Luiz Fernandes de Oliveira | Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (original) (raw)

Papers by Luiz Fernandes de Oliveira

Research paper thumbnail of Pedagogia Decolonial e Didática Antirracista

Projeto gráfico e capa PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E INTERCULTURALIDADE: FAZERES-SABERES • pág, 123 3 ... more Projeto gráfico e capa PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E INTERCULTURALIDADE: FAZERES-SABERES • pág, 123 3 O ensino da educação física na escola em uma perspectiva intercultural: um diálogo com as diferenças culturais • pág, 124 Ana Paula da Silva Santos Oficina mulheres negras e literatura: a prática (transgressora) do amor • pág, 134 Caroline da Matta Cunha Pérez Estudo de campo na escola: possibilidades para práticas pedagógicas de inspiração decolonial • pág, 147

Research paper thumbnail of E QUANDO A LEI N. 10.639 ACABAR, O QUE FAZER? INSURGÊNCIA POLÍTICA E EPISTÊMICA

Em primeiro lugar, gostaríamos de fazer dois esclarecimentos sobre o título deste texto. O primei... more Em primeiro lugar, gostaríamos de fazer dois esclarecimentos sobre o título deste texto. O primeiro é que a denominação da Lei é meramente política, pois o que existe de fato (ainda) são as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (DCNERER), que regulamentam e normatizam o artigo 26 o da LDBEN. O segundo esclarecimento é que este texto começou a ser escrito menos de uma semana após a posse do novo governo federal de ultradireita, conservador e composto por militares, ruralistas do agronegócio, fundamentalistas religiosos, banqueiros e defensores da Escola Sem Partido, nos principais postos de comando do Estado Brasileiro. Em seguida, foi desenvolvido ao longo do ano de 2019.

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Research paper thumbnail of Dicionário do ensino de Sociologia Verbete sobre Racismo e Ensino de Sociologia.

Dicionário do Ensino de Sociologia, 2020

Research paper thumbnail of OPÇÃO DECOLONIAL E ANTIRRACISMO NA EDUCAÇÃO EM TEMPOS NEOFASCISTAS

Resumo: Este artigo é uma reflexão epistêmica e política a partir da nova realidade brasileira ne... more Resumo: Este artigo é uma reflexão epistêmica e política a partir da nova realidade brasileira neoconservadora instalada a partir de 2016 e aprofundada com a eleição de um governo de ultradireita a partir de 2018. Nesta nova conjuntura, apresentamos os possíveis riscos políticos do fim de uma legislação antirracista na educação brasileira (a Lei 10.639/03) e quais os possíveis caminhos de uma insurgência política e epistêmica para reafirmar que a produção de um conhecimento antirracista em educação depende fundamentalmente do engajamento político e epistêmico em lutas concretas contra o racismo estrutural brasileiro. Enfim, a perspectiva que trabalharemos neste texto é aquela de que o horizonte da utopia igualitária em educação está sempre presente, pois aprendemos com a história que aquilo que foi impossível e inimaginável um dia, se concretizou a partir da ação política insurgente de sujeitos coletivos que assumiram a tarefa de transformar sua realidade. Palavras Chaves: antirracismo, opção decolonial, Lei 10.639, militância, educação DECOLONIAL AND ANTI-RACISM OPTION IN EDUCATION IN NEO-FASCIST TIMES Abstract: This article is an epistemic and political reflection based on the new neoconservative Brazilian reality installed in 2016 and deepened with the election of an ultra-right government in 2018. In this new conjuncture, we present the possible political risks of the end of an anti-racist legislation in Brazilian education (Law 10.639/03) and the possible paths of a political and epistemic insurgency to reaffirm that the production of anti-racist knowledge in education depends fundamentally on political and epistemic engagement in concrete struggles against Brazilian structural racism. Ultimately, the perspective that we will aproach in this text is that the horizon of the egalitarian utopia in education is always present, since we learned from history that what was impossible and unimaginable one day, came about through the insurgent political action of collective subjects that took on the task of transforming their reality. Resumen: Este artículo es una reflexión epistémica y política basada en la nueva realidad brasileña neoconservadora instalada en 2016 y profundizada con la elección de un gobierno de ultraderecha desde 2018. En esta nueva situación, presentamos los posibles riesgos de esta política para la legislación antirracista en la educación brasileña (Ley 10.639 / 03) y cuáles son los caminos posibles de una insurgencia política y epistémica, que reafirmen que la producción de conocimiento antirracista en educación depende fundamentalmente del compromiso político y epistémico, en luchas concretas contra el racismo estructural brasileño. Finalmente, la perspectiva en que trabajamos en este artículo es que el horizonte de la utopía igualitaria en la educación está siempre presente, ya que aprendimos de la historia que lo que era imposible e inimaginable algún día, surgió a través de la acción política insurgente de sujetos colectivos que asumieron la tarea de transformar su realidad. Palabras clave: antirracismo, opción descolonial, Ley 10.639, militancia, educación. OPTION DÉCOLONIALE ET ANTI-RACISME DANS L'ÉDUCATION EN TEMPS NÉOFASCISTES Résumé: Cet article fait une réflexion épistémique et politique sur la nouvelle réalité brésilienne néo-conservatrice installée en 2016 et approfondie avec l'élection d'un gouvernement d'extrême droite depuis 2018. Sur cette nouvelle conjoncture, nous présentons les risques que cette politique represente pour la législation antiraciste dans l'éducation brésilienne (loi 10.639 / 03) et les possibles voies d'une insurrection politique et épistémique, que puisse réaffirmer que la production de connaissances en anti-racisme dans l'éducation dépend fondamentalement de l'engagement politique et épistémique, dans des luttes concrètes contre le racisme structurel brésilien. Enfin, la perspective sur laquelle nous travaillons dans cet article est que l'horizon de l'utopie égalitaire dans l'éducation est toujours présent, puisque l'histoire nous a appris que ce qui était impossible et inimaginable un jour, est pourtant né de l'action politique, insurgée de sujets collectifs qui ont assumé la tâche de transformer leur réalité.

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Research paper thumbnail of Samba de roda e o Xirê:  por uma crítica decolonial da educação bancária.

Research paper thumbnail of Faz diferença pensar uma educação antirracista na sala de aula? p. 118-130

Este texto faz uma reflexão teórica e política sobre o combate ao racismo nas salas de aula. Esta... more Este texto faz uma reflexão teórica e política sobre o combate ao racismo nas salas de aula. Esta reflexão é relacionada com o debate que apresentei no curso do SESC em 01 de agosto de 2016, sobre a história da África, herança das culturas desse continente no espaço escolar e a educação para as relações étnico-raciais. Porém, a análise do nosso contexto profissional docente, remete-nos à questão da diferença e da presença negra nas relações ensino-aprendizagem. Os aportes teóricos dialogam com os sociólogos François Dubet (2001 e 2003) na perspectiva de pensar o conceito de exclusão escolar e o sociólogo Boaventura de Souza Santos (1996), quando analisa as potencialidades pedagógicas e epistêmicas do conceito de pedagogia do conflito.

Research paper thumbnail of O Significado da perspectiva Modernidade colonialidade

O objetivo deste artigo é iniciar algumas reflexões acerca da perspectiva Modernidade/Colonialida... more O objetivo deste artigo é iniciar algumas reflexões acerca da perspectiva Modernidade/Colonialidade e suas implicações históricas, a fim de desnaturalizar nossas formas de ser e estar no mundo. Tomamos como ponto de partida a compreensão de que estes dois conceitos não podem ser entendidos de forma dissociada. Adotamos a colonialidade enquanto persistência da opressão colonial e abordamos a subtração dos povos colonizados da história e da produção de conhecimentos. Em diálogo com autores latino-americanos, que produzem desde este lugar geográfico e epistemológico, afirmamos a necessidade de adotar referenciais outros que rompam com a hegemonia dos autores eurocentrados e nos permitam questionar e superar o legado colonial. Entretanto, defendemos que os protagonistas das ações decoloniais, nas Américas, sempre foram os movimentos de resistência, cujos precursores são os povos indígenas e os escravizados africanos.

Palavras-Chave: Modernidade/Colonialidade. Decolonialidade. Racismo Epistêmico. Militância.

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Research paper thumbnail of Livro EDUCACAO E MILITANCIA DECOLONIAL

"Os três capítulos que compõe esta obra têm como ponto comum, o trabalho desenvolvido pelo Grupo ... more "Os três capítulos que compõe esta obra têm como ponto comum, o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas, Movimentos Sociais e Culturas (GPMC), um grupo heterogêneo, constituído de sujeitos de distintas orientações políticas, assim como formação profissional e acadêmica, mas que possuem em comum, outras latitudes epistemólogica, neste caso pensar e fomentar uma educação antirracista.

Este livro vem contribuir positivamente na vida de educadoras(es), de pesquisadoras(es) que têm no seu fazer cotidiano a proposição, e o abandono de tudo aquilo que subalterniza dentro das práticas educacionais, sabemos que (re) significar a educação brasileira, pelo viés da luta antirracista, em um momento onde a voz do educador uma vez mais volta a ser cerceada, também como uma conduta militante".

Texto da Orelha por Profa. Dra. Fernanda Felisberto
Departamento de Letras – IM-UFRRJ

ISBN: 978-85-93429-01-9
Autor: Luiz Fernandes de Oliveira - Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares – PPGEDUC/UFRRJ e da Licenciatura em Educação do Campo da UFRRJ, Membro do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas, Movimentos Sociais e Culturas - GPMC.

Disponível para venda no site:
https://www.editoraselonovo.com.br/educacao-militancia-decolonial

Research paper thumbnail of Colonialidade e Pedagogia Decolonial: Para Pensar uma Educação Outra

Resumo: O presente artigo tem como objetivo apresentar o Dossiê Colonialidade e Pedagogia Decolon... more Resumo: O presente artigo tem como objetivo apresentar o Dossiê Colonialidade e Pedagogia Decolonial. Apresentamos e discutimos no texto a perspectiva teórica Modernidade/Colonialidade e os seus principais conceitos que mobilizam o dossiê, especialmente os conceitos de modernidade, de colonialidade e da pedagogia decolonial. Por fim, apresentamos como se desenvolve o debate sobre colonialidade e pedagogia deco lonial neste dossiê, destacando que esta perspectiva teórica se constrói em diálogo com as diversas

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Texto Apresentado no II COPENE SUDESTE em 01 de março de 2018.

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Resumo O que refletiremos neste texto vai de encontro ao que o estudo das relações étnico-raciais... more Resumo O que refletiremos neste texto vai de encontro ao que o estudo das relações étnico-raciais na educação no Brasil tem demostrado nos últimos anos, ou seja, não há possibilidade de construção do conhecimento se não tivermos uma postura militante e engajada. Esta postura, não é novidade nas ciências da educação ou nas ciências sociais. Veremos, através de análise bibliográfica, como pensadores e pesquisadores militantes e engajados nos demonstram que o conhecimento se produz na militância e no engajamento. Esta última afirmação, extremamente polêmica nos meios acadêmicos, quer debater com a ideia hegemônica de que para ser científico e objetivo, o sujeito que se envolve com a produção do conhecimento, só o fará se for alçado como sujeito epistêmico, mensageiro de um modo preciso de investigar, armado com conceitos que o direcionam na ação sobre a empiria e na explicação como segurança de objetividade do conhecimento produzido, como aquele que produz verdades e sentidos para a sociedade. Entretanto, como veremos em nossa argumentação, também epistêmica, os sujeitos produtores de conhecimento são mobilizados por uma inquietação intelectual, que tem sua matriz na realidade concreta em que os mesmos estão implicados. Este termo aqui posto pode ser analogamente situado naquilo que Freire (1987) nos diz sobre o fato de que a cultura não pode ser arrancada do sujeito, pois este só existe porque a cultura lhe é constitutiva. Este sujeito de cultura é seu próprio produtor. Implicado em sua realidade, este sujeito não tem como ser objetivado para fora de si.

Research paper thumbnail of DIFERENÇAS CULTURAIS E FORMAÇÃO DOCENTE NA BAIXADA FLUMINENSE

A partir de um diálogo entre duas experiências na formação de professores na UFRRJ, tendo de um l... more A partir de um diálogo entre duas experiências na formação de professores na UFRRJ, tendo de um lado um profissional que tem a tarefa de dialogar e trocar experiências com seus estudantes de pedagogia e, de outro, uma profissional da educação básica em um município da Baixada Fluminense que, ao mesmo tempo em que exerce a docência na educação infantil, estabelece novos diálogos entre seu lugar de estudo e a docência, o texto surge a partir da necessidade de colocar no mesmo nível experiências e análises sobre as diferenças culturais e a cultura escolar, e como esta reflexão em conjunto, pode contribuir na formação de novas gerações de docentes na Baixada Fluminense. Em cada seção, a escrita está organizada primeiro com as reflexões e descrições da docente/estudante e, em seguida, com as reflexões e análises do docente interlocutor da estudante. Esperamos que esta forma de escrita contribua para uma nova reflexão sobre formação docente e as diferenças culturais.

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Research paper thumbnail of PENSO, MAS NÃO EXISTO: O QUE A CIÊNCIA OCIDENTAL ESCONDEU POR MUITO TEMPO

Após o advento da Lei 10.639/03 e das diretrizes curriculares para a educação das relações étnico... more Após o advento da Lei 10.639/03 e das diretrizes curriculares para a educação das relações étnico-raciais (BRASIL, 2004), uma onda debates acontece sobre currículos da educação básica. Esta onda repercute com intensidade quando os especialistas e militantes do movimento negro investem na crítica aos currículos eurocentrados que passam a ser revelados como instrumentos que invisibilizaram histórias e dinâmicas sociais milenares para justificar uma dominação colonial por vários séculos. Trataremos neste artigo, de alguns desses processos que denominamos de colonialidade. Mostrando como a Europa a partir do século XV construiu uma razão científica universal em detrimento da razão do outro, os povos colonizados. Neste processo, foi necessário invisibilizar histórias, dinâmicas sociais e fundamentar esta invisibilização com o que denominamos de racismo epistêmico. Em síntese, quando falamos em colonialidade, fazemos alusão à perspectiva teórica formulada em Quijano (2005) que propõe o conceito de " colonialidade do poder ". Este seria uma estrutura de dominação que submeteu a América Latina, a África e a Ásia. O termo faz alusão à invasão do imaginário do outro, ou seja, a sua ocidentalização. Mais especificamente, um discurso que se insere no mundo do colonizado, porém também se reproduz no lócus do colonizador. Neste sentido, o colonizador destrói o imaginário do outro, invisibilizando-o e subalternizando-o, enquanto reafirma o próprio imaginário. Assim, a colonialidade reprime os modos de produção de conhecimento, os saberes, o mundo simbólico, as imagens do colonizado, e impõe novos. Opera-se então, a naturalização do imaginário do invasor europeu, a subalternização epistêmica do outro não europeu e a própria negação e esquecimento de processos históricos não europeus. Essa operação pode se realizar sob várias formas, como a sedução pela cultura colonialista e o fetichismo cultural que o europeu cria em torno de sua cultura, realizando uma verdadeira aspiração pela cultura europeia por parte dos sujeitos subalternizados. Portanto, o eurocentrismo não é a perspectiva cognitiva somente dos europeus, mas também do conjunto daqueles educados sob sua hegemonia. Este processo se inicia com a conquista da América que significou não somente a criação de uma nova " economia-mundo " mas, também, a formação do primeiro grande discurso do mundo moderno. O

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Research paper thumbnail of PRODUZIR CONHECIMENTO É UM PENSAR MILITANTE

Refletiremos neste texto uma dimensão que o estudo das relações étnico-raciais na educação no Bra... more Refletiremos neste texto uma dimensão que o estudo das relações étnico-raciais na educação no Brasil tem demostrando nos últimos anos, ou seja, não há possibilidade de construção do conhecimento se não tivermos uma postura militante e engajada. Esta última afirmação quer debater com a ideia hegemônica de que para ser cientifico e objetivo, o sujeito que se envolve com a produção do conhecimento, só o fará se for alçado como sujeito epistêmico, mensageiro de um modo preciso de investigar, armado com conceitos, que o direciona na ação sobre a empiria e na explicação, como segurança de objetividade do conhecimento produzido, como aquele que produz verdades e sentidos para a sociedade. Entretanto, como veremos em nossa argumentação, os sujeitos produtores de conhecimento são mobilizados por uma inquietação intelectual, que tem sua matriz na realidade concreta em que o mesmo está implicado.

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Projeto gráfico e capa PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E INTERCULTURALIDADE: FAZERES-SABERES • pág, 123 3 ... more Projeto gráfico e capa PEDAGOGIAS DECOLONIAIS E INTERCULTURALIDADE: FAZERES-SABERES • pág, 123 3 O ensino da educação física na escola em uma perspectiva intercultural: um diálogo com as diferenças culturais • pág, 124 Ana Paula da Silva Santos Oficina mulheres negras e literatura: a prática (transgressora) do amor • pág, 134 Caroline da Matta Cunha Pérez Estudo de campo na escola: possibilidades para práticas pedagógicas de inspiração decolonial • pág, 147

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Em primeiro lugar, gostaríamos de fazer dois esclarecimentos sobre o título deste texto. O primei... more Em primeiro lugar, gostaríamos de fazer dois esclarecimentos sobre o título deste texto. O primeiro é que a denominação da Lei é meramente política, pois o que existe de fato (ainda) são as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (DCNERER), que regulamentam e normatizam o artigo 26 o da LDBEN. O segundo esclarecimento é que este texto começou a ser escrito menos de uma semana após a posse do novo governo federal de ultradireita, conservador e composto por militares, ruralistas do agronegócio, fundamentalistas religiosos, banqueiros e defensores da Escola Sem Partido, nos principais postos de comando do Estado Brasileiro. Em seguida, foi desenvolvido ao longo do ano de 2019.

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Dicionário do Ensino de Sociologia, 2020

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Resumo: Este artigo é uma reflexão epistêmica e política a partir da nova realidade brasileira ne... more Resumo: Este artigo é uma reflexão epistêmica e política a partir da nova realidade brasileira neoconservadora instalada a partir de 2016 e aprofundada com a eleição de um governo de ultradireita a partir de 2018. Nesta nova conjuntura, apresentamos os possíveis riscos políticos do fim de uma legislação antirracista na educação brasileira (a Lei 10.639/03) e quais os possíveis caminhos de uma insurgência política e epistêmica para reafirmar que a produção de um conhecimento antirracista em educação depende fundamentalmente do engajamento político e epistêmico em lutas concretas contra o racismo estrutural brasileiro. Enfim, a perspectiva que trabalharemos neste texto é aquela de que o horizonte da utopia igualitária em educação está sempre presente, pois aprendemos com a história que aquilo que foi impossível e inimaginável um dia, se concretizou a partir da ação política insurgente de sujeitos coletivos que assumiram a tarefa de transformar sua realidade. Palavras Chaves: antirracismo, opção decolonial, Lei 10.639, militância, educação DECOLONIAL AND ANTI-RACISM OPTION IN EDUCATION IN NEO-FASCIST TIMES Abstract: This article is an epistemic and political reflection based on the new neoconservative Brazilian reality installed in 2016 and deepened with the election of an ultra-right government in 2018. In this new conjuncture, we present the possible political risks of the end of an anti-racist legislation in Brazilian education (Law 10.639/03) and the possible paths of a political and epistemic insurgency to reaffirm that the production of anti-racist knowledge in education depends fundamentally on political and epistemic engagement in concrete struggles against Brazilian structural racism. Ultimately, the perspective that we will aproach in this text is that the horizon of the egalitarian utopia in education is always present, since we learned from history that what was impossible and unimaginable one day, came about through the insurgent political action of collective subjects that took on the task of transforming their reality. Resumen: Este artículo es una reflexión epistémica y política basada en la nueva realidad brasileña neoconservadora instalada en 2016 y profundizada con la elección de un gobierno de ultraderecha desde 2018. En esta nueva situación, presentamos los posibles riesgos de esta política para la legislación antirracista en la educación brasileña (Ley 10.639 / 03) y cuáles son los caminos posibles de una insurgencia política y epistémica, que reafirmen que la producción de conocimiento antirracista en educación depende fundamentalmente del compromiso político y epistémico, en luchas concretas contra el racismo estructural brasileño. Finalmente, la perspectiva en que trabajamos en este artículo es que el horizonte de la utopía igualitaria en la educación está siempre presente, ya que aprendimos de la historia que lo que era imposible e inimaginable algún día, surgió a través de la acción política insurgente de sujetos colectivos que asumieron la tarea de transformar su realidad. Palabras clave: antirracismo, opción descolonial, Ley 10.639, militancia, educación. OPTION DÉCOLONIALE ET ANTI-RACISME DANS L'ÉDUCATION EN TEMPS NÉOFASCISTES Résumé: Cet article fait une réflexion épistémique et politique sur la nouvelle réalité brésilienne néo-conservatrice installée en 2016 et approfondie avec l'élection d'un gouvernement d'extrême droite depuis 2018. Sur cette nouvelle conjoncture, nous présentons les risques que cette politique represente pour la législation antiraciste dans l'éducation brésilienne (loi 10.639 / 03) et les possibles voies d'une insurrection politique et épistémique, que puisse réaffirmer que la production de connaissances en anti-racisme dans l'éducation dépend fondamentalement de l'engagement politique et épistémique, dans des luttes concrètes contre le racisme structurel brésilien. Enfin, la perspective sur laquelle nous travaillons dans cet article est que l'horizon de l'utopie égalitaire dans l'éducation est toujours présent, puisque l'histoire nous a appris que ce qui était impossible et inimaginable un jour, est pourtant né de l'action politique, insurgée de sujets collectifs qui ont assumé la tâche de transformer leur réalité.

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Este texto faz uma reflexão teórica e política sobre o combate ao racismo nas salas de aula. Esta... more Este texto faz uma reflexão teórica e política sobre o combate ao racismo nas salas de aula. Esta reflexão é relacionada com o debate que apresentei no curso do SESC em 01 de agosto de 2016, sobre a história da África, herança das culturas desse continente no espaço escolar e a educação para as relações étnico-raciais. Porém, a análise do nosso contexto profissional docente, remete-nos à questão da diferença e da presença negra nas relações ensino-aprendizagem. Os aportes teóricos dialogam com os sociólogos François Dubet (2001 e 2003) na perspectiva de pensar o conceito de exclusão escolar e o sociólogo Boaventura de Souza Santos (1996), quando analisa as potencialidades pedagógicas e epistêmicas do conceito de pedagogia do conflito.

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O objetivo deste artigo é iniciar algumas reflexões acerca da perspectiva Modernidade/Colonialida... more O objetivo deste artigo é iniciar algumas reflexões acerca da perspectiva Modernidade/Colonialidade e suas implicações históricas, a fim de desnaturalizar nossas formas de ser e estar no mundo. Tomamos como ponto de partida a compreensão de que estes dois conceitos não podem ser entendidos de forma dissociada. Adotamos a colonialidade enquanto persistência da opressão colonial e abordamos a subtração dos povos colonizados da história e da produção de conhecimentos. Em diálogo com autores latino-americanos, que produzem desde este lugar geográfico e epistemológico, afirmamos a necessidade de adotar referenciais outros que rompam com a hegemonia dos autores eurocentrados e nos permitam questionar e superar o legado colonial. Entretanto, defendemos que os protagonistas das ações decoloniais, nas Américas, sempre foram os movimentos de resistência, cujos precursores são os povos indígenas e os escravizados africanos.

Palavras-Chave: Modernidade/Colonialidade. Decolonialidade. Racismo Epistêmico. Militância.

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"Os três capítulos que compõe esta obra têm como ponto comum, o trabalho desenvolvido pelo Grupo ... more "Os três capítulos que compõe esta obra têm como ponto comum, o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas, Movimentos Sociais e Culturas (GPMC), um grupo heterogêneo, constituído de sujeitos de distintas orientações políticas, assim como formação profissional e acadêmica, mas que possuem em comum, outras latitudes epistemólogica, neste caso pensar e fomentar uma educação antirracista.

Este livro vem contribuir positivamente na vida de educadoras(es), de pesquisadoras(es) que têm no seu fazer cotidiano a proposição, e o abandono de tudo aquilo que subalterniza dentro das práticas educacionais, sabemos que (re) significar a educação brasileira, pelo viés da luta antirracista, em um momento onde a voz do educador uma vez mais volta a ser cerceada, também como uma conduta militante".

Texto da Orelha por Profa. Dra. Fernanda Felisberto
Departamento de Letras – IM-UFRRJ

ISBN: 978-85-93429-01-9
Autor: Luiz Fernandes de Oliveira - Professor do Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares – PPGEDUC/UFRRJ e da Licenciatura em Educação do Campo da UFRRJ, Membro do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas, Movimentos Sociais e Culturas - GPMC.

Disponível para venda no site:
https://www.editoraselonovo.com.br/educacao-militancia-decolonial

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Resumo: O presente artigo tem como objetivo apresentar o Dossiê Colonialidade e Pedagogia Decolon... more Resumo: O presente artigo tem como objetivo apresentar o Dossiê Colonialidade e Pedagogia Decolonial. Apresentamos e discutimos no texto a perspectiva teórica Modernidade/Colonialidade e os seus principais conceitos que mobilizam o dossiê, especialmente os conceitos de modernidade, de colonialidade e da pedagogia decolonial. Por fim, apresentamos como se desenvolve o debate sobre colonialidade e pedagogia deco lonial neste dossiê, destacando que esta perspectiva teórica se constrói em diálogo com as diversas

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Texto Apresentado no II COPENE SUDESTE em 01 de março de 2018.

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Resumo O que refletiremos neste texto vai de encontro ao que o estudo das relações étnico-raciais... more Resumo O que refletiremos neste texto vai de encontro ao que o estudo das relações étnico-raciais na educação no Brasil tem demostrado nos últimos anos, ou seja, não há possibilidade de construção do conhecimento se não tivermos uma postura militante e engajada. Esta postura, não é novidade nas ciências da educação ou nas ciências sociais. Veremos, através de análise bibliográfica, como pensadores e pesquisadores militantes e engajados nos demonstram que o conhecimento se produz na militância e no engajamento. Esta última afirmação, extremamente polêmica nos meios acadêmicos, quer debater com a ideia hegemônica de que para ser científico e objetivo, o sujeito que se envolve com a produção do conhecimento, só o fará se for alçado como sujeito epistêmico, mensageiro de um modo preciso de investigar, armado com conceitos que o direcionam na ação sobre a empiria e na explicação como segurança de objetividade do conhecimento produzido, como aquele que produz verdades e sentidos para a sociedade. Entretanto, como veremos em nossa argumentação, também epistêmica, os sujeitos produtores de conhecimento são mobilizados por uma inquietação intelectual, que tem sua matriz na realidade concreta em que os mesmos estão implicados. Este termo aqui posto pode ser analogamente situado naquilo que Freire (1987) nos diz sobre o fato de que a cultura não pode ser arrancada do sujeito, pois este só existe porque a cultura lhe é constitutiva. Este sujeito de cultura é seu próprio produtor. Implicado em sua realidade, este sujeito não tem como ser objetivado para fora de si.

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A partir de um diálogo entre duas experiências na formação de professores na UFRRJ, tendo de um l... more A partir de um diálogo entre duas experiências na formação de professores na UFRRJ, tendo de um lado um profissional que tem a tarefa de dialogar e trocar experiências com seus estudantes de pedagogia e, de outro, uma profissional da educação básica em um município da Baixada Fluminense que, ao mesmo tempo em que exerce a docência na educação infantil, estabelece novos diálogos entre seu lugar de estudo e a docência, o texto surge a partir da necessidade de colocar no mesmo nível experiências e análises sobre as diferenças culturais e a cultura escolar, e como esta reflexão em conjunto, pode contribuir na formação de novas gerações de docentes na Baixada Fluminense. Em cada seção, a escrita está organizada primeiro com as reflexões e descrições da docente/estudante e, em seguida, com as reflexões e análises do docente interlocutor da estudante. Esperamos que esta forma de escrita contribua para uma nova reflexão sobre formação docente e as diferenças culturais.

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Após o advento da Lei 10.639/03 e das diretrizes curriculares para a educação das relações étnico... more Após o advento da Lei 10.639/03 e das diretrizes curriculares para a educação das relações étnico-raciais (BRASIL, 2004), uma onda debates acontece sobre currículos da educação básica. Esta onda repercute com intensidade quando os especialistas e militantes do movimento negro investem na crítica aos currículos eurocentrados que passam a ser revelados como instrumentos que invisibilizaram histórias e dinâmicas sociais milenares para justificar uma dominação colonial por vários séculos. Trataremos neste artigo, de alguns desses processos que denominamos de colonialidade. Mostrando como a Europa a partir do século XV construiu uma razão científica universal em detrimento da razão do outro, os povos colonizados. Neste processo, foi necessário invisibilizar histórias, dinâmicas sociais e fundamentar esta invisibilização com o que denominamos de racismo epistêmico. Em síntese, quando falamos em colonialidade, fazemos alusão à perspectiva teórica formulada em Quijano (2005) que propõe o conceito de " colonialidade do poder ". Este seria uma estrutura de dominação que submeteu a América Latina, a África e a Ásia. O termo faz alusão à invasão do imaginário do outro, ou seja, a sua ocidentalização. Mais especificamente, um discurso que se insere no mundo do colonizado, porém também se reproduz no lócus do colonizador. Neste sentido, o colonizador destrói o imaginário do outro, invisibilizando-o e subalternizando-o, enquanto reafirma o próprio imaginário. Assim, a colonialidade reprime os modos de produção de conhecimento, os saberes, o mundo simbólico, as imagens do colonizado, e impõe novos. Opera-se então, a naturalização do imaginário do invasor europeu, a subalternização epistêmica do outro não europeu e a própria negação e esquecimento de processos históricos não europeus. Essa operação pode se realizar sob várias formas, como a sedução pela cultura colonialista e o fetichismo cultural que o europeu cria em torno de sua cultura, realizando uma verdadeira aspiração pela cultura europeia por parte dos sujeitos subalternizados. Portanto, o eurocentrismo não é a perspectiva cognitiva somente dos europeus, mas também do conjunto daqueles educados sob sua hegemonia. Este processo se inicia com a conquista da América que significou não somente a criação de uma nova " economia-mundo " mas, também, a formação do primeiro grande discurso do mundo moderno. O

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Research paper thumbnail of PRODUZIR CONHECIMENTO É UM PENSAR MILITANTE

Refletiremos neste texto uma dimensão que o estudo das relações étnico-raciais na educação no Bra... more Refletiremos neste texto uma dimensão que o estudo das relações étnico-raciais na educação no Brasil tem demostrando nos últimos anos, ou seja, não há possibilidade de construção do conhecimento se não tivermos uma postura militante e engajada. Esta última afirmação quer debater com a ideia hegemônica de que para ser cientifico e objetivo, o sujeito que se envolve com a produção do conhecimento, só o fará se for alçado como sujeito epistêmico, mensageiro de um modo preciso de investigar, armado com conceitos, que o direciona na ação sobre a empiria e na explicação, como segurança de objetividade do conhecimento produzido, como aquele que produz verdades e sentidos para a sociedade. Entretanto, como veremos em nossa argumentação, os sujeitos produtores de conhecimento são mobilizados por uma inquietação intelectual, que tem sua matriz na realidade concreta em que o mesmo está implicado.

Research paper thumbnail of SOCIOLOGIA PARA JOVENS DO SÉCULO XXI / Ensino Médio / volume único 4 a edição Reformulada e Ampliada MANUAL DO PROFESSOR (2018)

Research paper thumbnail of Faz diferença pensar uma educação antirracista na sala de aula?  p. 118-130

Cultura Afro-brasileira e africana no SESC, 2019

Este texto faz uma reflexão teórica e política sobre o combate ao racismo nas salas de aula. Esta... more Este texto faz uma reflexão teórica e política sobre o combate ao racismo nas salas de aula. Esta reflexão é relacionada com o debate que apresentei no curso do SESC em 01 de agosto de 2016, sobre a história da África, herança das culturas desse continente no espaço escolar e a educação para as relações étnico-raciais. Porém, a análise do nosso contexto profissional docente, remete-nos à questão da diferença e da presença negra nas relações ensino-aprendizagem. Os aportes teóricos dialogam com os sociólogos François Dubet (2001 e 2003) na perspectiva de pensar o conceito de exclusão escolar e o sociólogo Boaventura de Souza Santos (1996), quando analisa as potencialidades pedagógicas e epistêmicas do conceito de pedagogia do conflito.