Ensaios sobre a metáfora na linguagem e no pensamento (original) (raw)

Restituição da metáfora: a condição de linguagem na análise

Ide, 2007

os momentos críticos de sustentação do diálogo analítico, o impacto das dificuldades sentidas pela analista, tal como se reflete por meio da reação dos participantes do grupo, bem como a intervenção do supervisor, que toma a situação como uma oportunidade para refletir sobre a condição de linguagem necessária à sustentação da situação analítica. Este trabalho foi originalmente apresentado no XX Congresso Brasileiro de Psicanálise (2005).

Um estudo sobre metáfora e cognição

2009

Orientador.: Prof. Dr. José Borges NetoTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduação em Letras. Defesa: Curitiba, 26/03/2009Bibliografia: fls. 159-162Resumo: A relação dos seres humanos com o mundo que os rodeia é mediada pelos nossos sentidos e pelo nosso cérebro. As sinapses mentais são responsáveis por um infindável número de processamentos necessários para a nossa sobrevivência e para a compreensão da vida, do mundo e das relações sociais. Uma das questões de maior interesse nas pesquisas linguísticas atuais é como a linguagem funciona enquanto módulo especializado do cérebro. Desde a antiguidade clássica, a metáfora sempre despertou interesse em diversas áreas pela sua capacidade de transmitir significados de maneira competente sem utilizar linguagem literal. Nas últimas décadas, além das possibilidades poéticas e retóricas, a metáfora passou a interessar psicólogos e linguistas pela sua característica de...

A Metáfora Como Possibilidade Autobiográfica: Um Breve Ensaio

2017

O presente trabalho visa a apresentacao do ensaio de Virginia Woolf (1882 – 1941), “O Sol e o Peixe”, publicado em 1927, atraves de um esforco inicial de pensarmos a analise do uso da metafora como possibilidade explicativa, utilizando como ponto de partida a experiencia de leitura do conto. Tendo como mote o eclipse solar ocorrido em 1927, proponho o questionamento em torno da visao, da metafora e da experiencia do vivido frente ao uso de mecanismos ficcionais para a descricao do acontecimento. Para isto, utilizo como interlocutor a obra Naufragio com Espectador de Hans Blumenberg. Analisando a narrativa de Virginia Woolf, a proposta e “mergulhar dentro o olho” e da experiencia ali narrada, iniciando com a visao de londrinos caminhando para o norte a fim de testemunhar algo grandioso: a natureza em seu sentido mais puro e em como isso resultaria em uma experiencia passivel de ser narrada apenas no embate entre o individuo e os outros que partilham daquele momento.

Ensaios em teorias linguísticas

2016

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Ensaio Para Processos De Criação: Da Metáfora À Metonímia

Ilinx Revista Do Lume, 2013

O ensaio discute a noção de metonímia como estratégia acional passível de deslocamentos de sentido em processos de criação. O conceito em questão é abordado como estrutura de conhecimento para a constituição de uma política de ação menos causal e mais articulada com o acontecimento em atos performativos.

Ensaio sobre a linguagem como uma ontologia

Comunicação e educação: perspectivas e transformações na era digital, 2020

Neste artigo, como uma espécie de ensaio crítico filosófico, pretendo demonstrar as relações que a linguagem exerce com o mundo e como o mundo “capta” este teor da linguagem. Defendo a existência de uma linguagem das coisas, dos objetos, dos seres animados e até dos inanimados. Nossa perspectiva sobre a linguagem surge no sentido de frisar que para toda coisa imersa no mundo existe um conteúdo imanente de linguagem. Assim que o mundo nasceu, a linguagem o constituiu. Neste sentido, não há um ponto no espaço e no tempo que não deixe de se relacionar com as coisas do mundo e, consequentemente, com a linguagem. Por isso, penso a linguagem como uma ontologia no sentido de que a linguagem a tudo abarca: seja a luz de uma fogueira acesa dentro de uma caverna ou a dança voluptuosa da água-viva. Este estudo está fundamentado em Echeverría (2005), Coquet (2013), Heidegger (2015), Platão (2015), Descartes (2016) e Merleau-Ponty (2018).

Um experimento sobre a interpretação de metáforas: investigando o papel dos esquemas imagéticos, da semântica e do contexto

2016

Tendo como base os conceitos da semântica cognitiva, investigamos a contribuição relativa (CR) de restrições imagéticas, contextuais e semânticas no processamento de metáforas. Participaram do estudo 53 indivíduos falantes de português brasileiro que foram solicitados a realizar tarefas de priming em três condições: uma condição de priming imagético, uma condição de priming contextual e uma condição de priming semântico. Juntos, os resultados da análise estatística mostram que os participantes foram sensíveis aos elementos linguísticos – semânticos e contextuais –, ao qual uma metáfora está conectada e que a restrição contextual é a que mais influencia a interpretação da metáfora, seguida da restrição semântica.

A metáfora na obra de arte: estudo 1

In The Transfiguration of the Commonplace, Arthur Danto establishes a theory of metaphor in order to explain how the transfiguration of ordinary objects in works of art is possible. However, he goes even far, claiming that his conception of metaphor provides some important clarifications about the revelation of truths by works of art. In this paper, I consider some problems that arise from Danto’s claim. At the end, I suggest a conception of metaphor that is promising with regard to the elucidation of the relations between truth and art, namely, Paul Ricoeur’s theory of truth, developed in The Rule of Metaphor.