Urbanismo Tático Research Papers - Academia.edu (original) (raw)

Em 2013, a Prefeitura de Barcelona inicia um processo de transformação da mobilidade urbana com a proposta das superquadras. Mediante um projeto-piloto, ensaia a reunião de nove quadras do Plano Cerdá em uma unidade de 400 x 400 metros,... more

Em 2013, a Prefeitura de Barcelona inicia um processo de transformação da mobilidade urbana com a proposta das superquadras. Mediante um projeto-piloto, ensaia a reunião de nove quadras do Plano Cerdá em uma unidade de 400 x 400 metros, cujo interior restringe o tráfego veicular ao uso dos vizinhos. Podemos interpretar a intervenção como uma ação de Urbanismo Tático, liderada pelo poder público e com limitada gama de atores envolvidos, caracterizada pela implantação em fases de teste. Este artigo parte do questionamento de sua relativa novidade; conceitua brevemente o Urbanismo Tático; e discute sua abordagem “fase zero” e seu potencial de combinar ações públicas e comunitárias. A análise do caso enfoca as etapas iniciais do projeto-piloto e as controvérsias geradas ao longo do processo. Reconhecendo que a proposta se baseia na requalificação do espaço público, a crítica principal está centrada na escolha do recorte e nos insuficientes processos participativos adotados.

Este artículo presenta la cartografía afectiva de Río de Janeiro, dedicada al mapeo de acciones temporales y tácticas realizadas en los espacios públicos, como apropiaciones espontáneas, intervenciones de arte público y fiestas locales.... more

Este artículo presenta la cartografía afectiva de Río de Janeiro, dedicada al mapeo de acciones temporales y tácticas realizadas en los espacios públicos, como apropiaciones espontáneas, intervenciones de arte público y fiestas locales. La cartografía presenta la memoria reciente de los espacios públicos cariocas, constantemente apropiados y reconquistados, tratando de representar la ciudad no desde sus estructuras oficialmente reconocidas, sino por el seguimiento de sus movimientos y procesos, visibilizando transformaciones hechas desde la contribución e innovación ciudadana. ¿Qué espacios son apropiados y reconquistados por las personas? ¿Qué cualidades tienen? ¿Cómo son usados? Desde la identificación de las transformaciones temporales de la ciudad cotidiana, motivadas por el afecto, es posible imaginar espacios
de vida más significativos. El método de acción dialoga con el carácter
procesual del objeto, por medio de la identificación, análisis, interpretación, mapeo y cruce de datos de las intervenciones, estructurando informaciones de la observación de la ciudad de forma coherente con el soporte digital adoptado, que permite constante crecimiento y upload colectivo, distinguiéndose del mapa físico estático convencional. La plataforma ofrece múltiples entradas de investigación, articulando gran cantidad de información de naturalezas física, temporal y social. No se trata de un simple repositorio de informaciones autónomas disponible virtualmente, sino de una potente estrategia para revelar lo todavía no visto, surgido del cruce de informaciones de naturalezas distintas, permitiendo múltiples interpretaciones de la realidad. El resultado es abierto, ya que cada combinación puede generar una lectura personal. Esperamos que las intervenciones mapeadas no sirvan solamente como registros históricos, sino como fuentes de inspiración para futuras acciones de reconquista del espacio público.

O livro Urbanismo Tático: X ações para transformar cidades analisa os processos pelos quais o urbanismo tático tem sido incorporado na criação de políticas de recuperação e ativação de espaços públicos no cenário contemporâneo,... more

O livro Urbanismo Tático: X ações para transformar cidades analisa os processos pelos quais o urbanismo tático tem sido incorporado na criação de políticas de recuperação e ativação de espaços públicos no cenário contemporâneo, apresentando nove casos em metrópoles brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza) e estrangeiras (Nova York, Barcelona e Santiago), além de um caso especial sobre as adaptações emergenciais de espaços públicos no contexto da Covid-19, em metrópoles dos cinco continentes.

La investigación surge a partir de la colaboración de un equipo interdisciplinario en el marco de la tesis doctoral «Urbanismo Táctico para la Mitigación de los Impactos Ambientales del Comercio Informal en el Espacio Público􀍫, en la... more

La investigación surge a partir de la colaboración de un equipo interdisciplinario en el marco de la tesis doctoral «Urbanismo Táctico para la Mitigación de los Impactos Ambientales del Comercio Informal en el Espacio Público􀍫, en la Galería Central de Palmira Valle. El trabajo se centró en la categoría de análisis Dinámicas Ecológicas y se abordó desde diferentes métodos, técnicas y herramientas, con el objetivo de generar una propuesta participativa para la identificación de sus problemáticas y la co-creación de soluciones. Se trabajó en tres etapas: i) co-diseño de una guía práctica de participación comunitaria; ii) implementación y sensibilización de la guía; y iii) prueba piloto de clasificación y aprovechamiento de residuos. El ejercicio tuvo una duración de siete meses en medio de la crisis sanitaria por COVID-19.
Se trabajó con un colectivo de 56 vendedores de la plaza de mercado, realizando actividades con una frecuencia de una a dos veces por semana durante la etapa de sensibilización y a diario en la prueba piloto. De los resultados se destacan tres ideas
fundamentales: los aspectos positivos en cuanto al fortalecimiento de relaciones interpersonales y de colaboración entre los vendedores de la plaza de mercado
gracias al ejercicio participativo; la rápida acogida y el creciente interés en clasificar y aprovechar los residuos; y, finalmente, la visibilización del potencial económico, ambiental y social que representa el aprovechamiento de los residuos sólidos y sus limitaciones, considerando las brechas institucionales que deben garantizar la factibilidad y viabilidad del mismo.

The overvaluation of the use of automobile has detrimentally affected the importance of pedestrians within the city and consequently its public spaces. As a way of treating contemporary urban paradigms, Tactical Urbanism aims to recover... more

The overvaluation of the use of automobile has detrimentally affected the importance of pedestrians within the city and consequently its public spaces. As a way of treating contemporary urban paradigms, Tactical Urbanism aims to recover and activate spaces through fast and easily-applied actions that demonstrate the possibility of large-scale and long-term changes in cities. Tactical interventions have represented an important practice of redefining public spaces and urban mobility. The concept of Active Transportation coheres with the idea of sustainable urban mobility, characterizing the means of transportation through human propulsion, such as walking and cycling. This paper aims to debate the potential of Tactical Urbanism in promoting Active Transportation by revealing opportunities of transformation in the urban space of contemporary cities through initiatives that promote the protection and valorization of the presence of pedestrians and cyclists in cities, and that subvert the importance of motorized vehicles. In this paper, we present the character of these actions in two different ways: when they are used as tests for permanent interventions and when they have pre-defined start and end periods. Using recent initiatives to illustrate, we aim to discuss the role of small-scale actions in promoting and incentivizing a more active, healthy, sustainable and responsive urban way of life, presenting how some of them have developed through public policies. For that, we will present some examples of tactical actions that illustrate the encouragement of Active Transportation and trials to balance the urban opportunities for pedestrians and cyclists. These include temporary closure of streets, the creation of new alternatives and more comfortable areas for walking and cycling, and the subversion of uses in public spaces where the usage of cars are predominant.

Nesta dissertação analisa-se o processo pelo qual as práticas urbanas socioespaciais colaborativas da sociedade civil agem sobre um espaço público aberto, transformando-o, pelo seu uso, em um espaço “comum”. Estamos em um momento... more

Nesta dissertação analisa-se o processo pelo qual as práticas urbanas socioespaciais
colaborativas da sociedade civil agem sobre um espaço público aberto, transformando-o, pelo
seu uso, em um espaço “comum”. Estamos em um momento histórico no qual o planejamento
urbano tradicional, reconhecido comumente como um processo top-down, está cada vez mais
dividindo seu espaço com as práticas ditas bottom-up. Nesse sentido, este trabalho se propõe
a ser um estudo do uso contemporâneo do Largo da Batata, em São Paulo, compreendendo
o período do final da década de 1990 até 2017, com especial destaque para o momento em
que a região teve seu acesso reaberto ao público em 2013. Público este que, por sua vez,
começou a se apropriar do lugar. A investigação é sobre os processos de uso propositivo dos
espaços públicos — praças, ruas e parques — por parte da população, tendo como objetivo
a identificação de como essas práticas urbanas coletivas produzem, pelo seu uso, lugares
com qualidades diversas das previamente conhecidas e mapeadas, permitindo o encontro de
diferentes tipos de pessoas e de cuidado comum.
Para tal, esta dissertação pretende investigar novos campos de ação dentro da profissão de
urbanista, e mesmo novos métodos no que se refere ao planejamento urbano participativo e à
criação de plataformas para a autogestão e a gestão compartilhada. Conclui-se que ampliar os
horizontes da análise socioespacial de insurgências cidadãs no espaço público pelo olhar do
urbanismo pode aproximar o debate acadêmico do ativismo cidadão e comunitário, e também
contribuir para a investigação de possibilidades de colaboração entre urbanismo tradicional e
urbanismos táticos, revelando um caminho do conhecimento em construção.

A presente dissertação é fruto de uma investigação sobre formas e possibilidades de atuação política na cidade contemporânea. Em contraponto direto à crise de projeto e da representatividade política instaurada na contemporaneidade, as... more

A presente dissertação é fruto de uma investigação sobre formas e possibilidades de atuação política na cidade contemporânea. Em contraponto direto à crise de projeto e da representatividade política instaurada na contemporaneidade, as ações de urbanismo tático pareciam inicialmente responder aos anseios desta investigação. Tratam-se de atos apropriativos e de ativação de espaços da cidade movidos pelas próprias populações. Mas uma análise dos discursos políticos produzidos pelos agentes do caso de urbanismo tático desenvolvido no Largo da Batata (SP), dão a ver a fraqueza de atos baseados na oposição entre sociedade civil e Estado. Explicitamos de que forma estas ações são atravessadas pelo poder biopolítico e pelas estruturas da cidade neoliberal. Mas se a cartografia complexa e microfísica das relações de poder contemporâneo incide sobre os corpos e vidas de todos e de cada um, então uma ação política não necessariamente deve se dar em afronta ao aparelho de Estado. Assim vemos emergir de uma miríade de práticas sua potência micropolítica, dentre elas, a arte no regime estético. Seu caráter eminentemente dissensual produz fissuras na partilha do sensível e, em contato com o espectador emancipado, possibilita a produção de singularidades, a contrapelo das experiências massificantes que predominam nas grandes cidades contemporâneas. Ao final desta dissertação nos debruçamos sobre as relações entre corpo, política e cidade nos trabalhos artísticos do coletivo Opavivará!, apresentados de forma ensaística.

Neste artigo, tem-se como objetivo situar a discussão sobre o Parque do Minhocão apresentando possibilidades para o processo de desenvolvimento do projeto no Elevado João Goulart, considerando a existente apropriação dos cidadãos no... more

Neste artigo, tem-se como objetivo situar a discussão sobre o Parque do Minhocão apresentando possibilidades para o processo de desenvolvimento do projeto no Elevado João Goulart, considerando a existente apropriação dos cidadãos no espaço público. O estudo aborda a história de transformação do elevado, projetos de revitalização dos espaços públicos em São Paulo, Nova Iorque e Seul, através de uma metodologia de análise dos casos baseada no esclarecimento das novas abordagens utilizadas para o processo de intervenções urbana. Tendo como prioridade a contribuição para uma boa prática de projeto considerando os novos paradigmas da sociedade contemporânea que busca alcançar os princípios de sustentabilidade, sendo financeiramente viáveis, socialmente inclusivas e ambientalmente responsáveis.

O objetivo deste artigo é apresentar uma ação tática de reconquista de um espaço esquecido da cidade do Rio de Janeiro através de uma intervenção realizada por estudantes de Arquitetura, Artes e Design no âmbito da I Oficina de... more

O objetivo deste artigo é apresentar uma ação tática de reconquista de um espaço esquecido da cidade do Rio de Janeiro através de uma intervenção realizada por estudantes de Arquitetura, Artes e Design no âmbito da I Oficina de Intervenção Temporária. Questionando sobre o papel do cidadão nas transformações da cidade, a Oficina apresentou as intervenções temporárias e o urbanismo tático como ações bottom-up capazes de transformar gradualmente os espaços públicos. O sítio de atuação foi a Travessa do Liceu, espaço público relegado no recente processo de transformação da frente marítima carioca, localizado na linha divisória entre o Morro da Conceição e a Praça Mauá. A partir das discussões e da imersão na área-objeto de estudo, a intervenção #becomaravilha, construída coletivamente pelos estudantes, ativou esse espaço vazio de uso e de significado, permitindo-o conectar o tecido histórico do morro aos grandes equipamentos da Praça Mauá revitalizada.

Iniciativas comunitárias para transformação de espaços cotidianos “de baixo para cima” têm sido cada dia mais frequentes nas grandes cidades, respondendo, de maneira proativa, à incapacidade dos governos de lidar com os desafios urbanos... more

Iniciativas comunitárias para transformação de espaços cotidianos “de baixo para cima” têm sido cada dia mais frequentes nas grandes cidades, respondendo, de maneira proativa, à incapacidade dos governos de lidar com os desafios urbanos urgentes, por meio do planejamento urbano tradicional. Dialogando com a temática do urbanismo insurgente e dos ativismos urbanos, este artigo discute as táticas cidadãs para ativação de áreas subutilizadas, apresentando, como casos referenciais, as hortas comunitárias do Rio de Janeiro. Partimos de uma discussão sobre o urbanismo tático como abordagem para conversão de áreas subutilizadas em comuns urbanos, para, em seguida, proceder à análise dos casos das hortas Parque Sitiê (Vidigal) e General Glicério (Laranjeiras), iniciativas comunitárias de apropriação e transformação de espaços subutilizados em comuns urbanos, que trouxeram benefícios sociais, econômicos, urbanísticos e ambientais a essas localidades. Procuramos questionar de que forma essas ações podem ser multiplicadas, e qual seria o papel do poder público nesse processo.

O desequilíbrio do espaço público entre pedestres e automóveis particulares é um tema desafiador para os projetos urbanos recentes, cuja agenda vem apostando na cidade na escala das pessoas. Nesse sentido, intervenções táticas... more

O desequilíbrio do espaço público entre pedestres e automóveis
particulares é um tema desafiador para os projetos urbanos recentes, cuja agenda vem apostando na cidade na escala das pessoas.
Nesse sentido, intervenções táticas recentemente têm trabalhado para
minimizar esses desequilíbrios, ainda que temporariamente. Esse artigo
discute algumas práticas do chamado urbanismo tático – abordagem
emergente que visa à recuperação gradual dos espaços públicos através de ações alternativas ao planejamento convencional – tomando como caso referencial o Park(ing) Day Rio de Janeiro, intervenção anual onde cidadãos, artistas e ativistas trabalham para transformar temporariamente uma vaga de estacionamento de rua em área de lazer. O método utilizado envolve a pesquisa teórica sobre urbanismo tático e algumas ações empíricas (intervenções temporárias) dentro dessa abordagem, que consistiram no projeto e construção de cinco intervenções Park(ing) Day no Rio de Janeiro. Essas ações concretas permitiram vivenciar em verdadeira grandeza o processo de projeto, gestão e construção material do evento, levando à posterior observação dos resultados. Através dessas ações recentes, deseja-se discutir as possibilidades de recuperação gradual do espaço público a partir de pequenos atores, apresentando desdobramentos dessas táticas na forma de políticas públicas, como a atual legislação para instalação e uso de extensão temporária de calçada, ou parklet, em várias cidades brasileiras.

A fim de dialogar com o tema desta edição da revista V!RUS: “Tecendo a Cidade”, o presente artigo pretende dissertar – de modo livre e divertido – sobre a cidade como mais-valor, e consequentemente como luta de classes, a partir da... more

A fim de dialogar com o tema desta edição da revista V!RUS: “Tecendo a Cidade”, o presente artigo pretende dissertar – de modo livre e divertido – sobre a cidade como mais-valor, e consequentemente como luta de classes, a partir da produção coletiva de um parklet no ano de 2015. Este mobiliário urbano efêmero teve como objetivo servir como suporte para uma possível alteração das formas dos cidadãos e da própria cidade se relacionarem com seu centro. O parklet em questão foi objeto da oficina ministrada por Bernardo Neves e Gustavo Tristão durante o Segundo Seminário de Reforma Urbana “Cidade para quem?”, uma parceria entre as Brigadas Populares de São João del-Rei e a Arché Empresa Júnior

Eixo Temático 5. A Cidade Construída e a Cidade Sonhada Resumo O resgate da cidade enquanto espaço de convivência, por meio de ações que tiveram lugar no centro de São Paulo nos tempos mais recentes, a partir da iniciativa cidadã... more

Eixo Temático 5. A Cidade Construída e a Cidade Sonhada Resumo O resgate da cidade enquanto espaço de convivência, por meio de ações que tiveram lugar no centro de São Paulo nos tempos mais recentes, a partir da iniciativa cidadã (comportamentos Bottom Up) constitui o objeto do presente artigo. Em uma abordagem que contempla teóricos que tratam da questão urbana e a menção de algumas dessas iniciativas, o artigo procura promover uma reflexão sobre a face mais visível deste rol de apropriações cujo termo, historicamente, associado a tensão entre propriedade adquirida e propriedade tomada, se reveste na atualidade de uma noção amplificadora: as ações de microplanejamento ou urbanismo tático. Palavras-Chave: práticas criativas; urbanismo tático; iniciativas bottom up; inovação não tecnológica; inovação social. Abstract The rescue of the city as a living space, through actions that took place in the center of São Paulo in recent times, from the citizen initiative (Bottom Up behaviors) is the object of this article. In an approach that contemplates theorists dealing with the urban question and the mention of some of these initiatives, the article seeks to promote a reflection on the most visible aspect of this list of appropriations whose term, historically, associated with the tension between acquired property and property taken, if Is currently an amplifying notion: the actions of micro-planning or tactical urbanism.

The city of Rio de Janeiro (Brazil) has various socially and historically marginalized regions lacking cultural and leisure facilities. Within its context of immense social inequalities, many of its urban voids and formerly degraded areas... more

The city of Rio de Janeiro (Brazil) has various socially and historically marginalized regions lacking cultural and leisure facilities. Within its context of immense social inequalities, many of its urban voids and formerly degraded areas have been planned in line with the global trend of spectacular architectural and urban projects in vogue since the 1980s. Like in the USA or Eastern Europe, these projects are concentrated in regions perceived as strategic to the real estate market and/or cultural tourism, disregarding the places where the demands and needs are latent, such as the favelas (local slums) and the peripheral lower-class neighborhoods. It is in these places, relegated by the public policies and the private capital, that we have observed new ways of thinking and occupying the urban space. We speak of improvised, often temporary actions that represent alternatives to the more formal enterprises that seek mainly the creation of salable urban images. These initiatives usually emerge from collectives of artists or associations of younger people seen as (sub)cultural groups, who carry on cultural interventions in the existing "gaps" of the public space – underneath viaducts, in hidden alleys, or even in abandoned/empty sites. Examples of these interventions are diverse: blind girdles or building walls turned into movie screens and open-air cinemas; former dumpsites in turned into urban parks with award winning design; concrete slabs turned into theater stages; sites of demolition and eviction turned into resistance museums and so on. In Rio de Janeiro, these interventions are rarely the result of traditional urban projects and often represent bottom-up solutions that reflect the need of the inhabitants of poorer areas to transgress beyond the idea of scarcity surrounding them and focus on the notion of potency in places still unexplored. These actors are able to see opportunities and possibilities where others cannot in a tactical manner. Their diverse means of appropriating certain hidden places through art and culture also generate a transformation in the uses of spaces, which is representative of the contemporary era where functions are no longer strictly separated, but mixed. Ergo, in today’s reality, the road infrastructure of a peripheral neighborhood can become a temporary cultural center and a bicycle can become an itinerary library in a favela, breaking the strict division of key functions imposed by the strong modernist inheritance still so strong in Brazil, as well as in other countries. In our research, we refer to these examples of fluid appropriation and transformation of uses as “unusual spaces” (“espaços insólitos” in Portuguese). We propose to present this new object of study at this conference through mappings and reflections based upon the theoretical works of authors such as Michel de Certeau (about strategy and tactics), Milton Santos (about space-time relations), Franck & Stevens (about loose spaces), amongst others.

Resumo: A presença da criatividade na sociedade contemporânea se dá de forma transversal. Como vetor de crescimento, está na origem de inúmeros outros conceitos: economia, cidade, indústria e classe criativa. Nesta perspectiva a... more

Resumo: A presença da criatividade na sociedade contemporânea se dá de forma transversal. Como vetor de crescimento, está na origem de inúmeros outros conceitos: economia, cidade, indústria e classe criativa. Nesta perspectiva a criatividade extrapola o âmbito artístico para se instalar como agente ativo na solução de problemas complexos, particularmente nas cidades. Primeiramente em megaescalas, posteriormente a criatividade passa a ser percebida em uma escala menor: as práticas criativas resultantes de microplanejamentos urbanos, que surgem a partir da base, da percepção de uma necessidade local. O presente trabalho atravessa a polivalência de algumas estruturas urbanas híbridas, similarmente presentes nas cidades de Paris, Nova York e São Paulo (respectivamente: o Promenade Plantée, o High Line e o Elevado Costa e Silva, também conhecido como Minhocão), para pontuar a micro escala da inovação social no âmbito da cidade, as práticas criativas que hibridizam, resignificam e inventam territórios.

O presente artigo tenciona definir o espectro das formas colaborativas de atuação nos espaços públicos reunidas sob a chancela de urbanismo tático, para então insinuar uma crítica através de dois caminhos: de um lado delineando alguns dos... more

O presente artigo tenciona definir o espectro das formas colaborativas de atuação nos espaços públicos reunidas sob a chancela de urbanismo tático, para então insinuar uma crítica através de dois caminhos: de um lado delineando alguns dos discursos falaciosos que conferem às práticas do urbanismo tático vultos utópicos e, de outro, explicitando sua contiguidade a uma série de processos neoliberais que têm lugar nas cidades contemporâneas.

Soluções temporárias de desenho urbano ou urbanismo tático como piloto têm sido usados por cidades para acelerar a transformação orientada ao pedestre. Inspirados nessas iniciativas, a Prefeitura do Rio e o Instituto de Política de... more

Soluções temporárias de desenho urbano ou urbanismo tático como piloto têm sido usados por cidades para acelerar a transformação orientada ao pedestre. Inspirados nessas iniciativas, a Prefeitura do Rio e o Instituto de Política de Transportes e Desenvolvimento (ITDP) realizaram uma ação de urbanismo tático no bairro da Tijuca, nos dias 18 e 19 de novembro de 2018. A ação contou com a participação de diversas secretarias municipais, apoio de concessionárias de serviços de transportes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e de outras organizações da sociedade civil. Esse caso busca evidenciar a importância das parcerias entre o poder público e sociedade civil para promover inovação no ambiente urbano.

Esse artigo apresenta o conceito de "espaços insólitos"-brechas urbanas, não planejadas/projetadas, frequentemente modificadas pelo uso temporário e que sofreram uma transformação em relação à sua função original para abrigar novos usos... more

Esse artigo apresenta o conceito de "espaços insólitos"-brechas urbanas, não planejadas/projetadas, frequentemente modificadas pelo uso temporário e que sofreram uma transformação em relação à sua função original para abrigar novos usos culturais. Esses espaços são muito característicos das regiões marginalizadas das cidades, onde a população sofre com políticas públicas ineficientes, vendo-se obrigada a lutar por seus direitos. Na última década, tem sido possível observar o surgimento de alguns espaços insólitos atrelados aos projetos urbanos desenvolvidos no âmbito dos megaeventos esportivos no Rio de Janeiro. Sua concentração maior é percebida na Zona Oeste-historicamente marcada pela ausência de equipamentos culturais tradicionais e pela predominância de habitantes de baixa renda. As obras ali realizadas focaram, além dos equipamentos esportivos, na infraestrutura de meio de transporte, sendo acompanhadas por processos intensos de remoção de favelas. Nas brechas urbanas deixadas pelo legado perverso dos megaeventos, encontram-se 3 exemplos de espaços insólitos que se destacam por carregarem consigo um forte caráter de resistência. São eles: o Museu das Remoções na Vila Autódromo, o Espaço Cultural Viaduto de Realengo e o Cine Taquara.

Em 2013, a Prefeitura de Barcelona inicia um processo de transformação da mobilidade urbana com a proposta das superquadras. Mediante um projeto-piloto, ensaia a reunião de nove quadras do Plano Cerdá em uma unidade de 400 x 400 metros,... more

Em 2013, a Prefeitura de Barcelona inicia um processo de transformação da mobilidade urbana com a proposta das superquadras. Mediante um projeto-piloto, ensaia a reunião de nove quadras do Plano Cerdá em uma unidade de 400 x 400 metros, cujo interior restringe o tráfego veicular ao uso dos vizinhos. Podemos interpretar a intervenção como uma ação de Urbanismo Tático, liderada pelo poder público e com limitada gama de atores envolvidos, caracterizada pela implantação em
fases de teste. Este artigo parte do questionamento de sua relativa novidade; conceitua brevemente o Urbanismo Tático; e discute sua abordagem “fase zero” e seu potencial de combinar ações públicas e comunitárias. A análise do caso enfoca as etapas iniciais do projeto-piloto e as controvérsias geradas ao longo do processo. Reconhecendo que a proposta se baseia na requalificação do espaço público, a crítica principal está centrada na escolha do recorte e nos insuficientes processos participativos adotados.

Resumo Objetivo: Abordar a contribuição sistêmica do programa Protegemos las escuelas para o incremento dos espaços públicos, da segurança viária e da qualidade ambiental, para a valorização dos equipamentos públicos e seus entornos... more

Resumo Objetivo: Abordar a contribuição sistêmica do programa Protegemos las escuelas para o incremento dos espaços públicos, da segurança viária e da qualidade ambiental, para a valorização dos equipamentos públicos e seus entornos imediatos e para a redução dos desequilíbrios socioambientais entre os bairros. Metodologia: Estudo de caso baseado na análise dos 25 entornos escolares transformados na primeira fase da ação, visando à elaboração de uma taxonomia das intervenções. Relevância: O artigo discute a importante mudança de paradigma que caracteriza Barcelona da última década, fundamentada no deslocamento da cultura da "grandiloquência oficial" para a atenção sobre a atuação no pequeno e no ordinário, um fenômeno inserido no contexto de crise econômica e sanitária, mas também política e representativa. Resultados: Verificação da existência de cinco tipologias de praças, em ocorrências isoladas ou combinadas, com melhores ou piores desempenhos. Após onze meses de operação, o programa já foi capaz de gerar aproximadamente 3.500 m2 de novos espaços públicos para pedestres nas adjacências escolares. Contribuições: O trabalho contribui para a valorização dos espaços públicos cotidianos de pequena escala, apresentando uma experiência de urbanismo tático que tem como foco a criação de espaços públicos de permanência associados à rede escolar. Conclusão: Embora o programa ainda se encontre em fase de testes e seus alcances e limitações para o campo do projeto urbano ainda não estejam completamente revelados, pode-se destacar diferentes contribuições do caso que fornecem relevo aos distintos aspectos presentes na metodologia do urbanismo tático. Palavras-chave: Urbanismo tático. Escolas. Espaço público. Projeto urbano. Barcelona.

Considerando que as retóricas de crise do planejamento urbano se materializam em práticas denominadas urbanismo tático, o presente artigo visa a apresentar uma perspectiva crítica destas formas autogeridas de ação sobre o tecido urbano,... more

Considerando que as retóricas de crise do planejamento urbano se materializam em práticas denominadas urbanismo tático, o presente artigo visa a apresentar uma perspectiva crítica destas formas autogeridas de ação sobre o tecido urbano, questionando o estatuto político que seus defensores lhe advogam. Para tanto, delineamos uma genealogia dos discursos de crise do planejamento urbano, que se desdobra na análise dos pressupostos políticos do “A Batata precisa de você”, ação de urbanismo tático desenvolvida na cidade de São Paulo. Observa-se que a ação é permeada pelo modelo político da sociedade civil contra o Estado e atravessada pelos modos de responsabilização do indivíduo que são característicos do neoliberalismo, o que permite questionar sua efetividade política.

Este artigo se constrói a partir de duas formas de atuação política na cidade. De um lado as lógicas que subjazem ao urbanismo tático, geralmente atribuído a designers e arquitetos, com suas tentativas de solucionar problemas urbanos. Do... more

Este artigo se constrói a partir de duas formas de atuação política
na cidade. De um lado as lógicas que subjazem ao urbanismo tático,
geralmente atribuído a designers e arquitetos, com suas tentativas de
solucionar problemas urbanos. Do outro tomamos as intervenções urbanas, próximas das artes plásticas, engajadas em problematizar a urbanidade. Apresentamos alguns exemplos de cada um destes polos fictícios, apontando suas semelhanças e diferenças, com vias a imaginar possibilidades de atuação política nas cidades que troquem estas propriedades.

As cidades atuais apresentam diversas problemáticas que necessitam de maior análise, como os espaços residuais: considerados, muitas vezes, como espaços dos possíveis e estimuladores de criatividade. A contemporaneidade é composta pela... more

As cidades atuais apresentam diversas problemáticas que necessitam de maior análise, como os espaços residuais: considerados, muitas vezes, como espaços dos possíveis e estimuladores de criatividade. A contemporaneidade é composta pela sociedade hipertexto que permeia todas as estruturas da urbe, incluindo o âmbito acadêmico. Nesse contexto, as estruturas presentes nos espaços de formação de Arquitetos e Urbanistas se mostram, predominantemente, obsoletas às necessidades vigentes. Quais são os espaços de aula mais adequados para o ensino da Arquitetura e do Urbanismo na atualidade? Quais as formas de melhor qualificar os estudantes e conectá-los ao futuro que os aguarda? Tendo em vista que o urbanismo tático encontra-se cada vez mais presente, identificam-se iniciativas de conexão entre este e o ensino da Arquitetura, através da apropriação dos resíduos urbanos. É nessa perspectiva que este artigo se desenvolve, suportado por um trabalho de disciplina de mestrado. A revisão bibliográfica fundamenta a compreensão sobre a ligação entre o ambiente físico acadêmico e as dinâmicas existentes nas cidades, através de um novo processo de ensino; onde situações reais ajudem a promover ideias, a obter conhecimento e a estimular a cidadania nos alunos. O artigo em questão pretende instigar estudos futuros sobre o assunto no meio acadêmico.

The city of Rio de Janeiro (Brazil) has various socially and historically marginalized regions lacking cultural and leisure facilities. Within its context of immense social inequalities, many of its urban voids and formerly degraded areas... more

The city of Rio de Janeiro (Brazil) has various socially and historically marginalized regions lacking cultural and leisure facilities. Within its context of immense social inequalities, many of its urban voids and formerly degraded areas have been planned in line with the global trend of spectacular architectural and urban projects in vogue since the 1980s. Like in the USA or Eastern Europe, these projects are concentrated in regions perceived as strategic to the real estate market and/or cultural tourism, disregarding the places where the demands and needs are latent, such as the favelas (local slums) and the peripheral lower-class neighborhoods. It is in these places, relegated by the public policies and the private capital, that we have observed new ways of thinking and occupying the urban space. We speak of improvised, often temporary actions that represent alternatives to the more formal enterprises that seek mainly the creation of salable urban images. These initiatives usually emerge from collectives of artists or associations of younger people seen as (sub)cultural groups, who carry on cultural interventions in the existing "gaps" of the public space – underneath viaducts, in hidden alleys, or even in abandoned/empty sites. Examples of these interventions are diverse: blind girdles or building walls turned into movie screens and open-air cinemas; former dumpsites in turned into urban parks with award winning design; concrete slabs turned into theater stages; sites of demolition and eviction turned into resistance museums and so on. In Rio de Janeiro, these interventions are rarely the result of traditional urban projects and often represent bottom-up solutions that reflect the need of the inhabitants of poorer areas to transgress beyond the idea of scarcity surrounding them and focus on the notion of potency in places still unexplored. These actors are able to see opportunities and possibilities where others cannot in a tactical manner. Their diverse means of appropriating certain hidden places through art and culture also generate a transformation in the uses of spaces, which is representative of the contemporary era where functions are no longer strictly separated, but mixed. Ergo, in today’s reality, the road infrastructure of a peripheral neighborhood can become a temporary cultural center and a bicycle can become an itinerary library in a favela, breaking the strict division of key functions imposed by the strong modernist inheritance still so strong in Brazil, as well as in other countries. In our research, we refer to these examples of fluid appropriation and transformation of uses as “unusual spaces” (“espaços insólitos” in Portuguese). We propose to present this new object of study at this conference through mappings and reflections based upon the theoretical works of authors such as Michel de Certeau (about strategy and tactics), Milton Santos (about space-time relations), Franck & Stevens (about loose spaces), amongst others.