Patriarcalismo Research Papers - Academia.edu (original) (raw)
Este artículo aborda el tema de las encomenderas en la historiografía colombiana, mostrando los sucesos que las evocan, el gesto que las silencia y cómo las recupera la historia. A continuación analiza la participación social, económica... more
Este artículo aborda el tema de las encomenderas en la historiografía colombiana, mostrando los sucesos que las evocan, el gesto que las silencia y cómo las recupera la historia. A continuación analiza la participación social, económica y política de las mujeres en el Nuevo Reino durante el período colonial. En la tercera parte, ligada estrechamente a la anterior, el artículo vincula la participación de las mujeres en la Colonia con un desenvolvimiento específico de la historiografía colombiana, que no logra orientar, como sí lo hace la latinoamericana, el aporte central de las mujeres criollas y españolas de la élite del matrimonio a la encomienda. Así, con este viraje sobre la participación, la última parte del artículo propone indagar la procedencia del título de encomendera y realizar un análisis socioestadístico de las encomenderas de Santafé y Tunja entre 1564 y 1636.
Uno de los pensadores que más tempranamente denunciaron el origen religioso del deterioro ecológico fue el estadounidense Lynn Townsend White Jr. Este profesor de historia medieval llegó a advertir en el dinamismo cristiano de la Edad... more
Uno de los pensadores que más tempranamente denunciaron el origen religioso del deterioro ecológico fue el estadounidense Lynn Townsend White Jr. Este profesor de historia medieval llegó a advertir en el dinamismo cristiano de la Edad Media los “fundamentos psicológicos” que llevaron posteriormente a la Revolución Industrial a unir ciencia y tecnología en la magna y religiosa empresa de explotar la tierra. La teología judeocristiana, legitimadora de tal expolio, la recapituló White en su ya clásica conferencia sobre Las raíces históricas de nuestra crisis ecológica (1966) en dos imágenes sacadas de la tradición sacerdotal de la Biblia: la condición de “imagen de Dios” que distingue al ser humano del resto de la creación, carente de autoconciencia y subjetividad (Gn 1,26-27), y su “dominio absoluto” sobre la tierra, que interpreta como mandato divino (Gn 1, 26-28).
Critical reading of woman's representation in the novel "As meninas", by Lygia Fagundes Telles
Partindo de relatos acerca da condição humana, conforme as tradições hebraicas e helênicas (no Gênesis bíblico e nos poemas de Hesíodo), indagamo-nos sobre as formas por que a humanidade – diferenciando-se da divindade – encontra na... more
Partindo de relatos acerca da condição humana, conforme as tradições hebraicas e helênicas (no Gênesis bíblico e nos poemas de Hesíodo), indagamo-nos sobre as formas por que a humanidade – diferenciando-se da divindade – encontra na submissão animal um importante momento constitutivo. O sacrifício prometeico, por um lado, e a nomeação adâmica, por outro, apresentam ainda implicações para a especificação da humanidade nos gêneros masculino e feminino. Nossa leitura tende a apontar a relação entre carnivorismo e patriarcalismo nessas narrativas, nas quais uma divindade masculina não apenas figura como a autoridade que impõe o sacrifício de carne, mas também instaura arbitrariamente a diferenciação entre homens e mulheres, dando a precedência (temporal e hierárquica) a uma das partes. Nosso objetivo é, mais do que apontar o modo por que se impõem essas diferenciações, indicar uma possibilidade de questionar e ultrapassar a autoridade e a arbitrariedade de tais imposições.
Um clássico da literatura inglesa Jane Eyre, foi escrito por Charlotte Bronte em 1847, publicado com o pseudônimo de Currer Bell, esse fato evidencia a falta de espaço para a literatura desenvolvida por mulheres e principalmente a... more
Um clássico da literatura inglesa Jane Eyre, foi escrito por Charlotte Bronte em 1847, publicado com o pseudônimo de Currer Bell, esse fato evidencia a falta de espaço para a literatura desenvolvida por mulheres e principalmente a desvalorização do papel e da autoria feminina que, por sofrer preconceito e diversas dificuldades para sua evolução desenvolveu-se lentamente ao passar dos anos. Jane Eyre mostra a realidade de uma sociedade patriarcal no período vitoriano, explicitando em sua escrita a raiva e a indignação pela desigualdade entre gêneros que, apesar de serem vistas como criticas, aproximando-se a reclamações não interferiram na qualidade de escrita, como afirmam alguns autores.
- by Silvia Liebel and +1
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- Feminismo, Brasil, Violência, História das Mulheres
O artigo perspectiva o cenário político-social brasileiro pós-impeachment de 2016, buscando compreender as causas condicionantes do referido processo e os seus reflexos na política e na sociedade brasileiras. Visa a responder ao seguinte... more
O artigo perspectiva o cenário político-social brasileiro pós-impeachment de 2016, buscando compreender as causas condicionantes do referido processo e os seus reflexos na política e na sociedade brasileiras. Visa a responder ao seguinte problema de pesquisa: em que medida o processo de impeachment ocorrido no Brasil em 2016, mais do que um simples processo jurídico-político, representou um marco na (re)articulação e no avanço do patriarcalismo, ancorado especialmente em uma aliança entre ultraliberais e fundamentalistas que, com base em uma retórica misógina e conservadora, abriu caminho para o avanço das políticas de desmonte do Estado Social minimamente estruturado no Brasil, evidenciando a ocorrência de um processo denominado, a partir da teoria social-democrática de Nancy Fraser, de “evangelicalismo político”? Para responder à pergunta, o texto encontra-se estruturado em três partes: em um primeiro momento, realiza uma análise do patriarcalismo, considerando ser este o modelo (ainda) predominante na sociedade brasileira; em um segundo momento, aborda os acontecimentos jurídico-políticos do impeachment sofrido por Dilma Rousseff, demonstrando que este processo configurou-se a partir de uma (re)articulação do avanço das forças patriarcalistas; por fim, apresenta o “evangelicalismo político”, tal qual cunhado por Nancy Fraser, como o movimento que dá sustentação ao patriarcalismo, na medida em que viabiliza a aliança do fundamentalismo religioso com o movimento de avanço ultraliberal. Utiliza-se, na investigação, o método fenomenológico, notadamente a partir das contribuições de Martin Heidegger e Hans-Georg Gadamer.
- by Maiquel Wermuth and +1
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- Impeachment, Patriarcalismo, Misoginia, Evangelicalismo
Este artigo investiga as interpretações sociocriminológicas de José Lins do Rego sobre o cangaço que lhe serviram de pano de fundo para desenvolver os romances Pedra Bonita e Cangaceiros. Mostra-se como o romancista se posicionava perante... more
Este artigo investiga as interpretações sociocriminológicas de José Lins do Rego sobre o cangaço que lhe serviram de pano de fundo para desenvolver os romances Pedra Bonita e Cangaceiros. Mostra-se como o romancista se posicionava perante duas teorias criminológicas que, em sua época, tentavam compreender o cangaço: a teoria do banditismo social e a antropologia criminal da Escola Positiva brasileira. Conclui-se que o caminho trilhado por Rego para explicar a gênese do cangaço passava por entendê-lo em função das disputas coronelistas.
O Brasil possui uma história marcada por violências e conflitos. Sabe-se que o país foi palco de uma colonização fundamentada no genocídio de índios, na escravização de negros, na imposição religiosa e na exploração da terra. As... more
O Brasil possui uma história marcada por violências e conflitos. Sabe-se que o país foi palco de uma colonização fundamentada no genocídio de índios, na escravização de negros, na imposição religiosa e na exploração da terra. As contradições e a opressão se estenderam para além do período colonial: imiscuem-se ao presente, permitindo-nos falar em uma violência constitutiva. Theodor Adorno afirma, na Teoria estética, que “mesmo a obra de arte mais sublime adopta uma posição determinada em relação à realidade empírica, ao mesmo tempo que se subtrai ao seu sortilégio, não de uma vez por todas, mas sempre concretamente e de modo inconscientemente polémico contra a sua situação a respeito do momento histórico” (ADORNO, 2012, p. 17 e 18) . O alemão defende que a historiografia está presente na obra de arte, o que pode ser lido principalmente em sua forma. Há um importante diálogo entre o social e o literário, que favorece a reflexão, a percepção e interpretação crítica do mundo e dos diferentes discursos históricos. Desse modo, estabelecendo uma relação entre a literatura e a história, propomos uma análise do patriarcalismo no romance Lavoura arcaica (1975), a partir especialmente do exame da onomástica. A força da tradição perpassa todo o livro, ao longo do qual os nomes se constroem como signo, representando papel relevante para leitura. Para tal estudo, é fundamental perceber os diálogos da obra, no que concerne aos nomes, com textos bíblicos, além de investigar tanto a etimologia hebraica quanto a árabe. Os nomes de André (narrador), Ana (irmã por quem André é apaixonado) e Iohána (pai), por exemplo, tanto individualmente quanto a partir da relação que estabelecem entre si, são fundamentais para a interpretação dos personagens. Utilizaremos como principais suportes teóricos o texto “Proust e os nomes”, de Roland Barthes, e as referidas reflexões de Theodor Adorno.
A pesquisa analisa aspectos da obra O conto da Aia, de Margaret Atwood, a fim de compreender de que modo muitos de seus acontecimentos já são vivenciados, especialmente por mulheres no contexto brasileiro atual. Parte da hipótese de que,... more
A pesquisa analisa aspectos da obra O conto da Aia, de Margaret Atwood, a fim de compreender de que modo muitos de seus acontecimentos já são vivenciados, especialmente por mulheres no contexto brasileiro atual. Parte da hipótese de que, enquanto na distópica Gilead é necessário um golpe de estado e a instituição de um estado de exceção ditatorial, como crucial para o desencadeamento dos fatos narrados, na realidade brasileira, onde o estado de exceção habita permanentemente o seio democrático, tal como na obra de Giorgio Agamben, a violência biopolítica sobre determinados corpos femininos é uma realidade, demonstra Rita Segato. Portanto, na primeira parte desvelam-se os conceitos de biopolítica e estado de exceção em Agamben e, violência contra as mulheres em Rita Segato, para no segundo, demonstrar a conexão entre acontecimentos da obra, e a vida cotidiana das mulheres brasileiras. Ao final, a obra pode ajudar a refletir criticamente uma nação com base democrática aparentemente consolidada, que carrega na dimensão do radicalismo e do fundamentalismo em suas próprias fissuras, sujeitas a ascenderem e tolherem as liberdades de
Este artigo investiga a concepção de coronelismo presente na trama de Terras do sem fim, de Jorge Amado. Lançado em 1943, o romance marcou a literatura brasileira ao narrar a épica luta armada entre dois clãs de fazendeiros do cacau que,... more
Este artigo investiga a concepção de coronelismo presente na trama de Terras do sem fim, de Jorge Amado. Lançado em 1943, o romance marcou a literatura brasileira ao narrar a épica luta armada entre dois clãs de fazendeiros do cacau que, na Ilhéus do início do século XX, disputavam a posse das matas virgens do Sequeiro Grande. Parte da crítica especializada, ao tentar compreender como o romancista concebia a relação dos coronéis com o Estado, viu neles a expressão de um poderio privado exacerbado, contra o qual a lei não poderia se impor: sobrevivência do patriarcalismo e das lutas de famílias, cujas origens históricas remontam à Colônia. Olhando mais de perto, porém, não se trata disso, ou não apenas disso. Jorge Amado percebeu que o Estado, nesse período histórico do coronelismo, estava relativamente mais fortalecido, motivo pelo qual os clãs rivais passavam a lutar pelo poder político e pelo domínio das instituições, como a polícia e a justiça, que os favoreceriam nas disputas contra oligarquias adversárias. Conclui-se que Amado, em certo sentido, antecipou a construção do conceito de coronelismo, que só viria a ser delimitado abstratamente um pouco mais tarde, em 1948, com a publicação de Coronelismo, enxada e voto, de Victor Nunes Leal.
Carmiña Navia, escritora colombiana, publicou há poucos dias (13.08.2020) um artigo sobre Pedro, ao qual pertence este parágrafo: «Não posso deixar de dizer que, em geral, não ouvi uma palavra dele exigindo os direitos das mulheres,... more
Carmiña Navia, escritora colombiana, publicou há poucos dias (13.08.2020) um artigo sobre Pedro, ao qual pertence este parágrafo:
«Não posso deixar de dizer que, em geral, não ouvi uma palavra dele exigindo os direitos das mulheres, que são tão espezinhados na igreja. Será que ele realmente lhes deu algum papel signi!cativo e decisório em sua diocese? É claro para mim que ele, como muitos de seus contemporâneos, que trilharam o caminho da teologia da libertação, foram “patriarcas”, que carregavam dentro de si a própria essência do patriarcado. Acredito que ele nunca rompeu com a exclusão e o silenciamento das mulheres na igreja. Eu ficaria muito feliz se alguém me mostrasse uma palavra dele a este respeito».
Mulheres que foram agentes de pastoral na Prelazia, e «Mulheres do Col•letiu de Dones en l'Esglèsia per la Paritat» da Catalunha, respondem.
Original do texto da Carmiña na íntegra, aqui:
https://www.atrio.org/2020/08/casaldaliga-ii/#more-18782
El presente artículo reflexiona desde una perspectiva feminista y decolonial, acerca de la expresión más radical del masculinismo heterosexual dominante: el femicidio. Para lo cual, proponemos un breve recorrido por los orígenes de la... more
El presente artículo reflexiona desde una perspectiva feminista y decolonial, acerca de la expresión más radical del masculinismo heterosexual dominante: el femicidio. Para lo cual, proponemos un breve recorrido por los orígenes de la violencia patriarcal, que situamos en los inicios del capitalismo colonial, luego tomamos varios casos de femicidios en la provincia de Córdoba y la última marcha nacional “# Ni una menos”, como hechos que nos permiten reflexionar acerca de las violencias de género, el estado legislativo en la materia y los futuros desafíos para abordar la cuestión.
ESTE ARTIGO SE PROPÕE A TRAÇAR O PERFIL SUBVERSIVO DE MALVINA E DO CASAL GABRIELA E NACIB NA OBRA GABRIELA, CRAVO E CANELA DE JORGE AMADO, OBSERVANDO COMO OS TRÊS PERSONAGENS ROMPERAM COM O DISCURSO MACHISTA FILIADO A IDEOLOGIA PATRIARCAL... more
ESTE ARTIGO SE PROPÕE A TRAÇAR O PERFIL SUBVERSIVO DE MALVINA E DO CASAL GABRIELA E NACIB NA OBRA GABRIELA, CRAVO E CANELA DE JORGE AMADO, OBSERVANDO COMO OS TRÊS PERSONAGENS ROMPERAM COM O DISCURSO MACHISTA FILIADO A IDEOLOGIA PATRIARCAL QUE ERA CIRCULADO E, CONSEQUENTEMENTE, PRESERVADO NA CONJUNTURA CORONELISTA, NA QUAL A MULHER ERA MARGINALIZADA. ALÉM DISSO, PRETENDE-SE RELACIONAR A SUBVERSÃO DESSES PERSONAGENS COM O PROCESSO DE DESIDENTIFICAÇÃO ABORDADO POR PÊCHEUX (1995). A PARTIR DE CONCEITOS DA ANÁLISE DE DISCURSO (DORAVANTE AD), EVIDENCIAREMOS TANTO A DESIDENTIFICAÇÃO DE MALVINA, GABRIELA E NACIB QUANTO A DOS CIDADÃOS(-SUJEITOS) DE ILHÉUS NO QUE CONCERNE À IDEOLOGIA E AO DISCURSO VIGENTE DA ÉPOCA. PARA EMBASAR ESTE TRABALHO NO QUE TANGE À LITERATURA, À SOCIEDADE E AO PATRIARCALISMO, FAREMOS USO PRINCIPALMENTE DE FREYRE (2003) E CANDIDO (1951; 1999; 2006A; 2006B); SOBRE A AD DE LINHA FRANCESA, CITAREMOS PÊCHEUX (1995), ALTHUSSER (1976), DENTRE OUTROS.
Nos afecta el bombardeo implacable de la deconstrucción de nuestra imagen relacionada a la pertenencia del cuerpo dentro de la estética y su relación con industria alimentaria, esto frente al eficiente poder de los aparatos políticos,... more
Nos afecta el bombardeo implacable de la deconstrucción de nuestra imagen relacionada a la pertenencia del cuerpo dentro de la estética y su relación con industria alimentaria, esto frente al eficiente poder de los aparatos políticos, mediáticos y comercializadores de dietas de engorde masivo. Y por otro lado, tenemos la expropiación del cuerpo que lo convierte en un objeto de uso que se vacía o se llena como si fuera un envase desechable en un destructivo círculo vicioso.
Este texto aborda un enfoque de lo que cultura patriarcal ha hecho del cuerpo como un compartimiento cautivo al que le han despojado la pertenencia subjetiva e individual para usarle como tránsito de todas sus agresiones. Abarca un apartado sobre lo que llamo la rebelión del piercing y la deconstrucción en la estética del animé; La expropiación y deconstrucción del cuerpo. Y finaliza con dos enfoques de este mismo tema en la obra de dos artistas latinoamericanas: Cautiverio y transparencias holográficas en la obra de Marcia Salas ; Frida Kahlo hacia la apropiación de los compartimientos íntimos.
We analyzed here, Lia de Melo Shultz, one of the protagonists of As meninas, Lygia Fagundes Telles. Incarnation of the revolutionary romanticism of 60-70 years of the century XX, she is the most representative character of a double... more
We analyzed here, Lia de Melo Shultz, one of the protagonists of As meninas, Lygia Fagundes Telles. Incarnation of the revolutionary romanticism of 60-70 years of the century XX, she is the most representative character of a double crisis: the political authoritarianism of the military dictatorship and patriarchy.
La obra de la española Corín Tellado, clasificada dentro de la novela rosa, ha tenido una gran circulación en México, en especial a través de la revista Vanidades. En este artículo se analiza cómo los postulados de ese tipo de producto... more
La obra de la española Corín Tellado, clasificada dentro de la novela rosa, ha tenido una gran circulación en México, en especial a través de la revista Vanidades. En este artículo se analiza cómo los postulados de ese tipo de producto paraliterario se identifican con la normativa conservadora de los roles de género. A la vez que se revisa cómo esos modelos han contribuido a la formación de las identidades femenina y masculina en ese país, así como sentado las pautas de comportamiento de pareja cuya base es profundamente patriarcal.
Artigo produzido para a Coluna Levando a Constituição a Sério, do Portal Jurídico Empório do Direito, da autora Gisela Maria Bester, publicado no dia 8/9/2016. Faz análise crítica teórica, normativa (Direito posto e de "lege ferenda") e... more
Artigo produzido para a Coluna Levando a Constituição a Sério, do Portal Jurídico Empório do Direito, da autora Gisela Maria Bester, publicado no dia 8/9/2016. Faz análise crítica teórica, normativa (Direito posto e de "lege ferenda") e jurisprudencial.
Este artigo pretende analisar os pressupostos que sustentam a refutação lockeana do patriarcalismo. Mostrar-se-á que as ideias implicadas na contra-argumentação de Locke – de poder paternal e de família – não partem da sua conhecida noção... more
Este artigo pretende analisar os pressupostos que sustentam a refutação lockeana do patriarcalismo. Mostrar-se-á que as ideias implicadas na contra-argumentação de Locke – de poder paternal e de família – não partem da sua conhecida noção de liberdade humana. Contra as nossas expectativas, estes argumentos seguem outro caminho, partindo de dois aspectos da vida humana (dependência e fragilidade) que não combinam com a imagem de um homem livre, independente e capaz. Tendo isto presente, espera-se ser possível concluir que alguns dos mais importantes argumentos políticos de John Locke estão fundados numa noção de infância; e que esta adquire um estatuto prático e teorético semelhante ao dos princípios de liberdade e igualdade humanas. Tal como estes, também a infância revelará um poder real para alcançar o propósito que parece percorrer os Dois Tratados, a saber, definir as fronteiras da autoridade política
O presente estudo pretende discutir o problema da criminalização da mulher que aborta no Brasil. Para tanto, parte da análise do Código Criminal do Império de 1830, onde se constata a ausência de criminalização da conduta do auto aborto.... more
O presente estudo pretende discutir o problema da criminalização da mulher que aborta no Brasil. Para tanto, parte da análise do Código Criminal do Império de 1830, onde se constata a ausência de criminalização da conduta do auto aborto. Questiona-se o porquê da escolha dos legisladores daquela época de não inserir no texto do código esta conduta, partindo de uma reflexão sobre a sociedade brasileira do século XIX e a coexistência de esferas plurais de punição, com ênfase ao escravismo e ao patriarcalismo como elementos importantes para reflexão. O trabalho se utiliza do campo da História do Direito e das ferramentas da história das dimensões jurídicas e da categoria “o penal”, com vistas a oferecer melhores conclusões sobre os problemas propostos
A presente pesquisa traça um paralelo entre a obra histórica, Calibã e a bruxa, e a fictícia O conto da Aia. Em ambas, destaca-se a centralidade do poder soberano exercido sobre o corpo feminino como um mecanismo essencial de manutenção... more
A presente pesquisa traça um paralelo entre a obra histórica, Calibã e a bruxa, e a fictícia O conto da Aia. Em ambas, destaca-se a centralidade do poder soberano exercido sobre o corpo feminino como um mecanismo essencial de manutenção do poder moderno capitalista, restando como objetivo desta pesquisa verificar de que modo, e em que intensidade no atual contexto brasileiro, grande parte das violências direcionadas ao corpo das mulheres existentes no período de caça às bruxas e na distopia de Atwood já constituem uma realidade de controle reprodutivo e de vidas nuas das mulheres. O artigo estrutura-se em duas partes: na primeira apresenta o contexto histórico sobre o controle reprodutivo na época da caça às bruxas, e a segunda analisa a partir da democracia brasileira a constituição do patriarcalismo fundamentado no fundamentalismo religioso e no estado de exceção permanente. O método da pesquisa é considerado fenomenológico, visando uma revisão bibliográfica crítica de autores citados acima, possibilitando a interpretação de conceitos pela linguagem.
O Estado é patriarcal, feito por homens, para homens. Até mesmo nos lugares mais insalubres, de maneira generalizada, aqueles que tiveram a fortuna de nascerem membros do universo masculino se sobressaem. É esse o caso do sistema... more
O Estado é patriarcal, feito por homens, para homens. Até mesmo nos lugares mais insalubres, de maneira generalizada, aqueles que tiveram a fortuna de nascerem membros do universo masculino se sobressaem. É esse o caso do sistema penitenciário brasileiro: o âmbito penal necessariamente está ligado à medidas punitivas, entretanto essa realidade se aplica com muito mais intensidade à umas do que a outros. O sistema penitenciário feminino é, na maioria das vezes, situado em locais não predestinados a esse fim, muitas vezes em prisões mínimas que não oferecem nenhuma segurança para as presidiárias determinando uma definitiva ruptura na isonomia prevista constitucionalmente. O intuito desse artigo é, portanto, analisar as diferenças que cercam o tratamento da mulher no sistema prisional brasileiro, o que levam a sua institucionalização, sendo que as consequências desta cultura atuam diretamente no mito da isonomia constitucional. Essa análise pode ser feita através do estudo do contexto patriarcalista do Brasil e das práticas voltadas à mulher nas penitenciárias, e como a ressocialização masculina em muito se difere da domesticação feminina. Por fim, é necessário buscar o fundo da dominação sexual sofrida pelas mulheres encarceradas, e como isso se torna um instrumento de domínio usado para subjugá-las ainda mais à violenta hierarquia masculina.
- by Marina Silva and +1
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- Direito, Feminismo, Criminologia, Direito Penal
This article proposes a theoretical articulation between the theme of freedom and the Law 11.340/06, Maria da Penha Law, in order to question its meaning, as a source of rights and obligations, and what exactly it represents, as an... more
This article proposes a theoretical articulation between the theme of freedom and the Law 11.340/06, Maria da Penha Law, in order to question its meaning, as a source of rights and obligations, and what exactly it represents, as an instrument of contestation against relations of domination. Freedom here will be explored using the theoretical framework of Nancy Hirschmann, from a feminist point of view of a kind of freedom that is called "constructivist freedom." In this sense, the article is built based on two theoretical levels: the legal and normative feminist political theory , which alouds a discussion about Maria da Penha Law in an interdisciplinary perspective and methodologically, three examples of empirical situations will be used to express how the discourse of agents operating the Law operates the structural choices of Brazilian women.
- by Isadora Vier Machado and +1
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- Feminist Theory, Feminism, Direito, Feminismo