensão do MPLA como organização política, seus pontos fortes e fragilidades ao longo da sua fundação até os dias de hoje. É na base da sua historicidade, que poderemos avaliar qual o melhor caminho para o MPLA como partido político e das mais importantes instituições históricas a nível nacional e regional, se o mesmo merece ser extinto/destruído, como é desejo de muitos fazedores de opinião pública e intervenientes da sociedade civil ou existe um meio-termo, no caso o melhoramento do MPLA como partido político e instituição, a fim de contribuir para a jovem história moderna de Angola e o engrandecimento da política nacional, regional e continental.

Angola - Análise do regime e sistema políticos do país

No presente trabalho iremos abordar o regime político e o sistema político de Angola. Escolhemos este país porque, constitucionalmente, está consagrado como um país democrático e multipartidário, que salvaguarda as liberdades, direitos e garantias dos cidadãos, mas, como se irá perceber, na prática não é bem assim.

Alguma bibliografia política em Angola no século XIX

Pesquisando sobre a circulação de livros no que Mário António chamou "o triângulo luso-atlântico" lusófono, ou lusógrafo, deparei-me com muitos livros de cariz político em circulação, principalmente, nas cidades de Benguela, Luanda e Recife e Olinda. Sem descurar outras fontes, como o Rio de Janeiro e as portuguesas, este texto faz um breve comentário aos títulos que circularam por Angola no século XIX e possuíam esse cariz político

A política africana de Geisel no contexto da Guerra Civil Angolana

Estudos de Caso em Política Externa Brasileira (1930-1985), 2015

Com o golpe de 1964 e a instauração da ditadura militar no Brasil, os esforços empreendidos pelos governos anteriores de aproximação com os países de Terceiro Mundo, tendo em vista uma maior cooperação Sul-Sul, sofreram um revés. Os primeiros governos militares, apesar de terem, muitas vezes, um discurso favorável à maior integração do Brasil com a África, assumiram, na prática, um alinhamento aos Estados Unidos e uma postura sobretudo anticomunista, prezando pelo bom relacionamento com a exmetrópole, Portugal. A partir da gestão Médici, é renovada a tendência de simpatia pelas nações africanas, e é com Ernesto Geisel que essa tendência se concretiza de fato. Mas por que a África?

A política do poder em Angola (Africa-PALOP)

Tendências da cidade alta (Angola), 2020

Tendências políticas angolana é a abordagem que trazemos neste artigo, elencando um conjunto de acções e narrativas que fazem acontecer a política em Angola.

Crônica de uma economia política do poder em Angola do pós-guerra

2019

Resenha: Oliveira, Ricardo Soares. Magnífica e Miserável: Angola desde a guerra civil. Lisboa: Tinta-da-China, 2015, 375p. Magnifica e Miserável: Angola desde a guerra civil é um livro de autoria do investigador português Ricardo Soares de Oliveira, publicado originalmente em língua inglesa (Magnificent and Beggar Land: Angola since the civil war) e seis meses mais tarde dado à estampa pela editora portuguesa Tinta-da-China. A publicação desse livro provocou em certo entusiasmo incontido em alguns meios jornalísticos e acadêmicos em Portugal e o Reino Unido, que se manifestaram nos comentários qualificativos sobre o autor e a obra constantes na contracapa da versão inglesa, assim como da versão portuguesa tais como: "lúcido, brilhante" e "fascinante, provocativo", por um lado, "profundo conhecedor da política do petróleo em Angola" e "melhor estudo sobre Angola em inglês", por outro. Salvo engano, o livro mereceu algumas de resenhas críticas à versão inglesa 1 que ampliam e levantaram a discussão sem que a mesma fosse sentida no meio acadêmico angolano e de língua portuguesa. Magnífica e Miserável apresenta-nos uma capa que ilustra o pôr do sol da costa de Luanda e os escombros do mausoléu, obra quase abandonada, infraestrutura imponente à soviética onde repousa os restos mortais do primeiro presidente de Angola independente, António Agostinho Neto. Esta ilustração sinaliza o que entendemos ser o início da representação caricatural,-da magnificência-que se pode encontrar reforçada no texto. O livro está formalmente estruturado em cinco capítulos, e retrata, em chave de leitura alargada, o percurso sociopolítico e econômico, a consolidação do poder em Angola nos últimos * Doutorado pelo Instituto de Lisboa-ISCTE. 1 Destacamos um primeiro conjunto de resenhas coordenado por

As Dinâmicas da Sociedade Civil em Angola

2003

Ao estabelecer-se o Entendimento de Luena, Angola fecha o ciclo da guerra civil. A Declaração de Paz do Governo, no seu ponto 10, dizia pretender trabalhar "com toda a sociedade, nomeadamente as Igrejas, os partidos políticos, as associações cívicas e as associações sócio-profissionais", enquanto no seu ponto 12 sobre a ajuda humanitária afirmava contar "com a participação efectiva das Igrejas, organizações nãogovernamentais e demais vontades da sociedade civil". No seu ponto 14 voltava a apelar à sociedade civil (conjuntamente com "as forças políticas") para que se mantivesse "um elevado sentido de responsabilidade nos seus actos e palavras". 1 A Unita, através da sua "Missão Externa", na busca de garantias para os acordos estabelecidos, apelava a título igual quer à "Comunidade Internacional", quer à "sociedade civil". 2 Não há relatório (análise ou reportagem) sobre a situação política, económica ou social em Angola que não assinale a presença de actores sociais que são designados no seu conjunto como "uma sociedade civil mais confiante e organizada" 3. Mesmo os vendedores de rua (e por vezes as Autoridades Tradicionais) dizem hoje que são da sociedade civil. 4 No entanto, não há muito tempo, o olhar da maior parte dos observadores da realidade angolana ia no sentido da afirmação da inexistência de uma sociedade civil 5 , da crença absoluta na bipolarização entre os dois beligerantes, como limites definidores da equação política angolana. Autores como Walter Viegas falavam em "embriões da sociedade civil", para designar uma gama diversificada de iniciativas e, em particular, "uma geração mais nova de angolanos" que se recusava a ser intimidada e pretendia romper com aquilo que a imprensa independente chamava "a síndroma do medo". Hoje, quando até mesmo o FMI considera que a sociedade civil angolana tem um papel a jogar no quadro da estratégia de redução da pobreza 6 , o debate mudou seguramente de registo. Não é mais sobre a realidade e vitalidade da sociedade civil angolana (e por extensão africana) mas sobre os modos do seu desenvolvimento (repertórios, campos de acção, etc.). Esta mudança poderá dever-se menos a uma alteração profunda e rápida da realidade e

Breves comparações sobre sistema Político de Angola e África do Sul

Política na África Austral , 2022

Resumo O presente artigo visa estabelecer uma breve comparação sobre o processo democrático entre a República de Angola e a República da África do Sul, a importância do progresso democrático desses países para o desenvolvimento da África Austral, tendo em conta a influência que têm sobre os demais países da região, uma vez que a África do Sul uma potência regional e Angola por sua vez aparece como um Estado director.