Culture and Diversity in the Teaching of Portuguese as Additional Language (original) (raw)
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A diversidade linguística no ensino de português como língua adicional e língua estrangeira
Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978)
Este artigo tem como objetivo apresentar parte do resultado de uma pesquisa que vem sendo realizada no âmbito do Mestrado Profissional em Letras (Profletras) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) desde 2016. Nessa etapa, elaboramos e aplicamos um questionário para diagnosticar conceitos que os professores da Educação Básica, alunos do mestrado profissional, têm sobre a diversidade linguística, tanto no Português Brasileiro quanto na Língua Adicional, em sua prática profissional. Também foi investigado como essa diversidade é abordada em suas aulas e se eles têm conhecimento do Celpe-Bras. A partir da análise das respostas do questionário, propomo-nos a refletir sobre posicionamentos teóricos que envolvem a formação de professores no que se refere à abordagem da diversidade linguística no ensino de língua portuguesa, bem como o plurilinguismo no Brasil.
Formação de professores de português como língua adicional
Cadernos de Linguística
Este relatório apresenta os resultados de um projeto de pesquisa no nível de pós-doutorado que culminou no desenvolvimento de um curso de uma especialização lato sensu em docência de Português como Língua Adicional (PLA). As seguintes questões norteadoras guiaram esse projeto: (1) quais são as fundamentações teórico-pedagógicas que informam a formação de professores de PLA e outras línguas adicionais (LAs)? e (2) quais são os principais critérios para a escolha daquelas fundamentações? Doze professores de seis instituições de ensino superior ministrando disciplinas relacionadas ao estágio docente obrigatório de línguas adicionais responderam um questionário. A análise das respostas demonstrou que (1) as abordagens comunicativas informam a formação de professores de LAs; e (2) o efeito retroativo contribui para a adoção de tais abordagens. As abordagens comunicativas, por servirem de base a vários exames de proficiência, têm informado a formação de professores de LAs. Construtos teór...
VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA E ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Revista Letras, 2010
A constatação do fracasso do ensino de português já deixou de ser tema apenas de educadores e lingüistas para tornar-se um lugarcomum da conversa de qualquer cidadão escolarizado. A cada início de ano a imprensa se ocupa de renovar o registro da falência com matéria relativa à prova de redação dos exames vestibulares, em que a miséria do português apresentado pelos candidatos é fartamente exemplificada com um sem-número de erros risíveis, de ortografia, de língua ou de construção.
Revista Brasileira de Linguística Aplicada, 2014
O crescimento dos intercâmbios estudantis em universidades brasileiras amplia a heterogeneidade cultural nos cursos de português para falantes de outras línguas. Este artigo analisa as implicações estruturais e pedagógicas decorrentes desse contexto multicultural e plurilinguístico. Pesquisa qualitativa com 25 alunos estrangeiros matriculados em curso de português para estrangeiros de universidade pública comprova essa diversidade cultural e linguística. Objetivando mapear o perfil desses alunos, a metodologia recorre a questionário, notas de campo e diário. A análise dos dados demonstra a necessidade de novas configurações nas práticas pedagógicas, bem como adaptações no espaço físico escolar. Para além dos aspectos linguísticos, a proposta enfatiza a necessidade de despertar sensibilidade para questões culturais e interculturais.
Identidade profissional e formaçãode professores de português como língua adicional na Colômbia
Íkala, Revista de Lenguaje y Cultura, 2021
Por diferentes razões culturais, sociais, e políticas, a maioria dos professores de português como língua adicional (pla) na Colômbia são falantes nativos sem formação específica na área de línguas. Nesse contexto, esta pesquisa se pergunta pelas trajetórias profissionais desses professores falantes nativos. Com o objetivo de (re)conhecer seus processos de formação, entrevistamos a vinte e cinco professores de pla em seis cidades colombianas. Com o uso da metodologia qualitativa de teoria fundamentada, encontramos a categoria de análise: “debute profissional e formativo” que explica como esse grupo se identifica com a docência. Concluímos que os professores se identificam com as aulas de pla na Colômbia por se reencontrarem com a língua e a cultura brasileira. Mesmo assim, os entrevistados afirmam sentir necessidades específicas de formação docente. Dessa forma, constatamos a extrema necessidade de cursos de graduação e/ou licenciatura orientados para a formação desse profissional na Colômbia.
A língua foi, desde muito tempo, objeto de estudo do homem porque esta é um bem cultural e revela em sua prática o caráter identitário de um indivíduo e/ou comunidade que faz uso sistemático deste sistema de signos da mesma, ainda que inicialmente sem caráter científico. Nas últimas décadas tornou-se elemento de acirradas discussões no meio acadêmico, já que há uma norma culta defendida a partir de registros de fala da classe mais escolarizada – classes médias e alta – e de uma norma popular, menos monitorada e que o aluno, no geral, traz para a sala de aula. Sua relação direta com a cultura e a identidade de um povo e consequentemente com suas propriedades inerentes, trazem para essa discussão linguística aspectos sociais, geográficos e políticos entre tantos outros. Seja com preocupações com a história interna da língua, seja com apreensões com os fatores externos, especialmente os socioculturais, o fato é que este conjunto potencial de signos que é a língua, tornou-se objeto de estudo científico dos linguistas e, nas últimas décadas elemento de ponderação de professores e alunos nos cursos de graduação em Letras e de outros interessados no tema, buscando visualizar e refletir sobre as transformações dos esforços empreendidos nas pesquisas sociolinguísticas em instrumentos pedagógicos capazes de muni-los com práticas pedagógicas para uma educação linguística que lhes ensinem a lidar com as variedades linguísticas estigmatizadas. Propõe-se discutir o tema em três momentos: 1 - o caráter identitário da língua imersa na cultura de um povo; 2 - os esforços dos linguistas em processos contínuos e sistemáticos de apreensão da natural variação linguística e 3 - o reflexo da variação na educação formal, ainda distante da necessária educação linguística.
Revista Virtual de Estudos da Linguagem - ReVEL , 2020
RESUMO: A premissa de que os conhecimentos teóricos devem manter um diálogo colaborativo com a prática pedagógica no processo de formação docente é cada vez mais recorrente. Perspectivas que propõem a reflexão () das práticas pedagógicas são algumas propostas que têm como paradigma o professor como sujeito central de sua formação. A presente pesquisa teve como objetivo compreender o papel que essas práticas de reflexão e pesquisa tiveram em um grupo de professores de Português como Língua Adicional (PLA) cuja formação se dá predominantemente no contexto de suas aulas na Colômbia. Por meio de uma pesquisa qualitativa a partir da perspectiva da teoria fundamentada (GLASER; STRAUSS, 1967; CHARMAZ, 2009), realizamos entrevistas narrativas (CLANDININ; CONNELLY, 2015) com 25 professores de PLA em seis cidades colombianas. Como resultado, encontramos que esse grupo docente constrói um conjunto de saberes de natureza linguística, metodológica e sociocultural que promove reflexões sobre o ensino e a aprendizagem de PLA na Colômbia. Como conclusão, identificamos que a reflexão é inerente à prática pedagógica e que seu exercício sistemático e coletivo por meio de pesquisas promove a construção de estratégias que orientam tanto a formação de professores quanto a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem. PALAVRAS-CHAVE: formação de professores; reflexão; pesquisa-ação; prática pedagógica; Português como Língua Adicional (PLA). ABSTRACT: The premise that theoretical knowledge must maintain a collaborative dialogue with pedagogical practice in the process of teacher education is increasingly recurrent.
Portugues como lingua adicional em uma perspectiva indisciplinar
2021
Nesta coletânea, reunimos trabalhos que trazem resultados de pesquisas – desenvolvidas em nível de graduação e pós-graduação – e de ações de extensão elaboradas e implementadas no âmbito do Grupo de Pesquisa IndisciPLAr – Português como Língua Adicional em uma Perspectiva Indisciplinar, sob nossa liderança. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .......................................................................................................9 PARTE 1 PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL E POLÍTICAS LINGUÍSTICAS INSTITUCIONAIS 1 - POLÍTICAS LINGUÍSTICAS PARA O PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL NA REPÚBLICA ARGENTINA: O QUE (NÃO) MUDOU NA ÚLTIMA DÉCADA? .............................................................................................23 Silvana María Mamani 2 - OPORTUNIDADES PARA UMA POLÍTICA LINGUÍSTICA EXTERIOR BRASILEIRA NA GUIANA FRANCESA ..................................................................51 Karen Kênnia Couto Silva 3 - A CONSTRUÇÃO DO SABER DIDÁTICO EM PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL NA ARTICULAÇÃO COM O EXAME CELPE-BRAS: O QUE DIZEM AS POLÍTICAS LINGUÍSTICAS BRASILEIRAS MAIS RECENTES?....................73 Alexandre Ferreira Martins 4 - O DESEMPENHO DE ESTUDANTES DE PAÍSES AFRICANOS DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA NO EXAME CELPE-BRAS: A PRODUÇÃO DO GÊNERO DISCURSIVO ARTIGO ................................................................................................95 Natália Moreira Tosatti 5 - PORTAL DO PROFESSOR DE PORTUGUÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA E INTERNACIONALIZAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA: UM CONVITE À REFLEXÃO NA ENTREVISTA COM EDLEISE MENDES .....................................113 Ana Cecília Cossi Bizon Clara Motta Fernanda Cristine Ribeiro Cabral 6 - “ESSE PRÉ-PEC-G...”: NARRATIVAS SOBRE A (NÃO)RESPONSABILIZAÇÃO NO ÂMBITO DO CONVÊNIO PEC-G........................................................................131 Marcela Dezotti Cândido Clarice Batista Farina Verônica Vinecký 7 - PROGRAMA DE ESTUDANTES-CONVÊNIO DE GRADUAÇÃO: VOZES DOCUMENTADAS EM FAVOR DE UM OUTRO PEC-G.......................................151 Leandro Rodrigues Alves Diniz Ana Cecília Cossi Bizon 8 - NÚCLEO DE LÍNGUAS DO PROGRAMA IDIOMAS SEM FRONTEIRAS NA UNICAMP: IMPLANTAÇÃO, ATIVIDADES E CAMINHOS...........................173 Mariana Godoy Martins PARTE 2 PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL E MIGRAÇÃO DE CRISE 9 - REFLEXÕES SOBRE POLÍTICAS DE LÍNGUAS E DECOLONIALIDADE EM CONTEXTO DE MIGRAÇÃO FORÇADA.................................................................195 Cora Elena Gonzalo Zambrano Marina Reinoldes 10 - PRESSUPOSTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DE UM MATERIAL DIDÁTICO DECOLONIAL, MULTILÍNGUE E MULTINÍVEL PARA O ENSINO DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE ACOLHIMENTO NO BRASIL ................................................211 Renata Franck Mendonça de Anunciação Helena Regina Esteves de Camargo Ana Paula de Araújo Lopez 11 - ENTRE NÓS: LETRAMENTO E INTERCULTURALIDADE EM UM MATERIAL DIDÁTICO DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE ACOLHIMENTO...................231 Simonice Chaves da Rosa Mariana Gonzaga Marques de Freitas 12 - POLÍTICAS LINGUÍSTICAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA O TRABALHO COM MIGRANTES NO ENSINO BÁSICO: O ACOLHIMENTO EM LÍNGUAS...............................................................................................................257 Yara Carolina Campos de Miranda Nilmara Milena da Silva Gomes 13 - A PRESENÇA DA COMUNIDADE HAITIANA EM UM ESCOLA PÚBLICA DE ENSINO BÁSICO DO INTERIOR DE SÃO PAULO: DISCURSOS E PRÁTICAS [POTENCIALMENTE INCLUSIVAS]...............................................................................273 Cecilia Gushi da Silva Daniel dos Santos Tiêgo Ramon dos Santos Alencar 14 - DESAFIOS E PROPOSTAS PARA O ACOLHIMENTO DE MIGRANTES E REFUGIADOS NA EDUCAÇÃO BÁSICA...........................................................................311 Amélia de Oliveira Neves Liliane Francisca Batista 15 - “AJUDAR ALGUÉM REFUGIADO”: PERSPECTIVAS SOBRE ACOLHIMENTO A MIGRANTES DE CRISE EM NARRATIVAS DE ESTUDANTES DA UNICAMP.....................................................................................................................331 Taís Maria Angelini Machado 16 - EXPERIÊNCIAS E EXPECTATIVAS DE ALUNOS HAITIANOS PARA A PRODU- ÇÃO DA REDAÇÃO DO ENEM ................................................................................351 Desirée De Almeida Oliveira PARTE 3 PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL, ENSINO E AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR 17 - O PROCESSO DE NIVELAMENTO PARA AS DISCIPLINAs REGULARES DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL DA UFMG..................................369 Luísa de Castro Fajardo Leandro Rodrigues Alves Diniz 18 - PRÁTICAS E EVENTOS DE LETRAMENTO ACADÊMICO EM PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL....................................................................................397 Gláucio Geraldo Moura Fernandes Elisa Mattos 19 - VIVÊNCIAS EM PORTUGUÊS: ELABORAÇÃO E REANÁLISE DE NECESSIDADES DE UM CURSO DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL EM CONTEXTO UNIVERSITÁRIO.........................................................................................................415 Tatiana Martins Gabas Bruna Elisa Frazatto Verônica Carvalho de Deus