Pablo Antunha Barbosa | Universidade Federal do Sul da Bahia (original) (raw)
Uploads
Papers by Pablo Antunha Barbosa
Tellus A, 2014
O presente numero especial da Revista Tellus tem como principal objetivo homenagear o centenario ... more O presente numero especial da Revista Tellus tem como principal objetivo homenagear o centenario da publicacao d’As lendas da criacao e destruicao do mundo como fundamentos da religiao dos Apapocuva-Guarani, de autoria de Curt Nimuendaju (1883-1945). Esta primeira monografia da longa carreira do etnologo, que durou pouco mais de quatro decadas, desde sua chegada ao Brasil em 1903 ate sua morte numa aldeia Ticuna no Alto rio Solimoes em 1945, foi originalmente publicada em lingua alema, no ano de 1914, na revista berlinense Zeitschriftfur Ethnologie (Nimuendaju, 1914). Para nos que estudamos a historia dos povos indigenas e da antropologia sul-americana, os cem anos da publicacao dessa obra inaugural nao poderiam, de modo algum, passar em branco, nao somente pelo impacto real que ela teve na redefinicao das fronteiras da antropologia americanista, mas, sobretudo, pelos ruidos virtuais que ela ainda faz ecoar dentro e fora dos vastos limites daquilo que poderiamos chamar de guaraniolo...
Povos Indígenas, Independência e Muitas Histórias, 2022
A ideia central deste artigo é dupla. Por um lado, refl etir sobre o processo de formação históri... more A ideia central deste artigo é dupla. Por um lado, refl etir sobre o processo de formação histórica da fronteira entre o atual sul de Mato Grosso do Sul e a região nordeste do Paraguai. Desde o início, é importante ressaltar que esta fronteira começou a ser construída como um território extrativista e integrada aos mercados capitalistas duas décadas antes da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870) e não após o seu término, como argumentaram alguns antropólogos e historiadores contemporâneos (
65 Esse texto foi publicado originalmente em Yves Michaud (2000) e reeditado em Jean Bazin (2008)... more 65 Esse texto foi publicado originalmente em Yves Michaud (2000) e reeditado em Jean Bazin (2008) [ndt]. 66 Jean Bazin (1941-2001) foi um antropólogo francês diplomado em Filosofia na École Normale Supérieure (ENS) sob a orientação de Louis Althusser e doutorado em Antropologia com orientação de George Balandier na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS). Foi professor da Université de Paris V (René Descartes) e, posteriormente, membro e diretor do Laboratoire Genèse et Transformation des Mondes Sociaux (GTMS), atual Institut de Recherche Interdisciplinaire sur les Enjeux Sociaux (IRIS) da EHESS [ndt] 67 Tradução elaborada como parte das atividades do projeto CAPES-COFECUB, "Regimes nacionais da autoctonia. Situações autóctones e questão nacional nas Américas e Oceania", coordenado por João Pacheco de Oliveira e Alban Bensa (Edital no 04/2017, Processo-88881.143011/2017-01) [ndt] A ANTROPOLOGIA EM QUESTÃO: alteridade ou diferença 67 Jean Bazin (1941-2001) foi um antropólogo francês diplomado em Filosofia na École Normale Supérieure (ENS) sob a orientação de Louis Althusser e doutorado em Antropologia com orientação de George Balandier na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS). Foi professor da Université de Paris V (René Descartes) e, posteriormente, membro e diretor do Laboratoire Genèse et Transformation des Mondes Sociaux (GTMS), atual Institut de Recherche Interdisciplinaire sur les Enjeux Sociaux (IRIS) da EHESS [ndt] Tradução elaborada como parte das atividades do projeto CAPES-COFECUB, "Regimes nacionais da autoctonia. Situações autóctones e questão nacional nas Américas e Oceania", coordenado por João Pacheco de Oliveira e Alban Bensa (Edital no 04/2017, Processo-88881.143011/2017-01) [ndt] Esse texto foi publicado originalmente em Yves Michaud (2000) e reeditado em Jean Bazin (2008) [ndt].
La misión de la máquina. Técnica, extractivismo y conversión en las tierras bajas sudamericanas, 2021
Técnica, extractivismo y conversión en las tierras bajas sudamericanas SEZIONE Studi antropologic... more Técnica, extractivismo y conversión en las tierras bajas sudamericanas SEZIONE Studi antropologici, orientali, storico-religiosi 7 editores
Espaço ameríndio, 2020
PABLO ANTUNHA BARBOSA (TRADUTOR) CFCHS/UFSB, BRASIL LUCIANA BEATRIZ ÁVILA (TRADUTORA) CFCHS/UFSB,... more PABLO ANTUNHA BARBOSA (TRADUTOR) CFCHS/UFSB, BRASIL LUCIANA BEATRIZ ÁVILA (TRADUTORA) CFCHS/UFSB, BRASIL RESUMO: Este texto que ora apresentamos é uma tradução inédita do capítulo Interpréter ou décrire. Notes critiques sur la connaissance anthropologique de Jean Bazin (1941-2001. O diretor de estudos da EHESS abriu novos caminhos para a antropologia ao questionar as operações subjacentes à prática da pesquisa de campo. Segundo ele, esse dispositivo não se limita a coletar fatos já existentes, mas produz um conhecimento próprio que se dá em situações singulares de interações compartilhadas. Bem descrito, ele não fornece apenas materiais empíricos a serem interpretados, mas também se deixa entender como um aprendizado recíproco e igualitário. A perspectiva pragmática desenvolvida por Bazin acompanha sua crítica radical ao holismo e ao culturalismo. Etnolinguista da prática da língua bambara (Mali) e analista das lógicas do campo político, Bazin ampliou as perspectivas da antropologia, indo além de suas ideologias e utopias.
Tessituras entre estado e sociedade: panoramas da pesquisa em ciências humanas e sociais no sul da Bahia, 2020
Revista Extensão, 2019
Resumo: Este relato de experiência baseia-se na construção de um curso de integrativo entre pesqu... more Resumo: Este relato de experiência baseia-se na construção de um curso de integrativo entre pesquisa e extensão, onde as práticas geradoras do conhecimento se dão em contextos específicos, de diversidade e diálogo intercultural, com o propósito de estabelecer uma ação transforma-dora tanto para a Universidade como para a sociedade regional. O curso prevê ações em rede, refutando uma visão onde a extensão é vista como um saber que será oferecido aos usuários receptores, em uma concepção domesticadora do conhecimento. Busca-se assim a desconstrução das relações hierárquicas implícitas entre pesquisadores e pesquisados, fomentando processos interculturais entre diferentes tradições de conhecimento, como parte das metologias da pesquisa participativa que privilegiam a perspectiva intersubje-tiva e co-participativa. O curso de extensão encontra-se em sua fase inicial e buscaremos neste trabalho apresentar as primeiras impressões e experiências deste processo. Palavras-chave: Curso de extensão. Metodologias participativas. Escola indígena. Al-deia Pataxó Boca da Mata. Abstract: This experience report is based on the construction of an extension course,
Bérose. Encyclopédie internationale des histoires de l’anthropologie, 2019
Cahiers des Amériques latines 86 | 2017 : Syndicalismes et gouvernements progressistes, 2017
Histoire d'un projet indigéniste aux frontières du public et du privé (Brésil, 1840-1860) Étude H... more Histoire d'un projet indigéniste aux frontières du public et du privé (Brésil, 1840-1860) Étude Histoire d'un projet indigéniste aux frontières du public et du privé (Brésil, 18401860) História de um projeto indigenista entre as fronteiras do público e do privado (Brasil, 18401860) The story of an Indianist project in between the Public and Private boundaries (Brazil, 18401860)
Apesar dos dados serem relativamente escassos, 359 o estudo da história guarani no século XIX no ... more Apesar dos dados serem relativamente escassos, 359 o estudo da história guarani no século XIX no atual estado de Mato Grosso do Sul mostra-se paradigmático para a guaraniologia contemporânea, ao menos por dois diferentes motivos.
Resumo: O tema das " migrações " guarani foi pensado pela antropolo-gia contemporânea a partir do... more Resumo: O tema das " migrações " guarani foi pensado pela antropolo-gia contemporânea a partir do conceito cunhado por Curt Nimuenda-jú em 1914 de " Terra sem Mal ". Postulou-se, a partir desta categoria, que a mobilidade guarani se fundamentava por uma razão religiosa. A partir do diálogo entre estudos atuais a respeito desse tema e de documentos históricos sobre a colonização de São Paulo, Paraná e sul de Mato Grosso ao longo do século XIX e início do século XX, preten-demos pensar o que foi chamado de " migrações " guarani a partir de fatores múltiplos que incluem processos de mobilidade mais amplos. Nesse sentido, cruzando a documentação histórica referente à polí-tica de territorialização do século XIX e a etnografi a de Nimuendajú realizada na primeira década do século XX, delinearemos pistas que indicam que as supostas " migrações " expostas pelo jovem etnólogo alemão, descritas, sobretudo, a partir de particularismos etnográfi cos, se sobrepuseram a um cenário histórico denso e violento marcado por uma política de colonização que adentrou as fronteiras indígenas das regiões meridionais do Brasil. Palavras-chaves: Guarani; Curt Nimuendajú; João Henrique Elliott. Abstract: The Guarani's " migrations " was designed by contemporary anthropology based on the concept of " Land without Evil " coined by Curt Nimuendajú in 1914. It was postulated from this category, the idea that religion represented the core of a supposed essence Gua-rani. Starting from current studies regarding the Guarani prophecy and historical documents about the colonization of the provinces of Tellus, ano 13, n. 24, p. 121-158, jan./jun. 2013 Campo Grande, MS
The Apapocúva-Guarani myth of the " Land without Evil " appears in Americanist literature as penn... more The Apapocúva-Guarani myth of the " Land without Evil " appears in Americanist literature as penned by Curt Unkel Nimuendajú in 1914. In his book that goes on to deeply influence contemporary studies of the Guarani, Nimuendajú suggests that the " migration " of Guarani groups in the nineteenth century from the Mato Grosso eastward were explained based on the search of the lost paradise of the " Land without Evil ". He then suggested that the same explanation could be applied to many others Tupi-Guarani " migrations " in colonial or precolonial times. The suggestion was taken literally by Alfred Metraux and after him by many researchers. The " Land Without Evil " has become the mainstay of the Guarani religiosity and an unavoidable anthropological literature theme. It was only during the past two decades that strong criticism has emerged, protesting against the use, deemed abusive, of a single myth to interpret different religiosities or " migrations " occurring over several centuries. These critiques, however, left intact the basis of Nimuendaju hypothesis and have not taken the issue of " migration " of the nineteenth century. This article aims to examine this founding framework of Gua-rani studies. Far from taking sides in the debate, it strives to situate the myth and the Apapocúva migration in their historical context. Replace on the one hand the " migrations " of the nineteenth century in their historical context, particularly indigenist policies of the moment; rebuild on the other hand approach and the circumstances that enabled Ni-muendaju, sixty years after the " migration " to issue his hypothesis. This work does not only allow for a new reading of the " Land without Evil " ;
Les Indiens du Chaco et la guerre, années 1920/années 1930 Hommes, lieux, représentations Lorsque... more Les Indiens du Chaco et la guerre, années 1920/années 1930 Hommes, lieux, représentations Lorsque les colonies hispano-américaines conquirent leur indépendance au début du XIX e siècle, les élites fondatrices des républiques parmi les plus radicales ont tenu un discours, qui selon une terminologie moderne aurait pu participer d'un projet de décolonisation. D'esprit libéral, nourris par les Lumières, les patriotes américains pensèrent leur modernité dans le démantèlement de l'édifice colonial. Dénonciation de la position périphérique qui contraignait l'économie de la colonie et bloquait son développement, suppression de la société de castes et des statuts, « liberté des ventres » puis abolition de l'esclavage, partage des terres indivises pour faire des « Indiens » des petits propriétaires citoyens : l'utopie républicaine qui orienta les projets de sociétés dans les années 1810/1830 affirmait une rupture radicale avec l'archaïsme de la colonie espagnole. M...
Chaco (1932)(1933)(1934)(1935) tinerarios E ED DI IT TO OR RI IA AL L Este libro se publica graci... more Chaco (1932)(1933)(1934)(1935) tinerarios E ED DI IT TO OR RI IA AL L Este libro se publica gracias al apoyo de la Agence Nationale de la Recherche (Francia)
Pablo Barbosa, Nicolas Richard. La danza del cautivo. Figuras nivaclé de la ocupación del Chaco. ... more Pablo Barbosa, Nicolas Richard. La danza del cautivo. Figuras nivaclé de la ocupación del Chaco. I. Combès, L. Capdevila, N. Richard, P. Barbosa. Los hombres transparentes. Una visión de la guerra del Chaco desde las Tierras bajas., Cochabamba, Bolivia : ILAMIS, pp. 121-177, 2010, Scripta Autochtona.
El artículo retraza, a partir de una veintena de testimonios, la experiencia nivaclé de la guerra del Chaco, concentrándose en el problema de las mediaciones y de los mediadores que articulan la relación con el frente colóno y los ejércitos nacionales. El artículo intenta estudiar la evolución de esas lógicas de mediación entre el momento anterior a la guerra y el período que le sucede. Se estudiarán en particular las formas socio culturales de mediación de la violencia - escalpes, cautivos, ritualizaciones - y se mostrará cómo éstas formas siguen funcionando en el teatro de una guerra moderna e internacional.
Tellus A, 2014
O presente numero especial da Revista Tellus tem como principal objetivo homenagear o centenario ... more O presente numero especial da Revista Tellus tem como principal objetivo homenagear o centenario da publicacao d’As lendas da criacao e destruicao do mundo como fundamentos da religiao dos Apapocuva-Guarani, de autoria de Curt Nimuendaju (1883-1945). Esta primeira monografia da longa carreira do etnologo, que durou pouco mais de quatro decadas, desde sua chegada ao Brasil em 1903 ate sua morte numa aldeia Ticuna no Alto rio Solimoes em 1945, foi originalmente publicada em lingua alema, no ano de 1914, na revista berlinense Zeitschriftfur Ethnologie (Nimuendaju, 1914). Para nos que estudamos a historia dos povos indigenas e da antropologia sul-americana, os cem anos da publicacao dessa obra inaugural nao poderiam, de modo algum, passar em branco, nao somente pelo impacto real que ela teve na redefinicao das fronteiras da antropologia americanista, mas, sobretudo, pelos ruidos virtuais que ela ainda faz ecoar dentro e fora dos vastos limites daquilo que poderiamos chamar de guaraniolo...
Povos Indígenas, Independência e Muitas Histórias, 2022
A ideia central deste artigo é dupla. Por um lado, refl etir sobre o processo de formação históri... more A ideia central deste artigo é dupla. Por um lado, refl etir sobre o processo de formação histórica da fronteira entre o atual sul de Mato Grosso do Sul e a região nordeste do Paraguai. Desde o início, é importante ressaltar que esta fronteira começou a ser construída como um território extrativista e integrada aos mercados capitalistas duas décadas antes da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870) e não após o seu término, como argumentaram alguns antropólogos e historiadores contemporâneos (
65 Esse texto foi publicado originalmente em Yves Michaud (2000) e reeditado em Jean Bazin (2008)... more 65 Esse texto foi publicado originalmente em Yves Michaud (2000) e reeditado em Jean Bazin (2008) [ndt]. 66 Jean Bazin (1941-2001) foi um antropólogo francês diplomado em Filosofia na École Normale Supérieure (ENS) sob a orientação de Louis Althusser e doutorado em Antropologia com orientação de George Balandier na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS). Foi professor da Université de Paris V (René Descartes) e, posteriormente, membro e diretor do Laboratoire Genèse et Transformation des Mondes Sociaux (GTMS), atual Institut de Recherche Interdisciplinaire sur les Enjeux Sociaux (IRIS) da EHESS [ndt] 67 Tradução elaborada como parte das atividades do projeto CAPES-COFECUB, "Regimes nacionais da autoctonia. Situações autóctones e questão nacional nas Américas e Oceania", coordenado por João Pacheco de Oliveira e Alban Bensa (Edital no 04/2017, Processo-88881.143011/2017-01) [ndt] A ANTROPOLOGIA EM QUESTÃO: alteridade ou diferença 67 Jean Bazin (1941-2001) foi um antropólogo francês diplomado em Filosofia na École Normale Supérieure (ENS) sob a orientação de Louis Althusser e doutorado em Antropologia com orientação de George Balandier na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS). Foi professor da Université de Paris V (René Descartes) e, posteriormente, membro e diretor do Laboratoire Genèse et Transformation des Mondes Sociaux (GTMS), atual Institut de Recherche Interdisciplinaire sur les Enjeux Sociaux (IRIS) da EHESS [ndt] Tradução elaborada como parte das atividades do projeto CAPES-COFECUB, "Regimes nacionais da autoctonia. Situações autóctones e questão nacional nas Américas e Oceania", coordenado por João Pacheco de Oliveira e Alban Bensa (Edital no 04/2017, Processo-88881.143011/2017-01) [ndt] Esse texto foi publicado originalmente em Yves Michaud (2000) e reeditado em Jean Bazin (2008) [ndt].
La misión de la máquina. Técnica, extractivismo y conversión en las tierras bajas sudamericanas, 2021
Técnica, extractivismo y conversión en las tierras bajas sudamericanas SEZIONE Studi antropologic... more Técnica, extractivismo y conversión en las tierras bajas sudamericanas SEZIONE Studi antropologici, orientali, storico-religiosi 7 editores
Espaço ameríndio, 2020
PABLO ANTUNHA BARBOSA (TRADUTOR) CFCHS/UFSB, BRASIL LUCIANA BEATRIZ ÁVILA (TRADUTORA) CFCHS/UFSB,... more PABLO ANTUNHA BARBOSA (TRADUTOR) CFCHS/UFSB, BRASIL LUCIANA BEATRIZ ÁVILA (TRADUTORA) CFCHS/UFSB, BRASIL RESUMO: Este texto que ora apresentamos é uma tradução inédita do capítulo Interpréter ou décrire. Notes critiques sur la connaissance anthropologique de Jean Bazin (1941-2001. O diretor de estudos da EHESS abriu novos caminhos para a antropologia ao questionar as operações subjacentes à prática da pesquisa de campo. Segundo ele, esse dispositivo não se limita a coletar fatos já existentes, mas produz um conhecimento próprio que se dá em situações singulares de interações compartilhadas. Bem descrito, ele não fornece apenas materiais empíricos a serem interpretados, mas também se deixa entender como um aprendizado recíproco e igualitário. A perspectiva pragmática desenvolvida por Bazin acompanha sua crítica radical ao holismo e ao culturalismo. Etnolinguista da prática da língua bambara (Mali) e analista das lógicas do campo político, Bazin ampliou as perspectivas da antropologia, indo além de suas ideologias e utopias.
Tessituras entre estado e sociedade: panoramas da pesquisa em ciências humanas e sociais no sul da Bahia, 2020
Revista Extensão, 2019
Resumo: Este relato de experiência baseia-se na construção de um curso de integrativo entre pesqu... more Resumo: Este relato de experiência baseia-se na construção de um curso de integrativo entre pesquisa e extensão, onde as práticas geradoras do conhecimento se dão em contextos específicos, de diversidade e diálogo intercultural, com o propósito de estabelecer uma ação transforma-dora tanto para a Universidade como para a sociedade regional. O curso prevê ações em rede, refutando uma visão onde a extensão é vista como um saber que será oferecido aos usuários receptores, em uma concepção domesticadora do conhecimento. Busca-se assim a desconstrução das relações hierárquicas implícitas entre pesquisadores e pesquisados, fomentando processos interculturais entre diferentes tradições de conhecimento, como parte das metologias da pesquisa participativa que privilegiam a perspectiva intersubje-tiva e co-participativa. O curso de extensão encontra-se em sua fase inicial e buscaremos neste trabalho apresentar as primeiras impressões e experiências deste processo. Palavras-chave: Curso de extensão. Metodologias participativas. Escola indígena. Al-deia Pataxó Boca da Mata. Abstract: This experience report is based on the construction of an extension course,
Bérose. Encyclopédie internationale des histoires de l’anthropologie, 2019
Cahiers des Amériques latines 86 | 2017 : Syndicalismes et gouvernements progressistes, 2017
Histoire d'un projet indigéniste aux frontières du public et du privé (Brésil, 1840-1860) Étude H... more Histoire d'un projet indigéniste aux frontières du public et du privé (Brésil, 1840-1860) Étude Histoire d'un projet indigéniste aux frontières du public et du privé (Brésil, 18401860) História de um projeto indigenista entre as fronteiras do público e do privado (Brasil, 18401860) The story of an Indianist project in between the Public and Private boundaries (Brazil, 18401860)
Apesar dos dados serem relativamente escassos, 359 o estudo da história guarani no século XIX no ... more Apesar dos dados serem relativamente escassos, 359 o estudo da história guarani no século XIX no atual estado de Mato Grosso do Sul mostra-se paradigmático para a guaraniologia contemporânea, ao menos por dois diferentes motivos.
Resumo: O tema das " migrações " guarani foi pensado pela antropolo-gia contemporânea a partir do... more Resumo: O tema das " migrações " guarani foi pensado pela antropolo-gia contemporânea a partir do conceito cunhado por Curt Nimuenda-jú em 1914 de " Terra sem Mal ". Postulou-se, a partir desta categoria, que a mobilidade guarani se fundamentava por uma razão religiosa. A partir do diálogo entre estudos atuais a respeito desse tema e de documentos históricos sobre a colonização de São Paulo, Paraná e sul de Mato Grosso ao longo do século XIX e início do século XX, preten-demos pensar o que foi chamado de " migrações " guarani a partir de fatores múltiplos que incluem processos de mobilidade mais amplos. Nesse sentido, cruzando a documentação histórica referente à polí-tica de territorialização do século XIX e a etnografi a de Nimuendajú realizada na primeira década do século XX, delinearemos pistas que indicam que as supostas " migrações " expostas pelo jovem etnólogo alemão, descritas, sobretudo, a partir de particularismos etnográfi cos, se sobrepuseram a um cenário histórico denso e violento marcado por uma política de colonização que adentrou as fronteiras indígenas das regiões meridionais do Brasil. Palavras-chaves: Guarani; Curt Nimuendajú; João Henrique Elliott. Abstract: The Guarani's " migrations " was designed by contemporary anthropology based on the concept of " Land without Evil " coined by Curt Nimuendajú in 1914. It was postulated from this category, the idea that religion represented the core of a supposed essence Gua-rani. Starting from current studies regarding the Guarani prophecy and historical documents about the colonization of the provinces of Tellus, ano 13, n. 24, p. 121-158, jan./jun. 2013 Campo Grande, MS
The Apapocúva-Guarani myth of the " Land without Evil " appears in Americanist literature as penn... more The Apapocúva-Guarani myth of the " Land without Evil " appears in Americanist literature as penned by Curt Unkel Nimuendajú in 1914. In his book that goes on to deeply influence contemporary studies of the Guarani, Nimuendajú suggests that the " migration " of Guarani groups in the nineteenth century from the Mato Grosso eastward were explained based on the search of the lost paradise of the " Land without Evil ". He then suggested that the same explanation could be applied to many others Tupi-Guarani " migrations " in colonial or precolonial times. The suggestion was taken literally by Alfred Metraux and after him by many researchers. The " Land Without Evil " has become the mainstay of the Guarani religiosity and an unavoidable anthropological literature theme. It was only during the past two decades that strong criticism has emerged, protesting against the use, deemed abusive, of a single myth to interpret different religiosities or " migrations " occurring over several centuries. These critiques, however, left intact the basis of Nimuendaju hypothesis and have not taken the issue of " migration " of the nineteenth century. This article aims to examine this founding framework of Gua-rani studies. Far from taking sides in the debate, it strives to situate the myth and the Apapocúva migration in their historical context. Replace on the one hand the " migrations " of the nineteenth century in their historical context, particularly indigenist policies of the moment; rebuild on the other hand approach and the circumstances that enabled Ni-muendaju, sixty years after the " migration " to issue his hypothesis. This work does not only allow for a new reading of the " Land without Evil " ;
Les Indiens du Chaco et la guerre, années 1920/années 1930 Hommes, lieux, représentations Lorsque... more Les Indiens du Chaco et la guerre, années 1920/années 1930 Hommes, lieux, représentations Lorsque les colonies hispano-américaines conquirent leur indépendance au début du XIX e siècle, les élites fondatrices des républiques parmi les plus radicales ont tenu un discours, qui selon une terminologie moderne aurait pu participer d'un projet de décolonisation. D'esprit libéral, nourris par les Lumières, les patriotes américains pensèrent leur modernité dans le démantèlement de l'édifice colonial. Dénonciation de la position périphérique qui contraignait l'économie de la colonie et bloquait son développement, suppression de la société de castes et des statuts, « liberté des ventres » puis abolition de l'esclavage, partage des terres indivises pour faire des « Indiens » des petits propriétaires citoyens : l'utopie républicaine qui orienta les projets de sociétés dans les années 1810/1830 affirmait une rupture radicale avec l'archaïsme de la colonie espagnole. M...
Chaco (1932)(1933)(1934)(1935) tinerarios E ED DI IT TO OR RI IA AL L Este libro se publica graci... more Chaco (1932)(1933)(1934)(1935) tinerarios E ED DI IT TO OR RI IA AL L Este libro se publica gracias al apoyo de la Agence Nationale de la Recherche (Francia)
Pablo Barbosa, Nicolas Richard. La danza del cautivo. Figuras nivaclé de la ocupación del Chaco. ... more Pablo Barbosa, Nicolas Richard. La danza del cautivo. Figuras nivaclé de la ocupación del Chaco. I. Combès, L. Capdevila, N. Richard, P. Barbosa. Los hombres transparentes. Una visión de la guerra del Chaco desde las Tierras bajas., Cochabamba, Bolivia : ILAMIS, pp. 121-177, 2010, Scripta Autochtona.
El artículo retraza, a partir de una veintena de testimonios, la experiencia nivaclé de la guerra del Chaco, concentrándose en el problema de las mediaciones y de los mediadores que articulan la relación con el frente colóno y los ejércitos nacionales. El artículo intenta estudiar la evolución de esas lógicas de mediación entre el momento anterior a la guerra y el período que le sucede. Se estudiarán en particular las formas socio culturales de mediación de la violencia - escalpes, cautivos, ritualizaciones - y se mostrará cómo éstas formas siguen funcionando en el teatro de una guerra moderna e internacional.
Primera guerra moderna del continente sudamericano, la guerra del Chaco (1932-1935) fue también l... more Primera guerra moderna del continente sudamericano, la guerra del Chaco (1932-1935) fue también la última guerra de colonización de territorios indígenas libres.
Olvidados de los historiadores que suelen hablar del “desierto” del Chaco, los indígenas de la región fueron las primeras víctimas de una guerra ajena que remodeló por completo el paisaje étnico de la zona. Del lado de los antropólogos, si bien se menciona la guerra y sus consecuencias: epidemias, relocalizaciones, etc., pocos estudios se dedicaron a evaluar el impacto real del acontecimiento entre los diversos grupos indígenas.
A través de estos ensayos, los autores proponen invertir la perspectiva y devolver su dimensión indígena a una guerra que no sólo selló los destinos de dos países, sino los de muchas naciones chaqueñas.
by Lorena Córdoba, Nicolas Richard, Zelda Alice Franceschi, Pablo Antunha Barbosa, Diego Villar, Mickaël Orantin, Anna Guiteras Mombiola, Chiara Scardozzi, Alberto Preci, Rodrigo Montani, Maria Agustina Morando, André Menard, and Consuelo Hernández Valenzuela
Bononia University Press, Bologna (ISBN 978-88-6923-695-2, ISBN online 978-88-6923-696-9), 2021
Los diversos proyectos misioneros que actuaron sobre la Sudamérica indígena fueron ciertamente he... more Los diversos proyectos misioneros que actuaron sobre la Sudamérica indígena fueron ciertamente heterogéneos pero de una u otra forma acompañaron el proceso de expansión del capitalismo. Buena parte de las llamadas 'tierras bajas sudamericanas' permaneció relativamente marginal a la órbita del mercado mundial hasta finales del siglo XIX, cuando industrias como el caucho, la madera, el azúcar o la yerba mate las articularon de forma más fluida con un capitalismo tecnificado de corte netamente extractivista. Tal incorporación se dio de la mano del avance colonizador sobre el territorio indígena, de la consolidación inexorable de las fronteras externas de los nuevos Estados-nacionales y de nuevas oleadas misioneras (católicas y fundamentalmente protestantes) dedicadas a la labor evangelizadora pero a la vez a promover una agenda más o menos explícita de nacionalización y asimilación de la población autóctona. En este escenario, la máquina (camiones, motos, trenes, barcos de vapor, generadores, motosierras, armas, imprentas) se presentó como dispositivo mediador crucial en los procesos regionales que relacionaron al capital extractivista con los estados neocoloniales, con los proyectos misioneros y con aquellos indígenas que hasta entonces habían mantenido una articulación relativamente débil con la sociedad externa. Para explorar antropológicamente esa conexión entre pueblos indígenas, misiones religiosas, máquinas y extractivismo en las tierras bajas sudamericanas, este libro reúne trece estudios de antropólogos e historiadores especializados en el Chaco, la Amazonía y la Patagonia a fin de entender qué es lo que sucedió con esas materialidades asociadas con la misión: las máquinas, las herramientas, los saberes y también las técnicas que los propios religiosos promovieron, enseñaron o bien aprovecharon para incorporar a los indígenas al mercado y a la sociedad regional. A la vez, se trata de analizar qué repercusiones tuvieron esas diversas máquinas sobre las técnicas productivas indígenas, sobre la organización y la concepción del trabajo, sobre la construcción de los géneros y las relaciones sociales, sobre las articulaciones interétnicas, sobre las concepciones más abstractas del espacio, el tiempo y la causalidad, e incluso sobre las propias sensibilidades y estéticas nativas. Por fin, los estudios se interrogan sobre el destino de esas máquinas, herramientas y conocimientos cuando, por diversas razones, los diversos agentes misioneros se replegaron o se retiraron de los territorios indígenas.