ARTIGO: A HISTÓRIA DA CULTURA ESCRITA E SUAS POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES À INTERPRETAÇÃO BÍBLICA CONTEMPORÂNEA (original) (raw)

EM BUSCA DE APROXIMAÇÕES ENTRE A HISTÓRIA DA CULTURA ESCRITA E A EDUCAÇÃO DE SURDOS

Fênix - Revista de História e Estudos Culturais, 2021

Este ensaio tem como objetivo refletir e fazer uma aproximação entre os campos da História da Cultura Escrita e da Educação de Surdos. A fim de se alcançar este propósito, as questões elencadas para discussão foram: algumas considerações acerca do campo da História Cultural da escrita; a educação dos surdos numa perspectiva histórica; a língua de sinaisuma modalidade linguística viso-gestual; a visão da surdez numa perspectiva social e os desafios do letramento na educação bilíngue para surdos. Ventilam-se, pois, possibilidades de investigações num campo ainda desafiador e não desbravado: a história cultural das práticas de escrita de sujeitos surdos.

Dossiê: História da Cultura Escrita

Revista Brasileira de História da Educação, 2016

Um detalhamento dessas "entradas" e um balanço da produção no campo nos últimos anos podem ser encontrados em Galvão (2010).

ENTRANDO NA CULTURA ESCRITA: UM CASO IMPROVÁVEL NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX

O que ele contava -e que a família recita como um mito de origem -é que foi o primeiro filho varão, nascido em 1903, 1 de uma família "humilde" e sem "muita instrução, em Cachoeira do Campo, um distrito de Ouro Preto. Embora seu avô, José, fosse "homem de algumas posses", 2 tivesse o ofício de correerio e sua oficina fosse considerada grandeé o que se relata -, teria conseguido educar apenas um de seus 14 filhos, no Seminário da Boa Morte, em Mariana, onde se ordenou sacerdote em 1888. Os outros irmãos "ficaram

POR UMA ABORDAGEM DA HISTÓRIA CULTURAL DAS PRÁTICAS DE ESCRITA NA EDIÇÃO DE TEXTOS

ALEA: Estudos Neolatinos - PPGLEN, UFRJ, 2017

RESUMO O artigo discute a mudança de paradigma que ocorreu no campo da História, o surgimento da História Cultural das Práticas de Escrita, os efeitos dessa mudança no âmbito de disciplinas próximas à Filologia, especialmente à Crítica Textual, destacando a interdisciplinaridade como alternativa para inovar e explorar as potencialidades do texto como construto histórico, social, cultural e linguístico. A discussão está fundamentada numa revisão bibliográfica com o intuito de apontar novos caminhos para a edição de textos, considerando a abordagem da História Cultural das Práticas de Escrita. O estudo demonstrou que o diálogo interdisciplinar tem provocado mudanças consideráveis no âmbito da Crítica Textual, ampliando as possibilidades de estudo do texto.

PRÁTICAS CULTURAIS DA ESCRITA: EDIÇÃO E LEITURA DO MANUSCRITO ALFABETIZAÇÃO, ETC. E TAL DE EULÁLIO MOTTA

O artigo apresenta uma edição semidiplomática do manuscrito Alfabetização etc. e tal do escritor baiano Eulálio Motta (1907-1988), e um estudo das práticas de alfabeti-zação formal na comunidade Capela do Bom Jesus, no município de Mundo Novo – BA, na década de 1950. O texto editado revela práticas sociais do ensino da escrita e da leitura no sertão baiano e para empreender o estudo e a edição do texto foram conside-radas as relações entre filologia e acervos de escritores (BARREIROS, 2012); os usos sociais da escrita enquanto prática escriturística capaz de “inventar” o cotidiano (CER-TEAU, 2008); a história cultural das práticas de escrita (CASTILLO GÓMEZ, 2002; CHARTIER, 2001); a história da educação no Brasil (COSTA; TAMAROZZI, 2009), a formação de professores e as interfaces entre escrita e memória (BRANDÃO, 2002; NORA, 1993). A pesquisa pretende contribuir para o conhecimento da história cultural das práticas de escrita do sertão da Bahia.

Historiografia literária contemporânea- Experiências cruzadas

2019

Através da leitura crítica de experimentos contemporâneos de historiografia literária, a tese Historiografia literária contemporânea: experiências cruzadas desenvolve um modelo teórico que reflete a expansão do fenômeno literário e a produção de conhecimento multidisciplinar nas áreas dos Estudos de Literatura e de História. Considerando o espaço híbrido ocupado pela historiografia literária, que une em sua escrita discursos científicos e narrativas literárias, a investigação enfatiza a dinâmica complexa dos processos interativos entre corpo, mente e ambiência. Nesta ótica, avalia-se o descompasso entre a criatividade experimental de historiografias (literárias) atuais em sua configuração estrutural e temática e a oferta de repertórios teóricos atentos aos cruzamentos da percepção sensível e do pensamento inteligível. Os experimentos historiográficos analisados demandam pressupostos epistemológicos alinhados com formas de conhecimento atravessadas por sensibilidades e intuições que orientam as relações entre texto e contexto, entre história e literatura, entre observador e objeto observado. Eles são investigados em vista da elaboração de novas ferramentas que enfatizam processos de retroalimentação entre afecções do corpo, processos cognitivos e experiências situadas. Este cruzamento de múltiplos saberes e olhares, de ideias e afetos na percepção sensorial e na reflexão racional, encontra apoio, entre outros, em propostas desenvolvidas por António R. Damásio acerca das relações entre corpo e mente no campo das neurociências, na concepção da cultura como hipertexto apresentada por Stephen Greenblatt no contexto do ideário do New Historicism e no projeto não-hermenêutico de Hans Ulrich Gumbrecht, contrapondo à hegemonia da cultura de sentido uma cultura de presença, com acento sobre a materialidade da comunicação. Em suma, a presente tese, propondo uma reflexão nos interstícios do corpo e da mente, representa uma contribuição oportuna para uma inovação e ampliação significativa de formas e estratégias de construção de conhecimento na área dos Estudos de Literatura, a partir do diálogomultidisciplinar marcado pela mediação entre reflexão teórica e prática literária, que caracteriza historiografias literárias contemporâneas.

INTRODUÇÃO - Apontamentos para a História das CULTURAS DE ESCRITA: DA IDADE DO FERRO À ERA DIGITAL HISTÓRIA DO ALGARVE 03

Agradecimentos: Muitos foram os que tornaram possível a concretização deste projecto que já vai no número 3. A alguns deles, que não vêm referidos no corpo da obra, é necessário deixar aqui o nosso agradecimento: a Lúcia Costa (luciacosta80@gmail.com), a designer que mais uma vez concebeu e deu rosto a esta publicação, e um especial obrigado a Emanuel Sancho, director do Museu do Trajo de São Brás de Alportel, uma presença constante e dedicada. Nota: O uso do Acordo Ortográfico de 1990 foi opção de cada autor. Com o Alto Patrocínio da Direcção Regional de Cultura do Algarve Com o apoio de:

CULTURA ESCRITA NO BRASIL: modos e condições de inserção

Resumo – Cultura escrita no Brasil: modos e condições de inserção. Este artigo realiza uma análise exploratória da distribuição do acesso à cultura escrita no Brasil, bem como de seus principais condicionantes. Para isso, examina dados de investigação em grande escala construídos pelo Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF). Os resul-tados da análise mostram que, no caso brasileiro, a maior parte da população tende a concentrar-se nos níveis mais elementares de alfabetismo e que uma menor ou maior duração da escolarização parece ser um dos principais fatores que regulam essa distri-buição do acesso à cultura escrita. Apesar disso, os resultados evidenciam, ainda, que, na sociedade brasileira, encontram-se fortes limitações ao poder equalizador da duração da escolarização sobre o acesso a níveis mais altos de alfabetismo. ABSTRACT – Literacy in Brazil: access and conditioning factors. This article discusses an exploratory analysis of the distribution of access to written culture in Brazil, as well as its main conditioning factors. It examines large-scale research data constructed by the National Indicator of Functional Literacy (INAF). The analysis results show that in the Brazilian case most of the population tends to concentrate in the most elementary levels of literacy and that a longer or shorter length of schooling seems to be one of the main factors that regulate the distribution of access to the written culture.