Os espaços residenciais fechados do setor sul de Ribeirão Preto e o domínio do capital mercantil no processo de expansão urbana no município nos anos 2000 (original) (raw)
A expansão urbana de Campinas através de condomínios e loteamentos fechados (1974 - 2005)
pelo apoio que tornou possível o desenvolvimento desta pesquisa. À Profª. Drª. Sarah Feldman, pela orientação realizada sempre com dedicação e rigor. Aos meus pais, Balbina Ferreira da Silva e Vitor Bueno da Silva, pelo constante e incondicional apoio, e por estarem sempre de prontidão para me auxiliar nos momentos difíceis e para compartilhar as conquistas. Ao meu grande companheiro José Filipe Lyra, pelo carinho e incentivo nesta árdua jornada e pelo auxílio na edição de algumas imagens.
Cadernos Metrópole, 2019
Resumo Examina-se o mercado residencial na Região Metropolitana de São Paulo, considerada laboratório de investigação pela extensão, variedade de perfis municipais e de empresas atuantes, arcabouços institucionais, políticas urbanas e habitacionais. As dinâmicas urbanas imobiliárias são analisadas nos períodos de expansão e desaceleração do setor imobiliário nos anos 2000, atentando para especificidades de processos envolvendo o ambiente construído nos municípios da região. Adota-se uma análise multiescalar com dados macroeconômicos e setoriais, organizando uma periodização para caracterizar elementos da oferta privada de moradia, agentes promotores e estratégias empresariais por período e diferentes mercados (maduros e frágeis), além das tendências gerais. Observaram-se mudanças nas estratégias dos agentes e perfil dos produtos conforme o período de expansão ou desaceleração e porte do município/mercado.
Capital mercantil, circuito imobiliário e crise urbana
Capital mercantil, circuito imobiliário e crise urbana., 2021
Fix, Mariana; Ventura Neto, Raul . Capital mercantil, circuito imobiliário e crise urbana. In: Santos, Adroaldo Quintela; Galvão, Antonio Carlos; Bolaño, César Ricardo, Patrício, Cid Olival; Macedo, Mariano; Oliveira, Nelson Victor. (Org.). Wilson Cano. A questão regional e urbana no Brasil.. 1ed.São Paulo: Associação Brasileira dos Economistas pela Democracia; Fundação Perseu Abramo; Expressão Popular, 2021, v. 1, p. 120-145.
A oferta residencial na retração imobiliária da metrópole paulistana nos anos 2000
Cadernos Metrópole, 2022
Resumo A análise identifica mudanças e continuidades no comportamento da oferta residencial na retração imobiliária da Região Metropolitana de São Paulo nos anos 2000. Estrutura-se uma periodização, considerando movimentos macroeconômicos e seus impactos no setor imobiliário. Observam-se dinâmicas baseadas em subtipos de mercado e vetores de expansão da oferta, refletindo especificidades e rugosidades no território metropolitano, além das características dos lançamentos e sua precificação balizada nos financiamentos disponíveis e estratégias de maximização de ganhos dos incorporadores. Verifica-se um reposicionamento do setor em que o mercado da Capital assume centralidade nas estratégias que regionalmente contrarrestam a crise com oferta importante de produtos econômicos e alterações nos padrões, apoiada no Programa Minha Casa Minha Vida, mediante crescente participação de grandes empresas.
Cadernos EBAPE.BR
Resumo Este artigo resulta de estudo comparativo de processos urbanos no interior paulista a partir da vigência do Estatuto da Cidade (Lei Federal n. 10.257/2001, marco regulatório dos artigos 182 e 183 da Constituição Federal de 1988). Consideram-se variáveis principais: i) os impactos urbanos da reestruturação produtiva da agroindústria canavieira; e ii) as ações dos grupos privados e do poder público municipal na configuração urbana e na gestão da cidade. O processo de financeirização da economia mundial, hegemônico desde 1990, impôs a redução do Estado, acirrou a competitividade internacional, resultando em amplo processo de reestruturação produtiva e na internacionalização do agronegócio brasileiro, impactando fortemente as localidades integradas pelas cadeias produtivas das commodities. As cidades assumiram protagonismo, tendo suas vantagens locacionais largamente utilizadas pelo poder público e pelos grupos privados na atração dos negócios, caracterizando o empresariamento ur...
Tudo muda. Tudo se torna. Não há nada de permanente, escapando ao tempo. Não há nada de durável. A Pólis [Cité], a Cidade, o Urbano não se encontram fora do Devir. Não mais que os movimentos parciais: o mundo torna-se nosso mundo, no entanto, o devir difere conforme as escalas, as dimensões, os ritmos. O devir tem leis e pode ser analisado: ele tem ritmos lentos e outros rápidos, se bem que relativos. Assim, portanto, o nascimento e o desenvolvimento. Igualmente, há tática e estratégia: tática no imediato e no atual rápido; a açãoestratégia lenta a longo, médio ou curto prazo. Tudo o que é muda, mas desigualmente; as formas duram mais que os conteúdos e resistem ao tempo, embora se dissolvam e acabemcomo tudo no mundo! O urbano, forma atual da simultaneidade, da reunião, da unidade, interroga-nos ao mesmo tempo sobre a forma e o conteúdo... Henri Lefebvre (1986) O capitalismo, dessa maneira, por sua própria natureza, solapou a autonomia local, tanto quanto a autosuficiência local, e introduziu um elemento de instabilidade, aliás, de corrosão ativa, nas cidades existentes. Em sua ênfase na especulação, não na segurança, nas inovações lucrativas antes que nas tradições conservadoras do valor e da continuidade, o capitalismo tendeu a desmantelar toda estrutura da vida urbana e coloca-la numa nova base impessoal: o dinheiro e o lucro. Lewis Mumford (1961 [1998]) A economia mercantilespecialmente a economia capitalistatende a substituir na consciência dos produtores o valor de uso pelo valor de troca e as relações humanas concretas e significativas por relações abstratas e universais entre vendedores e compradores; desse modo, tende a substituir no conjunto da vida humana o qualitativo pelo quantitativo. Lucien Goldmann (1959) O mundo, nas condições atuais, visto como um todo, é nosso estranho. O lugar, nosso próximo, restitui-nos o mundo: se este pode esconder pela sua essência, não pode fazê-lo pela sua existência. No lugar, estamos condenados a conhecer o mundo pelo que ele já é, mas, também, pelo que ainda não é. O futuro, e não o passado, torna-se a nossa âncora. Milton Santos (1994) A experiência urbana, mais que nunca, possui um sentido político [...] A evolução contemporânea da cidade obriga [...] a encontrar o sentido político da cidade que passa por uma ressurgência dos lugares frente aos fluxos globalizados [...] A utopia urbana reencontra um sentido, mas ela não se escreve mais por uma única mão, ela não é mais o feito de um único autor, ela corresponde a uma aventura coletiva. Olivier Mongin (2009) Não existe uma estrada real para a ciência, e somente aqueles que não temem a fadiga de galgar suas trilhas escarpadas têm chance de atingir seus cumes luminosos Kark Marx (1872) O comércio abastece-nos de utilidades e ilusões igualmente indispensáveis Carlos Drummond de Andrade (1990) AGRADECIMENTOS Finalizar um percurso de um doutoramento é algo que diretamente ou indiretamente envolve muitas pessoas. São chegadas e partidas, encontros e desencontros que atravessam a nossa vida e que nos enriquecem como pessoa e seres humanos. Um trabalho desta natureza, a realização da tese de doutorado, nunca é feito isoladamente. Somos sempre afetados por uns, por outros, por muitos e muitas. Esse percurso iniciou-se, formalmente, em 2014 e se encerra, agora, em 2018, mas, eu diria que esse percurso que aqui se "encerra" vem de muito mais longe. Esses agradecimentos começaram a ser escritos em um aeroporto durante uma das viagens que fiz no último ano, em 2017. Muitas foram as pessoas que me ajudaram, de uma forma ou de outra, a pensar, a avançar, a fazer escolhas, a refletir sobre o que estava sendo escrito, mas também sobre o nosso papel no mundo em que vivemos. Assumi o risco, por escolha, de tentar citá-las uma a uma, embora o risco de "esquecer" alguém esteja sempre presente. É a elas a quem me dirijo neste momento, com muita satisfação e alegria. Eu agradeço primeiramente a Deus pelas oportunidades, pela luz, pela sabedoria e paciência que me guiaram durante todo este tempo de pesquisa e de vida social e acadêmica. Aos meus pais, Neuma e Cláudio, e as minhas irmãs, Jéssica e Kyhara, e minha avó, Maria Soares (in memoriam), os meus profundos agradecimentos. Muito obrigado por estarem sempre comigo, nos meus momentos de alegria e felicidade, e nos de tristeza, me estimulando e me incentivando sempre a continuar, a ir além. Vocês são inspirações para mim. Amo vocês! A toda a minha família, tios e tias, primos e primas, mais próximo e mais distantes, que me deram todo apoio durante este tempo. Tia Salete (Lala), Natércia (Tetéa), Sandra, Adriana (Dianinha), David, Zezinho, Vilma... À Carminha, dirijo meus sinceros agradecimentos. Sou muito grato a você pelas conversas, pelas dicas, pelos debates, cafés, pelas reflexões que constituíram um momento ímpar na minha vida acadêmica e pessoal nesses anos todos que tenho vivido em Presidente Prudente. Muito obrigado por tudo! Agradeço a professora Eda Maria Goes, e ao professor Everaldo Santos Melazzo, que foram sempre receptivos às minhas inquietações e aos debates e ideias que eu me propus a refletir. A participação de vocês na minha qualificação ajudou muito a compreender as potencialidades e limitações da tese, e com isso tentar melhorar o texto escrito, resolver impasses, avançar em algumas direções e "fechar" algumas ideias. Meus agradecimentos também vão para as professoras Denise Elias e Silvana Pintaudi, que aceitaram o convite para compor a banca de defesa. Obrigado pela leitura atenta ao trabalho e pelas contribuições ao mesmo, aos debates, críticas e provocações. Tudo isso ajudará a melhorar um pouco mais o que foi escrito. Agradeço aos professores Eliseu Sposito, Nécio Turra Neto, Arthur Magon Whitacker, Márcio Catelan pelas conversas, ajudas, contribuições das mais diversas naturezas, que sempre me estimularam desde que cheguei em Prudente, durante o mestrado e, agora, durante o doutorado. Obrigado a vocês. Aos amigos e colegas que fiz durante todo este tempo de vida em Prudente, alguns desde o mestrado, e outros a partir do doutorado, alguns ainda em Prudente, outros não mais: Do Gasperr, meus agradecimentos vão para: Não poderia deixar de agradecer, também, a todos aqueles com quem compartilhei vários momentos da vida prudentina e fora dela: Raphael Diniz (grato pelo resumé), Roberta, Entre novembro de 2014 e abril de 2015 fiz um estágio sanduíche na Europa. Vivi por cinco meses na Espanha, na cidade de Lleida, e um mês na França, em Lyon. Apesar de no início ter ficado com um pouco de medo, pois foi a primeira vez que de fato saí do Brasil, fui me acostumando aos poucos com o inverno europeu (inclusive nevou em Lleida, coisa rara!). Em Lleida, na comunidade Autônoma de Catalúnia, Espanha, meus agradecimentos vão para a professora Cármen Bellet, a qual me acolheu e me supervisionou durante o período que fiquei na Universidad de Lleida (UdL). As reuniões, cafés, sugestões de leituras, de abordagens, a intermediação com contatos para realização de entrevistas, enfim, contribuíram bastante para minha formação. Agradeço também a Laura Agor, Tanja Strecker, Ramón Morell, Eduardo Olazabal Salgado, com quem dividia todos os dias um café da manhã nas proximidades da UdL. Esses cafés eram sempre acompanhados de risadas, conversas, debates sobre política, futebol, sobre o Brasil. Momentos agradáveis que vivi com vocês... moltes gràcies! Na França, a professora Leca Enali De Biaggi, da Université Jean Moulin (Lyon 3), que me recebeu como supervisora no Centre de Recherche em Geographie et Amenágement (C.R.G.A) por uma rápida estadia de um mês. Embora tendo sido um tempo curto, foi intenso, com muitas atividades, contribuições. Não poderia esquecer, também, das professoras Virginie Chasles, Céline Broggio, Martine Droulers, e do prof. Bernard Bret, que também conheci e me foram bastante receptivos (inclusive falando em português!). Mercí beacoup! Do mesmo laboratório da Université Jean Moulin, agradeço, também, Carolina e a Vanessa, duas brasileiras que também cursavam doutorado na época em que eu estive em Lyon, e com quem tive muitas conversas agradáveis, e também a Damien Petermann. A ajuda de vocês a conseguir bibliografias específicas para minha pesquisa e a conhecer um pouco da cidade. Obrigado! Agradeço a Octavie Paris, que conheci por meio da Rita, e prontamente se dispôs a me ajudar no que eu precisasse, tanto em questões a respeito da minha pesquisa, com o envio de material da França via e-mail, quanto em questões mais "logísticas", encontrando uma hospedagem para mim em Lyon, na casa de Nora, Thiphaine e Lise, que me receberam carinhosamente em Lyon para uma estadia de um mês na cidade. Sou grato a todas vocês! Mercí beacoup! À Natália (Naty), Gisele (Gi) e a Beatriz (Bia, que fez a arte da capa!), com quem dividi meu cotidiano durante os últimos anos da tese. Foram muitas alegrias, conversas, almoços, feijoadas, lanches, cervejas, escondidinhos de cabotiá (hummmm), enfim, muitos momentos que jamais esquecerei. Obrigado por me aturarem, por me ajudarem, por puxarem minha orelha quando necessário, pelos conselhos, por tudo. A Vitor Camacho, agradeço pela ajuda e colaboração na confecção do material cartográfico presente nesta tese, pela paciência nos diálogos, correções e ajustes nos mapas. Amigos e amigas, alguns que fiz durante o mestrado, outros que fiz durante o doutorado, e mesmo aqueles que já fazem parte da minha trajetória desde a graduação! Sou muito grato, que por várias oportunidades me ajudaram, se dispuseram para diálogos, tanto acadêmicos como a respeito das crises existenciais que vez ou outra aparecem, me estenderam o ombro quando necessário, e que compartilharam momentos e diálogos felizes. Muito obrigado Jucier, Vânia, Mariana Valença. Vocês são especiais para mim! Direciono, também, meus agradecimentos a Syntia Kelly, por tudo o que vivemos, pelo tempo que passamos juntos, e pelos momentos que compartilhamos, os quais foram importantes e...
2016
Neste trabalho, estuda-se a alocação de riqueza na antiga vila de São Sebastião do Ribeirão Preto, durante a década de 1870. A fonte documental utilizada são os inventários post-mortem da localidade. Nesse período, o pequeno núcleo urbano passou por uma série de transformações que foram essenciais na preparação do que se tornaria um dos principais núcleos produtores de café do interior paulista no último quartel do século XIX. Os diversos bens encontrados no corpus documental considerado foram agrupados em cinco categorias – bens imóveis, escravos, animais, bens móveis e dívidas ativas – e os valores, originalmente expressos em mil-réis, foram transformados em libras esterlinas.
Diversão noturna e fragmentação socioespacial: o caso de Ribeirão Preto (SP)
Editora UNESP eBooks, 2021
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