Lélia Gonzales Research Papers - Academia.edu (original) (raw)
O objetivo desta pesquisa é diálogo dos conceitos de amefricanidade em Lélia Gonzalez e amor em bell hooks; portanto, a proposição de amefricanizar o amor. O estudo traz o aspecto de amor que desafia os sistemas de dominação e opressão,... more
O objetivo desta pesquisa é diálogo dos conceitos de amefricanidade em Lélia Gonzalez e
amor em bell hooks; portanto, a proposição de amefricanizar o amor. O estudo traz o aspecto
de amor que desafia os sistemas de dominação e opressão, contextualizado magistralmente
por bell hooks, ao passo que amefricanidade localiza o dialogo a partir da realidade histórica,
cultual e política na qual o Brasil se insere. O método utilizado foi o bibliográfico tendo como
corpus analítico textos e entrevistas das autoras. Como resultados identifiquei a centralidade
da categoria de amor para compreender a produção intelectual de bell hooks, foram
identificadas 8 temáticas que propiciam o diálogo entre o conceito de amor e o conceito de
amefricanidade: 1) a questão da representação; 2) as definições sobre o amor; 3) o amor na
vida de pessoas negras; 4) a recuperação de si mesmo; 5) a comunidade; 6) a espiritualidade;
7) a justiça, e; 8) laço político entre feminino e masculino. Por fim, identifiquei nas fontes do
subconsciente negro coletivo como a poesia, a ficção e o drama locus de disputa sobre uma
perspectiva amefricana do amor que serve de ferraments para a ampliação do vocabulário
político da teoria crítica dos direitos humanos.
- by
- •
- Bell Hooks, Amor, Ancestralidade, Lélia Gonzales
Rogério Modesto, no texto Não esquecer, não aceitar: a denúncia “quando se exige silêncio” e a construção discursiva do antagonismo, produz um gesto de escuta da resistência- -denúncia de mães, mulheres negras, moradoras de periferia em... more
Rogério Modesto, no texto Não esquecer, não aceitar:
a denúncia “quando se exige silêncio” e a construção discursiva do antagonismo, produz um gesto de escuta da resistência-
-denúncia de mães, mulheres negras, moradoras de periferia em
relação à violência policial em suas comunidades. O autor analisa recortes de discursos extraídos do documentário Menino Joel
e do livro Auto de Resistência e compreende como a violência é
significada: produz dor, medo e impõe silêncios, mas, ao mesmo
tempo, materializa denúncia e resistência. Denúncia “como forma de fazer cicatrizar sem deixar de passar pelo tempo de fazer
sangrar”, e resistência no “falar quando se exige silêncio, antagonizar, entender ou não entender de que lado se está no batimento
entre eles/nós”. Trata-se, pois, de uma reflexão que denuncia o
Estado brasileiro e suas práticas de extermínio das populações de
periferia, especialmente a juventude negra.
O presente artigo pretende reconstituir o percurso conceitual da noção de "lugar de fala" no contexto brasileiro. Inicialmente apresentaremos os usos contemporâneos da noção e suas bases teóricas correlatas buscando demons-trar sua... more
O capítulo aborda as contribuições do pensamento da filósofa e psicanalista Lélia Gonzalez para pensar as relações racializadas dentro e fora da universidade, lançando luz sobre os conceitos de amefricanidade e pretuguês, visando a torção... more
O capítulo aborda as contribuições do pensamento da filósofa e psicanalista Lélia Gonzalez para pensar as relações racializadas dentro e fora da universidade, lançando luz sobre os conceitos de amefricanidade e pretuguês, visando a torção dos conhecimentos colonizados a partir da práxis ladinoamefricana.
A obra da antropóloga Lélia A. González tem, merecidamente, sido cada vez mais reconhecida por sua contribuição teórica pioneira para a elaboração de um pensamento feminista negro brasileiro, comprometido com a transformação social. De... more
A obra da antropóloga Lélia A. González tem, merecidamente, sido cada vez mais reconhecida por sua contribuição teórica pioneira para a elaboração de um pensamento feminista negro brasileiro, comprometido com a transformação social. De forma original, a autora já preconizava, na década de 1970, as articulações entre as categorias de raça, gênero e classe como matrizes de dominação. Com efeito, adiantava os pressupostos do que posteriormente seria nomeado pela jurista afro-americana Kimbérly Crewshaw como a teoria da intersecionalidade (CRENSHAW, 1989). Inegavelmente estes debates ocuparam um lugar fundamental na produção da autora, contudo, suas proposições contemplaram outras temáticas que ficaram ofuscadas ou até mesmo esquecidas. A própria fortuna crítica acerca da autora concentrou-se apenas nas discussões de gênero e raça. Fato que tem ocasionado uma abordagem e, até mesmo, uma leitura parcial de seu pensamento. (2) Ao contemplar o conjunto da produção.
Nesta edição, falaremos com o autor de “Cativeiro Antinegritude e Ancestralidade”, o antropólogo e professor Osmundo Pinho. A obra, recém lançada pela Editora baiana Segundo Selo, nos apresenta uma série de artigos produzidos ao longo de... more
Nesta edição, falaremos com o autor de “Cativeiro Antinegritude e Ancestralidade”, o antropólogo e professor Osmundo Pinho. A obra, recém lançada pela Editora baiana Segundo Selo, nos apresenta uma série de artigos produzidos ao longo de mais de 5 anos e encadeados sobre uma esteira comum que compartilha entre sujeitos de pesquisa e referências o olhar constante do contemporâneo sobre a condição da existência afrodiaspórica negra histórica e atual no contexto da modernidade colonial do Ocidente. A partir de diversas leituras, junto ao sóbrio cotejamento entre estas em função de sujeitos de pesquisa determinados é que — (...)— recebemos esta mais nova publicação que vem a ser um dos primeiros diálogos com o Afropessimismo feitos aqui do Brasil.
This article, based on literature review and analysis, aims to explain a possible dialogue about subalternity and intersectionality, as well as the role of the intellectual in Spivak and Lélia Gonzalez. The dialogue about... more
This article, based on literature review and
analysis, aims to explain a possible dialogue about
subalternity and intersectionality, as well as the role
of the intellectual in Spivak and Lélia Gonzalez. The
dialogue about intersectionality between the two
authors aims to answer the following problem: how
can the understanding of the intersectionality between
Spivak and Gonzalez enable us to understand the
importance of a black and subalternized intellectual, as
a condition, who thinks, speaks and produces his own
theoretical framework? We problematize the relevance
of Lélia Gonzalez in the effectuation of the speech of an
intellectual, being her in a position of subalternity, since
it is crossed between the clippings of race, gender, sex
and class. Aesthetically we discuss two sections: Spivak
and the female subordinate subject; and, Gonzalez,
racism, sexism and the unenviable history and social
formation of Brazil. We consider that it is not up to the
intellectual to speak for the subordinate, much less to
create proper speech conditions for the subordinate, nor
should he put himself in supposed neutrality. Gonzalez is
an example that the intellectual can speak and create his
own epistemology and social and political praxis, despite
the conditions being of silencing minorities.
Este artigo pretende analisar as possibilidades de emancipação política das mulheres negras. Estudaremos especificamente como essas mulheres, no começo da década de 1980, se utilizavam de práticas comunicativas alternativas para... more
Este artigo pretende analisar as possibilidades de emancipação política das mulheres negras. Estudaremos especificamente como essas mulheres, no começo da década de 1980, se utilizavam de práticas comunicativas alternativas para tematizarem a própria. Para tanto, faremos um recorte na atuação da ativista mineira Lélia Gonzalez no jornal Mulherio (1981 - 1988), no qual ela era a única mulher negra a participar do conselho editorial e assinava a coluna Negra. Como recurso metodológico, utilizamos a noção de discurso de Fairclough (1989), para quem a mudança social se dá a partir da mudança
discursiva. Encontramos indícios de que, quando Lélia Gonzalez se constituiu como sujeito político de palavra, tematizando às opressões interseccionadas que as mulheres negras sofrem, ela promoveu um deslocamento nesse contexto, para si e para seus
pares.
Neste ensaio apresento uma abordagem teórica de Pierre-Joseph Proudhon combinada a concepções republicanas de ciclos políticos, já presentes na obra do autor, como em Do Princípio Federativo, e inflexões interseccionais - levando em... more
Neste ensaio apresento uma abordagem teórica de Pierre-Joseph Proudhon combinada a concepções republicanas de ciclos políticos, já presentes na obra do autor, como em Do Princípio Federativo, e inflexões interseccionais - levando em consideração não só a luta de classe mas também as lutas de raça, gênero e outras sobre a história do domínio do patriarcado branco - aplicada ao estudo da conjuntura política brasileira atual, considerando as implicações desta abordagem para a organização anarquista.
A decisão de falar sobre uma feminista brasileira negra numa mesa que tem como tema o feminismo latino-americano se deu a partir da percepção de que, se estou certa de que um dos objetivos dessa mesa é contribuir para pensar sobre a... more
A decisão de falar sobre uma feminista brasileira negra numa mesa que tem como tema o feminismo latino-americano se deu a partir da percepção de que, se estou certa de que um dos objetivos dessa mesa é contribuir para pensar sobre a crescente necessidade de descolonização das teorias feministas, então é importante fazer um resgate de uma mulher cuja vida e obra foram curtas e intensas, mas cuja herança para o debate político contemporâneo fundamental. Estou me referindo à Lélia Gonzalez, nascida em Minas, em 1935, falecida no Rio de Janeiro em 1994, pouco antes de completar 60 anos. Considerando os critérios atuais, podemos dizer que Lélia quase não publicou, mas deixou contribuições que continuam ecoando quando se trata de debater racismo e feminismo na América Latina. É verdade que o Brasil é um país sem tradição de luto público e que essa "distribuição desigual do luto", para usar uma expressão de Judith Butler, atinge mais diretamente mulheres do que homens, negras do que brancos, pobres do que ricos e assim sucessivamente. Tenho trabalhado com a ideia de que o luto é entendido por Butler como mais importante do que a morte em Hegel. Sabemos que, para Hegel, a morte marca o início da vida do espírito, este imortal. Na minha hipótese, Butler promove um deslocamento da importância da morte em Hegel para o luto como elemento de reconhecimento de que foi vivida uma vida além da vida biológica. Luto aqui entendido como uma política de memória que me faz trazer Lélia a fim de resgatar e, mais, reconhecer as heranças não coloniais que nos compõem. É nesse sentido que rememorar a obra de Lélia e inseri-la num contexto de pensamento feminista latino-americano me pareceu um gesto político necessário neste momento tão difícil, para dizer o mínimo, da vida política do país. Mas é verdade também que nesse processo de resgate e reconhecimento póstumo há um conjunto de teses e dissertações importantes na retomada da obra de Lélia. O Portal de Periódicos da Capes registra 46 artigos em que seu trabalho é citado.
Lélia Gonzalez was a philosopher, an anthropologist, a professor, a writer, an intellectual, a Black and feminist activist. Throughout her life, theory and practice were always organically connected. Her original work has been of... more
Lélia Gonzalez was a philosopher, an anthropologist, a professor, a writer, an intellectual, a Black and feminist activist. Throughout her life, theory and practice were always organically connected. Her original work has been of critical importance for Brazilian social thought. Her writings emphasize how Black people, especially Black women, have been at the forefront of Brazil's social and cultural formation. But despite her contributions, not a lot of people read or know about her.
O presente trabalho fundamenta-se na perspectiva dos passados socialmente vivos. Argumentamos que os temas sensíveis são abordagens cruciais para os currículos educacionais latino-americanos, uma vez que países como Brasil, são... more
O presente trabalho fundamenta-se na perspectiva dos passados socialmente vivos. Argumentamos que os temas sensíveis são abordagens cruciais para os currículos educacionais latino-americanos, uma vez que países como Brasil, são profundamente marcados por desigualdades raciais, o legado central da colonialidade. Objetivamos evidenciar que as assimetrias raciais, historicamente construídas pela escravidão, espelham as principais questões sensíveis que atravessam o Brasil contemporâneo. Em seguida, a biografia de Laudelina de Campos Melo, personagem histórica que viveu no pós-abolição, será trabalhada enquanto possibilidade de intervenção pedagógica, baseada na perspectiva das questões socialmente vivas. Apresentamos uma abordagem potencial para práticas educativas decolonizadoras, pois ilumina memórias e sujeitos outros no ensino escolar, ao mesmo tempo em que torna problematizadora a história ensinada.
Inserido no cenário de importantes intelectuais negros/as que construíram, por meio dos movimentos anticoloniais do século XX, o pensamento de Lélia Gonzalez é indispensável para pensar e compreender as relações étnico-raciais uma vez que... more
Inserido no cenário de importantes intelectuais negros/as que construíram, por meio dos movimentos anticoloniais do século XX, o pensamento de Lélia Gonzalez é indispensável para pensar e compreender as relações étnico-raciais uma vez que seu pensamento tece críticas ao colonialismo, ao mito da democracia racial e se ocupa com pioneirismo do trato das categorias de raça, gênero e classe de modo indissociável, apontando-nos sobre o que experiência o corpo negro vivendo na diáspora, especificamente, nas territorialidades do Brasil, em toda América Latina e Caribe.
Deste modo, a apresentação ora exposta se constitui como parte de pesquisa de mestrado em andamento, o objetivo central do projeto se volta para a ensaística de Lélia Gonzalez escrita dos anos de 1979 a 1988 buscando identificar e compreender raça, classe e gênero/sexo como categorias de análise.
It is easy and distressing to realize that the policies of death, genocide, state necropolicy (Mbembe 2003), and horizontal sovereignties will reach a nightmare level. The Amefrican dream of Lélia Gonzalez today, as yesterday, faces the... more
It is easy and distressing to realize that the policies
of death, genocide, state necropolicy (Mbembe
2003), and horizontal sovereignties will reach a
nightmare level. The Amefrican dream of Lélia
Gonzalez today, as yesterday, faces the supremacist
and colonial nightmare that made martyrdom
a device of nation building.
Resumo: Trata-se de reconstruir a ideia de reconhecimento na obra da filósofa brasileira Lélia Gonzalez. Para isso, no primeiro momento intenta situar a sua teoria social no contexto de uma ideia negativa de reconhecimento, que tem como... more
Resumo: Trata-se de reconstruir a ideia de reconhecimento na obra da filósofa brasileira Lélia Gonzalez. Para isso, no primeiro momento intenta situar a sua teoria social no contexto de uma ideia negativa de reconhecimento, que tem como base as influências da psicanálise, o feminismo e o marxismo francês. Em seguida, temos uma análise da sua crítica das formas ideológicas de reconhecimento causadas pela patologia social da "neurose cultural brasileira do racismo". Por fim, na última parte do artigo investigaremos as formas de resistência e emancipação na chave da "amefricanidade", categoria chave para compreensão da experiência negativa de reconhecimento denegado de Gonzalez, mas também da resistência, na abertura de uma luta política democrática em torno de uma feminismo negro latino-americano.
O discurso que devo pronunciar aqui, está condicionado à função de comentarista, cabendo a mim a ação de comentar. Tanto a função quanto esta ação estão investidas de um certo poder que me foi confiado, certamente, por alguém que me ver... more
O discurso que devo pronunciar aqui, está condicionado à função de comentarista, cabendo a mim a ação de comentar. Tanto a função quanto esta ação estão investidas de um certo poder que me foi confiado, certamente, por alguém que me ver como um leitor de Michel Foucault. Por isso me vejo obrigado a lançar mão do conhecimento sobre o pensamento desse autor.
En los últimos tiempos, a partir de las recientes movilizaciones antirracistas en los Estados Unidos y en países latinoamericanos, ha habido un fortalecimiento de los movimientos negros y feministas en Brasil y otras partes de la América... more
En los últimos tiempos, a partir de las recientes movilizaciones antirracistas en los Estados Unidos y en países latinoamericanos, ha habido un fortalecimiento de los movimientos negros y feministas en Brasil y otras partes de la América llamada “Latina”, así como la reanudación del debate sobre la raza. En este marco, ha habido un resurgimiento del interés por ideas y teorías del pasado, como las desarrolladas por autores como Abdias Nascimento y Lélia Gonzalez. Las ideas de ambos intelectuales brasileños innovaron el pensamiento sobre los negros en la diáspora y la “interseccionalidad”, particularmente las ideas de “quilombismo” (de Nascimento) y “amefricanidad” (de Gonzalez), que reclaman un lugar destacado en la teoría crítica producida en el Sur Global.
Das impossibilidades do racismo etnosemântico à fala como saída RESUMO Partindo da afirmação de Kabengele Munanga de que o racismo não se fundamenta em diferenças biológicas, mas sim que ele é etnosemântico, localizamos o racismo como um... more
Das impossibilidades do racismo etnosemântico à fala como saída RESUMO Partindo da afirmação de Kabengele Munanga de que o racismo não se fundamenta em diferenças biológicas, mas sim que ele é etnosemântico, localizamos o racismo como um sintoma de discurso e tomamos esta articulação como o eixo que autoriza que a psicanálise possa se aproximar do tema e tratar este modo de segregação. Tendo como base as teorizações de Freud e Lacan, indicamos que o racismo nasce e se atualiza na e pela linguagem. E que, para que o psicanalista possa tratar do tema, é preciso tomá-lo como um sintoma do laço social, ou seja, um sintoma de discurso. Deste modo, discutimos de que forma o racismo no Brasil, velado, recalcado e des-mentido, afeta e interfere no processo de constituição subjetiva dos negros. E, para finalizar, buscamos indicar como esse que antes era falado, destituído de sua posição de sujeito, excluído e situado no lugar de dejeto, pode vir a fazer uma torção, a partir do próprio discurso, de maneira a se colocar em uma nova posição. Palavras-chave: Racismo; Psicanálise; Discurso. From the impossibilities of ethno-semantic racism to speech as an alternative way ABSTRACT Starting from Kabengele Munanga's statement that racism is not based on biological differences, and that it is an ethno-semantic matter, we pinpoint racism as a symptom of discourse and take this conjunction as the backbone that allows Psychoanalysis to approach that issue and address that kind of segregation. Based on the theories of Freud and Lacan, we suggest that racism arises from language and is enhanced by
- by Jefferson Nascimento and +2
- •
- Psychology, Psychoanalysis, Lacanian psychoanalysis, Racismo
Resumo: Este artigo analisa as possibilidades de emancipação política das mulheres negras, no começo da década de 1980, a partir da utilização de práticas comunicativas alternativas, nas quais elas tematizaram a própria condição. Para... more
Resumo: Este artigo analisa as possibilidades de emancipação política das mulheres negras, no começo da década de 1980, a partir da utilização de práticas comunicativas alternativas, nas quais elas tematizaram a própria condição. Para tanto, apresentamos uma análise de um recorte da atuação política da ativista mineira Lélia Gonzalez, sua coluna no jornal Mulherio (1981-1988). Nesse periódico ela era a única mulher negra a participar do conselho editorial e a assinar uma coluna. Como recurso metodológico, utilizamos a noção de discurso de Fairclough (1989) e concluímos que, ao se constituir sujeita política de palavra-tematizando às opressões interseccionadas que as mulheres negras sofrem-, Gonzalez promoveu um deslocamento nesse contexto para si e para os seus pares.