Caue Pimentel | Universidade de São Paulo (original) (raw)

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Papers by Caue Pimentel

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by Héctor Luis Saint-Pierre, Marina Vitelli, David Succi, Jonathan de Assis, Ernesto Lopez, Luis Tibiletti, Rut Diamint, Laura M. Donadelli, Bruna Bosi Moreira, Camila Braga, Caue Pimentel, Êmille Matos, Érica Winand, Erik Ribeiro, Flávia De Ávila, Flavio Neri Hadmann Jasper, Giovanna Ayres Arantes de Paiva, Guilherme Thudium, Joao Roberto Martins Filho, José Augusto Zague, Alexandre Fuccille, luis tibiletti, Marcos Alan Ferreira, Marcos José Barbieri Ferreira, Maria Celina D Araujo, Matheus de Oliveira Pereira, Nicolás Rodriguez Games, Paulo Kuhlmann, Tamires Souza, Tomaz Paoliello, Valquiria Nathali Cavalcante Falcão, and Vanessa Braga Matijascic

DICIONÁRIO DE SEGURANÇA E DEFESA, 2018

Contém verbetes referidos aos conceitos mais empregados na área de Defesa e Segurança. Eles são a... more Contém verbetes referidos aos conceitos mais empregados na área de Defesa e Segurança. Eles são artigos cuidadosamente elaborados pelos mais importantes pesquisadores do tema referido, tanto nacionais quanto estrangeiros. Na escolha dos articulistas e na seleção dos trabalhos não houve nenhuma diretriz de tipo ideológica nem política. Em todos os casos primou a confiança nos autores e na premissa ética da sua busca pela objetividade científica. A única diretriz sugerida aos autores foi a de ter sempre em mente o leitor, aquele especialista na matéria, o professor universitário e todos aqueles que se interessem pela Defesa Nacional e a Segurança. Assim, pretende-se desmitificar algumas palavras usualmente empregadas pelo jornalismo, pouco atento ainda às particularidades dos conflitos, às particularidades cambiantes das guerras e as prioridades nacionais para a defesa. Os conceitos aqui tratados, além de esclarecer as questões semânticas e históricas do significado dos termos tratados, foram burilados como imprescindíveis ferramentas epistêmicas na tarefa permanente do pesquisador destas áreas. A construção conceitual em redes permite derivar de um verbete a outro empregando links naquelas palavras empregadas no verbete que remitam a outro conceito tratado em outro verbete. As indicações bibliográficas foram selecionadas cuidadosamente, sem falsa erudição e com o único propósito de auxiliar ao leitor interessado em se aprofundar no estudo de algum tema da área de Defesa e Segurança

Research paper thumbnail of Reavaliando a inserção do Brasil no Atlântico Sul: comércio, cooperação e diplomacia  (ANPOCS 2017)

Na última década, o Brasil aumentou visivelmente sua presença no vetor Atlântico Sul. Esse cresci... more Na última década, o Brasil aumentou visivelmente sua presença no vetor Atlântico Sul. Esse crescimento foi percebido, tanto pela academia quanto pela diplomacia pátria, como resultado da elevação do perfil internacional do país na geopolítica global, por meio do aumento da cooperação internacional, elevação do comércio regional e maior da presença diplomática brasileira nesse espaço estratégico. Esse paper propõe-se a comparar os avanços da política externa brasileira na África vis-á-vis o crescimento da presença de outros atores internacionais na região, no período de 2002-2015. Ao analisar alguns indicadores sobre a performance regional brasileira em relação ao comércio, diplomacia e cooperação em defesa, os resultados iniciais dessa comparação demonstram que o crescimento brasileiro na África acompanhou uma tendência geral seguida por outros países, emergentes e desenvolvidos, que também aumentaram significativamente sua presença no continente africano. Assim, o novo rol da diplomacia brasileira na África é menos surpreendente e menos diferenciado do que análises anteriores sugeriram. De acordo com os resultados iniciais da pesquisa, seria necessário revisar a bibliografia corrente sobre o papel brasileiro na África, de modo a precisar, empiricamente, os limites e os desafios da inserção do país nessa região fundamental para as ambições da diplomacia brasileira.

Research paper thumbnail of O ressurgimento da ZOPACAS  e a agenda de segurança no Atlântico Sul

O artigo explora a revitalização da ZOPACAS na agenda de segurança brasileira. Com base no conce... more O artigo explora a revitalização da ZOPACAS na agenda de segurança brasileira. Com base no conceito de security governance, argumenta-se que apesar das ambições brasileiras em transformar o Atlântico Sul
em espaço privilegiado para sua projeção internacional, a ZOPACAS padece de problemas de institucionalização, agravados pela falta de capacidades materiais e pela concorrência com as grandes potências presentes na região.

The article explores the revitalization of the ZOPACAS mechanism in the
Brazilian security agenda. Based on the concept of security governance, it is argued that despite Brazilian ambitions of transformin the South
Atlantic into a privileged space for its international projection, ZOPACAS suffers from problems of institutionalization, aggravated by the lack of material capacity andbthe competition with the major powers acting in the region.

Research paper thumbnail of ENTRE O LIVRE-MERCADO E O COMPROMISSO MULTILATERAL:  OPÇÕES DE REGULAÇÃO INTERNACIONAL SOBRE EMPRESAS  MILITARES E DE SEGURANÇA PRIVADA

Este artigo tem como problema central o fenômeno das Empresas Militares e de Segurança Privada (... more Este artigo tem como problema central o fenômeno das Empresas Militares e de
Segurança Privada (EMSPs) e seu papel no uso da força. O objetivo é analisar os processos
de regulação para controlar este setor que floresceu a partir da década de 1990. Analisar-
se-ão duas propostas negociadas internacionalmente: o “Projeto de Convenção” do Grupo
de Trabalho sobre Mercenários das Nações Unidas que configura uma opção pelo controle
tradicional através de tratado multilateral; e o “Documento de Montreux”, projeto de
iniciativa suíça que congrega Estados e integrantes do setor privado para a criação de um
Código Internacional de Conduta. A hipótese do artigo aponta que países exportadores de
serviços de segurança, notadamente Estados Unidos e Reino Unido, favorecem uma saída
de regulação pró-mercado que beneficia a iniciativa privada. Ao apoiar a iniciativa suíça,
os Estados exportadores conduzem o debate e indicam que estas empresas não serão
desmobilizadas, senão que este mercado crescerá nas próximas décadas apesar das
preocupações sobre os efeitos da alienação do monopólio estatal do uso da força e suas
consequências sobre o respeito aos direitos humanos e ao accountability democrático. Para
conduzir a análise, proceder-se-á uma observação detalhada dos principais documentos que
formam a constelação de propostas de regulação, assim como notas sobre os processos
decisórios através dos quais esses marcos foram elaborados e votados. Será possível
apreciar como o tema da regulação das EMSPs não é somente um problema de natureza
técnica ou jurídica, e sim um debate político onde prevalecem interesses econômicos e
estratégicos que dominam a segurança internacional contemporânea.

Research paper thumbnail of Empresas Militares Privadas como Agentes Securitizantes: uma análise conceitual a partir do  caso estadunidense

Securitizantes: uma análise conceitual a partir do caso estadunidense 1 RESUMO Este artigo discut... more Securitizantes: uma análise conceitual a partir do caso estadunidense 1 RESUMO Este artigo discute o fenômeno das Empresas Militares Privadas através do conceito de agente securitizante. Estas companhias cresceram vertiginosamente na última década e tem despertado a atenção da academia gerando uma rica bibliografia especializada que, todavia, carece de uma conceituação mais sólida sobre o espaço e o papel destas empresas dentro da política internacional. Este artigo propõe uma delimitação do conceito de Empresas Militares Privadas como agentes dotados de capacidade de moldar os entendimentos e políticas de segurança e que, portanto, são um elemento importante na configuração da política internacional no pós-Guerra Fria. Para explorar este conceito, este artigo abordará as EMPs a partir da experiência norte-americana no Afeganistão e Iraque. Estes dois conflitos servem como um espaço privilegiado para a análise das EMPs devido à volumosa e incisiva participação destas empresas no campo de batalha. Analisando esta experiência, poder-se-á observar como as EMPs são um componente importante na definição da política de segurança norte-americana e sua caracterização como agentes securitizantes. Palavras-chave: Empresas Militares Privadas, Segurança e Defesa, Securitização, Teoria Crítica INTRODUÇÃO Este trabalho aborda o caso recente das Empresas Militares Privadas através do arcabouço teórico da Escola de Copenhague. O tema das EMPs tem ganhado espaço nos debates acadêmicos sobre as novas guerras e a reconfiguração sobre o uso da força no pós-Guerra Fria. Apesar do número crescente de trabalhos, há pouca abordagem teórica consistente sobre o objeto. Assim, o objetivo deste paper é esboçar as categorias analíticas que podem ser utilizadas para abordar este fenômeno. A escolha pela Escola de Copenhague (EC) se dá pela atual difusão de sua produção teórica, influenciando diversos campos dos estudos de segurança, bem como pelo poder explicativo de seu conceito base -a securitização. Em última instância, a EC lida com a pergunta central sobre quais são as características de um problema dito de segurança internacional (BUZAN et al, 1998, p.21). A diferença central entre segurança internacional e a segurança doméstica é que a lógica da primeira repousa sobre a dinâmica da disputa por poder e da sobrevivência enquanto a segunda está ligada a

Research paper thumbnail of Restrições Orçamentárias no Departamento de Defesa e seus Impactos sobre a Política Americana de Segurança

Edições completas by Caue Pimentel

Research paper thumbnail of Volume 4 - Edição 2

Edição 2 do Volume 4 da Revista Brazilian Journal of International Relations, que pretende ser um... more Edição 2 do Volume 4 da Revista Brazilian Journal of International Relations, que pretende ser um espaço aberto, plural e transparente para a demonstração científica da dinâmica contemporânea das relações internacionais.
Os artigos individuais podem ser acessados em http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/bjir/issue/view/342

Thesis Chapters by Caue Pimentel

Research paper thumbnail of Avaliando a Performance Regional do Brasil no Atlântico Sul

RESUMO Na última década, o Brasil aumentou significativamente sua presença na região do Atlântico... more RESUMO Na última década, o Brasil aumentou significativamente sua presença na região do Atlântico Sul. Esse crescimento foi percebido por acadêmicos e decision-makers como evidência do novo perfil e do novo status do país enquanto poder emergente nas relações internacionais. Nesse sentido, especialistas, militares e diplomatas previram que o Brasil assumiria, paulatinamente, o papel de um líder regional e de um aglutinador de uma identidade sul-atlântica, possivelmente fundindo a costa ocidental africana e a costa leste sul-americana em um Complexo Regional de Segurança unificado, insulando outras potências da região. O objetivo dessa tese é comparar os esforços da política externa brasileira na costa africana sul-atlântica vis-à-vis a presença de outras potências – principalmente Estados Unidos, China, França e o Reino Unido – para poder avaliar, empiricamente, a performance do Brasil na região, entre 2002 e 2016. A hipótese principal desta tese é que a ascensão do Brasil nesse quadrante estratégico é menos pujante do que análises anteriores demonstraram e que parte do crescimento brasileiro na região pode ser compreendido como parte de tendências sistêmicas, uma vez que praticamente todas potências aumentaram significativamente seus esforços diplomáticos e cooperativos na região durante esse período. Logo, busca-se demonstrar como o papel do Brasil na região é, apesar do crescimento, menos superlativo e menos diferenciado do que outras análises acadêmicas sugeriram. Adicionalmente, os resultados ilustram como a região está se tornando profundamente fragmentada, na forma de uma governança da segurança complexa, marcada por intricadas dinâmicas de cooperação e competição entre poderes regionais e extrarregionais. Finalmente, as conclusões desse trabalho são uma contribuição para se repensar a ascensão do Brasil no sistema internacional, uma vez que demonstra alguns dos desafios e dos problemas envoltos na projeção do país enquanto potência emergente em uma região fundamental para as ambições brasileiras em matéria de política internacional.

Books by Caue Pimentel

Research paper thumbnail of Empresas Militares e de Segurança Privada (Verbete)

Dicionário de Segurança e Defesa, 2018

Dicionário de Segurança e Defesa (Editora Unesp). Verbete: Empresas Militares e de Segurança Privada

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by Héctor Luis Saint-Pierre, Marina Vitelli, David Succi, Jonathan de Assis, Ernesto Lopez, Luis Tibiletti, Rut Diamint, Laura M. Donadelli, Bruna Bosi Moreira, Camila Braga, Caue Pimentel, Êmille Matos, Érica Winand, Erik Ribeiro, Flávia De Ávila, Flavio Neri Hadmann Jasper, Giovanna Ayres Arantes de Paiva, Guilherme Thudium, Joao Roberto Martins Filho, José Augusto Zague, Alexandre Fuccille, luis tibiletti, Marcos Alan Ferreira, Marcos José Barbieri Ferreira, Maria Celina D Araujo, Matheus de Oliveira Pereira, Nicolás Rodriguez Games, Paulo Kuhlmann, Tamires Souza, Tomaz Paoliello, Valquiria Nathali Cavalcante Falcão, and Vanessa Braga Matijascic

DICIONÁRIO DE SEGURANÇA E DEFESA, 2018

Contém verbetes referidos aos conceitos mais empregados na área de Defesa e Segurança. Eles são a... more Contém verbetes referidos aos conceitos mais empregados na área de Defesa e Segurança. Eles são artigos cuidadosamente elaborados pelos mais importantes pesquisadores do tema referido, tanto nacionais quanto estrangeiros. Na escolha dos articulistas e na seleção dos trabalhos não houve nenhuma diretriz de tipo ideológica nem política. Em todos os casos primou a confiança nos autores e na premissa ética da sua busca pela objetividade científica. A única diretriz sugerida aos autores foi a de ter sempre em mente o leitor, aquele especialista na matéria, o professor universitário e todos aqueles que se interessem pela Defesa Nacional e a Segurança. Assim, pretende-se desmitificar algumas palavras usualmente empregadas pelo jornalismo, pouco atento ainda às particularidades dos conflitos, às particularidades cambiantes das guerras e as prioridades nacionais para a defesa. Os conceitos aqui tratados, além de esclarecer as questões semânticas e históricas do significado dos termos tratados, foram burilados como imprescindíveis ferramentas epistêmicas na tarefa permanente do pesquisador destas áreas. A construção conceitual em redes permite derivar de um verbete a outro empregando links naquelas palavras empregadas no verbete que remitam a outro conceito tratado em outro verbete. As indicações bibliográficas foram selecionadas cuidadosamente, sem falsa erudição e com o único propósito de auxiliar ao leitor interessado em se aprofundar no estudo de algum tema da área de Defesa e Segurança

Research paper thumbnail of Reavaliando a inserção do Brasil no Atlântico Sul: comércio, cooperação e diplomacia  (ANPOCS 2017)

Na última década, o Brasil aumentou visivelmente sua presença no vetor Atlântico Sul. Esse cresci... more Na última década, o Brasil aumentou visivelmente sua presença no vetor Atlântico Sul. Esse crescimento foi percebido, tanto pela academia quanto pela diplomacia pátria, como resultado da elevação do perfil internacional do país na geopolítica global, por meio do aumento da cooperação internacional, elevação do comércio regional e maior da presença diplomática brasileira nesse espaço estratégico. Esse paper propõe-se a comparar os avanços da política externa brasileira na África vis-á-vis o crescimento da presença de outros atores internacionais na região, no período de 2002-2015. Ao analisar alguns indicadores sobre a performance regional brasileira em relação ao comércio, diplomacia e cooperação em defesa, os resultados iniciais dessa comparação demonstram que o crescimento brasileiro na África acompanhou uma tendência geral seguida por outros países, emergentes e desenvolvidos, que também aumentaram significativamente sua presença no continente africano. Assim, o novo rol da diplomacia brasileira na África é menos surpreendente e menos diferenciado do que análises anteriores sugeriram. De acordo com os resultados iniciais da pesquisa, seria necessário revisar a bibliografia corrente sobre o papel brasileiro na África, de modo a precisar, empiricamente, os limites e os desafios da inserção do país nessa região fundamental para as ambições da diplomacia brasileira.

Research paper thumbnail of O ressurgimento da ZOPACAS  e a agenda de segurança no Atlântico Sul

O artigo explora a revitalização da ZOPACAS na agenda de segurança brasileira. Com base no conce... more O artigo explora a revitalização da ZOPACAS na agenda de segurança brasileira. Com base no conceito de security governance, argumenta-se que apesar das ambições brasileiras em transformar o Atlântico Sul
em espaço privilegiado para sua projeção internacional, a ZOPACAS padece de problemas de institucionalização, agravados pela falta de capacidades materiais e pela concorrência com as grandes potências presentes na região.

The article explores the revitalization of the ZOPACAS mechanism in the
Brazilian security agenda. Based on the concept of security governance, it is argued that despite Brazilian ambitions of transformin the South
Atlantic into a privileged space for its international projection, ZOPACAS suffers from problems of institutionalization, aggravated by the lack of material capacity andbthe competition with the major powers acting in the region.

Research paper thumbnail of ENTRE O LIVRE-MERCADO E O COMPROMISSO MULTILATERAL:  OPÇÕES DE REGULAÇÃO INTERNACIONAL SOBRE EMPRESAS  MILITARES E DE SEGURANÇA PRIVADA

Este artigo tem como problema central o fenômeno das Empresas Militares e de Segurança Privada (... more Este artigo tem como problema central o fenômeno das Empresas Militares e de
Segurança Privada (EMSPs) e seu papel no uso da força. O objetivo é analisar os processos
de regulação para controlar este setor que floresceu a partir da década de 1990. Analisar-
se-ão duas propostas negociadas internacionalmente: o “Projeto de Convenção” do Grupo
de Trabalho sobre Mercenários das Nações Unidas que configura uma opção pelo controle
tradicional através de tratado multilateral; e o “Documento de Montreux”, projeto de
iniciativa suíça que congrega Estados e integrantes do setor privado para a criação de um
Código Internacional de Conduta. A hipótese do artigo aponta que países exportadores de
serviços de segurança, notadamente Estados Unidos e Reino Unido, favorecem uma saída
de regulação pró-mercado que beneficia a iniciativa privada. Ao apoiar a iniciativa suíça,
os Estados exportadores conduzem o debate e indicam que estas empresas não serão
desmobilizadas, senão que este mercado crescerá nas próximas décadas apesar das
preocupações sobre os efeitos da alienação do monopólio estatal do uso da força e suas
consequências sobre o respeito aos direitos humanos e ao accountability democrático. Para
conduzir a análise, proceder-se-á uma observação detalhada dos principais documentos que
formam a constelação de propostas de regulação, assim como notas sobre os processos
decisórios através dos quais esses marcos foram elaborados e votados. Será possível
apreciar como o tema da regulação das EMSPs não é somente um problema de natureza
técnica ou jurídica, e sim um debate político onde prevalecem interesses econômicos e
estratégicos que dominam a segurança internacional contemporânea.

Research paper thumbnail of Empresas Militares Privadas como Agentes Securitizantes: uma análise conceitual a partir do  caso estadunidense

Securitizantes: uma análise conceitual a partir do caso estadunidense 1 RESUMO Este artigo discut... more Securitizantes: uma análise conceitual a partir do caso estadunidense 1 RESUMO Este artigo discute o fenômeno das Empresas Militares Privadas através do conceito de agente securitizante. Estas companhias cresceram vertiginosamente na última década e tem despertado a atenção da academia gerando uma rica bibliografia especializada que, todavia, carece de uma conceituação mais sólida sobre o espaço e o papel destas empresas dentro da política internacional. Este artigo propõe uma delimitação do conceito de Empresas Militares Privadas como agentes dotados de capacidade de moldar os entendimentos e políticas de segurança e que, portanto, são um elemento importante na configuração da política internacional no pós-Guerra Fria. Para explorar este conceito, este artigo abordará as EMPs a partir da experiência norte-americana no Afeganistão e Iraque. Estes dois conflitos servem como um espaço privilegiado para a análise das EMPs devido à volumosa e incisiva participação destas empresas no campo de batalha. Analisando esta experiência, poder-se-á observar como as EMPs são um componente importante na definição da política de segurança norte-americana e sua caracterização como agentes securitizantes. Palavras-chave: Empresas Militares Privadas, Segurança e Defesa, Securitização, Teoria Crítica INTRODUÇÃO Este trabalho aborda o caso recente das Empresas Militares Privadas através do arcabouço teórico da Escola de Copenhague. O tema das EMPs tem ganhado espaço nos debates acadêmicos sobre as novas guerras e a reconfiguração sobre o uso da força no pós-Guerra Fria. Apesar do número crescente de trabalhos, há pouca abordagem teórica consistente sobre o objeto. Assim, o objetivo deste paper é esboçar as categorias analíticas que podem ser utilizadas para abordar este fenômeno. A escolha pela Escola de Copenhague (EC) se dá pela atual difusão de sua produção teórica, influenciando diversos campos dos estudos de segurança, bem como pelo poder explicativo de seu conceito base -a securitização. Em última instância, a EC lida com a pergunta central sobre quais são as características de um problema dito de segurança internacional (BUZAN et al, 1998, p.21). A diferença central entre segurança internacional e a segurança doméstica é que a lógica da primeira repousa sobre a dinâmica da disputa por poder e da sobrevivência enquanto a segunda está ligada a

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Edição 2 do Volume 4 da Revista Brazilian Journal of International Relations, que pretende ser um... more Edição 2 do Volume 4 da Revista Brazilian Journal of International Relations, que pretende ser um espaço aberto, plural e transparente para a demonstração científica da dinâmica contemporânea das relações internacionais.
Os artigos individuais podem ser acessados em http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/bjir/issue/view/342

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RESUMO Na última década, o Brasil aumentou significativamente sua presença na região do Atlântico... more RESUMO Na última década, o Brasil aumentou significativamente sua presença na região do Atlântico Sul. Esse crescimento foi percebido por acadêmicos e decision-makers como evidência do novo perfil e do novo status do país enquanto poder emergente nas relações internacionais. Nesse sentido, especialistas, militares e diplomatas previram que o Brasil assumiria, paulatinamente, o papel de um líder regional e de um aglutinador de uma identidade sul-atlântica, possivelmente fundindo a costa ocidental africana e a costa leste sul-americana em um Complexo Regional de Segurança unificado, insulando outras potências da região. O objetivo dessa tese é comparar os esforços da política externa brasileira na costa africana sul-atlântica vis-à-vis a presença de outras potências – principalmente Estados Unidos, China, França e o Reino Unido – para poder avaliar, empiricamente, a performance do Brasil na região, entre 2002 e 2016. A hipótese principal desta tese é que a ascensão do Brasil nesse quadrante estratégico é menos pujante do que análises anteriores demonstraram e que parte do crescimento brasileiro na região pode ser compreendido como parte de tendências sistêmicas, uma vez que praticamente todas potências aumentaram significativamente seus esforços diplomáticos e cooperativos na região durante esse período. Logo, busca-se demonstrar como o papel do Brasil na região é, apesar do crescimento, menos superlativo e menos diferenciado do que outras análises acadêmicas sugeriram. Adicionalmente, os resultados ilustram como a região está se tornando profundamente fragmentada, na forma de uma governança da segurança complexa, marcada por intricadas dinâmicas de cooperação e competição entre poderes regionais e extrarregionais. Finalmente, as conclusões desse trabalho são uma contribuição para se repensar a ascensão do Brasil no sistema internacional, uma vez que demonstra alguns dos desafios e dos problemas envoltos na projeção do país enquanto potência emergente em uma região fundamental para as ambições brasileiras em matéria de política internacional.

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Dicionário de Segurança e Defesa, 2018

Dicionário de Segurança e Defesa (Editora Unesp). Verbete: Empresas Militares e de Segurança Privada