Alexandre Pandolfo | Independent Researcher (original) (raw)
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A aula aberta organizada pela professora Clarice Söhngen, no PPGCCrim da PUCRS, no dia 20 de outu... more A aula aberta organizada pela professora Clarice Söhngen, no PPGCCrim da PUCRS, no dia 20 de outubro de 2021
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Participação na aula da Professora Clarice Söhngen, no PPGCCrim da PUCRS, no primeiro semestre de... more Participação na aula da Professora Clarice Söhngen, no PPGCCrim da PUCRS, no primeiro semestre de 2022, na disciplina de Hermenêutica, Argumentação e Arte, com a leitura do texto "O horror passado permanece vivo: sobre "Setenta", de Henrique Schneider", publicado previamente na Revista Scriptorium, do PPGLetras da PUCRS.
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Participação no XV Congresso Internacional de Estética - Brasil - ABRE/UFBA, na mesa Estéticas De... more Participação no XV Congresso Internacional de Estética - Brasil - ABRE/UFBA, na mesa Estéticas Descoloniais
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Ensaios by Alexandre Pandolfo
Revista Dialectus, 2024
Este ensaio procura introduzir o conceito de abscrição. Para isso faz uma análise estética materi... more Este ensaio procura introduzir o conceito de abscrição. Para isso faz uma análise estética materialista do romance brasileiro contemporâneo O corpo interminável, de Claudia Lage, publicado em 2019. Procura traçar a forma como a posição narrativa se apresenta dilacerada no romance. Bem como procura destacar que a posição discursiva da mulher ganha destaque na narrativa. E que as ideias de ausência, de falta e de desaparecimento são entendidas como constitutivas da trama narrativa. Procura apontar para a atualidade desse romance, focando nas articulações entre os temas da memória e da representação e seus limites, possibilidades e impossibilidades, e suas relações com a política e com a história brasileiras no século 20, sem deixar de lado as determinações coloniais aí implicadas. Procura também tratar da fotografia no corpo do romance, entendendo-a como um material estético que leva para mais fundo na ficção os seus problemas filosóficos. A forma de abordagem para a configuração das ideias deste ensaio é dialética e sua apresentação pretende articular os conteúdos históricos e filosóficos de forma poética.
Correio da Appoa, 2024
Texto apresentado na Jornada do Percurso XVII da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, agora ... more Texto apresentado na Jornada do Percurso XVII da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, agora publicado no Correio da APPOA, n. 343. Nele, trato da história viva das clínicas psicanalíticas públicas, tema que escolhi pela sua importância, porque a ele me sinto concernido e porque subjaz ao tema, de fora a fora, a relação entre a prática da psicanálise e as diferentes sociedades e os diferentes tempos nos quais essa prática se deu.
Marcas da memória: violência de Estado e estado de violência, 2024
Este ensaio é fruto do trabalho do Coletivo Testemunhos da Pandemia que atuou na escuta clínica, ... more Este ensaio é fruto do trabalho do Coletivo Testemunhos da Pandemia que atuou na escuta clínica, na produção de testemunhos e de memórias, no Brasil, durante a pandemia de Covid-19. Preparado para ser apresentado no evento Marcas da Memória realizado em 2023, este ensaio ganhou corpo com a publicação nos anais do evento em 2024. // Marcas da Memória - Violência de estado e estado de violência: corpos e(m) resistência – Volume 2 / Organizadoras: Andréia da Silva Daltoé, Giovanna Benedetto Flores, Juliana da Silveira e Nadia Neckel. 1. ed. — Campinas, SP : Pontes Editores, 2024.
Correio da Appoa, 2024
Este artigo integra o dossiê "Memória e Testemunho: 60 anos da ditadura civil-militar no Brasil" ... more Este artigo integra o dossiê "Memória e Testemunho: 60 anos da ditadura civil-militar no Brasil" do Correio da Appoa n. 342, de junho de 2024. Escrito em co-autoria com o diretor do filme "Jango no exílio", o texto propõe reflexões contemporâneas a respeito do filme recém-lançado, reflexões concernentes à memória política brasileira.
Via Litterae, 2022
Partindo da oitava tese sobre o conceito de história, de Walter Benjamin, este ensaio procurou de... more Partindo da oitava tese sobre o conceito de história, de Walter Benjamin, este ensaio procurou descrever uma precipitação de novos possíveis jogos de linguagem, nos quais se imiscuem estética e letras às ruas das cidades tardo-modernas. Aborda a utilização técnica e tática do lambe-lambe enquanto arte-urbana, tornando-se forma e ocupando um espaço interessante na geografia e na arquitetura dessas cidades. Este trabalho tornou-se uma experiência atravessada substancialmente pela pluralidade de linguagens que se cruzam na arte de rua, formando imagens que já são ruínas. Desde fragmentos e montagens transitórias, tão caros ao pensamento benjaminiano, este trabalho procurou exceder o potencial meramente comunicativo de utilização da linguagem na contemporaneidade, tratando-se de dedicar-se ao potencial expressivo para o exercício da crítica e da escrita literárias.
Correio da Appoa, 2023
Testemunho para o Coletivo de psicanalistas testemunhos da pandemia e para o Museu das Memórias (... more Testemunho para o Coletivo de psicanalistas testemunhos da pandemia e para o Museu das Memórias (In)possíveis
Criminologia dialética, 50 anos: um diálogo com o legado de Roberto Lyra Filho, 2022
Este ensaio tece considerações materialistas sobre o ensino e o estudo no âmbito acadêmico jurídi... more Este ensaio tece considerações materialistas sobre o ensino e o estudo no âmbito acadêmico jurídico brasileiro, refletindo sobre a semiformação do bacharel e do doutor em direito na modernidade tardia. O texto aborda o imaginário, o discurso e a prática envolvidos; lida com a crítica ao estado e ao direito, com a crítica da separação ontológica entre teoria e prática e com os elementos mais visíveis da servidão voluntária nesses âmbitos. Articula os conceitos de semiformação e senso comum teórico dos juristas. Procura acentuar o retorno do racismo e do fascismo à evidência para a justificação do status quo, no Brasil contemporâneo. Visa também criticar a anestesia da consciência frente à violência e ao sofrimento social. As bases teóricas deste ensaio provêm das filosofias de Theodor Adorno e Walter Benjamin, dialogando, dentre outros, com Roberto Lyra Filho, Luís Alberto Warat e Paulo Freire. Trata-se de um ensaio publicado originalmente na Revista Espaço Acadêmico, da Universidade Estadual de Maringá, em seu número 229, de julho/agosto de 2021, com um título aqui levemente modificado. A convite do amigo Salo de Carvalho, a presente versão do texto vem compor esta coletânea em homenagem aos 50 anos da obra "Criminologia Dialética", de Roberto Lyra Filho. Para isso, este ensaio foi revisado e ampliado nos trechos que dialogam especialmente com o livro para o qual ora presta justa homenagem. Ele se dirige para mais além das considerações de Lyra Filho, partindo das suas colocações e pontuações criticas. Trata de abordar o estudo do direito e do estado e das suas relações concupiscentes no âmbito do ensino jurídico, desde uma perspectiva dialética negativa.
Encontro entre Direito e Literatura - pensar a violência, 2022
Ensaio de abordagem crítica, estética e política sobre memória e justiça social a partir de duas ... more Ensaio de abordagem crítica, estética e política sobre memória e justiça social a partir de duas narrativas: um conto de Guy de Maupassant, chamado “A Confissão”, escrito no final do século dezenove, e um fragmento do romance brasileiro contemporâneo, chamado “K”, de Bernardo Kucinski.
Tangências do indizível: Festschrift em homenagem a Ricardo Timm de Souza , 2022
Este ensaio analisa um fragmento da parte final da obra inacabada de Thomas Mann, Confissões do i... more Este ensaio analisa um fragmento da parte final da obra inacabada de Thomas Mann, Confissões do impostor Felix Krull, parte na qual o narrador impostor conta a visita que fez ao Museu de História Natural de Lisboa, guiado pelo professor Kuckuck, diretor do Museu. De acordo com alguns desdobramentos estéticos dos temas filosóficos recolhidos para a composição desse romance, este ensaio pretende apontar para o funcionamento das estruturas ontológicas de determinação da natureza, tal como vêm a luz no diálogo de formação que o impostor estabelece com o professor. As artimanhas do impostor, tais como são narradas ao longo de todo o romance, servem de pano de fundo implícito para a compreensão do movimento desenvolvido na visita ao Museu. A elaboração dessa temática procurou respeitar as concepções críticas que envolvem as ideias de história natural e de transitoriedade, a partir de Walter Benjamin, Theodor Adorno e Susan Buck-Morss.
Revista Espaço Acadêmico, 2021
Resumo: Este ensaio tece considerações materialistas sobre o ensino e o estudo de temas de estado... more Resumo: Este ensaio tece considerações materialistas sobre o ensino e o estudo de temas de estado e filosofia política no âmbito acadêmico jurídico brasileiro, refletindo sobre a semiformação do bacharel em direito na modernidade tardia. O texto aborda o imaginário, o discurso e a prática envolvidos; lida com a crítica ao estado e ao direito; com a crítica da separação ontológica entre teoria e prática; e com os elementos mais visíveis da servidão voluntária. Articula os conceitos de semiformação e senso comum teórico dos juristas. Procura acentuar o retorno do racismo e fascismo para a justificação do status quo. E também criticar a anestesia da consciência frente à violência e ao sofrimento social. As bases teóricas deste ensaio provêm das filosofias de
Veritas, 2020
Abstract: This essay intents to weave aesthetical, philosophical and political considerations abo... more Abstract: This essay intents to weave aesthetical, philosophical and political considerations about the image of the “subsoil”, mention by Achille Mbembe in his book “Critique of black reason”. Starting from this image, the essay points to others, mainly, the phantom and the spectrum, with which it forms a constella- tion. Because of its form, this essay becomes a montage, for which contribute fragments of the works of Lima Barreto and Carolina Maria de Jesus, pieces that seek to dialogue with Mbembe’s proposals and carry out a critic of fundamental ontology and its genocidal threats.
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Resumo: Este ensaio procura tecer considerações estéticas, filosóficas e po- líticas a respeito da imagem do “subsolo”, indicada por Achille Mbembe no seu livro Crítica da razão negra. Partindo dessa imagem, o ensaio aponta para outras, principalmente, o fantasma e o espectro, com as quais forma uma constelação. Devido a sua forma, este ensaio torna-se uma montagem, para a qual contribuem fragmentos de obras de Lima Barreto e de Carolina Maria de Jesus, procurando dialogar com as proposições de Mbembe e levar a cabo uma crítica da ontologia fundamental e as suas consequências genocidas.
Scriptorium, 2020
[[Postei aqui duas versões do texto, porque a versão publicada na revista "scriptorium" foi retal... more [[Postei aqui duas versões do texto, porque a versão publicada na revista "scriptorium" foi retalhada pelos editores.]]
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This essay seeks to bring to light the contemporary elements of Henrique Schneider’s novel Setenta [Seventy], published in 2019, trying to point out some of the central images that the book exposes. The novel deconstructs the appeased consciousness of a state of affairs led to its repetition in this Brazil where we are living in, a country at once oligarchic and very poor. From the literary perspective, this essay approaches the narrative construction of the novel and the philosophical and historical problems underlying it, dialoguing with some national and international references on the subject of ethical memory and testimony. It focuses on the fragmentary trait of the novel to deal with the horror experienced in the recent past in Brazil and Latin America, from a critical consciousness about the theme, pointing to the aesthetic need to deal with the trauma caused in Brazilian society during this period.
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Este ensaio procura trazer à tona os elementos contemporâneos do romance Setenta, de Henrique Schneider, publicado em 2019, tratando de apon- tar algumas das principais imagens que o livro expõe. O romance desconstrói a consciência apaziguada de um estado de coisas conduzido a sua repetição no Brasil em que vivemos, país ao mesmo tempo oligárquico e paupérrimo. Este ensaio trata de abordar a construção narrativa do romance e os problemas filosóficos e históricos subjacentes a ele, dialogando com algumas referências nacionais e internacionais sobre o tema da memória ética e do testemunho desde a perspectiva literária. Foca no caráter fragmentário do romance para lidar com o horror vivido no passado recente no Brasil e na América Latina, desde uma consciência crítica a respeito do tema, apontando para a necessidade estética de lidar com os traumas provocados na sociedade brasileira nesse período.
Carvalho; Pinto Neto; Mayora Alves; Linck. "Música, transgressão e contracultura: criminologia e rock II", 2020
Escutar a crítica à violência e ao poder. A crítica à perfectibilização do aparato repressivo aut... more Escutar a crítica à violência e ao poder. A crítica à perfectibilização do aparato repressivo autoritário estatal, articulado legal, ilegal e moralmente. Escutar. Escutar, desde há muito tempo, para além de falar, tornou-se uma tarefa, um trabalho, um exercício para a construção efetiva das vias de libertação das condições civilizadas de servidão nas quais nos encontramos-o que faz verso à desconstrução das amarras hiperracionais que determinam uma nossa existência danificada, maltratada, não obstante assim legitimada. Um tal paradigma da escuta não se opõe meramente ao paradigma hegemônico da fala, do lugar de fala, autorizado pela lógica identitária. A escuta tornou-se, antes, radicalmente, o ambiente próprio-impróprio da não-identidade, tempo-espaço auditivo, timpânico, martelando filosofia pelo contrapelo; pele sensível, não dominada, bem longe do mesmo-outrem, indeterminado, faz-se sentir. A escuta tornou-se a língua para qual sentir significa. Contra a naturalização de um estado de coisas oligárquico e paupérrimo; contra o estado genocida das coisas; contra o cárcere no qual nos encontramos, o xilindró da linguagem anestesiada e plenamente inteligível, comunicada junto à determinação do que é porque que é, no curral de arame farpado do presente do indicativo do verbo ser da baioneta; contra a ontologia do tiro de mão branca em corpo-peito preto. Lá onde a burguesia fede batendo panela, abrindo alas ao fascismo, ofuscando com suas luzes as trevas do status quo, escutar o quê?-Os ecos inapaziguáveis da tormenta social, soando sangue e lama.
In: Ana Luiza Nazário e Bruno Rigon. Criminologia e Música brasileira, 2020
Ensaio sobre o Amor nas trilhas de Rap dos Racionais Mc's e no novo álbum de Mano Brown, publicad... more Ensaio sobre o Amor nas trilhas de Rap dos Racionais Mc's e no novo álbum de Mano Brown, publicado no livro Criminologia e Música brasileira, organizado por Ana Luiza Nazário e Bruno Rigon.
"BLACK MIRROR" DISTOPIAS DE UM FUTURO PRESENTE, 2020
Capítulo de livro publicado em Bruno Silveira Rigon; Vicente Cardoso de Figueiredo (Orgs.). "BLAC... more Capítulo de livro publicado em Bruno Silveira Rigon; Vicente Cardoso de Figueiredo (Orgs.). "BLACK MIRROR" DISTOPIAS DE UM FUTURO PRESENTE. Tirant lo Blanch, 2020.
Revista Linguagem & Ensino, 2019
Este ensaio procura tecer considerações sobre a tarefa da crítica à ontologia fundamental desde a... more Este ensaio procura tecer considerações sobre a tarefa da crítica à ontologia fundamental desde a perspectiva literária. Para isso parte das concepções de tradução, transitoriedade e não-identidade expostas por Walter Benjamin em muitos dos seus textos e também no seu conhecido texto "A tarefa do tradutor". O conceito de Vergänglichkeit, transitoriedade, que pode ser entendido também por ruinância ou deperecimento, torna-se a estrela maior nesta abordagem benjaminiana, e a ele se une a ideia de história natural, como momento dialético crucial para crítica à ontologia fundamental. Este ensaio também aponta para algumas leituras e interpretações brasileiras dos escritos de Walter Benjamin, principalmente, com o intento de abordar a ideia de transcriação, de Haroldo de Campos.
Palavras-chave: Tradução; Transitoriedade; História natural; Transcriação; Walter Benjamin.
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Title: Translating the criticism to ontology: transitoriness, transcreation and natural history
Abstract: This essay intents to elaborate considerations on the task of criticism of fundamental ontology, from a literary perspectivism. In order to do it, this essay begins considering the conceptions of translation, transitoriness and non-identity as presented by Walter Benjamin in many of his works and also in his well-known essay "The translator's task". The concept of Vergänglichkeit, transitoriness, can be understood as ruination or perishement, and turns out to be central in this Benjaminian approach. This concept merges itself with the idea of natural history as dialectical crucial moment to the understanding of the criticism of fundamental ontology. This essay also intends to point out some Brazilian's interpretations of Walter Benjamin's texts, focusing on working the idea of transcreation developed by Haroldo de Campos.
Inter Litteras, 2019
Este trabalho procura ensaiar uma crítica à ontologia fundamental na literatura brasileira atravé... more Este trabalho procura ensaiar uma crítica à ontologia fundamental na literatura brasileira através da abordagem do romance de Carlos Sussekind, Armadilha para Lamartine (1975) e apontando para outro romance do autor, Que pensam vocês que ele fez (1994), cujas publicações distanciam-se cerca de 20 anos no tempo. Tais romances, que podem ser entendidos como continuação descontínua um do outro, oferecem-se aqui como tempo, espaço e matéria para a crise e a crítica da metafísica da presença, da tradição representacional e da lógica da autenticidade, cujos conceitos perfazem as ardilosas construções ontológicas que foram cabais para os séculos XX e XXI.
[NOTA: Esta versão do ensaio apresenta pequenos problemas de configuração: junções e trocas de palavras. Isso se deve às diferentes plataformas utilizadas]
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This work tries to rehearse a critique towards the fundamental ontology in Brazilian literature, focusing on the novel written by Carlos Sussekind, Trap for Lamartine (1975) and to point out at another novel by same author, What do you think he did (1994), whose publications distanced themselves about 20 years in time. These novels, which can be understood as discontinuous continuation of one another, are offered here as time, space and matter for the crisis and criticism of the metaphysics of presence, the representational tradition and the logic of authenticity, whose concepts make up the ontological cunning constructions, which were absolute for the twentieth and twenty-first centuries.
A aula aberta organizada pela professora Clarice Söhngen, no PPGCCrim da PUCRS, no dia 20 de outu... more A aula aberta organizada pela professora Clarice Söhngen, no PPGCCrim da PUCRS, no dia 20 de outubro de 2021
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Participação na aula da Professora Clarice Söhngen, no PPGCCrim da PUCRS, no primeiro semestre de... more Participação na aula da Professora Clarice Söhngen, no PPGCCrim da PUCRS, no primeiro semestre de 2022, na disciplina de Hermenêutica, Argumentação e Arte, com a leitura do texto "O horror passado permanece vivo: sobre "Setenta", de Henrique Schneider", publicado previamente na Revista Scriptorium, do PPGLetras da PUCRS.
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Participação no XV Congresso Internacional de Estética - Brasil - ABRE/UFBA, na mesa Estéticas De... more Participação no XV Congresso Internacional de Estética - Brasil - ABRE/UFBA, na mesa Estéticas Descoloniais
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Revista Dialectus, 2024
Este ensaio procura introduzir o conceito de abscrição. Para isso faz uma análise estética materi... more Este ensaio procura introduzir o conceito de abscrição. Para isso faz uma análise estética materialista do romance brasileiro contemporâneo O corpo interminável, de Claudia Lage, publicado em 2019. Procura traçar a forma como a posição narrativa se apresenta dilacerada no romance. Bem como procura destacar que a posição discursiva da mulher ganha destaque na narrativa. E que as ideias de ausência, de falta e de desaparecimento são entendidas como constitutivas da trama narrativa. Procura apontar para a atualidade desse romance, focando nas articulações entre os temas da memória e da representação e seus limites, possibilidades e impossibilidades, e suas relações com a política e com a história brasileiras no século 20, sem deixar de lado as determinações coloniais aí implicadas. Procura também tratar da fotografia no corpo do romance, entendendo-a como um material estético que leva para mais fundo na ficção os seus problemas filosóficos. A forma de abordagem para a configuração das ideias deste ensaio é dialética e sua apresentação pretende articular os conteúdos históricos e filosóficos de forma poética.
Correio da Appoa, 2024
Texto apresentado na Jornada do Percurso XVII da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, agora ... more Texto apresentado na Jornada do Percurso XVII da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, agora publicado no Correio da APPOA, n. 343. Nele, trato da história viva das clínicas psicanalíticas públicas, tema que escolhi pela sua importância, porque a ele me sinto concernido e porque subjaz ao tema, de fora a fora, a relação entre a prática da psicanálise e as diferentes sociedades e os diferentes tempos nos quais essa prática se deu.
Marcas da memória: violência de Estado e estado de violência, 2024
Este ensaio é fruto do trabalho do Coletivo Testemunhos da Pandemia que atuou na escuta clínica, ... more Este ensaio é fruto do trabalho do Coletivo Testemunhos da Pandemia que atuou na escuta clínica, na produção de testemunhos e de memórias, no Brasil, durante a pandemia de Covid-19. Preparado para ser apresentado no evento Marcas da Memória realizado em 2023, este ensaio ganhou corpo com a publicação nos anais do evento em 2024. // Marcas da Memória - Violência de estado e estado de violência: corpos e(m) resistência – Volume 2 / Organizadoras: Andréia da Silva Daltoé, Giovanna Benedetto Flores, Juliana da Silveira e Nadia Neckel. 1. ed. — Campinas, SP : Pontes Editores, 2024.
Correio da Appoa, 2024
Este artigo integra o dossiê "Memória e Testemunho: 60 anos da ditadura civil-militar no Brasil" ... more Este artigo integra o dossiê "Memória e Testemunho: 60 anos da ditadura civil-militar no Brasil" do Correio da Appoa n. 342, de junho de 2024. Escrito em co-autoria com o diretor do filme "Jango no exílio", o texto propõe reflexões contemporâneas a respeito do filme recém-lançado, reflexões concernentes à memória política brasileira.
Via Litterae, 2022
Partindo da oitava tese sobre o conceito de história, de Walter Benjamin, este ensaio procurou de... more Partindo da oitava tese sobre o conceito de história, de Walter Benjamin, este ensaio procurou descrever uma precipitação de novos possíveis jogos de linguagem, nos quais se imiscuem estética e letras às ruas das cidades tardo-modernas. Aborda a utilização técnica e tática do lambe-lambe enquanto arte-urbana, tornando-se forma e ocupando um espaço interessante na geografia e na arquitetura dessas cidades. Este trabalho tornou-se uma experiência atravessada substancialmente pela pluralidade de linguagens que se cruzam na arte de rua, formando imagens que já são ruínas. Desde fragmentos e montagens transitórias, tão caros ao pensamento benjaminiano, este trabalho procurou exceder o potencial meramente comunicativo de utilização da linguagem na contemporaneidade, tratando-se de dedicar-se ao potencial expressivo para o exercício da crítica e da escrita literárias.
Correio da Appoa, 2023
Testemunho para o Coletivo de psicanalistas testemunhos da pandemia e para o Museu das Memórias (... more Testemunho para o Coletivo de psicanalistas testemunhos da pandemia e para o Museu das Memórias (In)possíveis
Criminologia dialética, 50 anos: um diálogo com o legado de Roberto Lyra Filho, 2022
Este ensaio tece considerações materialistas sobre o ensino e o estudo no âmbito acadêmico jurídi... more Este ensaio tece considerações materialistas sobre o ensino e o estudo no âmbito acadêmico jurídico brasileiro, refletindo sobre a semiformação do bacharel e do doutor em direito na modernidade tardia. O texto aborda o imaginário, o discurso e a prática envolvidos; lida com a crítica ao estado e ao direito, com a crítica da separação ontológica entre teoria e prática e com os elementos mais visíveis da servidão voluntária nesses âmbitos. Articula os conceitos de semiformação e senso comum teórico dos juristas. Procura acentuar o retorno do racismo e do fascismo à evidência para a justificação do status quo, no Brasil contemporâneo. Visa também criticar a anestesia da consciência frente à violência e ao sofrimento social. As bases teóricas deste ensaio provêm das filosofias de Theodor Adorno e Walter Benjamin, dialogando, dentre outros, com Roberto Lyra Filho, Luís Alberto Warat e Paulo Freire. Trata-se de um ensaio publicado originalmente na Revista Espaço Acadêmico, da Universidade Estadual de Maringá, em seu número 229, de julho/agosto de 2021, com um título aqui levemente modificado. A convite do amigo Salo de Carvalho, a presente versão do texto vem compor esta coletânea em homenagem aos 50 anos da obra "Criminologia Dialética", de Roberto Lyra Filho. Para isso, este ensaio foi revisado e ampliado nos trechos que dialogam especialmente com o livro para o qual ora presta justa homenagem. Ele se dirige para mais além das considerações de Lyra Filho, partindo das suas colocações e pontuações criticas. Trata de abordar o estudo do direito e do estado e das suas relações concupiscentes no âmbito do ensino jurídico, desde uma perspectiva dialética negativa.
Encontro entre Direito e Literatura - pensar a violência, 2022
Ensaio de abordagem crítica, estética e política sobre memória e justiça social a partir de duas ... more Ensaio de abordagem crítica, estética e política sobre memória e justiça social a partir de duas narrativas: um conto de Guy de Maupassant, chamado “A Confissão”, escrito no final do século dezenove, e um fragmento do romance brasileiro contemporâneo, chamado “K”, de Bernardo Kucinski.
Tangências do indizível: Festschrift em homenagem a Ricardo Timm de Souza , 2022
Este ensaio analisa um fragmento da parte final da obra inacabada de Thomas Mann, Confissões do i... more Este ensaio analisa um fragmento da parte final da obra inacabada de Thomas Mann, Confissões do impostor Felix Krull, parte na qual o narrador impostor conta a visita que fez ao Museu de História Natural de Lisboa, guiado pelo professor Kuckuck, diretor do Museu. De acordo com alguns desdobramentos estéticos dos temas filosóficos recolhidos para a composição desse romance, este ensaio pretende apontar para o funcionamento das estruturas ontológicas de determinação da natureza, tal como vêm a luz no diálogo de formação que o impostor estabelece com o professor. As artimanhas do impostor, tais como são narradas ao longo de todo o romance, servem de pano de fundo implícito para a compreensão do movimento desenvolvido na visita ao Museu. A elaboração dessa temática procurou respeitar as concepções críticas que envolvem as ideias de história natural e de transitoriedade, a partir de Walter Benjamin, Theodor Adorno e Susan Buck-Morss.
Revista Espaço Acadêmico, 2021
Resumo: Este ensaio tece considerações materialistas sobre o ensino e o estudo de temas de estado... more Resumo: Este ensaio tece considerações materialistas sobre o ensino e o estudo de temas de estado e filosofia política no âmbito acadêmico jurídico brasileiro, refletindo sobre a semiformação do bacharel em direito na modernidade tardia. O texto aborda o imaginário, o discurso e a prática envolvidos; lida com a crítica ao estado e ao direito; com a crítica da separação ontológica entre teoria e prática; e com os elementos mais visíveis da servidão voluntária. Articula os conceitos de semiformação e senso comum teórico dos juristas. Procura acentuar o retorno do racismo e fascismo para a justificação do status quo. E também criticar a anestesia da consciência frente à violência e ao sofrimento social. As bases teóricas deste ensaio provêm das filosofias de
Veritas, 2020
Abstract: This essay intents to weave aesthetical, philosophical and political considerations abo... more Abstract: This essay intents to weave aesthetical, philosophical and political considerations about the image of the “subsoil”, mention by Achille Mbembe in his book “Critique of black reason”. Starting from this image, the essay points to others, mainly, the phantom and the spectrum, with which it forms a constella- tion. Because of its form, this essay becomes a montage, for which contribute fragments of the works of Lima Barreto and Carolina Maria de Jesus, pieces that seek to dialogue with Mbembe’s proposals and carry out a critic of fundamental ontology and its genocidal threats.
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Resumo: Este ensaio procura tecer considerações estéticas, filosóficas e po- líticas a respeito da imagem do “subsolo”, indicada por Achille Mbembe no seu livro Crítica da razão negra. Partindo dessa imagem, o ensaio aponta para outras, principalmente, o fantasma e o espectro, com as quais forma uma constelação. Devido a sua forma, este ensaio torna-se uma montagem, para a qual contribuem fragmentos de obras de Lima Barreto e de Carolina Maria de Jesus, procurando dialogar com as proposições de Mbembe e levar a cabo uma crítica da ontologia fundamental e as suas consequências genocidas.
Scriptorium, 2020
[[Postei aqui duas versões do texto, porque a versão publicada na revista "scriptorium" foi retal... more [[Postei aqui duas versões do texto, porque a versão publicada na revista "scriptorium" foi retalhada pelos editores.]]
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This essay seeks to bring to light the contemporary elements of Henrique Schneider’s novel Setenta [Seventy], published in 2019, trying to point out some of the central images that the book exposes. The novel deconstructs the appeased consciousness of a state of affairs led to its repetition in this Brazil where we are living in, a country at once oligarchic and very poor. From the literary perspective, this essay approaches the narrative construction of the novel and the philosophical and historical problems underlying it, dialoguing with some national and international references on the subject of ethical memory and testimony. It focuses on the fragmentary trait of the novel to deal with the horror experienced in the recent past in Brazil and Latin America, from a critical consciousness about the theme, pointing to the aesthetic need to deal with the trauma caused in Brazilian society during this period.
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Este ensaio procura trazer à tona os elementos contemporâneos do romance Setenta, de Henrique Schneider, publicado em 2019, tratando de apon- tar algumas das principais imagens que o livro expõe. O romance desconstrói a consciência apaziguada de um estado de coisas conduzido a sua repetição no Brasil em que vivemos, país ao mesmo tempo oligárquico e paupérrimo. Este ensaio trata de abordar a construção narrativa do romance e os problemas filosóficos e históricos subjacentes a ele, dialogando com algumas referências nacionais e internacionais sobre o tema da memória ética e do testemunho desde a perspectiva literária. Foca no caráter fragmentário do romance para lidar com o horror vivido no passado recente no Brasil e na América Latina, desde uma consciência crítica a respeito do tema, apontando para a necessidade estética de lidar com os traumas provocados na sociedade brasileira nesse período.
Carvalho; Pinto Neto; Mayora Alves; Linck. "Música, transgressão e contracultura: criminologia e rock II", 2020
Escutar a crítica à violência e ao poder. A crítica à perfectibilização do aparato repressivo aut... more Escutar a crítica à violência e ao poder. A crítica à perfectibilização do aparato repressivo autoritário estatal, articulado legal, ilegal e moralmente. Escutar. Escutar, desde há muito tempo, para além de falar, tornou-se uma tarefa, um trabalho, um exercício para a construção efetiva das vias de libertação das condições civilizadas de servidão nas quais nos encontramos-o que faz verso à desconstrução das amarras hiperracionais que determinam uma nossa existência danificada, maltratada, não obstante assim legitimada. Um tal paradigma da escuta não se opõe meramente ao paradigma hegemônico da fala, do lugar de fala, autorizado pela lógica identitária. A escuta tornou-se, antes, radicalmente, o ambiente próprio-impróprio da não-identidade, tempo-espaço auditivo, timpânico, martelando filosofia pelo contrapelo; pele sensível, não dominada, bem longe do mesmo-outrem, indeterminado, faz-se sentir. A escuta tornou-se a língua para qual sentir significa. Contra a naturalização de um estado de coisas oligárquico e paupérrimo; contra o estado genocida das coisas; contra o cárcere no qual nos encontramos, o xilindró da linguagem anestesiada e plenamente inteligível, comunicada junto à determinação do que é porque que é, no curral de arame farpado do presente do indicativo do verbo ser da baioneta; contra a ontologia do tiro de mão branca em corpo-peito preto. Lá onde a burguesia fede batendo panela, abrindo alas ao fascismo, ofuscando com suas luzes as trevas do status quo, escutar o quê?-Os ecos inapaziguáveis da tormenta social, soando sangue e lama.
In: Ana Luiza Nazário e Bruno Rigon. Criminologia e Música brasileira, 2020
Ensaio sobre o Amor nas trilhas de Rap dos Racionais Mc's e no novo álbum de Mano Brown, publicad... more Ensaio sobre o Amor nas trilhas de Rap dos Racionais Mc's e no novo álbum de Mano Brown, publicado no livro Criminologia e Música brasileira, organizado por Ana Luiza Nazário e Bruno Rigon.
"BLACK MIRROR" DISTOPIAS DE UM FUTURO PRESENTE, 2020
Capítulo de livro publicado em Bruno Silveira Rigon; Vicente Cardoso de Figueiredo (Orgs.). "BLAC... more Capítulo de livro publicado em Bruno Silveira Rigon; Vicente Cardoso de Figueiredo (Orgs.). "BLACK MIRROR" DISTOPIAS DE UM FUTURO PRESENTE. Tirant lo Blanch, 2020.
Revista Linguagem & Ensino, 2019
Este ensaio procura tecer considerações sobre a tarefa da crítica à ontologia fundamental desde a... more Este ensaio procura tecer considerações sobre a tarefa da crítica à ontologia fundamental desde a perspectiva literária. Para isso parte das concepções de tradução, transitoriedade e não-identidade expostas por Walter Benjamin em muitos dos seus textos e também no seu conhecido texto "A tarefa do tradutor". O conceito de Vergänglichkeit, transitoriedade, que pode ser entendido também por ruinância ou deperecimento, torna-se a estrela maior nesta abordagem benjaminiana, e a ele se une a ideia de história natural, como momento dialético crucial para crítica à ontologia fundamental. Este ensaio também aponta para algumas leituras e interpretações brasileiras dos escritos de Walter Benjamin, principalmente, com o intento de abordar a ideia de transcriação, de Haroldo de Campos.
Palavras-chave: Tradução; Transitoriedade; História natural; Transcriação; Walter Benjamin.
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Title: Translating the criticism to ontology: transitoriness, transcreation and natural history
Abstract: This essay intents to elaborate considerations on the task of criticism of fundamental ontology, from a literary perspectivism. In order to do it, this essay begins considering the conceptions of translation, transitoriness and non-identity as presented by Walter Benjamin in many of his works and also in his well-known essay "The translator's task". The concept of Vergänglichkeit, transitoriness, can be understood as ruination or perishement, and turns out to be central in this Benjaminian approach. This concept merges itself with the idea of natural history as dialectical crucial moment to the understanding of the criticism of fundamental ontology. This essay also intends to point out some Brazilian's interpretations of Walter Benjamin's texts, focusing on working the idea of transcreation developed by Haroldo de Campos.
Inter Litteras, 2019
Este trabalho procura ensaiar uma crítica à ontologia fundamental na literatura brasileira atravé... more Este trabalho procura ensaiar uma crítica à ontologia fundamental na literatura brasileira através da abordagem do romance de Carlos Sussekind, Armadilha para Lamartine (1975) e apontando para outro romance do autor, Que pensam vocês que ele fez (1994), cujas publicações distanciam-se cerca de 20 anos no tempo. Tais romances, que podem ser entendidos como continuação descontínua um do outro, oferecem-se aqui como tempo, espaço e matéria para a crise e a crítica da metafísica da presença, da tradição representacional e da lógica da autenticidade, cujos conceitos perfazem as ardilosas construções ontológicas que foram cabais para os séculos XX e XXI.
[NOTA: Esta versão do ensaio apresenta pequenos problemas de configuração: junções e trocas de palavras. Isso se deve às diferentes plataformas utilizadas]
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This work tries to rehearse a critique towards the fundamental ontology in Brazilian literature, focusing on the novel written by Carlos Sussekind, Trap for Lamartine (1975) and to point out at another novel by same author, What do you think he did (1994), whose publications distanced themselves about 20 years in time. These novels, which can be understood as discontinuous continuation of one another, are offered here as time, space and matter for the crisis and criticism of the metaphysics of presence, the representational tradition and the logic of authenticity, whose concepts make up the ontological cunning constructions, which were absolute for the twentieth and twenty-first centuries.
Imagofagia, 2018
Crítica estética do quinto episódio da quarta temporada de Black Mirror
Revista Latinoamericana de Estudios Críticos Animales, Ano V, V. II, 2018
Este ensaio compõe transitoriamente um mínimo bestiário no pensamento adorniano, escolhendo três ... more Este ensaio compõe transitoriamente um mínimo bestiário no pensamento adorniano, escolhendo três figuras animais presentes no livro Minima Moralia. A forma de abordagem deste ensaio é constelacional. Entende tais figuras bestiais como imagens dialéticas. Faz uma crítica estética e política dessas imagens dialéticas em consonância com alguns dos principais temas da filosofia adorniana.
Palabras clave: Bestiário, Theodor Adorno, Minima Moralia, Animalidade.
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Este ensayo compone transitoriamente un mínimo bestiario junto al pensamiento adorniano eligiendo tres figuras animales presentes en el libro Minima Moralia. La forma de abordar este ensayo es constelacional. Entiende tales figuras bestiales como imágenes dialécticas. Hace una crítica estética y política de esas imágenes dialécticas en consonancia con algunos de los principales temas de la filosofía adorniana.
Palavras-chave: Bestiario, Theodor Adorno, Minima Moralia, Animalidad.
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Abtract: This essay composes transiently a minimal bestiary on the Adornian thought, choosing three animal figures present in the book Minima Moralia. The method perceived by this essay is the constellational form. Such bestial figures are understood in this essay as dialectical images, and an aesthetic and political critique of these dialectical images takes place in consonance with some of the main themes of Adornian philosophy.
Keywords: Bestiary; Theodor Adorno; Minima Moralia; Animality.
In: Souza, R. T; Santos, M. L.; et all. (Org.). Theodor W. Adorno: atualidade da crítica. 1ed.Porto Alegre: Fi, 2017
Class, 2017
O livro “Textura crítica da impostura: Confissões de Felix Krull e estética negativa”, de Alexand... more O livro “Textura crítica da impostura: Confissões de Felix Krull e estética negativa”, de Alexandre Costi Pandolfo é fruto da tese de doutorado do autor, defendida no ano de 2016, no Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS, publicado pela Editora Bestiário, sob o selo Class. A realização desta pesquisa contou com um estágio de doutorado do autor na Humboldt-Universität de Berlim, bem como com um período de pesquisa no Thomas-Mann-Archiv em Zurique.
Trata-se um ensaio de expressão estética, composto e decomposto por meio de fragmentos. Um livro que procura expor algumas relações entre Literatura e Filosofia a partir da análise crítica de um romance de Thomas Mann, “Confissões do impostor Felix Krull”, romance que foi escrito ao longo da primeira parte do século XX, tendo permanecido inacabado, quando foi publicado em 1954. Trata-se da análise das memórias de um charlatão, de um farsante embusteiro hiper-racionalizado, cujos vínculos com o estado atual das coisas hoje tornaram-se evidentes no cenário macro-político, de acordo com o encantamento prático e com o anestesiamento da consciência da debilidade, segundo os quais são erigidas a dominação e a administração plena da existência e das formas de sociabilidade decadentes.
O presente ausente livro é uma montagem inédita composta por uma ficção escrita em língua “inexis... more O presente ausente livro é uma montagem inédita composta por uma ficção escrita em língua “inexistente” e alguns aforismas, cujo trabalho de linguagem procura refletir a crítica à violência de estado, ao estado de exceção, ao direito e à democracia. São elaboradas pontuais críticas estéticas, filosóficas e políticas com base em algumas obras ficcionais da literatura latino-americana aqui implícitas ou apontadas. Abrem-se os aforismas para a situação oligárquica do estado brasileiro e à memória da ditadura civil-militar na América Latina, para o golpe midiático civil parlamentar de 2016, para o genocídio em ato praticado pela polícia militar brasileira e pelas milícias, urbanas e rurais; bem como para as reivindicações primaveris anticapitalistas que arranharam as ruas do Brasil em 2013. A montagem disto aqui sedimenta em si conteúdo histórico, a sua forma é a do fragmento, do corte e dos cacos de vidro.
Este trabalho é a minha dissertação de mestrado publicada em 2010 pela editora Lumen Juris, na Co... more Este trabalho é a minha dissertação de mestrado publicada em 2010 pela editora Lumen Juris, na Coleção CriminologiaS. Também está disponível no site da Biblioteca da PUCRS
Jornal Zero Hora , 2023
Bordado de Rosângela Amaral de Almeida vinculado ao seu testemunho "Semanas de Pandemia" LEIA MAI... more Bordado de Rosângela Amaral de Almeida vinculado ao seu testemunho "Semanas de Pandemia" LEIA MAIS Uso de máscara pode se tornar um dos legados da pandemia de coronavírus Mais tecnologia e fortalecimento da comunicação: os legados da pandemia nas escolas
TESTEmuNhAS DA DECADêNCIA E ImISCuíDOS à trama da fantasia na qual estamos inseridos, resta-nos a... more TESTEmuNhAS DA DECADêNCIA E ImISCuíDOS à trama da fantasia na qual estamos inseridos, resta-nos ainda um corpo esmorecido e inscrito enquanto tal sob a condição própria da sua experiência e da resistência à escritura, também ela, própria do desastre mesmo. A extensão da carne machucada até os rabiscos que podem cifrar os papéis sobrevive tão espessa quanto o tempo necessário para que seja assim possível fender a cumplicidade com o estado atual das coisas. Mas o ressecamento cabal da realidade em prol da sua dominação e as atrofias tecnicamente planejadas para a mesma realidade que não oferece consolo deixa ao corpo contorcido nos limites extremos da dor, o silêncio. Em seu último recurso num restolho de sangue quase seco e oca carne, esse corpo luta contra a barbárie totalizante que mutila e unifica a consciência social. Ele luta finalmente. É, consequentemente, a luta de todos os homens. E, ao encontro de tal fato, por assim dizer, caminhamos. -"O passado,
A tradição dos oprimidos nos ensina. Faz eco entre nós. Vozes que foram emudecidas. O sofrimento ... more A tradição dos oprimidos nos ensina. Faz eco entre nós. Vozes que foram emudecidas. O sofrimento dos corpos prostrados, espezinhados, esquartejados. Não apenas de ontem. O estado de exceção é a regra. Hoje sabemos que as expressões cujas formas correspondem a essa verdade não logram mais ser meramente recalcadas diante da conservação e manutenção do ordenamento social como um todo regido pela suspensão abstrata das suas leis em nome da sua força de lei concreta e assassina, policial, por assim dizer, não apenas fundante, mas estruturante dos mecanismos que levam a cabo a destruição do outro, sempre que for necessário para a justificação do status quo. Amarildo, Claudia, inúmeras Mães de Maio -quantos nomes devemos dizer? Contudo, a filosofia e a literatura dignas das suas histórias erguem-se contra a dominação da realidade. Todo o resto é expansão e repetição. Mas não apenas diretamente enfrentamos hoje os ditadores, os amigos dos ditadores, os seus cúmplices sempre muito bem articulados com o estado oligárquico das coisas -e que, portanto, ousam, assim como outrora já ousaram, dizerem-se legítimos -um estado de todo lamentável, no qual se sustenta ainda a ficção da sua fundação "naturalmente" com base em teorias contratualistas, justificacionistas e civilizatórias, cuja potência criminógena e bandida ainda não prescreveu ante todas as suas consequências genocidas, e por isso dá as caras, sob togas, braceletes e aventais, e com camisas da CBF, principalmente apontam contra a pele de negros ou índios ou de bárbaros, naturalmente identificados conosco, mas dos quais eternamente os civis gostariam de se diferenciar, sem no entanto abdicar da entrega de suas próprias vidas às articulações instrumentais, cuja ideia vazia e preenchida pelo medo, repetida e expandida identifica-se ao todo da organização social. A esse respeito, em K., de Bernardo Kucinski, a visada da coisa nos abre o próprio autor antes do narrador, numa página preta inicial, na qual ele escreve: "Caro leitor: Tudo nesse livro é invenção, mas quase tudo aconteceu". Não se trata meramente de uma advertência de cunho editorial, apesar de lograr desequilibrar um estado geral de coisas aparentemente acomodado com a sua composição e a sua execução, levando à crise o enredamento da comunicação em geral na técnica que organiza não apenas linguisticamente o todo.