Educação Antirracista Research Papers - Academia.edu (original) (raw)
A obra apresenta uma provocação: não existe uma maneira única de recortar o real por meio do olhar, há múltiplas perspectivas e diversas interpretações para pensar a educação no contexto das diferenças. Desse modo, ler a escola, um... more
A obra apresenta uma provocação: não existe uma maneira única de recortar o real por meio do olhar, há múltiplas perspectivas e diversas interpretações para pensar a educação no contexto das diferenças. Desse modo, ler a escola, um “mundo”, é compreender que vivemos num espaço/lugar configurado por multiplicidades, pluralidades e multiterritorialidades. Não somos ilhas, antes, trazemos traços peculiares na composição dos nossos caminhos e fazemo-lo em profunda interação com pessoas, grupos e organizações. Os textos resultam de uma postura reflexiva-investigativa dos autores/pesquisadores e anunciam um horizonte: a inclusão dos muitos sujeitos que ainda vivem expropriados de um direito fundamental: expressar, no cotidiano, suas formas de ser/estar no mundo.
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- Quilombos, Arte Educação, Educação Antirracista, Educação Inclusiva
Este texto tem como objetivo apresentar elementos de uma pe-dagogia antirracista como estratégia para a transformação social. As ideias aqui apresentadas se alinham àqueles que defendem que o futu-ro da humanidade depende de uma... more
Este texto tem como objetivo apresentar elementos de uma pe-dagogia antirracista como estratégia para a transformação social. As ideias aqui apresentadas se alinham àqueles que defendem que o futu-ro da humanidade depende de uma transformação radical na forma como os seres humanos se relacionam entre si e com a natureza. Parte-se de dados da realidade que comprovam que o conflito entre os interesses privados e coletivos se acirra na sociedade, portan-to, torna-se fundamental a consolidação de estratégias capazes de ins-trumentalizar o ser humano para a construção de uma sociedade pau-tada em valores para além do capital. Considera-se que o papel da Educação é imprescindível, tanto para criar estratégias para a transfor-mação, quanto para a elevação do padrão cultural dos grupos oprimi-dos, como instrumento para a construção de uma nova ordem social. Diante do papel que o racismo vem desempenhando na susten-tação do capitalismo, pode-se concluir que só é possível uma educação para a transformação social se ela se pautar em uma pedagogia antirra-cista. O enfrentamento ao capitalismo perpassa pelo enfrentamento ao racismo, uma vez que o segundo é elemento estruturante das relações de destruição que caracterizam o primeiro. Nesse caso, acredita-se que, para além de uma educação para as relações étnico-raciais, é ne-cessária a construção de uma pedagogia que se comprometa com a luta contra o racismo como sistema de poder. Relações étnico-raciais são aquelas vivenciadas entre os dife-rentes grupos sociais e as pessoas que compõem esses grupos, muni-dos de conceitos e ideias das semelhanças e diferenças referentes ao pertencimento racial desses indivíduos e dos respectivos grupos aos
RESUMO: Para compreender qual é o lugar da infância e como as crianças crescem e se desenvolvem em sua comunidade de origem é preciso olhar atento, ouvido à espreita e muito tempo sentada ou pulando com elas. Este artigo é fruto de 10... more
RESUMO: Para compreender qual é o lugar da infância e como as crianças crescem e se desenvolvem em sua comunidade de origem é preciso olhar atento, ouvido à espreita e muito tempo sentada ou pulando com elas. Este artigo é fruto de 10 anos de pesquisa; dormindo e acordando com as crianças de candomblé fomos percebendo que elas crescem entre adultos, correndo, pulando, brincando e protagonizando o seu cotidiano e nas redes sociais digitais dão visibilidade as suas vivencias a partir das suas narrativas digitais: fotografias, vídeos e comentários. Neste texto apresentamos os desafios dessas crianças e suas mães na luta contra o racismo religioso no contexto da cibercultura. O toque epistemológico e metodológico foi possível a partir do nosso encontro com a epistemologia ancestral e a concepção de criança e infância. Palavras-chave: Redes Educativas. Crianças. Epistemologia Ancestral. Cibercultura. ABSTRACT: In order to understand the place of childhood and how children grow and develop in their community of origin, it is necessary to look attentively, listen to the lurking and long sitting or jumping with them. This article is the result of 10 years of research; sleeping and waking up with the children of candomblé, we have noticed that they grow up among adults, running, jumping, playing and protagonizing their daily life and in the digital social networks give visibility their
O presente artigo objetiva discutir a emergente necessidade de criar ações antirracistas na edu-cação, especificamente, no ensino-aprendizagem de Língua Inglesa em contexto brasileiro. Nesse sentido, o artigo apresenta uma proposta para... more
O presente artigo objetiva discutir a emergente necessidade de criar ações antirracistas na edu-cação, especificamente, no ensino-aprendizagem de Língua Inglesa em contexto brasileiro. Nesse sentido, o artigo apresenta uma proposta para aulas nessa disciplina para alunos do 8º ano do Ensino Fundamental (EF). Na sociedade contemporânea, é emergente uma educação cada vez mais inclusiva, transformadora e ativista. A proposta apresentada fundamenta-se na Pedagogia da Ousadia (STETSENKO, 2017); na Colabo-ração Crítica (MAGALHÃES, 2018) e na Pedagogia dos Multiletramentos (COPE; KALANTZIS, 2009), central para organização das atividades. Sugere, ainda, caminhos para uma postura ativista e transformadora que pode promover uma educação antirracista em um sistema dominado pela necropolítica (MBEMBE, 2020).
- by Viviane Carrijo and +1
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- Necropolitics, Educação Antirracista, Antirracismo, Necropolítica
Educação e Antirracismo no Uruguai: diálogos, práticas e virtualidade Resumo: Nas últimas décadas, a temática envolvendo educação e racismos vem conquistando destaque na América Latina, mesmo que em alguns países isso ainda se dê... more
Educação e Antirracismo no Uruguai: diálogos, práticas e virtualidade Resumo: Nas últimas décadas, a temática envolvendo educação e racismos vem conquistando destaque na América Latina, mesmo que em alguns países isso ainda se dê timidamente, como é o caso do Uruguai. Quando o foco está nas políticas universitárias antirracistas, o vazio se evidencia radicalmente. Nessa paisagem, este ar-tigo apresenta um estudo realizado sobre as práticas antirracistas nos cursos de educação superior, neste caso, dialogando com a experiência dos estudantes da licenciatura de Educação Física da Universidad de La Repúbli-ca del Uruguay (Udelar). O objetivo principal do estudo é apresentar algumas interfaces entre a educação e a formação universitária. Analisando, à luz da obra das autoras Nilma Lino Gomes e Petronilha Gonçalves e Silva, o cruzamento das políticas públicas antirracistas adotadas no país com a experiência das dinâmicas de apren-dizagem antirracistas vividas por um grupo de estudantes. A metodologia utilizada foi qualitativa, inicialmente bibliográfica e documental, e depois teórico-prática por meio de observação participante na sala de aula da Cátedra de Sociologia e análise de relatos escritos pelos alunos. Em tempos de Covid-19, as atividades foram to-das virtuais, por meio de plataformas digitais, redes sociais e aplicativos de mensagens de texto, áudio e vídeo. Palavras-chave: Educação antirracista. Formação universitária. Uruguai.
Resumo Este trabalho parte de duas hipóteses básicas. A primeira é a de que todas as áreas do conhecimento são responsáveis pela educação das relações étnico-raciais positivas, conforme a Lei 10.639/2003, e o ensino de física deve ter... more
Resumo Este trabalho parte de duas hipóteses básicas. A primeira é a de que todas as áreas do conhecimento são responsáveis pela educação das relações étnico-raciais positivas, conforme a Lei 10.639/2003, e o ensino de física deve ter essa como uma de suas preocupações. A segunda é a de que a física é um empreendimento científico colaborativo, no qual a comunidade decide não só o que física é, mas quem é cientista. Essa comunidade tem um conjunto de rituais e tradições que seleciona quem pode fazer parte desse grupo. Tradicionalmente, essas práticas foram forjadas de modo que acabam por excluir as mulheres em geral, e mulheres negras em particular. No entanto, há mulheres negras que conseguiram fazer parte do mundo da física, seja por aprender as regras ou por quebrá-las, criando novas regras e contribuindo para uma nova física. Ancorada em perspectivas feministas, de performatividade e na Teoria Crítica da Raça, este trabalho foca na trajetória acadêmica de mulheres negras ao se tornarem cientistas. Através da história de vida de físicas negras estadunidenses, discutirei o papel da escola e da comunidade científica nesse percurso. Além disso, mostrarei alguns dos obstáculos enfrentados por essas mulheres e apresentarei estratégias utilizadas para a superação desses desafios. Palavras-chave: ensino de física, educação anti-racista, mulheres nas ciências, inclusão. Introdução Inicio este texto expressando meu contentamento em ver o maior evento de Ensino de Física do país, o SNEF (Simpósio Nacional para o Ensino de Física), trazendo espaços para uma discussão explícita sobre inclusão no ensino de física. Nesta edição do evento há uma palestra convidada com discussão sobre mulheres negras na física e uma mesa-redonda centrada na formação de professoras e professores de física para tempos de inclusão, com debate sobre experiências para o ensino de física de pessoas com deficiência auditiva e/ou visual. A presença dessas atividades é um sinal de reconhecimento de que a comunidade de ensino de física, espelhando a sociedade de maneira mais ampla, se constitui num espaço de exclusão, mas que pode e deve trabalhar para o desenvolvimento de práticas, metodologias e debates em prol de um ambiente mais igualitário. Este texto parte de duas hipóteses básicas. A primeira é a de que todas as áreas do conhecimento são responsáveis pela educação das relações étnico-raciais positivas, conforme a Lei 10.639/2003, e o ensino de física deve ter essa como uma de suas preocupações. A segunda é a de que a física é um empreendimento científico colaborativo, no qual a comunidade decide não só o que física é, mas quem é cientista. Nesse sentido, o texto inicia com uma introdução, pelo ponto de vista jurídico, sobre a educação das relações étnico-raciais no Brasil. Posteriormente, apresento uma discussão sobre mulheres negras na ciência ancorada em perspectivas feministas, de performatividade e na Teoria Crítica da Raça. Em seguida, compartilho resultados de uma pesquisa com foco nas trajetórias
Dois meninos bem pequenos-quase bebês-, um negro e um branco, se veem de longe e correm sorrindo para se encontrar num abraço, transbordando felicidade e amor. Essa é a cena de um vídeo que viralizou na internet. Você viu? A legenda para... more
Dois meninos bem pequenos-quase bebês-, um negro e um branco, se veem de longe e correm sorrindo para se encontrar num abraço, transbordando felicidade e amor. Essa é a cena de um vídeo que viralizou na internet. Você viu? A legenda para esse vídeo poderia ser: "Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar". Quem afirmou isso foi o grande líder sul-africano Nelson Mandela. Juntos, vídeo e frase, me parecem uma boa forma de iniciar uma conversa sobre o racismo. Por que existe desigualdade entre seres humanos que têm a cor de sua pele diferente? Contra o racismo, menos ignorância e mais amor! O racismo que atinge, principalmente, a população negra é uma criação recente na história da humanidade e é algo possível de ser ensinado e aprendido. Mas o racismo não é algo natural. "Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele...", já dizia o Mandela, lembra? Nós aprendemos o que é o racismo em nosso dia a dia, até mesmo na escola. E tudo isso tem um começo... Essa história começa com o que chamamos de "racismo moderno", que tem a ver diretamente com o processo de conquista de povos europeus sobre outros povos. Se você pensa que estamos falando de história, do século 15, quando os europeus começaram navegar para descobrir novos territórios e matérias-primas-a famosa expansão marítima e comercial-acertou em cheio!
"O colonialismo é uma ferida que nunca foi tratada. Uma ferida que dói sempre, por vezes infecta, e outras vezes sangra" Grada Kilomba
Análise do debate na crítica literária em torno ao racismo de Monteiro Lobato.
Nesse texto, apresento algumas proposições feitas por Rosa Virgínia Mattos e Silva, ao longo da sua jornada acadêmica, no tocante à constituição da língua portuguesa no Brasil e seu ensino, como ponto de partida para pensar na relação... more
Nesse texto, apresento algumas proposições feitas por Rosa Virgínia
Mattos e Silva, ao longo da sua jornada acadêmica, no tocante à
constituição da língua portuguesa no Brasil e seu ensino, como ponto de
partida para pensar na relação entre língua, raça e racismo. Analiso, de
maneira breve os currículos de letras e sua possível falta de diálogo com
a educação básica. Após isso, proponho que se inclua outros estudos, de outras áreas, para que, ao ampliarmos nossos horizontes epistemológicos e atitudinais, possamos ter uma educação linguística, mais especificamente um ensino de língua portuguesa, humanizadora e
antirracista.
Entrevista Aparecida de Jesus Ferreira
Esta monografia tem como foco apresentar uma proposta pedagógica antirracista, vinculada ao conhecimento/descoberta sobre funk. O trabalho desenvolvido no âmbito desta pesquisa destina-se, especialmente, aos/às professores/as de Arte que... more
Esta monografia tem como foco apresentar uma proposta pedagógica antirracista, vinculada ao conhecimento/descoberta sobre funk. O trabalho desenvolvido no âmbito desta pesquisa destina-se, especialmente, aos/às professores/as de Arte que atuam na Educação Básica. O conhecimento construído no âmbito deste trabalho está baseado em consultas de fontes diversas (internet, artigos, livros, filmes, músicas) onde reconhecemos a potência do funk como gênero musical e como possibilidade de trabalho didático com estudantes das séries finais do Fundamental II. Assim, o/a professor/a que entrar em contato com a produção e a reflexão aqui apresentada, será convidado/a a desenvolver uma sequência didática cujo objetivo final é a elaboração de letras de funk contra o racismo em sala de aula.
Com o propósito de assinalar os limites e possibilidades de promoção de um ensino de história para o combate à violência contra as mulheres, este texto discute os processos de subjetivação engendrados em narrativas históricas de violência... more
Com o propósito de assinalar os limites e possibilidades de promoção de um ensino de história para o combate à violência contra as mulheres, este texto discute os processos de subjetivação engendrados em narrativas históricas de violência contra as mulheres difundidas nos livros didáticos que circulam nas escolas brasileiras. Considerando as narrativas histórias como práticas potenciais de resistência política e social, essa discussão se orienta para o ensino de “histórias do possível” que permitam aos/às estudantes a compressão da historicidade do sexo/gênero, o reconhecimento da pluralidade e descontinuidade das formas de subjetivação das mulheres ao longo do tempo/espaço, bem como a transformação de suas maneiras de pensar, sentir e tratar o problema da violência contra as mulheres no presente.
O objetivo da disciplina é estudar uma parte da extensa bibliografia sobre racismo e antinegritude produzida pelo pensamento crítico negro nas últimas décadas, com ênfase, neste módulo, em autoras e autores anglófonos (lidos em traduções... more
O objetivo da disciplina é estudar uma parte da extensa bibliografia sobre racismo e antinegritude produzida pelo pensamento crítico negro nas últimas décadas, com ênfase, neste módulo, em autoras e autores anglófonos (lidos em traduções ao português). Terão destaque textos recentes associados ao Afropessimismo e ao Afrofuturismo (livros e ensaios de Frank Wilderson III, Saidiya Hartman, Calvin Warren, Fred Moten, Denise Ferreira da Silva e Kodwo Eshun) e obras mais antigas (de Toni Morrison, Octavia Butler, Frantz Fanon e W. E. B. Du Bois) que são referências importantes para as discussões contemporâneas. Em diálogo com os textos teóricos e filosóficos, estudaremos algumas narrativas ficcionais (os romances Kindred: Laços de sangue [Kindred] de Octavia Butler e Amada [Beloved] de Toni Morrison, o conto “O cometa” [“The Comet”] de Du Bois e o filme Nós [Us] de Jordan Peele). Tanto no caso das obras ficcionais quanto no dos textos teóricos, historiográficos e filosóficos, o objetivo será entender melhor como as criações e o pensamento desses autores e autoras responderam às dificuldades narratológicas instauradas pela história da escravidão e pela violência antinegro.
Neste texto problematizo a geografia das relações Brasil-África a partir de práticas educativas desenvolvidas em dois “lugares da memória” de Salvador: o Museu Náutico e o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB). Seguindo o... more
Neste texto problematizo a geografia das relações Brasil-África a partir de práticas educativas desenvolvidas em dois “lugares da memória” de Salvador: o Museu Náutico e o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB). Seguindo o espírito da Lei n. 10.639/03, abordo a educação geográfica a partir de um diálogo interdisciplinar com a história e considero que o ensino de África, além da tradicional regionalização do continente, deve incorporar uma sexta e fundamental região: a diáspora. Num primeiro momento do texto, destaco a geografia histórica do Atlântico Sul, exibida e dramatizada em mapas e artefatos no Museu Náutico. Depois, chamo a atenção para o entrelaçamento das histórias da geografia, na África colonial e no Brasil pós-abolição, que podem emergir na visita ao IGHB. Ao fim, refletindo sobre as dimensões geográficas das relações Brasil-África que emergiram das discussões e das práticas no Museu Náutico e no IGHB destaco, pelo menos, três temporalidades distintas que envolvem estes espaços.
O racismo no Brasil manifesta-se de diversas formas, perpassando pela idealização dademocracia racial, no qual é propagado o mito de que, opaís vivenum verdadeiro paraísodiversamente racial, assim,ocultando e negando a existência do... more
O racismo no Brasil manifesta-se de diversas formas, perpassando pela idealização dademocracia racial, no qual é propagado o mito de que, opaís vivenum verdadeiro paraísodiversamente racial, assim,ocultando e negando a existência do racismo na sociedade brasileira. Isto posto, e,considerando que o Estado brasileiro constata a existência do racismo na sociedade nacional, surgiucomo avanço no combate ao racismo a Lei 10.639/2003, fruto da luta antirracista do Movimento Negro, determinando o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana na Educação Básica (BRASIL, 2003), tornando imprescindível a discussão em torno de uma educação antirracista na formação continuada de professoras/es, numa perspectivadecolonial. Compreendendoque,esta formação é uma maneira de expandir a prática pedagógica e os conteúdos disciplinares aos professores(as)que não tiveram uma experiência com a Educação das Relações Étnico-Raciais(ERER)em sua formação inicial, dessa forma,ampliando os debates, as construções de conhecimentos e um maior arsenal de saberes, pois,uma educação antirracista não só proporciona bem-estar humano, como também promove a construção saudável da cidadania e da democracia brasileira. (CORENZA, 2018; SILVA; ROCHA, 2020). Essa pesquisa objetivaanalisar como a educação antirracista tem sido introduzida na formação continuada de professores(as)no estado do Acre. Seu processo metodológicoconstitui-seemtrês fases: levantamento e estudo dereferenciais bibliográficos; construção e aplicação de um questionário e/ou roteiro de entrevista destinados aos responsáveis pelas formações continuadas da Secretaria de Estado de Educação e Secretaria Municipal de Educação de Rio Branco, bem como da Universidade Federal do Acre e do Fórum Permanente de Educação Étnico-Racial; análise e discussão dos dados obtidos. Apesquisa encontra-se em andamento,na primeira fase, apóssuafinalizaçãoespera-se concluircomoa educação antirracista vem sendo introduzida nas formações continuadas de professores(as)na Educação Básica do estado do Acre.
Resumo O artigo registra uma experiência de formação de professores/as ocorrida em uma disciplina optativa de um curso de Licenciatura em História, trazendo ganhos e desafios de um ensino de história antirracista. Visa contribuir para a... more
Resumo O artigo registra uma experiência de formação de professores/as ocorrida em uma disciplina optativa de um curso de Licenciatura em História, trazendo ganhos e desafios de um ensino de história antirracista. Visa contribuir para a descolonização curricular e a implementação dos marcos legais em torno do ensino de história e cultura africana, afro-brasileira e indígena e da educação das relações etnicorraciais no Brasil. A disciplina ancorou-se em ganhos e desafios da perspectiva interseccional para a pesquisa, escrita e ensino de história, com ênfase sobre o campo do pós-abolição e as produções intelectuais negras. Após algumas questões introdutórias, o artigo discorre sobre inflexões epistemológicas, apresenta propostas pedagógicas e finaliza com reflexões sobre a descolonização curricular em cursos de formação de professores/as. Palavras-chave: Formação de professores/as; ensino de história antirracista; descolonização curricular Abstract The article records a training teacher experience that occurred in an optional course in a History degree, bringing gains and defiance from an anti-racist History teaching. It aims to contribute to a curricular decolonization and the legal frameworks implementation around the teaching of African History and culture, Afro-Brazilian and indigenous and education of ethnic-racial relations in Brazil. The course was anchored in the gains and defiance from the intersectional perspective to the History research, writing and teaching, with emphasis on post-abolition and the Negro intellectual productions. After some introductory questions, the article discusses about epistemological inflections, presents pedagogical proposals and ends with reflections about the curricular decolonization in training teacher courses.
Restrições à entrada de migrantes indígenas da África e da Ásia, investimento do governo para atrair europeus, uma Constituição que estimulava a eugenia na educação. São muitas as evidências do racismo no Brasil República, assim como de... more
Restrições à entrada de migrantes indígenas da África e da Ásia, investimento do governo para atrair europeus, uma Constituição que estimulava a eugenia na educação. São muitas as evidências do racismo no Brasil República, assim como de um projeto de embraquecimento e europeização da população. A atuação do movimento negro, afirmando desde sempre que "vidas negras importam", obteve vitórias, mas o eurocentrismo que alimenta o racismo e apaga a memória da herança africana persiste na educação. "Mas, que haveria acontecido no Brasil se por ventura o pessoal que em quarenta anos che ou o batuque solene tivesse a rmado a nossa Raça luso-índio-negra, em lugar de fazer, do Lar nacional, uma pagodeira internacional, em que todo estrangeiro chegado na véspera mandou, deu leis e conselhos de perdição? Que seria do Brasil hoje se não tivesse sido sempre negada a nossa Gente Negra que, enquanto se processava o banquete dos imigrantes, cou por aí, à margem da vida nacional, cedendo lugar a todos os oportunistas de arribação?" Pagodeira internacional? Banquete dos imigrantes? No trecho acima, extraído do artigo intitulado ' A a rmação de raça', Arlindo Veiga dos Santos (1902-1978), então presidente da Frente Negra Brasileira (FNB), a maior organização do movimento negro brasileiro na primeira metade do século 20, demonstrava, na primeira página do jornal A Voz da Raça, de 10 de junho de 1933, como segmentos da população negra observavam e questionavam a política imigratória implementada pelos sucessivos governos brasileiros desde o início da República. Mas por que falar em política imigratória em um artigo sobre racismo no Brasil? Precisamos lembrar que, no nal do século 19, as teorias raciais modernas, criadas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, dominavam o pensamento social brasileiro. Essas teorias começaram a ser construídas e utilizadas a partir do século 16, ao longo do processo de ' conquista das Américas' pelos povos europeus, para tentar justi car uma hierarquia que supostamente existiria entre as diferentes raças, sendo que a raça branca europeia era considerada superior às demais. Com o imperialismo, em meados do século 19, o projeto de poder da modernidade europeia estava consolidado como hegemonia no mundo, utilizando o racismo como justi cativa para a dominação de povos nas Américas, na África e na Ásia.
Essa pesquisa buscou contextualizar a literatura de cordel - gênero textual surgido na cultura ibérica e amplamente adotado na cultura brasileira, em especial na região Nordeste - e explorar e problematizar as manifestações de racismo e... more
Essa pesquisa buscou contextualizar a literatura de cordel - gênero textual surgido na cultura ibérica e amplamente adotado na cultura brasileira, em especial na região Nordeste - e explorar e problematizar as manifestações de racismo e discriminação étnico racial, e a retratação da pessoa negra, presentes no cordel. Buscou, ainda, ressaltar o papel da biblioteca escolar nas atividades educacionais e pedagógicas contra o racismo e preconceito étnico-racial, que infelizmente, ainda são questões bastante frequentes na sociedade brasileira e que devem ser combatidas veementemente, sobretudo por meio da educação. Discorre-se sobre uma atividade extracurricular realizada com alunos do 5º ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede privada de ensino, na biblioteca desse colégio: a leitura crítica e análise do cordel "Peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum", de autoria de Firmino Teixeira do Amaral. Os alunos participantes apresentaram posicionamentos críticos e reflexivos em relação às duras manifestações de discriminação e preconceito vislumbradas. Coube à biblioteca escolar o papel de estimular e organizar o processo de leitura da literatura de cordel para que, por meio dela, os alunos aumentassem seus conhecimentos, sua capacidade crítica e reflexiva acerca de temas tão duros, de modo que lhe possibilitam uma melhor atuação em sociedade e cidadania.
O contexto da produção desse trabalho é o cenário de implantação da Lei 10.639/2003, que dispõe sobre o ensino de história e cultura afro-brasileira. Nesse sentido, nossa construção debate a efetivação do documento legal em face de... more
O contexto da produção desse trabalho é o cenário de implantação da Lei 10.639/2003, que dispõe sobre o ensino de história e cultura afro-brasileira. Nesse sentido, nossa construção debate a efetivação do documento legal em face de práticas escolares cotidianas. Para isso, o trabalho está dividido em três partes. Na primeira, tratamos sobre o currículo escolar e a educação para as relações raciais; a segunda discorre sobre a literatura e a questão do negro na sociedade; e, por fim, na terceira, analisamos o poema de Solano Trindade, evidenciando tal texto como um motivador para questões antirracistas em sala de aula. Como resultado das discussões, apontamos a importância do trabalho com a literatura e autores não-canônicos em face das demandas legitimadas por legislação específica.
El artículo que el lector tiene en sus manos da cuenta de los primeros hallazgos de una investigación doctoral e intenta dar luz sobre el Programa de Apoyo Académico a Estudiantes Indígenas (PAAEI) en el sistema de nivel superior de la... more
El artículo que el lector tiene en sus manos da cuenta de los primeros hallazgos
de una investigación doctoral e intenta dar luz sobre el Programa de
Apoyo Académico a Estudiantes Indígenas (PAAEI) en el sistema de nivel
superior de la Universidad de Guadalajara. La labor de las tutorías para estudiantes
indígenas cobra importancia puesto que su nacimiento es parte
de una serie de acciones afirmativas que viene realizando el estado desde
hace ya una década, en distintas esferas institucionales. El artículo intenta
mostrar a la tutoría como parte medular del programa, y cómo éstas, además
de beneficiar a los estudiantes indígenas, siguen estando empapadas por
estereotipos y prejuicios sobre la etnicidad. Para ello primero se muestra un
esbozo del debate sobre el tema desde los estudios interculturales, aunado
a una contextualización histórica-regional, para luego pasar a los resultados
a través de ciertas categorías y algunos testimonios y finalmente cerrar con
unos aportes al debate sobre la educación universitaria y su carácter meritocrático
y mestizo.
Palabras clave: Tutorías, estudiantes indígenas, conocimiento y racismo
Este artigo tem por objetivo contribuir para a reflexão sobre as fenomenologias da não identificação com o património cultural e artístico, nomeadamente, o arquitetónico e o escultórico, instalado no espaço público urbano. As práticas... more
Este artigo tem por objetivo contribuir para a reflexão sobre as fenomenologias da não identificação com o património cultural e artístico, nomeadamente, o arquitetónico e o escultórico, instalado no espaço público urbano. As práticas iconoclastas contemporâneas trouxeram para o debate político e mediático o questionamento da qualidade e pertinência das transformações estéticas e artísticas que aconteceram nas cidades. Pretende-se estabelecer possíveis relações entre os fenómenos iconoclastas, as mitografias contemporâneas e as práticas discursivas pós-coloniais e neocoloniais, abordando as problemáticas sociais e políticas subjacentes ao racismo, que poderão estar na origem das práticas de iconoclastia contra o património. A partir de uma revisão selecionada à literatura científica, publicada no último vinténio, nomeadamente, da aunomeadamente, da autoria de Araújo e Rodrigues (2018), Kilomba (2019; “‘O Racismo É uma Problemática Branca’ diz Grada Kilomba”, 2016), Maeso (2016), Roldão et al. (2016), Ribeiro (2021), Santos (2003), V. Sousa (2020), Vale de Almeida (2000, 2012), Varela e Pereira (2020), entre outros, procurou-se demonstrar o contributo da arte contemporânea e do artivismo curatorial, no seio das instituições museológicas, para o questionamento das narrativas históricas institucionais e para a progressiva desconstrução das práticas discursivas lusotropicalistas, que instituem o colonialismo e a escravatura como inevitabilidades históricas aceites. Verificou-se que o pensamento hegemónico ocidental está assente numa falsa construção ideológica identitária, suportada numa alegada superioridade moral e racial, tendo em vista justificar a prossecução de um modelo de exploração
económica estruturado na dominação cultural. Concluiu-se que o multiculturalismo no seio das instituições culturais, a par da salvaguarda da diversidade cultural e da interpretação patrimonial no espaço público, poderá assegurar a inclusão e coesão social, desenvolvendo sentimentos de pertença, e, por conseguinte, permitindo a mitigação das desigualdades e da violência.
O texto apresenta a pesquisa "Acervo de múltiplas vozes: registro, preservação e disseminação de narrativas de experiências com arte e educação", iniciada em março de 2020 na Escola de Comunicações e Arte da USP, tendo como objetivo... more
O texto apresenta a pesquisa "Acervo de múltiplas vozes: registro, preservação e
disseminação de narrativas de experiências com arte e educação", iniciada em março de 2020 na Escola de Comunicações e Arte da USP, tendo como objetivo central refletir sobre os seus principais pressupostos, caminhos metodológicos e possíveis desdobramentos. Articulada a uma disciplina do curso de licenciatura em Artes Visuais e situada no âmbito dos Estudos Culturais e da História Oral, a investigação se configura como uma estratégia para a formação inicial de professores de arte em uma perspectiva decolonial e antirracista. Em sua realização, são privilegiadas narrativas de pessoas e grupos de pessoas cujas experiências com arte e educação
não estão circunscritas ao meio escolar e/ou acadêmico. Primeiramente, apresentamos a problemática central que levou à proposição da pesquisa e à reorganização da referida disciplina, que concerne, especialmente, às demandas resultantes das questões étnico-raciais ao ensino de arte e à formação de professores; em seguida, apresentamos parcialmente o trabalho com as entrevistas desenvolvido no primeiro semestre da pesquisa e, dada a riqueza do
material e para que os entrevistados e os estudantes possam ser ouvidos, apresentamos excertos de três textos finais escritos ao final da disciplina ministrada no primeiro semestre de 2020, produzidos a partir das entrevistas realizadas.
O presente artigo dá conta de um roteiro sobre a presença negra em Setúbal, nos séculos XV a XVIII, concebido enquanto “aula-passeio”, espaço de educação não formal sobre o colonialismo português. Pretende-se suscitar o rompimento com a... more
O presente artigo dá conta de um roteiro sobre a presença negra em Setúbal, nos séculos XV a XVIII, concebido enquanto “aula-passeio”, espaço de educação não formal sobre o colonialismo português. Pretende-se suscitar o rompimento com a narrativa lusotropicalista, entender a escravatura como um sistema complexo e parte de conflitos geopolíticos globais e conduzir os participantes na “descoberta” de como os outros estão, afinal, em nós. This paper presents a roadmap on the Black presence in Setúbal, in the XV to XVIII century’s, designed as a "walking-class", a non-formal education space about the Portuguese colonialism. It is intended, first and foremost, to break with the Lusotropicalist narrative; to understand slavery as a complex system and part of global geopolitical conflicts; but also to lead participants to the “discovery” of how the others are, after all, in us.
Este texto tem como objetivo apresentar elementos de uma pedagogia antirracista como estratégia para a transformação social. As ideias aqui apresentadas se alinham àqueles que defendem que o futuro da humanidade depende de uma... more
Este texto tem como objetivo apresentar elementos de uma pedagogia antirracista como estratégia para a transformação social. As
ideias aqui apresentadas se alinham àqueles que defendem que o futuro da humanidade depende de uma transformação radical na forma
como os seres humanos se relacionam entre si e com a natureza
Livro de atividades para grupos com crianças - SCFV. Preferível impressão em papel pardo. Uso da letra "Menina Pretinha", de MC Soffia; referência ao livro "Meu crespo é de Rainha", de bell hooks; construção de árvore da ancestralidade;... more
Livro de atividades para grupos com crianças - SCFV. Preferível impressão em papel pardo. Uso da letra "Menina Pretinha", de MC Soffia; referência ao livro "Meu crespo é de Rainha", de bell hooks; construção de árvore da ancestralidade; desenho de instrumento musical com ligação de pontos e caça palavras; linha histórica legislativa sobre Lei de Cotas (2012); desenho de máscaras africanas; Quadrinho da personagem Rê Tinta, do quadrinista Estevão Ribeiro.
Resumo: Com a Lei 10.639/03, enfatiza-se na educação brasileira a necessidade de uma abordagem antirracista. Trata-se de uma educação que questione as práticas de inferiorização na representação de determinados indivíduos nas escolas,... more
Resumo: Com a Lei 10.639/03, enfatiza-se na educação brasileira a necessidade de uma abordagem antirracista. Trata-se de uma educação que questione as práticas de inferiorização na representação de determinados indivíduos nas escolas, quer sejam manifestadas em materiais didáticos, quer nas próprias relações entre os sujeitos do processo ensino-aprendizagem. A vigilância da linguagem, assim, é importante nesse sentido, pois é através do discurso na Educação que se combate uma estrutura que subjuga o sujeito de cor. Sendo, assim, em caráter de estudo de caso, este trabalho investigou textos, imagens, e elementos indiciários ou não de uma educação antirracista em materiais didáticos nas séries iniciais do ensino fundamental pela Escola Municipal Narciso Rabelo, em Manhumirim (MG). Posto isso, o objetivo deste trabalho é trazer à baila algumas considerações sobre a preponderância de um projeto de Educação que reforce e abra mais caminhos para a diversidade no quesito étnico e racial no Brasil.
- by Guilherme Póvoa and +2
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- Educação Antirracista, Identidade, Subjetividade, Linguagem
Este artículo propone una discusión sobre los discursos de raza y (anti)racismo, centrándose en la (in)visibilidad del pueblo afroperuano en la universidad peruana. Se presenta un debate introductorio sobre los desafíos de producir un... more
Este artículo propone una discusión sobre los discursos de raza y (anti)racismo, centrándose en la (in)visibilidad del pueblo afroperuano en la universidad peruana. Se presenta un debate introductorio sobre los desafíos de producir un conocimiento 1 Artículo realizado en el ámbito del proyecto de investigación POLITICS-La política del (anti)racismo en Europa y América Latina: producción de conocimiento, decisión política y luchas colectivas (Proyecto 725402-POLITICS-ERC-2016-COG), coordinado por la Dra. Silvia Maeso. https://ces.uc.pt/pt/investigacao/projetos-de-investigacao/projetos-financiados/politics. afrocentrado (González, 1988) en Perú, entendiendo el papel de la educación en relación con el antirracismo. El debate presentado corresponde a resultados parciales de la investigación del proyecto POLITICS 1 (2017-2022), que tiene el desafío de innovar y profundizar el conocimiento sobre el (anti)racismo, proporcionando El racismo anti-negro y la (in)visibilidad del pueblo afroperuano en la universidad Resumen: Este artículo tiene como objetivo analizar las experiencias y discursos de miembros de la comunidad académica y activistas sociales sobre la producción teórica de la raza y antirracismo en el Perú contemporáneo con foco en el pueblo afroperuano. El marco teórico-metodológico de este texto dialoga con la teoría crítica de la raza y el análisis crítico del discurso, especialmente en el campo de las ciencias sociales y la educación. El método de investigación incluyó entrevistas y revisión de bibliografía que permitieron analizar las relaciones de poder en la producción del conocimiento. Teniendo como punto central la (in)visibilidad de la población afroperuana en la universidad, nos preguntamos ¿Cuáles son las culturas académicas y epistemológicas predominantes en el estudio de la raza y el (anti) racismo? (Politics, 2017). Nuestro análisis señala que la producción de conocimiento es un campo de disputa, donde la universidad, al reproducir una educación occidentalizada, perpetúa la jerarquía del conocimiento. También hay que tener en cuenta que la producción teórica e histórica no ha reflexionado sobre la centralidad de la esclavitud racial en el Perú para entender la conformación racial y el racismo en la actualidad. Palabras clave: universidad; raza; antirracismo; afroperuanos. Abstract: This essay analyzes the experiences and discourses of the academic community and social activists on the theoretical production on race and anti-racism in contemporary Peru, with the focus on the Afro-Peruvian people. The theoretical-methodological framework dialogues with critical race theory and critical discourse analysis, particularly in the field of social sciences and education. The research method included bibliography review and interviews that allowed to assess relationships of power in knowledge production. The research aimed to unveil the processes leading to the (in) visibility of the Afro-Peruvian people in the university by asking: "what are the predominant academic and epistemological cultures in the study of race and (anti)racism in Lima universities?" (Politics, 2017). Our analyzes indicate that the knowledge production is a field of dispute. Nevertheless, the university perpetuates the hierarchy of knowledge by reproducing a westernized education. Besides, both theoretical and historical production on racial slavery neglect the relevance of its impact on current trends of racism and racial formation in Peru.
O objetivo deste artigo é refletir sobre processos de mediação didática, destacando a intelectualidade na prática pedagógica envolvendo duas historiadoras que atuam na Educação Básica. Metodologicamente, a autoetnografia será a... more
O objetivo deste artigo é refletir sobre processos de mediação didática, destacando a intelectualidade na prática pedagógica envolvendo duas historiadoras que atuam na Educação Básica. Metodologicamente, a autoetnografia será a ferramenta de análise utilizada na recuperação das nossas lembranças e experiências. Nossas autorreflexões qualificarão e orientarão a descoberta de sentidos culturais, políticos e sociais mais amplos, pensando o conhecimento aplicado em sala de aula e o educar para as relações étnico-raciais. As relações estabelecidas com a comunidade escolar, destacadamente com alunos, gestores e professores, são o nosso objeto de reflexão. Somos duas professoras negras, da disciplina de História, conscientes do nosso lugar de fala em um espaço institucional marcado pela estrutura racista que organiza as escolas brasileiras. Nossas narrativas descrevem ações estratégicas,interventivas e, ao mesmo tempo, pragmáticas de intelectuais mediadoras que dialogam com os pressupostos do conteúdo da Lei 10.639/03, superando situações vividas no “chão da escola” numa tentativa de evidenciar possibilidades para uma pedagogia antirracista
RESUMEN El racismo es una ideología según la cual los seres humanos seríamos clasificables en "razas" y algunas de ellas serían "superiores" a otras. Esta ideología no solo se expresa y ejerce a través de prácticas sociales "visibles",... more
RESUMEN El racismo es una ideología según la cual los seres humanos seríamos clasificables en "razas" y algunas de ellas serían "superiores" a otras. Esta ideología no solo se expresa y ejerce a través de prácticas sociales "visibles", que es a las que se suele limitar la aplicación de la expresión "discriminación racial". También opera a través de desventajas acumuladas a lo largo de siglos, cuya existencia ha sido "naturalizada". Estas desventajas son resultado de inequidades y formas de desigualdad y exclusión de carácter económico, político, y socio-cultural, que se reproducen y multiplican a través tanto de prejuicios y formas de "sentido común", como de normas, dispositivos y prácticas institucionales. La idea de "racismo estructural" resulta útil para hacer referencia a este conjunto de factores de manera abarcadora. No obstante, ella resulta analíticamente insuficiente para servir de base al diseño de iniciativas concretas de intervención que resulten potencialmente eficaces para erradicar el racismo de los sistemas de Educación Superior. Este artículo procura contribuir al análisis de las diversas formas en que el racismo opera en los sistemas de Educación Superior y los desafíos que plantea.
El artículo que el lector tiene en sus manos ilustra los primeros hallazgos provenientes del trabajo de campo realizado durante once meses en 2013 con trabajadores universitarios y con un grupo conformado por cuatro estudiantes indígenas... more
El artículo que el lector tiene en sus manos ilustra los primeros hallazgos provenientes
del trabajo de campo realizado durante once meses en 2013 con trabajadores universitarios
y con un grupo conformado por cuatro estudiantes indígenas y dos estudiantes no indígenas
de la Universidad de Guadalajara, en la ciudad de Guadalajara, estado de Jalisco (México). La
pregunta central que guio nuestro estudio cuestiona qué efectos antidiscriminatorios había
tenido la política de acción afirmativa llamada Programa de Apoyo Académico a Estudiantes
Indígenas (PAAEI) en la Universidad de Guadalajara (UDG), y cuál era la relación del PAAEI
con la generación de nuevas desigualdades en el espacio educativo. Para ahondar en el tema
anterior, nos interesaba responder de igual manera: ¿Qué entendían los trabajadores universitarios
y los estudiantes mestizos por “cultura indígena”? ¿Cuáles han sido algunas de las
repercusiones del PAAEI en los estudiantes indígenas? Y también, ¿cómo se construyen la
discriminación y el racismo en el espacio educativo universitario?
O objetivo do artigo é o de questionar a ausência enfática na BNCC de temas voltados para a educação racial na primeira infância, ou seja, para crianças negras entre 0 a 5 anos e 11 meses de idade. Ao mesmo tempo, problematiza-se a... more
O objetivo do artigo é o de questionar a ausência enfática na BNCC de temas voltados para a educação racial na primeira infância, ou seja, para crianças negras entre 0 a 5 anos e 11 meses de idade. Ao mesmo tempo, problematiza-se a necessidade de se lutar por um currículo que, mormente desde a educação infantil, conceba lugares e experiências políticas, históricas, sociais e emocionais para uma infância negra, visando a pluralidade humana, condição precípua para toda democracia e combate a toda desigualdadesocial. A hipótese interpretativa sustenta que a BNCC, a partir dessa opção política cúmplice com o racismo sistêmico, agencia ênfases curriculares condizentes com a manutenção dos valores do patriarcado brasileiro e de todo desprezo social dele eivado. Para tanto, o artigo concebe dois desenvolvimentos analíticos. No primeiro, evidencia-se as razões que fundamentam o apagamento da criança negra na BNCC. Em seguida, investiga-se o alcance sistemático de um projeto político educacional cúmplice com as normativas racistas da sociedade brasileira, projetando para as crianças negras uma visibilidade seletiva. Ao cabo, argumenta-se que sem se priorizar as crianças negras como sujeitos da educação no currículo não há um currículo educacional, porém, há uma plataforma política racista.
Este artigo parte da atual disputa de conceituação daquilo que tem sido chamado "Cinema Negro". Analisa o "Cinema Novo", por onde os corpos negros passaram a surgir nas telas do cinema não mais como exceção, mas ainda com graves problemas... more
Este artigo parte da atual disputa de conceituação daquilo que tem sido chamado "Cinema Negro". Analisa o "Cinema Novo", por onde os corpos negros passaram a surgir nas telas do cinema não mais como exceção, mas ainda com graves problemas de representação. Nesse caminho, perpassa por uma análise do "Dogma Feijoada", manifesto marco das grandes inflexões que se deram na produção de cinema no Brasil. Argumenta que as lutas estéticas e políticas do Cinema Negro operam transformações no imaginário social, rompendo com o embranquecimento da linguagem cinematográfica e fomentando novas formas de narrar as experiências dos afro-brasileiros. Para finalizar, inserimos uma breve discussão da Lei n. 10.639/2003 e argumentamos que espaços de formação para além da escola oficial são importantes e necessários na construção de cidadão conscientes de seu papel antirracista.
Livro: Raça como objeto de pesquisa em educação TÍTULO: Notas sobre Educação e antirracismo em tempos de depuração e separação. Marina Pereira de Almeida Mello Educação emancipatória. Educação crítica. Educação decolonial. Educação... more
Livro: Raça como objeto de pesquisa em educação TÍTULO: Notas sobre Educação e antirracismo em tempos de depuração e separação. Marina Pereira de Almeida Mello Educação emancipatória. Educação crítica. Educação decolonial. Educação antirracista. Educação interseccional. Educação para a liberdade.... proliferam-se os adjetivos, assim como talvez, as intenções para se enfatizar algo relativamente óbvio: como imprimir à educação formal um caráter efetivamente transformador? Eufemisticamente, somos levados a admitir que a educação, em seu sentido genérico, é o processo pelo qual somos ensinados e ensinamos os mecanismos básicos para a sobrevivência em sociedade. É o que nos faz sermos o que somos: tanto em termos individuais como coletivamente. No entanto, sistemas formais de educação implicam em metodologias, normas e regimes autorizados pelo Estado. Como um aparato do Estadonação, historicamente, a educação escolarizada têm perpetrado e perpetuado um estado de coisas em que colonialismo, racismo, sexismo e elitismo permanecem como dimensões estruturais das relações. De forma explícita ou o que é mais comum, implícita, as relações cotidianas, vistas portanto, sob a égide do "normal", do "banal" e do "comum" se processam a partir de conexões em que identidades e alteridades são percebidas e definidas, basicamente em torno justamente dos eixos: raça, classe, gênero, geração e nacionalidade. Em experiência relacionada a um Projeto de Extensão vinculado a Unidade Curricular ministrada eminentemente para estudantes de cursos de graduação em Pedagogia e licenciaturas em Humanidades 1 , os participantes são instados a conversarem entre si e com outras pessoas, preferencialmente próximas ou íntimas, sobre temas sobre os quais geralmente não se conversa: sobre o quê, nós tidos e considerados como cidadãs e cidadãos, brasileiras e brasileiros, temos a ver com africanos, indígenas, europeus. Quando, de maneira abrupta e repentina somos indagados sobre quem somos, qual nosssa 1 Refiro-me ao Projeto "Raça, Nação e suas representações na mídia. Identidades, alteridades e subjetividades nas ideias e ideais de brasilidade e africanidade"-vinculado à Unidade Curricular Desigualdades de Raça, Gênero e Políticas Públicas, ministrada como disciplina eletiva a estudantes dos cursos de História, Ciências Sociais, Letras, Filosofia e História da Arte da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da UNIFESP.