Tabernas e Taberneiros em Lisboa (original) (raw)
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El Futuro del Pasado, 2024
Resumo: A taberna foi sempre espaço de sociabilidade, local de consumo de vinho e de petiscos, mas também de escândalo pois ali se jogava, se discutiam ideias e se aliciavam prostitutas, apresentando-se como um prolongamento da rua. A documentação dos Feitos findos, guardada no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Lisboa), oferece-nos um retrato da violência física e verbal envolvendo mulheres que exerciam as funções de taberneiras na Lisboa dos finais do Antigo Regime. Se algumas foram prevaricadoras, outras surgiram como vítimas. Foram estudados 18 casos situados entre 1805 e 1833. Palavras-chave: Mulheres; Portugal; Sociabilidade; Tabernas; Século xix. Abstract: The tavern has always been a space for sociability, a place where wine and also some food are consumed, but where people also played games, discuss ideas and entice prostitutes. The documentation of the Feitos Findos, kept in the Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Lisbon), offers us a picture of the physical and verbal violence involving women who worked as tavern keeper in Lisbon at the end of the Ancien Regime. If some were prevaricators, others emerge as victims. We studied eighteen cases dated between 1805 and 1833.
Sobre a alimentação popular urbana no início do século XIX: tabernas e casas de pasto lisboetas
in José Vicente Serrão, Magda A. Pinheiro, Mª Fátima S.M. Ferreira (orgs), Desenvolvimento económico e mudança social. Portugal nos últimos dois séculos. Homenagem a Miriam Halpern Pereira, Lisboa, ICS. 2009, pp. 227-248.
Sobre a alimentação popular urbana no início do século XIX: tabernas e casas de pasto lisboetas/ On popular urban food in the early nineteenth century Lisbon / Sobre la alimentación popular urbana a principios del siglo XIX en Lisboa / Alimentation urbaine populaire au début du XIXe siècle en Lisbonne
Comida de rua na Lisboa Moderna (sécs. XVI e XVII)
DIZ-ME O QUE COMES... ALIMENTAÇÃO ANTES E DEPOIS DA CIDADE. Fragmentos de Arqueologia de Lisboa 1, 2017
A transformação de Lisboa num empório comercial mundial no final do século XV conduziu a um considerável aumento da sua população que, consequentemente, propiciou o desenvolvimento e alargamento de uma vasta rede de atividades comerciais e de abastecimento urbano com o objetivo último de suprir as necessidades mais básicas dos moradores, nomeadamente a sua alimentação. As múltiplas relações de viagem e testemunhos de estrangeiros que passaram pela capital do império português dão conta de uma pujante vida comercial nas ruas de Lisboa, destacando-se a considerável quantidade de pessoas e estabelecimentos dedicados à produção e venda de comida feita, isto é, de preparados culinários prontos a consumir. De assadores de sardinha a estalagens e tabernas, o transeunte tinha acesso uma grande variedade de produtos e preparados que refletem uma tipologia muito específica de hábitos alimentares, o das populações urbanas modernas. Por outro lado, algumas destas atividades revelam, ainda, uma curiosa e complexa organização e ocupação da malha urbana lisboeta, concentrando-se em locais específicos da cidade e dotadas de regimentos e legislação própria, refletindo, em determinados casos, uma organização gremial e de considerável reconhecimento social.
A alimentação em Lisboa no decurso da Idade do Ferro, Rua dos Correeiros (Lisboa)
As escavações efectuadas no subsolo da baixa de Lisboa, no Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros, permitiram a identificação de diversos contextos arqueológicos, de carácter habitacional e artesanal, dos séculos V a inícios do IV a.C. Esses contextos forneceram um assinalável conjunto de restos mamalógicos e malacológicos. No caso dos mamíferos, a maioria dos elementos são de animais domésticos (vaca, ovelha, cabra, porco, cavalo e cão), com uma reduzida representação de animais caçados (veado). Também a presença de moluscos demonstra a utilização de recursos aquáticos. Estes resultados permitem sobretudo a reconstituição da dieta alimentar e, por via dela, das características económicas e até sociais do respectivo segmento da população que então ocupava a área ribeirinha da urbe.
Estucadores do Ticino na Lisboa joanina
RESUMO: O artigo analisa os estuques decorativos ainda existentes na cidade de Lisboa, atribuíveis ao reinado de D. João V, a partir da linguagem decorativa utilizada, entre a regência francesa e os primeiros sinais do rococó. Na transmissão dessa linguagem terão tido um papel de destaque os estucadores do Ticino então em Lisboa, exímios “maestri d’arte”, alguns deles já com um longo percurso profissional noutros países da Europa. A partir de fontes documentais inéditas são apresentados novos dados sobre as origens de João Grossi (Giovanni Maria Teodoro Grossi), o mais famoso desses estucadores, e recuperam-se do esquecimento outros artistas do Ticino que com ele provavelmente colaboraram: Domenico Maria Plura, Carlo Sebastiano Staffieri, Giovanni Francesco Righetti, Sebastiano Toscanelli e Michele Reale. ABSTRACT: This paper analyses the ornamental stuccos still existing in Lisbon that may be attributed to the reign of D. João V, on the basis of their decorative elements, from the French Regency to the first signs of the rococo. The stuccoists from Ticino living in Lisbon at the time – highly skilled "maestri d’arte”, some of them with years of professional experience obtained previously in other European countries - played an important role in the transmission of those artistic languages. New data uncovers the origins of the most famous of those stuccoists, João Grossi (Giovanni Maria Teodoro Grossi), and sheds light on other contemporary artists from Ticino that are likely to have woeked with him in Lisbon: Domenico Maria Plura, Carlo Sebastiano Staffieri, Giovanni Francesco Righetti, Sebastiano Toscanelli and Michele Reale.
Revista Rossio, 2019
A crescente idealização da varina como figura de Lisboa, verificada no século passado, incentivou o estudo do principal grupo do qual ela dimanou, a comunidade “ovarina” da Madragoa. Desde finais do século XVIII que vagas de pescadores oriundos de territórios ribeirinhos nacionais, particularmente da região de Aveiro, protagonizaram movimentos migratórios oscilantes aportando sazonalmente nas praias de Lisboa. A localização da freguesia de Santos-o-Velho junto ao rio e a contígua costa marítima em cujas águas abundava o pescado converteu o bairro da Madragoa num importante ponto de fixação da comunidade piscatória migrante.
Os Caldeireiros de Lisboa - Problemáticas de um inventário.
Extrair e Produzir...dos primeiros artefactos à industrialização, 2018
A produção de caldeiraria e maquinaria a vapor teve uma representação efectiva na cidade de Lisboa através da existência de oficinas de serralharia, durante os finais do século XIX e os inícios do século XX, das quais destacamos João Perez, família Collares ou Pierre Dumorá entre outras. A maior parte destas empresas não atingiam as dimensões em área, recursos humanos, ou mesmo em produção que as grandes marcas inglesas ou alemãs responsáveis por um abastecimento a nível global. Neste sentido é fundamental debater se estas oficinas ou espaços fabris seriam indiscutivelmente espaços industriais ainda que tendo contribuído abundantemente para um processo de industrialização,independentemente do sucesso do mesmo.Os registos oficiais das entidades reguladoras e dos inquéritos industriais nacionais apontam para uma actividade que terá deixado exemplares das suas criações únicas no território português. Alguns destes exemplares ainda se encontram no terreno com maior ou menor possibilidade de interpretação arqueológica. Como tantas outras materialidades destas épocas do passado recente, correm um sério risco de desaparecer.O objectivo deste trabalho é dar a conhecer as produções destas oficinas, com exemplos de equipamentos que ainda podem ser encontrados no território português, relacionando-os com aquilo que são os registos oficiais, com todas as limitações e problemas que os mesmos encerram.
Osvaldo Coggiola -Líbano, a história e a barbárie O argumento da "desproporcionalidade" da reação israelense aos seqüestros, utilizado pelos governos europeus, e também por algumas belles âmes "humanitárias", que se situam em cima do muro na luta entre as nações oprimidas e o imperialismo, legitima o fundamento da ação israelense-imperialista, e pretende apenas limitar ex post facto as suas conseqüências, ocupando um lugar na reação política amparada por regimes "democráticos", quando não justifica diretamente o ataque israelense como legítima, embora exagerada, reação contra o "terrorismo islâmico". 2 O G8, reunido em Moscou com a presença dos europeus, se alinhou com Washington e Tel Aviv, com um comunicado acusando o Hezbollah e o Hamas pelo conflito no Oriente ARTIGOS -Março/2007 ISSN: 1676-86717 www.gtehc.pro.br Osvaldo Coggiola -Líbano, a história e a barbárie