A Ética Comunicativo-Discursiva De Jürgen Habermas (original) (raw)
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A etica da acao comunicativa em Jurgen Habermas
Resumo: Este artigo apresenta algumas idéias do filósofo alemão Jürgen Habermas com relação ao " cientismo " , legitimado pelos mecanismos de controle tecnocráticos, e a questão da ação comunicativa. Como alternativa ao cientismo, ele se propõe a considerar a problemática da ciência e da técnica nas sociedades avançadas a partir de uma perspectiva prático-emancipativa. Isto é, busca-se " superar " tanto os limites das tendências neopositivistas quanto os do marxismo ocidental e da própria teoria crítica. Dessa forma, reafirma-se a coesão entre interesse e conhecimento e propõe-se a substituição da teoria dialética marxiana por uma outra também dialética, aquela que interpreta criticamente a história humana como dialética entre duas " racionalizações " : a do agir instrumental e a do agir comunicativo. Abstrat: This article presents some ideas of the german philosopher Jürgen Habermas with regard to the " cientismo " , legitimated for the tecnocráticos mechanisms of control, and the question of the communicative action. As alternative to the " cientismo " , if it considers to consider the problematic one of science and the technique in the advanced societies from a practical-emancipativa perspective. That is, one searchs " in such a way to surpass " the limits of the neopositivistas trends how much of the marxism the occidental person and the proper critical theory. Of this form, if it reaffirms the cohesion between interest and knowledge and if another one also considers the substitution of the theory marxiana dialectic for one dialectic, that one that interprets history criticamente human being as dialectic between two " rationalizations " : of instrumental acting and of communicative acting.
A Formação No Debate Comunicativo De Jürgen Habermas
Cadernos de Pesquisa
O ensaio busca compreender os sentidos do conceito de formação na perspectiva comunicativa de Jürgen Habermas e averiguar de que modo a proposta pode contribuir na disposição para a formação discursiva de aprendizagens sociais, como uma atitude reconstrutiva que possibilita impulsos transformadores da vida em sociedade. Trata-se de enriquecer não só a investigação sobre a educação, mas também entender as implicações, desdobramentos e possibilidades desse tipo de análise linguístico-pragmática no processo de formação humana. Repensar a formação no reconhecimento do outro que encarna um saber é fundamental à reelaboração dos processos de ensino canonizados, unilateralizadores e engessados institucionalmente, criando estímulos à atitude performativa e à democratização dos bens culturais, como algo sensível e coexistente à lógica do aprender cooperativo e à renovação da ação na conversação com as diferenças no mundo.Palavras-chave: Formação discursiva. Aprendizagens sociais. Reconstruç...
A Prioridade Do Justo Sobre O Bem Na Ética Discursiva De Jürgen Habermas
2010
Esta dissertacao trata da prioridade do Justo sobre o Bem estabelecida pela Etica do Discurso de Jurgen Habermas em questoes de avaliacao de normas morais. A pesquisa investiga como essa prioridade se sustenta diante das criticas comunitaristas a pretensao universalista das filosofias morais deontologicas, para as quais as normas morais nao podem ter um conteudo valido se o forem apenas para um grupo especifico de pessoas. Analisa-se o programa de fundamentacao da etica discursiva apresentando-o no contexto da transformacao trazida pela Virada Linguistica para os estudos filosoficos, transformacao que estabelece o paradigma da linguagem, do qual a reflexao etica se ve obrigada a partir na tarefa de fundamentar suas teorias a respeito de normas e acoes. Em seguida, estuda-se a fundamentacao da etica discursiva por meio de um principio de argumentacao moral, o Principio de Universalizacao (U). Estabelecido esse principio, parte-se para a distincao entre as questoes eticas, relativas a...
O Agir Comunicativo em Habermas e a Nova Retórica de Perelman
2008
The contemporary philosophers reflect the law’s spectrum as an allopoyetic phenomenon, dynamic and incomplete, in constant cylindrical and communicative movement, taking together institutional power and society in the creation and concretion of the normative pleiad. The tridimensionalism results in the juridical flow and approaches doctrines pertaining to schools shaded in its investigations about Law, trying paradigmatic transmutation of legal categories, always shed to the biggest end of the solidary man dignifying.
A ética do discurso em Habermas
Conhecimento & Diversidade, 2018
O defensor da universalidade no campo moral deve reconhecer os problemas vinculados à historicidade e à singularidade conflituosa das morais pertencentes ao mundo da vida. Pretende-se apresentar os princípios universais fundadores da moral propostos por Jürgen Habermas como parte de um percurso de justificação da ética, comprometida com a moral do respeito indistinto e da responsabilidade consensual e solidária por cada um. Procura-se, assim, avaliar de que modo o filósofo concilia a defesa da autonomia do julgamento moral de cada um com a expectativa do consenso de todas as pessoas enquanto participantes das discussões morais práticas.
A moralidade vinculada à ação comunicativa e ao direito em Habermas
2012
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-graduação em Filosofia, Florianópolis, 2010Neste trabalho investigar-se-á a moralidade proposta por Jürgen Habermas no sentido de determinar a relação desta com a ação comunicativa e com o sistema jurídico defendidos por este autor. Para isso, inicialmente, se verificará por que esse autor considera que sua ação comunicativa é capaz de obter consensos racionais como solução para conflitos, entre eles, conflitos morais. O que implica, entre outras coisas, na demonstração do princípio universal de sua ética e o que defende por princípio do discurso. Este último definido por ele como necessário de ser respeitado não só na solução de conflitos morais, mas também na solução do que essa teoria compreende por conflitos éticos e por conflitos pragmáticos. Tal defesa, conforme se observará aqui, é um dos quesitos que essa teoria respeita para vincular os conteúdos justific...
Relações conceituais entre a Ética do Discurso e a Teoria Discursiva do Direito em Jürgen Habermas
2011
Neste artigo estabelecemos relacoes conceituais fundamentais entre a obra Direito e Democracia: entre faticidade e validade com a obra Teoria da Acao Comunicativa . Conceitos como individuo e sociedade, linguagem e acordo, entendimento mutuo e argumentacao, razao comunicativa e etica do discurso, entre outros, ainda constam da argumentacao de Direito e Democracia. Investigar a origem de tais conceitos constitui um objetivo expressivo no tocante a uma compreensao evolutiva desses termos no pensamento politico de Jurgen Habermas.
Ética Do Discurso: Um Diálogo De Habermas Com a Ética Kantiana
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A Ética do Discurso surge como uma reformulação do Imperativo Categórico de Kant. Tal como para Kant, também para Habermas as normas morais devem ser passíveis de universalização. No entanto, essa universalização não é mais resultado da reflexão monológica do sujeito, mas resultado do Discurso. As normas morais só terão validez na medida em que houver assentimento dos participantes do Discurso prático.
O objetivo da análise é elaborar uma reconstrução histórico-filosófica da ética do discurso a partir do pensamento ético do filósofo alemão Jürgen Habermas, mencionando quando necessário o seu fundador, Karl-Otto Apel. Elaborar uma ética do discurso é precisamente o objetivo, que por dois caminhos distintos, mas paralelos, perseguem, já há quase 40 anos, Apel e Habermas. Esses são representantes da chamada pragmática linguística. Sua fundamentação pretende construir e formular uma justificação racional argumentativa, através de procedimentos que requerem o desenvolvimento de proposições vivenciadas e consensuais. A ética do discurso é a tentativa de estruturar uma teoria da racionalidade amparada naquilo que Apel e Habermas chamam de "razão comunicativa", a qual não é apenas uma denúncia contra a "razão instrumental", mas uma proposta de uma ética do "viver bem", da "felicidade" e da "solidariedade" entre indivíduos capazes de linguagem e ação.