Candomblé Research Papers - Academia.edu (original) (raw)
The Jamaican government reconsidering the Obeah Act in the summer of 2019 highlighted the legacy of prejudice and criminalization of Africana religious systems and practices left by colonization across ethno-linguistic borders and the... more
The Jamaican government reconsidering the Obeah Act in the summer of 2019 highlighted the legacy of prejudice and criminalization of Africana religious systems and practices left by colonization across ethno-linguistic borders and the broader Black Atlantic. It also highlighted how some traditions such as Béninois Vodun, Candomblé, Santería, and oriṣa worship in parts of Nigeria have successfully managed to combat state policing and prejudice to gain official recognition and legal protection. However, this article analyzes the way even the legal and conceptual success of Africana religions in the modern world places them in a Catch-22. Drawing attention to the fundamental differences between modern conceptions and assumptions of what constitutes “religion,” the article traces the history of how modern political and legal structures either exclude and oppress Africana traditions or exert subtle pressure on them to conform to conceptions of “religion” that are more intelligible and ac...
Apesar de oficialmente a Igreja Católica guardar o 26 de setembro para os Santos C osme e Damião, o calendário popular comemora no dia 27. Existe uma tradição am plamente difundida no Brasil, e em algumas outras partes do mundo, que... more
Apesar de oficialmente a Igreja Católica guardar o 26 de setembro para os Santos C osme e Damião, o calendário popular comemora no dia 27. Existe uma tradição am plamente difundida no Brasil, e em algumas outras partes do mundo, que consiste em colocar um pratinho de doce no canto da casa como homenagem aos gêmeos e distribuir sacolinhas com balas para as crianças. O ritual, meio católico, meio africa no, tem o objetivo de renovar as boas energias, dar sorte, garantirsaúde e, claro, ale grar a criançada. Na casa de minha família, uma roça de Omolocôreligiosidade de matrizes afro-indígena e católicao pratinho de Cosme e Damião era farto de suspiro, maria-mole, pé-demoleque e bala de coco. Considerando que o conteúdo era de grande interesse das crianças, e que, ao contrário dos gêmeos canonizados, as danadas pouco tinham de santas, o prato estava fadado ao furto.
Este livro objetiva suscitar a percepção de que em terras brasileiras, territórios, religiosidades e saúdes foram e são apropriados pelos grupos afrodescendentes de acordo com suas particularidades e valores, seus interesses e suas... more
Este livro objetiva suscitar a percepção de que em terras brasileiras, territórios, religiosidades e saúdes foram e são apropriados pelos grupos afrodescendentes de acordo com suas particularidades e valores, seus interesses e suas interações junto à sociedade nacional. Também visa divulgar reflexões, estudos e resultados produzidos por pesquisadores e agentes religiosos de diversas instituições.
Apresentação e sumário do livro "Direitos dos Povos de Terreiro" (Eduneb, 2018)
Resumo: Do intercâmbio cultural dos escravos e ex-escravos africanos que foram para o Brasil e o contato com os europeus e povos indígenas da terra, surgiram as diversas modalidades de religiões afro-brasileiras, dentre elas, o candomblé,... more
Capítulo publicado no livro "Direitos dos Povos de Terreiro" (Eduneb, 2018).
Partindo de um dos elementos do fazer musical do conjunto instrumental percussivo dos candombles da nacao ketu-nago, os toques do instrumento idiofonico ga, este trabalho busca mostrar como a pratica musical assume carater inalienavel as... more
Partindo de um dos elementos do fazer musical do conjunto instrumental percussivo dos candombles da nacao ketu-nago, os toques do instrumento idiofonico ga, este trabalho busca mostrar como a pratica musical assume carater inalienavel as praticas ritualisticas que expressam todo o sistema de crencas
A frase que intitula o texto é de Makota Valdina Pinto, liderança do terreiro Nzo Onimboya, em Salvador: antes, ela ressaltava que, para a cultura bantu, o tempo é profundo, anterior ao humano: tempo, portanto, ancestral. 1 Há muito a... more
A frase que intitula o texto é de Makota Valdina Pinto, liderança do terreiro Nzo Onimboya, em Salvador: antes, ela ressaltava que, para a cultura bantu, o tempo é profundo, anterior ao humano: tempo, portanto, ancestral. 1 Há muito a aprender com a formulação de Makota Valdina: ela sugere uma espécie de ontologia (ou melhor, uma pragmática) das passagens e das transmutações. Trata-se, em outros termos, de abrir caminhos: como passar do tempo ao vento e do vento ao tempo? Ou ainda do tempo antes do humano ao tempo humano, ao tempo com o humano (a história)? Como passar do vento ao tempo de modo que um se torne o outro sem deixar de ser um e outro? Não seria esta uma operação de montagem, operação, portanto e em alguma medida, cinematográfica?^^^^Â bá (1992) é um filme de Raquel Gerber e Cristina Amaral que, em sua poética concisão, *Esse texto não seria possível sem o minucioso relato sobre Abá, que me foi enviado por Raquel Gerber, a quem agradeço enormemente. Muitas das idéias aqui esboçadas surgiram de conversas -entre uma carona e outracom Ewerton Belico. Agradeço a ele também a oportunidade de escrever sobre esse belo filme. A Junia Torres, Edgar Barbosa Neto, Amaranta Cesar e César Guimarães, sou grato pela leitura generosa do artigo. **Professor do Departamento de Comunicação Social da UFMG, onde integra o Grupo de Pesquisa Poéticas da Experiência e a equipe de editores da Revista Devires -Cinema e Humanidades. Participa da Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG. 1. Entrevista disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=P0ziJx0KWRE>.
Objetiva-se descrever a situação etnolinguística de comunidades-terreiros de Candomblé jeji maxi do Brasil, de origem beninense, etnia fon, oeste africano. As principais comunidades são o Zògbódó Bògún Màlé Sɛ̀jáhùnɖé (Roça do Ventura,... more
Objetiva-se descrever a situação etnolinguística de comunidades-terreiros de Candomblé jeji maxi do Brasil, de origem beninense, etnia fon, oeste africano. As principais comunidades são o Zògbódó Bògún Màlé Sɛ̀jáhùnɖé (Roça do Ventura, Cachoeira-BA), Zoogodo Bogun Male Hundo (Terreiro do Bogun, Salvador-BA) e o Hunkpame Ayono Huntoloji (Huntoloji, em Cachoeira-BA). A Roça do Ventura hoje possui o título de 1º Consulado Honorário Cultural dos Povos Tradicionais Fon do mundo, inaugurado em 14/03/2018, pelo 1º Secretário da Embaixada do Benim no Brasil e pelo Pontífice do Culto ao Vodun no mundo. Nestas comunidades, estão presentes o português e o fɔngbé, este classificado como língua nígero-congolesa, grupo gbe, sub-família kwa. Esta língua possui 1,7 milhões de falantes no Benim e 36 mil na Nigéria, além de influenciar o crioulo haitiano e o léxico do espanhol dominicano (LEFEBVRE & BROUSSEAU, 2002). O foco desta pesquisa é interdisciplinar, seja pelo viés histórico, político e de contato linguístico que há no processo de escravização de negros africanos multilíngues, seja pelo viés social e de configuração de “comunidades de práticas” antropologicamente situadas (ECKERT, 2000). Este termo configura-se como um agregado de pessoas que se reúnem em torno de um compromisso mútuo com alguns esforços comuns, maneiras de se fazerem as coisas, formas de falar, crenças, valores e relações de poder e surgem no decorrer da sua atividade conjunta em torno desse esforço coletivo. Ademais, este trabalho segue a perspectiva do pensamento racial crítico que diz que sujeitos negros só se reconhecerão como indivíduos e terão voz dentro e fora do sistema quando forem adotadas novas práticas sociais em todos os ambientes, sobretudo na academia. No que se refere especificamente às relações étnico-raciais e ao desenvolvimento da pesquisa de campo, mencionam-se os seguintes autores: Diop (1974), Fanon (2008) e Hall (2003). Metodologicamente, sob uma abordagem de natureza etnográfica, os dados se compõem a partir de análise documental, observação-participante e pela recolha e análise de depoimentos. Como produto parcial, têm-se alguns resultados: o uso linguístico do fɔngbé - como língua ritual - e a vivência de cultura fon se fortaleceram (principalmente o léxico) a partir da preservação de segredos e manutenção do Sagrado pelos ancestrais africanos e pelos antepassados da diáspora brasileira. Acredita-se que esta pesquisa contribui à compreensão da diversidade linguística do Brasil e para os estudos de descrição do Português Brasileiro, sobretudo de variedades regionais/populares/rurais, a fim de preencher uma lacuna em relação aos estudos linguísticos, com ênfase na variação, contato e política linguística.
VOODOOBLUES: Il misterioso caso di Robert Johnson. Incroci religiosi e musicali tra Africa, America e Italia” unisce la religione al blues e la storia alla leggenda, in un particolare percorso attraverso atmosfere esoteriche, miti,... more
VOODOOBLUES: Il misterioso caso di Robert Johnson. Incroci religiosi e musicali tra Africa, America e Italia” unisce la religione al blues e la storia alla leggenda, in un particolare percorso attraverso atmosfere esoteriche, miti, tradizioni e ovviamente musica. A far da guida tra le pagine di questo libro c’è Robert Johnson, figura da sempre considerata misteriosa per il suo fantomatico patto col Diavolo in cambio della straordinaria abilità nel suonare la chitarra.
I capitoli riguardanti le canzoni di Robert Johnson si alternano a quelli che approfondiscono l’universo magico sacrale delle diverse religioni afroamericane come il Voodoo e il Candomblè. Trovano spazio anche le polveri magiche dell’Hoodoo, le divinità degli antichi Romani, il Tarantismo del Sud Italia e le società segrete haitiane.
Ma, alla fin fine, quanto c’è di vero nel patto diabolico più famoso del mondo del blues?
- by Sara Bao
- •
- Religion, Music, Blues, African-American Music
A estrutura hierárquica e os símbolos de poder são apresentados neste estudo através de descrições, depoimentos e imagens extraídos dos terreiros de Candomblé e de seu povo. Buscar-se-á, pois, deslindar o cotidiano das relações... more
A estrutura hierárquica e os símbolos de poder são apresentados neste estudo através de descrições, depoimentos e imagens extraídos dos terreiros de Candomblé e de seu povo. Buscar-se-á, pois, deslindar o cotidiano das relações de poder entre os agentes, focalizando práticas, saberes e História enquanto experiências constituintes dos seus modos de vida. Estas experiências se dão num cenário marcado por autoridade, preceito e muito segredo constituindo-se num ambiente organizacional mítico e simbólico. A realização deste estudo se justifica pela pouca visibilidade dada, por parte da teoria organizacional, à abordagem do poder nessas organizações caracteristicamente baianas e tradicionais do ponto de vista religioso e cultural. Assim, com o intuito de conhecer o poder nesse universo e como estas pessoas percebem as suas próprias experiências, utilizamos o estudo exploratório e a observação participante como instrumentos metodológicos à condução da pesquisa.
Functional Neurological Disorder (FND), otherwise known as Conversion Disorder, is characterized by abnormal sensory or motor symptoms that are determined to be “incompatible” with neurological disease. FND patients are a challenge for... more
Functional Neurological Disorder (FND), otherwise known as Conversion Disorder, is characterized by abnormal
sensory or motor symptoms that are determined to be “incompatible” with neurological disease. FND patients
are a challenge for contemporary medicine. They experience high levels of distress, disability, and social isolation,
yet a large proportion of those treated do not get better. Patients with FNDs are often misdiagnosed and
suffer from stigma, dysfunctional medical encounters and scarcity of adequate treatments. In this paper we argue
that an anthropological understanding of these phenomena is needed for improving diagnosis and therapies. We
argue that cultural meaning is pivotal in the development of FND on three levels. 1) The embodiment of cultural
models, as shared representations and beliefs about illnesses shape the manifestation of symptoms and the meanings
of sensations; 2) The socialization of personal trauma and chronic stress, as the way in which individuals
are socially primed to cope or to reframe personal trauma and chronic stress affects bodily symptoms; 3) Moral
judgment, as stigma and ethical evaluations of symptoms impact coping abilities and resilience. In particular,
we focus on the disorder known as PNES (Psychogenic-Non-Epileptic Seizure) to show how cultural meaning
co-determines the development of such seizures. We introduce the notion of interoceptive affordances to account
for the cultural scaffolding of patients’ bodily experiences. Finally, we suggest that effective treatments of FND
must act upon meaning in all of its aspects, and treatment adequacy must be assessed according to the cultural
diversity of patients.
In her landmark interdisciplinary study of African diaspora religious systems through dance performances, Yvonne Daniel considers three religious systems that rely heavily on dance behavior-Haitian Vodou, Cuban Yoruba (commonly called... more
In her landmark interdisciplinary study of African diaspora religious systems through dance performances, Yvonne Daniel considers three religious systems that rely heavily on dance behavior-Haitian Vodou, Cuban Yoruba (commonly called Santería), and Bahian Candomblé. Dancing Wisdom: Embodied Knowledge in Haitian Vodou, Cuban Yoruba, and Bahian Candomblé offers the rare opportunity to see into the world of mystical spiritual belief as articulated and manifested in ritual dance.
O artigo revisita a obra de Pierre Verger para analisar as condições de formação do seu olhar, acompanhando-o desde a França até o Brasil, o Benin e a Nigéria. Com apoio na literatura especializada, analiso os usos sociais da fotografia e... more
O artigo revisita a obra de Pierre Verger para analisar as condições de formação do seu olhar, acompanhando-o desde a França até o Brasil, o Benin e a Nigéria. Com apoio na literatura especializada, analiso os usos sociais da fotografia e abordo quatro modulações da alteridade expressas pela fotografia de Verger e de seus contemporâneos: indo da tipificação científica-moderna; passando pelo objeto de interesse etnográfico/antropológico; seguindo pelo englobamento da perspectiva religiosa e ritual; até o tratamento estereotipado do candomblé pelo mercado editorial. Considero, enfim, a contribuição de Verger para a transformação da cultura visual associada aos cultos afro no país.
Ideias & Inovação | Aracaju | V. 3 | N.3 | p. 37-49 | Abril 2017 RESUMO: O presente trabalho propõe-se a discutir e analisar um acontecimento relativamente novo e ainda pou-co estudado dentro da religião de matriz africana: Candomblé. Há... more
Ideias & Inovação | Aracaju | V. 3 | N.3 | p. 37-49 | Abril 2017 RESUMO: O presente trabalho propõe-se a discutir e analisar um acontecimento relativamente novo e ainda pou-co estudado dentro da religião de matriz africana: Candomblé. Há o aparecimento do que chamamos de "cadernos de fundamentos", que são elementos utilizados dentro do culto por seus iniciados, utili-zando-se da escrita para guardar, transcrevendo todo o saber que lhes são conferidos e observados. A singularidade neste acontecimento se dá, pois, o Candomblé é uma religião ancestral e muito arcai-ca em seus rituais, e que se denomina eminente-mente de cultura oral, isto é, a tradição é repassada de sacerdote para iniciado por meio de discursos, conversas, observação participante, entre outros. Se utilizando da pesquisa qualitativa e da história oral, vamos buscando ao caminhar desta pesqui-sa a apresentação de algumas perspectivas teóri-cas que fundamentam a nossa análise a respeito dessa problemática assim como a utilização de en-trevistas semiestruturadas com alguns sacerdotes da religião para assim fundamentar nossa pes-quisa. Concluímos em nossa discussão que este é um acontecimento histórico que tem uma função essencial dentro do culto na contemporaneidade, desenvolvendo-se assim, novos modos de pensar, agir e vivenciar o culto.
Nas ultimas décadas, a religião Afro-brasileira Candomblé atravessou um longo pro-cesso de patrimonialização. Esse processo tem girado entorno da noção de axé, ou poder ancestral, incorporado em templos, objetos e pessoas. Algumas... more
Nas ultimas décadas, a religião Afro-brasileira Candomblé atravessou um longo pro-cesso de patrimonialização. Esse processo tem girado entorno da noção de axé, ou poder ancestral, incorporado em templos, objetos e pessoas. Algumas variantes rituais ou " nações " do Candomblé tem tido mais sucesso que outras em reproduzir o seu poder ancestral, virando também mas identificáveis como objetos de cultura e patrimônio. Nesse artigo vou contrastar esse processo como outro que poderia ser visto como seu oposto: a " naturalização " dos rituais, objetos, espíritos que aparecem no Candomblé como eventos inéditos, novas entidades " naturais " , milagres e lugares de peregrinação, mas no fundo são repetições de antigos mitos e lugares que tem sido conscientemente esquecidos como tais, virando dessa forma irreconhecíveis como objetos de patrimônio. A b s t r a c t In the last decades, the Afro-Brazilian religion Candomblé has undergone an extensive process of patrimonialization. This process has been focused on the notion of axe, or ancestral power, embodied in temples, objects, and people. Some ritual variants of Candomblé have been more successful than others in the reproduction of this ancestral power, becoming also more easily identifiable as objects of culture and patrimony. In this article, I will contrast this process with what in many ways is its opposite: the " naturalization " of some rituals, objects, spirits, which appear in Candomblé as unprecedented events, new " natural " entities, miraculous sites, and places of pilgrimage, but in fact are iterations of old myths and places that have been consciously forgotten
Die Umbanda als urbane Religion definiert sich auf repräsentativer Ebene durch Dachverbände und auf der religiösen Alltagsebene durch die autonomen terreiros, dem religiösen Raum, als synkretistisch und undogmatisch. In Anlehnung an... more
Die Umbanda als urbane Religion definiert sich auf repräsentativer Ebene durch Dachverbände und auf der religiösen Alltagsebene durch die autonomen terreiros, dem religiösen Raum, als synkretistisch und undogmatisch. In Anlehnung an Freyres Konzept der Rassendemokratie vom Anfang des 20. Jahrhunderts zur Legitimation eines brasilianischen Nationalcharakters, stellt sie sich als eine typisch brasilianische Religion dar. Die Vorstellung einer einheitlichen Nation hat sich in postmodernen Zeiten jedoch geändert. Heutzutage akzentuieren die verschiedenen sozialen Gruppen ihre Unterschiede und kritisieren die vorher kaschierte Diskriminierung.
O presente trabalho analisado, descrito e construído por Juana Elbein dos Santos foi condensado em uma síntese dos capítulos do livro que descreve o sistema Nagô, nome dado ao um dos grupos de negros capturados que compartilhavam assim... more
O presente trabalho analisado, descrito e construído por Juana Elbein dos Santos foi condensado em uma síntese dos capítulos do livro que descreve o sistema Nagô, nome dado ao um dos grupos de negros capturados que compartilhavam assim como outros grupos, o idioma Yorubá.
- by Aloha Xavier
- •
- Candomblé, Yoruba
A presente comunicação pretende debater os processos híbridos e a invenção da tradição no seio do Candomblé nagô baiano, onde a memória instituída preconiza o ideal de continuidade. Para tanto, parte-se do estudo-de-caso da divindade... more
A presente comunicação pretende debater os processos híbridos e a invenção da tradição no seio do Candomblé nagô baiano, onde a memória instituída preconiza o ideal de continuidade. Para tanto, parte-se do estudo-de-caso da divindade não-nagô Agué (Maré) e sua introdução no Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho.
Esta monografia é o resultado de uma pesquisa sobre elementos de música nordestina brasileira encontrados das Três peças para viola e piano de César Guerra-Peixe.
- by Rafael R Friesen
- •
- Music, Piano, Viola, Candomblé
O Terreiro do Bogum, nome pelo qual este templo é mais conhecido, situa-se no bairro soteropolitano do Engenho Velho da Federação, na Ladeira do Bogum, também designada, oficialmente, como Rua Manoel do Bonfim. Tem a completar seu... more
O Terreiro do Bogum, nome pelo qual este templo é mais conhecido, situa-se no bairro
soteropolitano do Engenho Velho da Federação, na Ladeira do Bogum, também
designada, oficialmente, como Rua Manoel do Bonfim. Tem a completar seu endereço o
número 35. A e a cifra do Código de Endereçamento Postal 40.320.220. Correspondelhe
uma área total de 1000 m², sendo 600m² de área construída. Na sua vizinhança, o
dito templo é também chamado simplesmente de “o jeje” (scilicet “o terreiro jeje”).
Assim também costumam designá-lo membros do povo-de-santo de outras “nações” do
candomblé de Salvador, principalmente dos egbé instalados nas cercanias.
Migratory phenomena produce ethnicities, and a number of migratory studies consider the representation of identities created by individuals and groups by their cultural symbols. This study analyzes the cultural and religious dimension of... more
Migratory phenomena produce ethnicities, and a number of migratory studies consider the representation of identities created by individuals and groups by their cultural symbols. This study analyzes the cultural and religious dimension of migration, using as an example the Brazilian community
in Germany, and the way in which it reconfigures the local religious field.In this study we look at the ethnic symbols in the religious field, based upon fieldwork begun in 2009, which analyses the importance of the Candomblé terreiro or temple, Ilê Obá Silekê in the city of Berlin. I seek to understand how the construction of the terreiro is important in the production of symbols related to Brazilian culture, and how these are perceived by local society.
Resumo: O processo de ocupação do bairro Quidé na cidade de Juazeiro da Bahia, no período de 1960-1970, e suas interfaces com as práticas do Candomblé é o principal objetivo deste estudo, o qual adota o uso de fontes jornalísticas e... more
Resumo: O processo de ocupação do bairro Quidé na cidade de Juazeiro da Bahia,
no período de 1960-1970, e suas interfaces com as práticas do Candomblé é o
principal objetivo deste estudo, o qual adota o uso de fontes jornalísticas e orais,
estas produzidas através da metodologia da história oral com lideranças religiosas
da comunidade. Buscamos entender por que o Quidé é o bairro de Juazeiro com a
maior concentração de terreiros e por que algumas lideranças religiosas se
tornaram referências na localidade. O artigo destaca a importância da religião dos
orixás no bairro como elemento central da memória dos moradores, os quais
revelam histórias que envolvem relações de poder, enfrentamentos, negociações,
cotidiano e transmissão de pontos simbólicos da vida dos sujeitos que nele
habitam.
Palavras-chave: Quidé, Candomblé, memória.
3 In the following, I will use Èsù (or Legba when discussing the Fon) to refer to the African deity, Exu to refer to the specific Brazilian incarnation and exu when referring to the panoply of spirits that evolved from him. 4 | P a g e... more
3 In the following, I will use Èsù (or Legba when discussing the Fon) to refer to the African deity, Exu to refer to the specific Brazilian incarnation and exu when referring to the panoply of spirits that evolved from him. 4 | P a g e shape it in order to avoid mishap and misfortune. In return, they would make the requisite sacrifice that would keep the gods fed. A Fon myth tells how Legba placed snakes on the path to a market, charging (in terms of sacrifice) to heal the humans who were subsequently bitten. Legba then sold the secrets of the summoning of snakes to a man called Awé, thus revealing the secrets of magic (gbo) to the Fon. Èsù's trickery, causing man to break the Ifá and be required to atone with sacrifice, is a necessity to maintain the survival of the Orixás and hence the entire cosmic order. 10 Èsù embodies paradox and multiplicity -he is both an old man and a mischievous boy, male and female; he is named after the elder twin (Táíwò) but is considered the younger as he leads the way.
Língua nigero-congolesa que faz parte do grupo gbe e pertence à sub-família kwa. Falada na África Ocidental, sobretudo no Benim, é a língua majoritária e conta com aproximadamente 1,7 milhões de falantes - cerca da metade da população -... more
Língua nigero-congolesa que faz parte do grupo gbe e pertence à sub-família kwa. Falada na África Ocidental, sobretudo no Benim, é a língua majoritária e conta com aproximadamente 1,7 milhões de falantes - cerca da metade da população - mais concentrados no sul e no centro do país. Também é falada por outras 35 500 pessoas, distribuídas entre o centro e o sul do Togo, e o sudoeste da Nigéria.
O ILÊ AXÉ IYÁ NASSÔ OKÁ, TERREIRO DA CASA BRANCA DO ENGENHO VELHO, é tradicionalmente considerado, nos meios populares, o mais antigo templo afro-brasileiro ainda em funcionamento. Os etnógrafos que se ocuparam dele reconhecem que é... more
O ILÊ AXÉ IYÁ NASSÔ OKÁ, TERREIRO DA CASA BRANCA DO ENGENHO VELHO, é
tradicionalmente considerado, nos meios populares, o mais antigo templo afro-brasileiro
ainda em funcionamento. Os etnógrafos que se ocuparam dele reconhecem que é
impossível precisar a data de sua fundação (na Barroquinha), mas os cálculos baseados na
etnohistória e nos documentos disponíveis fazem-na remontar, no mínimo, à década de
1830 (COSTA LIMA, 1977; VERGER, 1992. BASTIDE, 1986), ou mesmo a inícios do
século XIX, senão um pouco antes (SILVEIRA, 2006).
This monograph is a more in depth article on a single subject (as opposed to one of my articles that I try to keep Blog length. I am writing on this subject because it is a frequent question that is often misunderstood. This is an... more
This monograph is a more in depth article on a single subject (as opposed to one of my articles that I try to keep Blog length. I am writing on this subject because it is a frequent question that is often misunderstood. This is an intermediate level article that is best utilized by students of Lucumi who have a foundation already built. For those who do not have a foundation or those outside of Lucumi there are many free articles on Academia of mine to build you a basic foundation, yet I will try to keep this basic enough for all to understand. For this monograph and my articles I use an electronic translation to Spanish (as opposed to my books that are painstakingly translated by my team and edited by my team. My Spanish is fluent, but not for extensive writings and therefore the electronic versions are not perfect, yet most Spanish readers find the translations serviceable. Finally, if you'd like to learn more on this specific subject, I suggest you either request a copy of my book from your local library (they can order it) or buy one online at Amazon.com. The English title is, Ancestor Networking. The English and Spanish versions have two different covers, each has a soft cover and each has a cover for the electronic version for Kindle. The Spanish version is titled, Conexion con Los Ancestros. The
O principal objetivo da minha fala é apresentar a Umbanda como campo de pesquisa da Comunicação, mas, principalmente, como um lugar do incomum. Um espaço localizado entre o físico – e toda rede semântica que orbita o sentido do termo tais... more
O principal objetivo da minha fala é apresentar a Umbanda como campo de pesquisa da Comunicação, mas, principalmente, como um lugar do incomum. Um espaço localizado entre o físico – e toda rede semântica que orbita o sentido do termo tais como o tangível, o corporal, o racional, o científico, o real – e o metafísico – e, da mesma forma, palavra que abriga toda a semanticidade de termos como o abstrato, o espiritual, o irracional, o mágico, o intuitivo. Adentro os caminhos já traçados por Dravet (2016) que aponta para o fenômeno brasileiro da incorporação situado “[...] no limiar entre sensação e sentido, ou seja, entre algo corporal e algo intelectual que implica tanto o imaginário quanto a linguagem enquanto sistema de representação e apresentação de uma só vez” (p. 02). Assim, proponho um olhar interdisciplinar para a Umbanda em seu potencial, criativo, diegético e comunicativo apreendido a partir do seu ritual e das diferentes mediações entre corpo e linguagem – representada por discursos, falas, movimentos corporais, gestos, expressões faciais, vocalizações, sons, músicas, odores, tactilidades. Em outras palavras, o terreiro é espaço do estético, em seu significado amplo, quando todos os sentidos do corpo e suas sensações se abrem para um tipo de conhecimento que se dá por textos imaginativos. Textos que se encontram no fluxo da corrente, entre duas margens, o corpo (natural, sensorial, instintivo) e a razão (cultural, linguageira, intelectual), enfim, o que Dravet (2016, p. 02) chamou de “abismo” não como um vazio, mas como “[...] uma possibilidade para o Aberto, a mística e a metafísica”.
Un estudio polisémico de la obra de Dias Gomes, llevado al cine por Anselmo Duarte, en 1962.
Única película brasileña laureada con la PALMA DE ORO, en el Festival Internacional de Cine de Cannes (1962).
Esse trabalho identifica algumas semelhanças arquetípicas entre duas figuras religiosas controversas, porém fundamentais nos seus respectivos panteões: Exu e o deus grego Hermes. Entre essas semelhanças estão: (i) Personalidade trickster... more
Esse trabalho identifica algumas semelhanças arquetípicas entre duas figuras religiosas controversas, porém fundamentais nos seus respectivos panteões: Exu e o deus grego Hermes. Entre essas semelhanças estão: (i) Personalidade trickster (ii) Ímpeto ao movimento / eterna mutabilidade (iii) Caráter fálico (iv) Ser o mensageiro entre os deuses e os homens (v) Ter a função de psicopompo (vi) A familiaridade com as artes divinatórias e, por fim, o processo de diabolização que ambos passaram.
É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte.
Durante todo o tempo que durou a minha pesquisa de campo -feita no terreiro do Gantois 1 , em Salvador, Bahia -escutei inúmeras vezes a pergunta "Por que você está aqui?", repetida ainda em quase todo terreiro aonde eu ia. O mais notável,... more
Durante todo o tempo que durou a minha pesquisa de campo -feita no terreiro do Gantois 1 , em Salvador, Bahia -escutei inúmeras vezes a pergunta "Por que você está aqui?", repetida ainda em quase todo terreiro aonde eu ia. O mais notável, entretanto, não era a repetição da pergunta, e sim a reiteração sistemática do comentário à minha resposta. "Não sei", dizia eu, com uma sinceridade que achava desconcertante. "Mas eu sei", replicava sempre meu ou minha interlocutor(a). "Você tem enredo".