Teoria das Relações Internacionais Research Papers (original) (raw)
Devido à crescente complexificação das relações internacionais no pós-Guerra Fria, novas interpretações teóricas foram construídas na área da defesa e da segurança para tornar essa nova realidade inteligível. A transição da bipolaridade,... more
Devido à crescente complexificação das relações internacionais no pós-Guerra Fria, novas interpretações teóricas foram construídas na área da defesa e da segurança para tornar essa nova realidade inteligível. A transição da bipolaridade, que proporcionava relativa estabilidade ao cenário internacional , para um novo padrão de distribuição de poder, provocou a revisão de conceitos e de teorias nas Relações Internacionais. A partir dessa transição, no âmbito da defesa e da segurança internacional, o debate acerca da revisão do conceito de segurança e da abrangência dos estudos nessa área favoreceu o surgimento de novas teorias e o desenvolvimento de outras até então marginalizadas. A corrente tradicionalista (Traditional Security Studies - TSS), que dominara a agenda desde a Segunda Guerra Mundial, revelou-se cada vez mais inábil para explicar a nova realidade. Dessa forma, dentre as teorias que buscam preencher a lacuna conceitual surgida, duas outras escolas, a abrangente (Escola de Copenhague) e a escola crítica (Critical Security Studies – CSS), passaram a ter maior proeminência.
As Relações Internacionais são um campo de estudo diverso e complexo, que traz inúmeros desafios para estudantes e pesquisadores. Contestada por ser uma disciplina nova e cujas teorias se construíram a partir de outras correntes de... more
As Relações Internacionais são um campo de estudo diverso e complexo, que traz inúmeros desafios para estudantes e pesquisadores. Contestada por ser uma disciplina nova e cujas teorias se construíram a partir de outras correntes de pensamento, as Relações Internacionais têm se afirmado gradualmente como uma arena independente de estudo e prática. Desde o passado até o presente, a história e a teoria caminham juntas, ajudando a estabelecer um cenário de paz e estabilidade, em meio à guerra. Neste século XXI, somos confrontados por uma agenda multidimensional política, social, cultural, econômica e estratégica, que traz inúmeros desafios que são abordados em cinco capítulos: “As Relações Internacionais”, “O Realismo”, “As Tradições Liberais”, “As Teorias Marxistas” e “As Abordagens Contemporâneas”. Com isso, teremos um mapa do caminho para elucidar a diversidade do mundo, com um olhar brasileiro. Para maiores informações acesse http://www.altabooks.com.br/teoria-das-relacoes-internacionais-o-mapa-do-caminho-estudo-e-pratica.html
RESUMO Objetivo: Este estudio parte del enfoque postcolonial de las Relaciones Internacionales para analizar el cuarto episodio de la primera temporada de la serie de televisión danesa Borgen, titulado “Cien días”. El trabajo está... more
RESUMO
Objetivo: Este estudio parte del enfoque postcolonial de las Relaciones Internacionales para analizar el cuarto episodio de la primera temporada de la serie de televisión danesa Borgen, titulado “Cien días”. El trabajo está organizado en tres partes: en la primera se explica el marco teórico del postcolonialismo en las relaciones internacionales, para realizar después un breve repaso de la relación postcolonial entre Groenlandia y Dinamarca. Por último, se determina si el episodio de Borgen adopta una visión descriptiva de dicha relación poscolonial o si se da un paso más allá, adoptando una visión prescriptiva.
Metodología: Se ha utilizado la metodología cualitativa, a partir del uso de la técnica de revisión temática de literatura y del análisis fílmico. Por un lado, el procedimiento de acceso a la información de las fuentes secundarias se ha llevado a cabo a través de los siguientes motores de búsqueda y bases de datos bibliográficos: Web of Science, Scopus, Google Scholar y Scielo. Por otro lado, se aplicado el análisis del discurso al episodio de 4 de Borgen.
Resultados: Se estudia si el contexto presentado en Borgen (01x04) únicamente pone de manifiesto las relaciones asimétricas existentes en las relaciones internacionales que critican los enfoques postcoloniales, en cuyo caso adoptaría un enfoque descriptivo; o si, además, ofrece soluciones a estos problemas, favoreciendo un enfoque prescriptivo. Se concluye que el enfoque postcolonial adoptado es prescriptivo
Contribuciones: Se aporta una revisión de literatura sobre enfoque postcolonial en las relaciones internacionales y se aplica la teoría a un caso hipotético de la política, como el episodio de Borgen seleccionado, y con ello, posibilita un acercamiento de la teoría a la práctica internacional.
Palabras clave: Teoría de las Relaciones Internacionales, postcolononialismo, relaciones: Dinamarca-Groenlandia, teoría aplicada.
O presente artigo busca analisar, a partir da obra Vinte Anos de Crise de E.H. Carr, de que forma os discursos idealista/utópico e realista se apresentam como arcabouços explicativos do cenário internacional hodierno. A proposta do... more
O presente artigo busca analisar, a partir da obra Vinte Anos de Crise de E.H. Carr, de que forma os discursos idealista/utópico e realista se apresentam como arcabouços explicativos do cenário internacional hodierno. A proposta do trabalho é verificar a atualidade da abordagem pioneira de Carr, discutindo a base positivista comum às duas correntes e seus limites na análise das relações internacionais contemporâneas.
Diz-se que RI é uma disciplina americana, no entanto, muitos outros países desenvolveram a disciplina e, entre estes, as teorizações se deram de modo a contestar essa ideia. A escola inglesa é a mais antiga e mais significativa rival da... more
Diz-se que RI é uma disciplina americana, no entanto, muitos outros países desenvolveram a disciplina e, entre estes, as teorizações se deram de modo a contestar essa ideia. A escola inglesa é a mais antiga e mais significativa rival da escola americana. O termo 'escola inglesa' é controverso, visto que muitos autores não são de origem inglesa, no entanto, identifica-se esses autores como dessa escola porque são todos de universidades inglesas. A escola inglesa se encontra no mesmo patamar do construtivismo: é uma teoria meio termo entre o neoliberalismo e o neorrealismo (as duas mais populares) e as teorias mais radicais, como a teoria crítica e o pós-estruturalismo. Assim, ela foge do debate realismo x idealismo, eliminando a ideia de ou uma coisa ou outra, é uma interseção. Foge também da dicotomia do quarto debate, pois a escola inglesa se propõe a unir as formas de analise de ambos os lados. A seção 1 do capítulo explica o contexto de emergência da escola inglesa para tentar explicar e definir limites do que é e do que não é a escola inglesa, porque como é muito abrangente ela pode parecer sem delimitações. A seção 2 vai pegar a afirmação central da escola inglesa, que é " a ação dos estados é moldada por normas internacionais, regulada por instituições internacionais e guiada por propósitos morais " e explorar isso com relação as forças equivalentes do sistema de estados e sociedade global. A seção 3 discute a importância/relevância da escola inglesa para as relações internacionais no geral. Seção 1. Contexto A emergência do programa de pesquisa mais consciente de si próprio ocorreu mais ou menos no início do pós segunda guerra, e se deu por conta da insatisfação dos autores com a necessidade de escolher entre o realismo e o idealismo. Eles passaram a trabalhar com a relevância da sociedade internacional, já criticando a ideia realista da incapacidade de reforma do sistema de estados e a utopia das ideias idealistas. Entre 59 e 84, eles se reuniam no Comitê de Teoria Política Internacional Britânico. Em 84 o comitê já não tinha tantos adeptos por causa do nascimento de novas teorias (pós-modernismo e teoria critica), mas voltou a ter relevância nos 10 anos seguintes. A explicação da volta da escola inglesa é " o reconhecimento que ela representava uma posição distinta que era inóspita à suposição racionalista subjacente a ambos o neorrealismo e o neoliberalismo " , bem como porque tratava das questões culturais e contestações normativas que estavam em ascensão no meio internacional dos anos 90. Seção 2. Sociedade internacional: entre sistema e sociedade mundial Uma característica do pensamento da escola inglesa que a distingue das outras escolas de pensamento é a defesa da sociedade internacional. O autor do artigo discorda. Ele acha que o poder de distinção da escola inglesa está na explicação de como os três pilares do sistema político mundial se relacionam entre si: o sistema, a sociedade interestatal e a sociedade mundial. " De acordo com Bull, as categorias sistema, sociedade e sociedade mundial são elementos que existem na política mundial, mas que podem ser utilizados apenas em desígnios interpretativos. São tipos ideais, agrupamentos de propriedades que acentuam certas características importantes enquanto atenuam o que é considerado menos relevante. (...) A escola inglesa trabalha com uma noção diferente de 'teoria' da que é encontrada nas escolas americanas. Em vez de operacionalizar os conceitos, formulando hipóteses comprováveis, a ênfase em comparar conceitos é direcionada por uma busca por propriedades definidoras que marquem as fronteiras de diferentes ordens históricas e normativas ". O autor diz que é preciso entender que não se pode tratar sistema, sociedade e sociedade mundial como a mesma coisa, nem entender que a escola inglesa estuda três temas que se sobrepõem. Ele cita Andrew Linklater, que diz que embora a escola inglesa trate de temas relacionados as interações internacionais no geral, a sociedade internacional é o foco, embora ela tenha nascido tentando ser um meio termo entre realismo e idealismo e tenha muitos trabalhos focados no âmbito societário. Ele diz que acha que é a forma teórica mais " iluminada " porque tenta fornecer uma análise baseada na sintetização da política global que evita as falsas dicotomias (poder x norma, materialismo x idealismo, anarquia x hierarquia, razão x causa). 2.1. Sociedade internacional: definições, propriedades, variações Definição: " grupo de estados ou um grupo de comunidades políticas independentes que não só formam um sistema, no sentido de o comportamento de cada um ser um fator necessário às avaliações dos outros, mas também têm
The debate on ethics has shown two broad orientations. Ethics may appear as a spontaneous manifestation of a behavioral portfolio with strong innate foundations (for example, altruism, cooperation, rewards and punishments); or it emerges... more
The debate on ethics has shown two broad orientations. Ethics may appear as a spontaneous manifestation of a behavioral portfolio with strong innate foundations (for example, altruism, cooperation, rewards and punishments); or it emerges as a phenomenon dependent on the capacity for rational self-reflection, so that an action is truly ethical insofar as the responsible agent is voluntary and conscious of the act he performs. Considering that the great African apes, including Homo sapiens, live in large stable social groups with an increased potential for conflict between individual agendas, a reasonable volume of evidence has suggested an instinctive and ethological basis for intrasocial ethical behavior. If so, there would be some innate and ethological behavioral basis for ethics in human intersocietal relations, whether in war (provinding the limits to the exercise of hard power), or in peace (establishing standards for preservation of intersocietal non-hostility)? As an hypothesis, we suggest that human exclusivity in the exercise of the ethics of war and peace (absent in the intersocietal relations among chimpanzees, Pan troglodytes) is a product of the human transdominial cognition, capable of recombining and re-signifying innate behavioral algorithms through culture, and devote them to absolutely innovative functions. We conclude that the schism between nurture vs. nature is a false question in this debate ////////////////////////// Os debates sobre a ética têm demonstrado duas grandes orientações. Em uma delas, surge como manifestação espontânea de um determinado conjunto de comportamentos com forte base inata (por exemplo, altruísmo, cooperação, recompensas e punições); em outra, surge como fenômeno dependente da capacidade de autorreflexão racional, de modo que uma ação se mostra verdadeiramente ética na medida em que o agente responsável é voluntário e consciente do ato que realiza. A partir da consideração de que os grandes símios africanos, dentre os quais Homo sapiens, vivem em grandes grupos sociais estáveis com ampliado potencial de choque entre agendas individuais, razoável volume de evidência tem sugerido uma base instintiva e etológica do comportamento ético intrassocial. Se for assim, existiria, analogamente, alguma base comportamental inata e etológica para a ética nas relações intersocietárias humanas, seja na guerra (que determine os limites da projeção e do exercício do hard power), seja na paz (que estabeleça as normas para a preservação da não hostilidade intersocietária), e que se some à cultura e às instituições? Sustenta-se aqui a hipótese de que a exclusividade humana no exercício da ética da guerra e da paz (ausente nas relações intersocietárias entre chimpanzés-comuns, Pan troglodytes) é tributária da cognição transdominial humana, capaz de recombinar e ressignificar algoritmos comportamentais inatos através da cultura, e voltá-los para funções absolutamente inovadoras. Conclui-se então que a clivagem entre nurture vs. nature caracteriza-se como uma falsa questão nesse debate.
Como fenômeno social, a guerra está subordinada à política, como defende Clausewitz, ou, ao contrário, é produto de uma "cultura guerreira" instintiva, comum a todos os povos e tempos e para além da política, como sugere Keegan? Devemos... more
Este livro é um contributo para a expansão dos estudos de informações e de segurança na Universidade, realizado na perspectiva da História do Presente e sobretudo através da aplicação da técnica da open sources intelligence (osint),... more
Este livro é um contributo para a expansão dos estudos de informações e de segurança na Universidade, realizado na perspectiva da História do Presente e sobretudo através da aplicação da técnica da open sources intelligence (osint), reunindo uma selecção de cerca de 230 artigos publicados semanalmente entre 2004 e 2007, de modo ininterrupto, em dois meios de comunicação social de grande tiragem: num jornal económico diário e numa revista semanal de actualidades. No jornal tratava-se de uma coluna intitulada "Informações Estratégicas" e na revista de uma página intitulada "Fronteiras", a qual, para além do artigo, continha também uma secção designada "Secretas" com três notícias breves sobre serviços de informações estrangeiros ou com estes relacionadas.
Objetivo: Este estudio parte del enfoque postcolonial de las Relaciones Internacionales para analizar el cuarto episodio de la primera temporada de la serie de televisión danesa Borgen, titulado “Cien días”. El trabajo está organizado en... more
Objetivo: Este estudio parte del enfoque postcolonial de las Relaciones Internacionales para analizar el cuarto episodio de la primera temporada de la serie de televisión danesa Borgen, titulado “Cien días”. El trabajo está organizado en tres partes: en la primera se explica el marco teórico del postcolonialismo en las relaciones internacionales, para realizar después un breve repaso de la relación postcolonial entre Groenlandia y Dinamarca. Por último, se determina si el episodio de Borgen adopta una visión descriptiva de dicha relación poscolonial o si se da un paso más allá, adoptando una visión prescriptiva.Metodología: Se ha utilizado la metodología cualitativa, a partir del uso de la técnica de revisión temática de literatura y del análisis fílmico. Por un lado, el procedimiento de acceso a la información de las fuentes secundarias se ha llevado a cabo a través de los siguientes motores de búsqueda y bases de datos bibliográficos: Web of Science, Scopus, Google Scholar y Sci...
O presente artigo oferece uma introdução didática às principais teorias do regionalismo e da integração regional. Mais especificamente, explora as interseções entre as grandes teorias de RI-realismo, liberalismo e construtivismo-e os... more
O presente artigo oferece uma introdução didática às principais teorias do regionalismo e da integração regional. Mais especificamente, explora as interseções entre as grandes teorias de RI-realismo, liberalismo e construtivismo-e os processos regionais, além de apresentar as perspectivas teóricas originais que emergiram neste subcampo disciplinar. Seu objetivo é oferecer ao leitor um panorama acessível e conciso das principais visões que se desenvolveram acerca dos fenômenos regionais. Assim, o estudo provê (1) uma definição conceitual dos processos de regionalismo e integração, seguida de (2) uma revisão sobre as sucessivas fases do regionalismo ao longo da história e de (3) uma síntese teórica do regionalismo, identificando aplicações das grandes teorias de RI ao campo regional, e detalhando as reflexões originais dos estudos de integração. À guisa de conclusão, são oferecidos exemplos recentes de atualização das teorias do regionalismo para além do referencial europeu.
Palavras-chave: Regionalismo. Integração regional. Teoria das Relações Internacionais.
O que é o realismo? Para alcançar uma melhor percepção do que é o realismo, deve-se passar primeiro pela definição do que são Relações Internacionais. Relações Internacionais, podem ser definidas como um campo específico e autónomo que... more
O que é o realismo? Para alcançar uma melhor percepção do que é o realismo, deve-se passar primeiro pela definição do que são Relações Internacionais. Relações Internacionais, podem ser definidas como um campo específico e autónomo que pressupõe a análise da interacção entre actores estatais e não-estatais, onde estes, têm como objectivo o alcance de um determinado interesse no sistema internacional. Esta análise é geralmente feita tendo como instrumentos de base teorias, e o realismo é um deles. Segundo Nogueira e Messari (2005:26) " anarquia é o conceito definidor do realismo nas relações internacionais. O que se entende por anarquia não é propriamente o caos, mas sim a ausência de uma autoridade suprema, legítima e indiscutível, que possa ditar regras, interpretá-las, implementá-las e castigar quem não as obedece. " Citando Tucídides, Nogueira e Messari (2005:22) retratam que " em um mundo onde os poderosos fazem o que têm o poder de fazer e os fracos aceitam o que têm que aceitar " , o medo de não sobreviver, o medo de deixar de existir, leva os Estados a iniciarem e a se engajarem em guerras.
A disciplina tem como objetivo: 1) instigar os estudantes a pensar historicamente as relações internacionais e 2) analisar as principais questões que marcaram a política mundial no século XX. Após uma introdução sobre tempo,... more
A disciplina tem como objetivo: 1) instigar os estudantes a pensar historicamente as relações internacionais e 2) analisar as principais questões que marcaram a política mundial no século XX. Após uma introdução sobre tempo, historiografia e conhecimento histórico no campo das relações internacionais, o curso avança com as origens da 1o Guerra Mundial e finaliza com a discussão sobre as tendências internacionais no pós-Guerra Fria. Dividido em duas partes, no primeiro bloco enfatiza o estudo de dinâmicas centradas nas regiões do Norte Global (Europa, União Soviética/Rússia, EUA), já a segunda parte destaca as implicações da Guerra Fria no então chamado Terceiro Mundo (Ásia, África e América Latina). Especial atenção será dada à problemas e conceitos que privilegiam a análise de histórias cruzadas e interconectadas, articulando diferentes espaços e poderes, nacionais, regionais e globais. Além da leitura de textos, o curso propõe trabalhar com linguagens diversas, como a interpretação de imagens, mapas e materiais audiovisuais, bem como o tratamento direto com fontes documentais primárias, para estimular a imaginação dos estudantes no diálogo crítico com os temas tradicionais da História das Relações Internacionais, tais como história política e diplomática, além de guerras, revoluções e golpes de Estado.
The status of ‘international law’ is examined critically. In the first section, the basis of (national) legislation is described. This consists of an inquiry into a credible meaning of ‘natural law’. It is focused on the question whether... more
The status of ‘international law’ is examined critically. In the first section, the basis of (national) legislation is described. This consists of an inquiry into a credible meaning of ‘natural law’. It is focused on the question whether universal principles exist and, if so, of what kind. Section 2 deals with the issue of enforcement. National legislation invariably realizes this, but this is not obvious at the international level. Section 3 deals with human rights. It is discussed whether their presence points to the existence of ‘international law’. To this end, a possible reason for these rights to have developed is expounded.
Approximately four decades ago, the Southern Cone witnessed the beginning of a transition from a bipolar balance of power between Argentina and Brazil to unipolarity under Brazilian primacy. While such processes are expected to generate... more
Approximately four decades ago, the Southern Cone witnessed the beginning of a transition from a bipolar balance of power between Argentina and Brazil to unipolarity under Brazilian primacy. While such processes are expected to generate conflict, this particular transition was cooperative, leaving an interesting IR puzzle unresolved: Why did Argentina stop counterbalancing Brazil and opt for accommodation instead? Building on power transition theory, I use process tracing to show that key cooperative turns in this bilateral relationship – during the late 1970s and early 1990s – were possible only after social coalitions were redefined in Argentina. My conclusions suggest that cooperation between Argentina and Brazil was not a product of democracy but rather a consequence of structural changes, at both the international and the domestic level.
"Esta obra busca resgatar e recolocar questões de grande relevância tendo o Sul como temário central e norte de debates e análises no campo das Relações Internacionais (...) Muito mais que uma metáfora ou uma busca de escapar aos temas... more
"Esta obra busca resgatar e recolocar questões de grande relevância tendo o Sul como temário central e norte de debates e análises no campo das Relações Internacionais (...) Muito mais que uma metáfora ou uma busca de escapar aos temas tradicionais que focam em perspectivas eurocêntricas e do Norte no campo internacionalista, a proposta deste livro tem um sentido mais amplo ao buscar focar os Estados meridionais da política internacional". (do Prefácio de Shiguenoli Miyamoto/UNICAMP)
The globalization process is suffering a set of turbulences that makes uncertainty grow and threatens collective and human security. Some facts are clear: international terrorism, illegal immigration, European project crisis and Brexit.... more
The globalization process is suffering a set of turbulences that makes
uncertainty grow and threatens collective and human security. Some facts are clear: international terrorism, illegal immigration, European project crisis and Brexit. This essay presents a strategic analysis of
some key factors of the international conjuncture with a specific focus on European situation. As a main methodological instrument, the growing complexity of international relations theory is applied along with concepts as anglobalization and mature anarchy.
Keywords: international conjuncture, growing complexity, strategic factors.
This essay’s theme is the World Peace problem, which refers to the difficulties of the establishment of a peaceful living among all States. Every statal act is a political action, which can aim the attainment of peace. This is the purpose... more
This essay’s theme is the World Peace problem, which refers to the difficulties of the establishment of a peaceful living among all States. Every statal act is a political action, which can aim the attainment of peace. This is the purpose of this monograph: to present a concept of politics that turns viable, on the international relations scenery, the state of security. To reach this goal, the bibliographical revision was based upon two works of historical-political nature from Immanuel Kant: Idea for a Universal History with a Cosmopolitan Purpose, which defines the first chapter and; Perpetual Peace, that guides the second chapter. The first chapter shows that a political evolution is possible (Politischen Fortschritt) in History, as long as there is enlightenment (aufgeklärt) of nations in transforming the non-social sociability into a civil political constitution (Staattsverfassung) Within this juncture, Kant presents the idea that a State could have its protection guaranteed by a Confederation of Nations (Foedus Amphictyonum). This propositon is refined within the second chapter, wherein Perpetual Peace idea is developed. Kant renames it Peace Alliance (foedus pacificum), which main goal is to work to prevent and end all wars. This sofistication rises through the introduction of legal understanding that peace among nations is derived from International Law, that must be constituted by a federalism of Free States. At the same time, the most fundamental of civil political constitution, autonomy, must be extended upon International Law, for it is the keeper condition of freedoms of all States. In the same way, autonomy guarantees legal equality, despite of the States land size or power. Therefore, there is a relation between philosophical basis of autonomy, which aims the stablishment of international security, and the International Law strenght of law, which aims peace among States. It’s about peace though law, philosophically grounded. Meanwhile, politics become a tool that connects kantian philosophical system with law. The concept of politics derives from an interrelation between a political-legal structure of States, with International Law, that is grounded in a Free States federation, which main goal is work to end all wars. This federation is named Peace Alliance, the maximum expression of political evolution(Politischem Fortschritt) in an international level. In factual History, the example of this evolution is the United Nation, whose members agree concerning principles and goals that make peace and international security effective. Likewise, this approach colaborates in subtracting the elements that constitute the World Peace Problem.
Introdução Nos dias de hoje é muito comum ver uma admiração pelos Estados Unidos e por tudo o que eles fazem. Porém a história não é tão bonita quanto parece e muitos povos ainda sofrem devidos as ameaças vindas dos norte Americanos. A... more
Introdução Nos dias de hoje é muito comum ver uma admiração pelos Estados Unidos e por tudo o que eles fazem. Porém a história não é tão bonita quanto parece e muitos povos ainda sofrem devidos as ameaças vindas dos norte Americanos. A famosa globalização, que para a maioria dos pensadores e estudiosos das Relações Internacionais, era inevitável acontecer é o principal responsável pelo o que está acontecendo no mundo e principalmente um pretexto para que haja uma submissão do Oriente Médio face aos Estados Unidos para que assim seja mais fácil se apoderarem do petróleo. Não podemos ser ingénuos ao ponto de não perceber que o que realmente buscam, com a premissa de luta ao terrorismo, é o petróleo. No mundo, hoje, quem detém o controle das reservas de petróleo, são os países mais poderosos e ricos. Não é por acaso que os Estados Unidos tem que ter uma política extremamente agressiva, especialmente no que se refere a força bélica. O Realismo é a teoria escolhida para organizar a política dos Estados Unidos, pois com ela é possível fazerem o que quiserem sem nenhuma represaria, já que no Sistema Internacional, não existe nenhum Estado que regule outros. Portanto, o Sistema Internacional é Anárquico. O jogo de poderes vistos nas terras do Tio Sam é, também, um fator crucial na sua sobrevivência. A demonstração de poder através da força bélica é bem visível. O constante medo em que vivem, fazem deles o que eles são. O que este ensaio tentará expor é a face bélica dos Estados Unidos e como a sua política Realista está destruindo o mundo e a relações interpessoais e interculturais. O foco será as relações com o Oriente Médio, principalmente com a Arábia Saudita.
Changes and Contnues in Brazilin Foreign Policy in the Dilma Government: And An analysis of the Brazil-Argentina Relationship Bilateral. Resumo: Este estudo busca analisar a condução da política externa para a relação bilateral com a... more
Discussions over shifting from linearity to nonlinearity in natural sciences have led to unexpected reflections in social sciences. Nonlinear theories have gained a new momentum in our understanding of complex and complicated social... more
Discussions over shifting from linearity to nonlinearity in natural sciences have led to unexpected reflections in social sciences. Nonlinear theories have gained a new momentum in our understanding of complex and complicated social events. Similarly, the changing patterns of international relations (IR) encourage us to reconsider the dimensions of international systems and discuss the concept of change and order. This paper seeks to explain the contribution of complexity theory to the understanding of the international system and its change. Firstly, it justifies the need for a new approach in IR theorization in the light of the limits of conventional IR theories as well as of the changing patterns from linearity to nonlinearity. Then, it demonstrates the usefulness of complexity theory's core assumptions to define the international system, the idea of change and the agent-structure debate.
Resumo: Para se compreender com maior profundidade a gênese da ideia de integração regional, parte-se de uma discussão sobre como a região, um dos conceitos chave para a Geografia, dialoga com a concepção de região na teoria das Relações... more
Resumo: Para se compreender com maior profundidade a gênese da ideia de integração regional, parte-se de uma discussão sobre como a região, um dos conceitos chave para a Geografia, dialoga com a concepção de região na teoria das Relações Internacionais. A região foi valorizada no decorrer da história do pensamento geográfico nas mais distintas correntes de pensamento. De forma geral, ao desnudar o conceito de região, a Geografia expõe que a produção de regionalizações tende a matematizar o espaço, naturalizando processos sociais e obscurecendo uma interpretação da região como um mecanismo ideológico e de exercício de poder. Nas Relações Internacionais, o interesse por essa abordagem mais ampla do conceito de região é bem recente, já que, para as teorias tradicionais, o espaço é visto de forma apolítica, mas ligada à ideia de escala, e a região costuma ser mais associada à integração regional ou à noção de regionalização. Com uma primeira onda no final dos anos 1960 e começo dos anos 1970, essa tendência tem mudado principalmente pelas discussões trazidas a partir dos anos 1990 por autores ligados a vertentes contemporâneas das mais diversas correntes das teorias das Relações Internacionais, como Hurrell (1995), Sjoberg (2008), Fawcett (2005) e Söderbaum (2003), seja pelas discussões relacionadas à integração regional, seja pela contribuição construtivista. O construtivismo (ou pós-construtivismo) de Buzan e Weaver (2003), com seus "complexos regionais de segurança", traz esse diálogo para o mainstream teórico, tornando-o essencial para a compreensão do sistema internacional. Essa nova perspectiva colabora para esse esforço teórico, podendo a geografia servir para esclarecer os conceitos de regionalização, integração regional e regionalismo, usados muitas vezes de forma nebulosa nesse debate, de acordo com Richard (2014). Por isso, além desse autor, serão abordados outros geógrafos e internacionalistas responsáveis por pensar o diálogo entre os dois campos de conhecimento, como Agnew (2012), Haesbaert (2014) e Oliveira (2017). Além de Senhoras (2015), com sua proposição de uma Geografia das Relações Internacionais como subcampo epistemológico que entende que a geografia está criticamente envolvida com as questões internacionais contemporâneas. Acredita-se que com base em uma Geografia das Relações Internacionais, as duas áreas de conhecimento podem se beneficiar, recebendo grande aporte para a interpretação dos processos ocorrentes no espaço global ao se apropriarem de suas ferramentas associadamente para a análise dos fenômenos estudados. Como exposto por Sjoberg (2008), essa associação têm um grande contributo para a compreensão dos processos de integração regional, ao se compreender a perspectiva multiescalar e associativa da região, que produz consequências políticas subnacionais, nacionais, supranacionais e globais.
Anuário do Centro de Estudos das Relações Internacionais. Artigos e publicações nas áreas de Relações Internacionais, Política Internacional, Sociologia, Política, Economia, Direito Internacional, etc. Relativos ao ano de 2020. Yearbook... more
Anuário do Centro de Estudos das Relações Internacionais.
Artigos e publicações nas áreas de Relações Internacionais, Política Internacional, Sociologia, Política, Economia, Direito Internacional, etc. Relativos ao ano de 2020.
Yearbook of the Center for the Study of International Relations.
Articles and publications in the fields of International Relations, International Politics, Sociology, Politics, Economics, International Law, etc. For the year 2020.
Os estudos de relações internacionais e de literatura compara surgiram como disciplinas acadêmicas entre o final do século XIX e o fim da Primeira Grande Guerra, como tentativas de sistematizar o conhecimento humano sobre questões... more
Os estudos de relações internacionais e de literatura compara surgiram como disciplinas acadêmicas entre o final do século XIX e o fim da Primeira Grande Guerra, como tentativas de sistematizar o conhecimento humano sobre questões culturais e políticas relacionadas ao mundo — em oposição aos estudos, muito mais desenvolvidos à época, de questões culturais e políticas relacionadas a nações específicas. Ainda que inicialmente imperfeitas e subordinadas a visões de mundo eurocêntricas e limitadas, essas disciplinas representavam um grande avanço, pois sugeriam haver traços em comum às literaturas do mundo (do lado da literatura comparada) e uma especificidade à maneira como os atores políticos se comportavam na esfera internacional (do lado das relações internacionais).
"Este livro se constitui em proposta inédita no Brasil no campo das Relações Internacionais. Afinal, se no dizer do prestigiado cientista político da Harvard University Stanley Hoffmann as Relações Internacionais são uma disciplina... more
"Este livro se constitui em proposta inédita no Brasil no campo das Relações Internacionais. Afinal, se no dizer do prestigiado cientista político da Harvard University Stanley Hoffmann as Relações Internacionais são uma disciplina norte-americana, há muito a dizer a partir de uma perspectiva do Norte global sobre inúmeras investigações e análises neste campo, mas não a partir do Sul. Tal lacuna fica ainda mais evidente se considerarmos o foco mais tradicional que permeia os estudos internacionalistas de longa data.
A ideia desta obra é justamente tematizar e desenvolver várias possibilidades de tratar do temário internacionalista invertendo o parâmetro tradicional. O Sul é aqui o referencial e o ponto de partida para questões teóricas, análises e reflexões sobre o além-fronteiras.
O artigo propõe uma reflexão sobre o estudo das relações internacionais,abordando, de maneira específica, o debate sobre a viabilidade ou não da utilização das teorias em pesquisas na América Latina. Excetuando a teoria da dependência,... more
O artigo propõe uma reflexão sobre o estudo das relações internacionais,abordando, de maneira específica, o debate sobre a viabilidade ou não da utilização das teorias em pesquisas na América Latina. Excetuando a teoria da dependência, caracterizada por uma análise do cenário internacional desde o ponto de vista da periferia, o conjunto das teorias das relações internacionais tem sido desenvolvido por pesquisadores das grandes potências – o que tem gerado, nos últimos anos, uma discussão sobre a universalidade, a neutralidade e a objetividade que tais teorias poderiam oferecer. Sem negar a necessidade de uma análise crítica sobre o uso das teorias, mas, por
outro lado, longe de abrir mão de sua importância na análise dos fenômenos internacionais, busca-se, no presente artigo, verificar qual o alcance, os limites e a importância das teorias nos estudos sobre as relações internacionais na América Latina.
O objetivo deste ensaio é analisar a teoria da dependência e seu impacto nos países em desenvolvimento justamente no momento em que alguns deles se industrializavam, como Brasil e México. Nosso intuito não é fazer algo evidente e... more
O objetivo deste ensaio é analisar a teoria da dependência e seu
impacto nos países em desenvolvimento justamente no momento em que
alguns deles se industrializavam, como Brasil e México. Nosso intuito não
é fazer algo evidente e mecânico, visto que verificar a teoria da
dependência não guarda originalidade na época atual. Nossa intenção é
comparar três fontes de critica e explicação: 1 – a percepção da CEPAL
a respeito da Divisão Internacional do Trabalho, 2 – A critica de Cardoso
e Faletto a respeito da industrialização e 3 – a visão de Marini sobre os
limites e contradições das explicações precedentes. Por fim, gostaríamos
de analisar a dependência tanto sob a tradição marxista e sua possível
utilização como instrumento teórico das relações internacionais,
sobretudo em um momento em que o centro hegemônico do capitalista
entra em crise.
O objetivo deste artigo é relacionar a concepção de intolerância para com os movimentos artísticos em um contexto de garantia da liberdade de expressão pela Constituição Federal de 1988 destacando o caso do cancelamento da exposição... more
O objetivo deste artigo é relacionar a concepção de intolerância para com os movimentos artísticos em um contexto de garantia da liberdade de expressão pela Constituição Federal de 1988 destacando o caso do cancelamento da exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira. A construção social de identidades e interesses envolve a sociedade civil e o Estado brasileiro ao colocar em análise a percepção de intolerância adquirida da interação agente-estrutura na sociedade brasileira. O cancelamento da exposição demonstrou a politização acerca da temática da liberdade de expressão na atual conjuntura do país, perpassando por diversos atores engajados em uma resistência à censura além de promoverem a manutenção da democracia, enfraquecida pelo ato de censura à exposição em um contexto de garantia da liberdade de expressão.
Nos últimos anos, acalorados debates em instituições acadêmicas norte-americanas precederam e acompanharam as negociações iniciadas em matéria nuclear, entre a República Islâmica do Irã e o grupo 5 + 1 - conformado pelos Estados Unidos e... more
Nos últimos anos, acalorados debates em instituições acadêmicas norte-americanas precederam e acompanharam as negociações iniciadas em matéria nuclear, entre a República Islâmica do Irã e o grupo 5 + 1 - conformado pelos Estados Unidos e as principais potências internacionais. Particularmente, no âmbito dos Estudos Estratégicos e do que se conhece como o mainstream racionalista das Relações Internacionais mostraram-se respostas encontradas a respeito das principais questões sobre a possibilidade de que o Irã desenvolva um arsenal nuclear. Perguntava-se, fulcralmente, sobre quais seriam as consequências que se poderiam esperar, em última instância, da existência hipotética de outro Estado com arsenal nuclear ao lado da única potência nuclear do Oriente Médio, Israel. O que o Irã, Israel e outros Estados da região fariam em tal situação? De que maneira se expressaria a eventual capacidade dissuasória nuclear do Irã na geopolítica da região? Traria estabilidade ou instabilidade para o Oriente Médio? Em tal sentido, o objetivo do presente trabalho é analisar os argumentos por detrás das respostas que, dentre âmbitos acadêmicos, tem-se dado a respeito daqueles interrogantes.
A soberania representa uma das articulações políticas mais importantes da Modernidade, a qual convencionou a separação entre as políticas interna e externa. Posto isso, entendemos que para compreender o mundo em que vivemos é necessário... more
A soberania representa uma das articulações políticas mais importantes da Modernidade, a qual convencionou a separação entre as políticas interna e externa. Posto isso, entendemos que para compreender o mundo em que vivemos é necessário pensar essa categoria à luz do contexto contemporâneo, então, com o objetivo de contribuir para o estudo desse conceito, no presente artigo apresentaremos uma revisão do debate atual sobre a categoria de soberania. Para esse fim, nos apoiaremos em um exame da literatura ocidental de Relações Internacionais (RI), com foco em autores americanos, considerando que a produção de conhecimento dos Estados Unidos (EUA) é preponderante dentro deste campo. Esclarecemos que o debate na esfera destacada pode ser dividido em duas linhas de pesquisa que serão exploradas neste texto. A primeira aborda o aprofundamento da globalização e os efeitos desse processo sobre soberania e a segunda discute como são socialmente construídos os discursos sobre essa categoria.
o presente trabalho visa apresentar um detalhamento das perspectivas metodológicas que estão em jogo no amplo debate sobre religião e Relações Internacionais. Não visando negar o conceito de religião tal como se subentende, porém sim... more
o presente trabalho visa apresentar um detalhamento das perspectivas metodológicas que estão em jogo no amplo debate sobre religião e Relações Internacionais. Não visando negar o conceito de religião tal como se subentende, porém sim problematizá-lo, o trabalho oferece uma reflexão teórica preliminar para a comunidade acadêmica, esclarecendo algumas pressuposições conceituais de modo a não cair no risco de engajamento naturalizado com o tema. De acordo com a literatura sobre o tema, “religião” não é um conceito autônomo, e, se para uma pessoa pode ser entendido como influência, para outra pode ser analisado como retórica. O trabalho compreende duas partes: primeiro, revisaremos a “chegada” da religião nas RI e, em seguida, faremos justaposição de algumas abordagens com as linhas de pesquisa que a engendra. O primeiro tipo de abordagem, religião como “agente”, baseia-se numa metodologia dualista (separação mente-objeto), enquanto a segunda, religião como “mito”, baseia-se numa metodologia monista (interdependência mente-mundo), cada qual gerando perguntas e tipos de investigações diferentes em torno de um mesmo objeto de estudo.
Analyzes the South Atlantic as a zone in which exists a certain "power vacuum" caused by the reduced presence of world powers in the region, in contrast to their presence in the North Atlantic Ocean, the Indian Ocean and the Pacific... more
Analyzes the South Atlantic as a zone in which exists a certain "power vacuum" caused by the reduced presence of world powers in the region, in contrast to their presence in the North Atlantic Ocean, the Indian Ocean and the Pacific Ocean. Explains the initiative of the South Atlantic Peace and Cooperation Zone - ZOPACAS as a initiative from the countries of the region to fill the "power vacuum" and remove the interference of extra-regional powers. Exposes the cooperation between Brazil and Namibia as a signal that Brazil can promote a solid cooperation in the region, using its available technology and its "soft power". Concludes that the deepening of cooperation between Brazil and the ZOPACAS countries will be essential for the maintenance of the project of an area free of conflicts.
A Teoria Crítica e as Relações Internacionais: antecedentes Como vimos nos capítulos anteriores, um debate emergiu, nos anos 80, contrapondo novas versões das teorias realista e liberal das Relações Internacionais. O chamado debate "neo x... more
A Teoria Crítica e as Relações Internacionais: antecedentes Como vimos nos capítulos anteriores, um debate emergiu, nos anos 80, contrapondo novas versões das teorias realista e liberal das Relações Internacionais. O chamado debate "neo x neo", em referência à denominação dessas novas tendências (neo-realismo e neoliberalismo), ocupou o centro das atenções dos estudiosos da área durante, pelo menos, duas décadas. Apesar de essas duas correntes continuarem a dominar a produção intelectual da academia até hoje, perspectivas alternativas começaram a surgir, também nos anos 80, desafiando a visão convencional das relações internacionais. Nesse sentido, os debates interparadigmáticos abriram a disciplina para uma diversidade de abordagens que, anteriormente, não encontravam espaço diante do predomínio incontestável do realismo nas áreas de pesquisa mais importantes dos estudos internacionais. A Teoria Crítica é uma das mais importantes, senão a mais importante, contribuição alternativa surgida desde então, apresentando uma crítica contundente à concepção realista das relações internacionais como política de poder e questionando a pretensão científica das teorias internacionais, em particular seu compromisso com o positivismo. Da mesma forma, a Teoria Crítica ampliou o leque de temas que deveriam ser prioritários em nossas pesquisas, indo além das esferas tradicionais da segurança e da política externa e incluindo questões como o problema da mudança nas relações internacionais; os temas da hegemonia, da emancipação e da desigualdade; a centralidade do Estado como ator; o meio ambiente; as questões culturais; a integração das estruturas econômicas na reflexão sobre a política mundial; a ausência de uma dimensão ética na reflexão da área; o conceito de sociedade civil global, entre outras. O crescimento da influência da Teoria Crítica reflete a insatisfação dos estudiosos com as teorias dominantes diante de suas evidentes limitações na compreensão e análise das mudanças em curso na política mundial. Com o acirramento da Guerra Fria durante os anos 80, cresceram as demandas por uma perspectiva alternativa que considerasse em suas análises os desafios que a ameaça nuclear, a pobreza, o terrorismo, a devastação do meio ambiente etc. colocavam, de maneira dramática, para a humanidade como um todo. Nesse sentido, podemos dizer que a teoria crítica nas Relações Internacionais nasce no contexto de turbulência característico de um período de transição para uma ordem mundial cada vez mais globalizada.1 Neste capítulo, discutiremos as contribuições dos principais expoentes dessa corrente, destacando os temas e conceitos que mais influenciaram o desenvolvimento do debate na área nos últimos 20 anos. Começaremos com uma breve recapitulação da herança intelectual destes autores, que inclui novas interpretações da obra de Marx, a teoria social da Escola de Frankfurt, bem como a teoria da hegemonia do intelectual marxista italiano Antonio Gramsci. Ao trazer a obra desses autores para o campo das Relações Internacionais, os teóricos críticos abriram o caminho para o desenvolvimento de uma crítica vigorosa ao realismo, cujo impacto transformou, definitivamente, a maneira como pensamos a teoria na disciplina hoje. A teoria crítica traz o marxismo de volta para as Relações Internacionais. Diferente das teorias da dependência e do sistema-mundo, o marxismo da Teoria Crítica procura resgatar os elementos da obra de Marx que permitem uma visão não determinista e não economicista da realidade social. Esses autores estavam particularmente interessados nos escritos filosóficos e políticos de Marx nos quais estão presentes análises complexas de processos históricos, como as revoluções sociais na França e na Alemanha entre 1848-49, onde encontramos um lugar privilegiado para a ação política dos sujeitos envolvidos, para suas idéias e ideologias, bem como sua organização e estratégias.